Trabalho realizado por Luciana Grof, como parte integrante da UC Processos Pedagógicos em ELearning, pertencente ao curso de Mestrado em Pedagogia do ELearning.
1. Trabalho elaborado por Luciana Grof
Desenho de Aprendizagem e de Unidade Curricular
Atividades On Line Processos Pedagógicos em
Elearning
Docente
Prof. José Mota
Universidade Aberta de Portugal
2. Deve ocorrer através da ação intencional e sistemática
de ensino que envolve o planejamento, o desenvolvimento
e a aplicação de métodos, técnicas , atividades, materiais,
eventos e produtos educacionais em situações didáticas
Específicas , a fim de promover, a partir dos princípios de
aprendizagem e instruções conhecidos a aprendizagem
humana.
3. O processo mais largamente aceito é o ISD (Instructional
System Design – design de sistemas instrucionais), cuja a
idéia central é dividir o desenvolvimento das ações
educacionais em pequenas fases com a seguinte
sequência:
1 – Analisar a necessidade;
2 – Projetar a solução;
3 – Desenvolver a solução;
4 – Implementar a solução;
5 - Avaliar a solução.
4. Planejamento e Conduzir um levantamento de
Análise necessidade;
Planejar um currículo ou programa;
Selecionar e usar uma variedade de
técnicas para definir o conteúdo
instrucional;
Identificar e descrever as características
do público-alvo;
Analisar as características do ambiente
de aprendizagem;
Analisar as características do ambiente
de aprendizagem;
Analisar as características de
tecnologias existentes e emergentes e
seus usos em um ambiente instrucional;
Refletir sobre os elementos de uma
situação antes de finalizar as decisões
5. Design e Selecionar, modificar ou criar um modelo
Desenvolvimento apropriado de design e desenvolvimento
para determinado projeto;
Selecionar e usar uma variedade de
técnicas para definir e encadear o
conteúdo e as estratégias de
aprendizagem;
Selecionar ou modificar materiais de
aprendizagem/instrucionais existentes;
Desenvolver materiais instrucionais;
Projetar uma solução educacional que se
adapte a diversos perfis de alunos ou
grupos de alunos;
Avaliar a instrução e seu impacto.
6. Implementação e Planejar e gerenciar os projetos;
Gestão Promover colaboração, parcerias e
relacionamentos entre os participantes
de um projeto de design;
Aplicar habilidades de gestão de projetos
ao desenho de aprendizagem e atividades
on line;
Projetar sistemas de gestão da
aprendizagem;
Implementar eficazmente produtos e
programas.
7. Ao realizar o desenho de aprendizagem e de atividades on
line o tutor, e-formador ou professor deve considerar que
abordagens pedagógicas diferentes atendem a
necessidades de aprendizagem também diferenciadas.
Para selecionar a abordagem deve-se analisar
primeiramente os objetivos de aprendizagem
8. Estratégias Perfil do Aluno Motivo
Mais Formalmente Alunos que estão Permitem ao aluno
Estruturadas iniciando a formar conceitos
aprendizagem de que lhes servirão
algum tema e têm de referência em
pouco futuras
conhecimento explorações.
Contextos de Alunos que têm Convidam os
Aprendizagem contexto de alunos a tomar
mais autênticos. aprendizagem decisões
complexos. inteligentes,
Desenvolvimento combinando ação e
de competências reflexão.
especializadas.
9. • É de suma importância haver o conhecimento os
diferentes níveis do contexto que determinam
necessidades ou problemas de aprendizagem.
• Estes contextos podem ser didáticos em si, e de pré ou
pós-aprendizagem, nas dimensões individual, imediata e
institucional.
10. Em termos temporais , os contextos e dimensões do
processo de aprendizagem podem ser divididos em 3
tipos:
Contexto de orientação anterior à aprendizagem,
influencia a motivação futura do aluno e o prepara
cognitivamente para aprender.
