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A Educação Sexual em Meio Escolar
       Metodologias de Abordagem/ Intervenção

                                  Mafalda Branco
                                 Dezembro | 2011
“É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.”

                                Clarice Lispector
OBJECTIVOS

   Reforçar as competências técnico-pedagógicas dos docentes na área de
    educação para a saúde – educação sexual.

   Favorecer a partilha de experiências.

   Promover a implementação de projectos de ―Educação Sexual‖ no
    Agrupamento/Comunidade;

   Reforçar competências na área da organização e gestão dos Gabinetes de
    Apoio ao/à Aluno/a.

   Promover a concepção de materiais pedagógicos adequados ao contexto,
    adaptando-os ao público-alvo e às necessidades sentidas.

   Introduzir novas práticas utilizando os resultados obtidos na oficina.
AVALIAÇÃO
Sexualidade?...
O QUE É A SEXUALIDADE?



                    SEXUALIDADE
                           =
                         SEXO?
O QUE É A SEXUALIDADE?

   A sexualidade não pode ser definida a partir de um
    único ponto de vista, uma só ciência ou umas
    quantas palavras.


   O que hoje sabemos sobre sexualidade é o
    resultado de múltiplas aproximações feitas a partir
    de diferentes ciências.


   Por isso, a sexologia é, provavelmente, mais do que
    nenhuma outra, uma ciência interdisciplinar.

                                      López, F. e Fuertes, A.
“A sexualidade é uma energia que nos motiva a
procurar amor, contacto, ternura, intimidade;
que se integra no modo como nos sentimos,
movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se
sensual e ao mesmo tempo sexual; ela
influencia pensamentos, sentimentos, acções e
interacções e, por isso, influencia também a
nossa saúde física e mental.”
Dimensão
                Biológica




Dimensão      Sexualidad     Dimensão
Psicológica                    Ética
                  e



               Dimensão
               Sociológica
O QUE É A SEXUALIDADE?




   ―A sexualidade é
  todo o nosso ser.‖


            (Merleau Ponty, 1975)
EDUCAÇÃO SEXUAL?
EDUCAÇÃO SEXUAL?

                    Faz-se     Educação       Sexual
                   mesmo      quando       não        se
                   programa fazer, pois ―somos
                   seres sexuados e objecto de
                   um processo educativo desde
                   que     nascemos      até        que
                   morremos‖.


                                   Frade, A. et al. (2001)
FAZ-SE EDUCAÇÃO SEXUAL MESMO
QUANDO   NÃO   SE   PROGRAMA
FAZER…
EDUCAÇÃO SEXUAL INFORMAL
       Assenta   na    vivência   proporcionada       ao     longo        do
        desenvolvimento do indivíduo por figuras significativas


       Decorre das experiências do quotidiano, de forma espontânea


       Apela essencialmente a aspectos emocionais


       Relação com pais, pares e media
                                                       Vaz, J. M. (1996)
EDUCAÇÃO SEXUAL INFORMAL

   A   sexualidade   aprende-se,   tal   como    outras   áreas        de
    desenvolvimento, por via de informações, instruções e reforços do
    comportamento e, ainda, pela observação de modelos.



   As práticas educativas, ao nível dos conteúdos sexuais, são, no
    entanto, pouco consistentes e explícitas, o que não favorece a
    aprendizagem de atitudes, opiniões e comportamentos.

                                                           Vaz, J. M. (1996)
EDUCAÇÃO SEXUAL INFORMAL
   Há     3      estratégias       socializadoras
    básicas:


         “Evitativa”    –   atitudes    como     o
          silêncio, a desatenção e a proibição;

         “Anedótica”           –        exemplos
          ficcionais, anedotas que distorcem a
          realidade;

         “Solene”       –      didácticas       em
          desarmonia      com       o   estilo   de
          comunicação habitual ou com o
          ritmo     de   desenvolvimento         do
          indivíduo.
“A” CONVERSA… OS MEDOS… O DESAFIO…
EDUCAÇÃO SEXUAL NÃO FORMAL


   Diz respeito a todos os processos
    intencionais de educação no âmbito da
    sexualidade humana, desenvolvidos na
    escola    extra-curricularmente    e     ou
    paralelamente ao sistema educativo
    formal.