Contexto de aprendizagem em geral determinado
temporalmente pela situação didática em si (curso,
programa, aula), envolve as pessoas e os recursos
físicos, sociais e simbólicos reunidos em um dado
momento com o objetivo de aprender.
Contexto de transferência posterior à
aprendizagem, engloba basicamente o ambiente ou a
situação em que a aprendizagem é aplicada.
11. Como regra o processo envolve as seguintes etapas:
1- Identificar o problema de aprendizagem, os resultados
esperados, as características dos alunos, os recursos
disponíveis e as limitações técnicas, orçamentárias e
administrativas.
2- Identificar os fatores contextuais de orientação, instrução e
transferência que tenha relevância para o projeto.
3 – Listar os dados que devem ser coletados, bem como as
fontes digitais e os documentos que precisam ser estudados,
as pessoas que devem ser consultadas ou observadas, as
ferramentas que precisam ser analisadas e assim por diante.
4 – Selecionar o(s) método(s) mais adequado(s) aos
objetivos e às restrições do projeto.
5 – Localizar, construir ou modificar ferramentas e técnicas
para a análise contextual do projeto em questão.
12. É o produto final da análise contextual e deve ser
estruturado e apresentado , com as seguintes informações:
1- Necessidade de aprendizagem.
2- Caracterização dos alunos.
3 – Levantamento de Restrições.
4 – Encaminhamento a soluções.
Sendo:
13. Necessidade de Aprendizagem
Tem como objetivo levantar as demandas por educação
dentro de uma instituição, de um grupo de trabalho ou de
indivíduos.
Esta necessidade pode surgir da avaliação de problemas
educacionais já existentes, que demandam revisão,
atualização ou desmembramento em novas ações. Muitas
vezes esta necessidade já é encaminhada ao
tutor/formador/professor através de um briefing, que pode
ter sua idéia geral refinada que, após o problema
detectado, analisa as várias perspectivas envolvidas.
14. Necessidade de Aprendizagem
A condução da análise das necessidades consiste em
realizar uma análise dos objetivos, partindo da
pressuposição de que existe uma necessidade e de que
uma ação educacional é a solução mais adequada para
atendê-la.
Para realizar análise dos objetivos existe uma sequência
bastante simples que é:
1- Identificar objetivos;
2- Refinar objetivos;
3 – Ordenar objetivos.
15. Necessidade de Aprendizagem
A mesma sequência pode ser aplicada para a análise de
desempenho, bastando substituir os “objetivos” pelas
“habilidades” necessárias ao desempenho de uma tarefa.
Através da sequência informada, são identificados os
objetivos gerais da ação de aprendizagem. Os objetivos
específicos, relacionados a unidades de aprendizagem
determinadas, são definidos na fase de design, após a
conclusão da análise contextual , que envolve, também a
caracterização dos alunos e o levantamento de restrições.
16. Caracterização dos Alunos
Para a realização da caracterização dos alunos é
necessário responder às seguintes perguntas:
• Quais são seus conhecimentos a respeito do problema
educacional em questão?
• Quais são os estilos de aprendizagem e, nesse sentido,
como foram suas experiências educacionais anteriores?
• O que eles já sabem e o que precisam/querem saber?
• Em que ambiente e situação eles aplicarão os
conhecimentos, as habilidades e as atitudes que
aprenderão?
17. Caracterização dos Alunos
Obviamente para a realização de um curso on line é
imprescindível que os alunos tenham acesso á internet,
preferencialmente banda larga, computadores e softwares
atualizados.
Além disso é importantíssimos saber o idade, sexo, etnia,
experiência profissional e formação educacional, além de
motivação e expectativas com relação ao programa
(geralmente obtidos com o preenchimento de formulários
no ato da inscrição/matrícula). Pois são através destes
dados que os alunos fornecem indicações para a seleção
de atividades de aprendizagem, de mídias e do estilo de
linguagem escrita e visual que deve ser utilizado.