                                Vaz, J. M. (1996)
EDUCAÇÃO SEXUAL FORMAL

              É um processo intencional e programado
               através do currículo

              Os     conteúdos      são     seleccionados,
               sequenciados e desenvolvidos de acordo
               com os objectivos estabelecidos

              São previstas actividades integradas por
               níveis de conhecimento, competências e
               valores/atitudes de acordo com a fase de
               desenvolvimento

              Implica a adequação de metodologias


                                               Vaz, J. M. (1996)
EDUCAÇÃO SEXUAL FORMAL
Um currículo comporta quatro elementos básicos:


1.   Objectivos e conteúdos gerais: o quê e para
     quê ensinar?


2.   Objectivos e conteúdos específicos: quando
     ensinar?


3.   Planificação de actividades: como ensinar?


4.   Avaliação da aprendizagem: o quê, como e
     quando avaliar?

                                    Sanchez, L. (1990)
EDUCAÇÃO SEXUALIZADA
   A educação quer-se global e o desenvolvimento
    integral


   A educação existe contínua e paralelamente ao
    longo do desenvolvimento


   A escola nunca é neutra!...


   É fundamental a complementaridade de papéis
    entre os vários agentes educativos




                  Educação Sexualizada
ENQUADRAMENTO LEGAL


   Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto
    Estabelece o regime de aplicação da educação sexual na escola




   Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril
    Regulamenta a Lei n.º 60/2009
ENQUADRAMENTO LEGAL

Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto

− Inclusão obrigatória no PE
− Projecto de ES e ES
− Importância da transversalidade
− Professor Coordenador da ES e da ES
− Equipa interdisciplinar de ES e ES
− Gabinete de Informação e Apoio aos Alunos
− Participação/ informação dos EE
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

   A educação para a saúde tem como
    objectivos centrais a informação e a
    consciencialização de cada pessoa
    acerca da sua própria saúde e a
    aquisição de competências que a
    habilitem   para   uma    progressiva
    auto-responsabilização.

                        Portaria n.º 196-A/2010
EDUCAÇÃO SEXUAL



                  A educação sexual obedece ao
                  mesmo conceito de abordagem
                  com vista à promoção da saúde
                      física, psicológica e social.

                                Portaria n.º 196-A/2010
FINALIDADES DA EDUCAÇÃO SEXUAL

a.   A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas, respeitando
     o pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa;

b.   O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas
     informadas e seguras no campo da sexualidade;

c.   A melhoria dos relacionamentos afectivo-sexuais dos jovens;

d.   A redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de
     risco;

e.   A capacidade de protecção face a todas as formas de exploração e de
     abusos sexuais;

f.   O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações
     sexuais;
FINALIDADES DA EDUCAÇÃO SEXUAL (cont.)

g.   A valorização de uma sexualidade responsável e informada;

h.   A promoção da igualdade entre os sexos;

i.   O reconhecimento da importância de participação no processo educativo
     de E.E., alunos, professores e técnicos de saúde;

j.   A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos biológicos e
     reprodutivos;

k.   A eliminação de comportamentos baseados na discriminação sexual ou na
     violência em função do sexo ou da orientação sexual.


                                                                 Lei n.º 60/2009
CONTEÚDOS MÍNIMOS
                                          Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril

1.º Ciclo (1.º ao 4.º ano)



• Noção de corpo;
• O corpo em harmonia com a Natureza;
• Noção de família;
• Diferenças entre rapazes e raparigas;
• Protecção do corpo e noções dos limites, dizendo não às aproximações
abusivas.
CONTEÚDOS MÍNIMOS

2.º Ciclo (5.º e 6.º anos)


• Puberdade: aspectos biológicos e emocionais;
• O corpo em transformação;
• Caracteres sexuais secundários;
• Normalidade, importância e frequência das suas variantes bio-psicológicas;
• Diversidade e respeito;
• Sexualidade e género;
• Reprodução humana e crescimento; contracepção e planeamento familiar;
• Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas;
• Dimensão ética da sexualidade humana.
CONTEÚDOS MÍNIMOS

3.º Ciclo (7.º, 8.º e 9º anos)


• Dimensão ética da sexualidade humana.
• Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana;
• Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;
• Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da
pessoa, no contexto de um projecto de vida que integre valores (ex: afectos,
ternura, crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com
frustrações, compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética;
• Compreensão da prevalência, uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos
e conhecer, sumariamente, os mecanismos de acção e tolerância (efeitos
secundários);
CONTEÚDOS MÍNIMOS (cont.)
• Compreensão da epidemiologia e prevalência das principais IST em Portugal e
no mundo (incluindo infecção por VIH/Vírus da Imunodeficiência Humana -
VPH2/Vírus do Papiloma Humano - e suas consequências) bem como os
métodos de prevenção. Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo
a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco,
dizendo não a pressões emocionais e sexuais;
• Conhecimento das taxas e tendências de maternidade na adolescência e
compreensão do respectivo significado;
• Conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias de
gravidez, suas sequelas e respectivo significado;
• Compreensão da noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e
reprodutiva saudável e responsável;
• Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas.
CONTEÚDOS MÍNIMOS
Ensino Secundário


• Compreensão ética da sexualidade humana;
• tendências na idade de início das relações sexuais,
• métodos contraceptivos disponíveis e utilizados, razões do seu falhanço e não uso;
• evolução e consequência nas taxas de gravidez e aborto (entre nós e na UE);
• aspectos relacionados com a incidência e sequelas das DTS (com infecção por
VIH e HPV e suas consequências);
• consequências físicas, psicológicas e sociais da maternidade e da paternidade de
gravidez na adolescência e do aborto;
• compreensão e determinação do ciclo menstrual em geral, com particular atenção
à identificação, quando possível, do período ovulatório, em função das
características dos ciclos menstruais.
BIBLIOGRAFIA

   Assembleia da República. (2009). Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto, Diário da República, 1.ª
    série — N.º 151 — 6 de Agosto de 2009 – 5097

   Frade, A. et al. (2001). Educação Sexual na Escola. Lisboa: Texto Editora.

   López, Félix e Antonio Fuertes. (1999). Para Compreender a Sexualidade. Lisboa: APF.

   Pereira, M.M. e Freitas, F. (2001). Educação sexual – Contextos de sexualidade e
    adolescência. Porto: Edições ASA.

   Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens.
    (2010). Kit Pedagógico sobre Género e Juventude. Lisboa.

   Strecht, P. (2005). Vontade de Ser – Textos sobre Adolescência. Lisboa: Assírio & Alvim.

   Vaz, J. (1996). Educação Sexual na Escola. Lisboa: Universidade Aberta.