18. Caracterização dos Alunos
No desenho de atividades e de aprendizagem também
deve ser considerado o estilo de aprendizagem dos
cursistas, derivada da Teoria das Inteligências Múltiplas de
Howard Gardner (inteligência linguística, musical, lógico
matemática, espacial, cinestésica, interpessoal e
intrapessoal), neste sentido, como o público tende a ter um
estilo de aprendizagem heterogêneo é bastante
interessante é que estes estilos sejam combinados com
estratégias instrucionais, ou seja, de aprendizagem,
também heterogêneas , para beneficiar a aprendizagem de
todo o grupo.
19. Levantamento de Restrições
As restrições podem ser relacionadas a questões técnicas,
disponibilidade de profissionais e prazos, bem como de
contexto imediato, pedagógico e institucional, mais amplo.
Podem haver limitações técnicas , de infra-estrutura
tecnológica por parte da Instituição, que dificultam a
adoção de modelos de aprendizagem mais abertos.
Questões culturais, experiências institucionais anteriores e
premissas cristalizadas sobre o que significa aprender e
ensinar também devem ser consideradas.
20. Encaminhamento a Soluções
A análise contextual bem realizada ajuda o
formador/tutor/professor a encontrar soluções para os
problemas identificados.
Em alguns casos, pode-se, após concluir a análise
contextual, concluir que um problema educacional não é a
melhor ou única solução ao problema detectado. Quando
isso ocorre, deve haver a recomendação de ações
paralelas para o enfrentamento da questão.
Caso a solução projetada seja aprovada, parte-se para a
elaboração das atividades.
21. • É uma unidade atômica ou elementar que contém os
elementos necessários ao processo de ensino
aprendizagem, desde de um curso de graduação, com
quatro anos de duração, até uma simples atividade de
aprendizagem de 15 minutos.
O desenho das unidades de aprendizagem se dá com
base nas seguintes premissas, como: qual ou quais
objetivos de aprendizagem, quais os papéis que as
pessoas assumem no processo de ensino e
aprendizagem, quais os fluxos das atividades (duração e
período), em quais conteúdos e ferramentas serão
apoiadas, a avaliação verifica se os objetivos da unidade
de aprendizagem foram alcançados.
22. • Descrevem o resultado pretendido e exprimem o que o
aluno fará quando tiver dominado.
• São compostos por um verbo que indica ação e um
componente de conteúdo que aponta para uma mudança
de comportamento observável.
• Há uma série de taxonomias – esquemas que organizam
o conhecimento de forma hierárquica – para a definição
de objetivos de aprendizagem. A mais conhecida é a
Taxonomia de Bloom, que trabalha com três grandes
domínios de aprendizagem: afetivo, psicomotor e
cognitivo.
23. • Aborda o modo de lidar emocionalmente com
sentimentos, valores, entusiasmo, motivação e atitude.
• As habilidades desenvolvidas são apreciação estética,
compromisso, responsabilidade e consciência
(autoconsciência, consciência de fatores externos,
consciência ética e consciência moral).
• Podem ser expressos por verbos como: Apreciar,
comprometer-se, conscientizar-se, influenciar e
compartilhar.
24. • Trata da movimentação física, da coordenação e do uso
de habilidades motoras, desenvolvidas pela prática e
avaliadas em termos de velocidade , precisão, distância,
procedimentos ou técnicas de execução. Aborda o modo
de lidar emocionalmente com sentimentos, valores,
entusiasmo, motivação e atitude.
• Podem ser expressos por verbos como: Desenhar,
executar, fazer, desempenhar, montar, construir, calibrar,
modificar, limpar, conectar, compor, criar, esboçar,
projetar, instalar, desinstalar, inserir, remover, manipular,
consertar, reparar, pintar e fixar.
25. • Trata da recuperação do conhecimento e do
desenvolvimento de habilidades intelectuais e, em geral,
é o mais trabalhado nas ações educacionais.
• Envolve diferentes níveis de competências intelectuais.
26. • Na aprendizagem on line temos basicamente dois tipos
de papel: os de aprendizagem e os de apoio.
• Os de aprendizagem são desempenhados pelo aluno e
os de apoio são desempenhados pelo
tutor/formador/professor.