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12 dez

  • 1. A Educação Sexual em Meio Escolar Metodologias de Abordagem/ Intervenção Mafalda Branco Dezembro | 2011
  • 2. “É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.” Clarice Lispector
  • 3. OBJECTIVOS  Reforçar as competências técnico-pedagógicas dos docentes na área de educação para a saúde – educação sexual.  Favorecer a partilha de experiências.  Promover a implementação de projectos de ―Educação Sexual‖ no Agrupamento/Comunidade;  Reforçar competências na área da organização e gestão dos Gabinetes de Apoio ao/à Aluno/a.  Promover a concepção de materiais pedagógicos adequados ao contexto, adaptando-os ao público-alvo e às necessidades sentidas.  Introduzir novas práticas utilizando os resultados obtidos na oficina.
  • 6. O QUE É A SEXUALIDADE? SEXUALIDADE = SEXO?
  • 7. O QUE É A SEXUALIDADE?  A sexualidade não pode ser definida a partir de um único ponto de vista, uma só ciência ou umas quantas palavras.  O que hoje sabemos sobre sexualidade é o resultado de múltiplas aproximações feitas a partir de diferentes ciências.  Por isso, a sexologia é, provavelmente, mais do que nenhuma outra, uma ciência interdisciplinar. López, F. e Fuertes, A.
  • 8. “A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura, intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental.”
  • 9. Dimensão Biológica Dimensão Sexualidad Dimensão Psicológica Ética e Dimensão Sociológica
  • 10. O QUE É A SEXUALIDADE? ―A sexualidade é todo o nosso ser.‖ (Merleau Ponty, 1975)
  • 12. EDUCAÇÃO SEXUAL?  Faz-se Educação Sexual mesmo quando não se programa fazer, pois ―somos seres sexuados e objecto de um processo educativo desde que nascemos até que morremos‖. Frade, A. et al. (2001)
  • 13. FAZ-SE EDUCAÇÃO SEXUAL MESMO QUANDO NÃO SE PROGRAMA FAZER…
  • 14. EDUCAÇÃO SEXUAL INFORMAL  Assenta na vivência proporcionada ao longo do desenvolvimento do indivíduo por figuras significativas  Decorre das experiências do quotidiano, de forma espontânea  Apela essencialmente a aspectos emocionais  Relação com pais, pares e media Vaz, J. M. (1996)
  • 15. EDUCAÇÃO SEXUAL INFORMAL  A sexualidade aprende-se, tal como outras áreas de desenvolvimento, por via de informações, instruções e reforços do comportamento e, ainda, pela observação de modelos.  As práticas educativas, ao nível dos conteúdos sexuais, são, no entanto, pouco consistentes e explícitas, o que não favorece a aprendizagem de atitudes, opiniões e comportamentos. Vaz, J. M. (1996)
  • 16. EDUCAÇÃO SEXUAL INFORMAL  Há 3 estratégias socializadoras básicas:  “Evitativa” – atitudes como o silêncio, a desatenção e a proibição;  “Anedótica” – exemplos ficcionais, anedotas que distorcem a realidade;  “Solene” – didácticas em desarmonia com o estilo de comunicação habitual ou com o ritmo de desenvolvimento do indivíduo.
  • 17. “A” CONVERSA… OS MEDOS… O DESAFIO…
  • 18. EDUCAÇÃO SEXUAL NÃO FORMAL  Diz respeito a todos os processos intencionais de educação no âmbito da sexualidade humana, desenvolvidos na escola extra-curricularmente e ou paralelamente ao sistema educativo formal. Vaz, J. M. (1996)
  • 19. EDUCAÇÃO SEXUAL FORMAL  É um processo intencional e programado através do currículo  Os conteúdos são seleccionados, sequenciados e desenvolvidos de acordo com os objectivos estabelecidos  São previstas actividades integradas por níveis de conhecimento, competências e valores/atitudes de acordo com a fase de desenvolvimento  Implica a adequação de metodologias Vaz, J. M. (1996)
  • 20. EDUCAÇÃO SEXUAL FORMAL Um currículo comporta quatro elementos básicos: 1. Objectivos e conteúdos gerais: o quê e para quê ensinar? 2. Objectivos e conteúdos específicos: quando ensinar? 3. Planificação de actividades: como ensinar? 4. Avaliação da aprendizagem: o quê, como e quando avaliar? Sanchez, L. (1990)
  • 21. EDUCAÇÃO SEXUALIZADA  A educação quer-se global e o desenvolvimento integral  A educação existe contínua e paralelamente ao longo do desenvolvimento  A escola nunca é neutra!...  É fundamental a complementaridade de papéis entre os vários agentes educativos Educação Sexualizada
  • 22. ENQUADRAMENTO LEGAL  Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto Estabelece o regime de aplicação da educação sexual na escola  Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril Regulamenta a Lei n.º 60/2009
  • 23. ENQUADRAMENTO LEGAL Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto − Inclusão obrigatória no PE − Projecto de ES e ES − Importância da transversalidade − Professor Coordenador da ES e da ES − Equipa interdisciplinar de ES e ES − Gabinete de Informação e Apoio aos Alunos − Participação/ informação dos EE
  • 24. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE  A educação para a saúde tem como objectivos centrais a informação e a consciencialização de cada pessoa acerca da sua própria saúde e a aquisição de competências que a habilitem para uma progressiva auto-responsabilização. Portaria n.º 196-A/2010
  • 25. EDUCAÇÃO SEXUAL A educação sexual obedece ao mesmo conceito de abordagem com vista à promoção da saúde física, psicológica e social. Portaria n.º 196-A/2010
  • 26. FINALIDADES DA EDUCAÇÃO SEXUAL a. A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas, respeitando o pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa; b. O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas informadas e seguras no campo da sexualidade; c. A melhoria dos relacionamentos afectivo-sexuais dos jovens; d. A redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco; e. A capacidade de protecção face a todas as formas de exploração e de abusos sexuais; f. O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações sexuais;
  • 27. FINALIDADES DA EDUCAÇÃO SEXUAL (cont.) g. A valorização de uma sexualidade responsável e informada; h. A promoção da igualdade entre os sexos; i. O reconhecimento da importância de participação no processo educativo de E.E., alunos, professores e técnicos de saúde; j. A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos biológicos e reprodutivos; k. A eliminação de comportamentos baseados na discriminação sexual ou na violência em função do sexo ou da orientação sexual. Lei n.º 60/2009
  • 28. CONTEÚDOS MÍNIMOS Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril 1.º Ciclo (1.º ao 4.º ano) • Noção de corpo; • O corpo em harmonia com a Natureza; • Noção de família; • Diferenças entre rapazes e raparigas; • Protecção do corpo e noções dos limites, dizendo não às aproximações abusivas.
  • 29. CONTEÚDOS MÍNIMOS 2.º Ciclo (5.º e 6.º anos) • Puberdade: aspectos biológicos e emocionais; • O corpo em transformação; • Caracteres sexuais secundários; • Normalidade, importância e frequência das suas variantes bio-psicológicas; • Diversidade e respeito; • Sexualidade e género; • Reprodução humana e crescimento; contracepção e planeamento familiar; • Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas; • Dimensão ética da sexualidade humana.
  • 30. CONTEÚDOS MÍNIMOS 3.º Ciclo (7.º, 8.º e 9º anos) • Dimensão ética da sexualidade humana. • Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana; • Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório; • Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa, no contexto de um projecto de vida que integre valores (ex: afectos, ternura, crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com frustrações, compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética; • Compreensão da prevalência, uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos e conhecer, sumariamente, os mecanismos de acção e tolerância (efeitos secundários);
  • 31. CONTEÚDOS MÍNIMOS (cont.) • Compreensão da epidemiologia e prevalência das principais IST em Portugal e no mundo (incluindo infecção por VIH/Vírus da Imunodeficiência Humana - VPH2/Vírus do Papiloma Humano - e suas consequências) bem como os métodos de prevenção. Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões emocionais e sexuais; • Conhecimento das taxas e tendências de maternidade na adolescência e compreensão do respectivo significado; • Conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas sequelas e respectivo significado; • Compreensão da noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e responsável; • Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas.
  • 32. CONTEÚDOS MÍNIMOS Ensino Secundário • Compreensão ética da sexualidade humana; • tendências na idade de início das relações sexuais, • métodos contraceptivos disponíveis e utilizados, razões do seu falhanço e não uso; • evolução e consequência nas taxas de gravidez e aborto (entre nós e na UE); • aspectos relacionados com a incidência e sequelas das DTS (com infecção por VIH e HPV e suas consequências); • consequências físicas, psicológicas e sociais da maternidade e da paternidade de gravidez na adolescência e do aborto; • compreensão e determinação do ciclo menstrual em geral, com particular atenção à identificação, quando possível, do período ovulatório, em função das características dos ciclos menstruais.
  • 33. BIBLIOGRAFIA  Assembleia da República. (2009). Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto, Diário da República, 1.ª série — N.º 151 — 6 de Agosto de 2009 – 5097  Frade, A. et al. (2001). Educação Sexual na Escola. Lisboa: Texto Editora.  López, Félix e Antonio Fuertes. (1999). Para Compreender a Sexualidade. Lisboa: APF.  Pereira, M.M. e Freitas, F. (2001). Educação sexual – Contextos de sexualidade e adolescência. Porto: Edições ASA.  Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens. (2010). Kit Pedagógico sobre Género e Juventude. Lisboa.  Strecht, P. (2005). Vontade de Ser – Textos sobre Adolescência. Lisboa: Assírio & Alvim.  Vaz, J. (1996). Educação Sexual na Escola. Lisboa: Universidade Aberta.