• Entretanto algumas figuras podem enriquecer esta
relação básica como um monitor auxiliar para o
desempenho do trabalho docente, um especialista
convidado para participar de uma entrevista via chat, ou
um coordenador de curso para interagir com os
estudantes em um determinado momento.
• Ao mesmo tempo, pode-se refinar os papéis em
atividades mais complexas, por exemplo, em uma
determinada atividade um aluno pode ser o moderador e
o outro pode ser um relator.
27. • Envolvem um conjunto de ações que os alunos realizarão
para chegar aos objetivos.
• É importante notar que as diferentes teorias de aprendizagem
dão conotações diferentes ao conceito de atividade. Por
exemplo, a abordagem comportamentalista vê a atividade do
aluno como uma forma de apreensão do conhecimento. Já
para a abordagem cognitivista a atividade de aprendizagem
se relaciona a operações mentais . E na socioconstrutivista, a
atividade somente pode ser descrita como uma interação do
entre o sujeito e o ambiente social.
• Destas diferentes teorias, portanto, derivam-se estratégias e
atividades que têm por propósito apoiar os processos de
aprendizagem.
28. • A duração define a carga horária necessária para a
realização de uma ou mais atividades.
• O período indica o espaço de tempo no calendário em
que o ambiente ficará disponível para a realização da
atividade.
• A correta mensuração destas informações é primordial
para a implementação do curso ou atividade.
29. • Incluem serviços ou funcionalidades de comunicação
(como email, fórum, chat), aplicativos para edição de
textos, apresentação de slides e manipulação de
planilhas eletrônicas e mecanismos de busca e
organização do conhecimento, além de recursos de
monitoramento e avaliação.
• Explicitar as ferramentas no desenho da atividade é
importante porque não deve-se propor atividades
dependentes de instrumentos que impliquem
competências ou custos e não informar isso
antecipadamente ao aluno.
30. • Tem como finalidade verificar se os objetivos de
aprendizagem firmados para a atividade/curso foram
alcançados.
• Pode ocorrer por meio de verificação dos processos (por
exemplo, discussões em fóruns e chats, comentários
publicados em blogs ou enviados por email) ou dos
produtos resultantes desses processos (por exemplo, a
solução para um problema, o relatório de um projeto,
uma síntese escrita ou oral).
• Quanto à finalidade a avaliação da aprendizagem pode
ser formativa ou somativa.
31. • Tem o objetivo de verificar se os alunos possuem
determinados conhecimentos, habilidades e atitudes
com vistas a agrupa´-los de acordo com as
características comuns e/ou formar percursos
alternativos de estudo.
• O seu principal propósito é servir como retorno sobre o
desempenho dos alunos.
• Por esta razão, os dados devem ser documentados e
analisados continuamente para identificar as fontes de
sucesso e de problemas, a fim de prover subsídios para
melhorias durante a execução do curso e/ou em edições
futuras.
32. • É realizada na conclusão de uma
atividade/unidade/curso para fins de classificação, com a
atribuição de conceitos ou notas.
• O seu principal propósito é comparar resultados obtidos
por diferentes alunos, métodos e materiais de ensino.
Além disso, quando aplicada periodicamente, essa
avaliação incentiva a revisão dos conteúdos pelos
alunos e possibilita a elaboração de sínteses
provisórias.
33. • FILATRO, A. As teorias pedagógicas fundamentais em
EaD. In: LITTO, F.; FORMIGA, M. Educação à
distância: o estado da arte. São Paulo: ABED; Prentice
Hall, 2008.
• FILATRO, A. Design Instrucional na Prática. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2008.
• MATTAR, J. Tutoria e Interação em Educação a
Distância. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
• Site da WEB 2.0 ao eLearning 2.0: Aprender na Rede..
Conectivismo: Uma Teoria deAprendizagem. Disponível
em: http://orfeu.org/weblearning20/4_2_conectivismo.
Acesso em 03 de fevereiro de 2013.