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Stakeholder

Stakeholder (em português, parte interessada ou interveniente), é um termo usado em diversas áreas
como administração e arquitetura de software referente as partes interessadas que devem estar de acordo
com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa.

O termo foi usado pela primeira vez pelo filósofo Robert Edward Freeman. Segundo ele, os stakeholders
são elementos essenciais ao planejamento estratégico de negócios.

De maneira mais ampla, compreende todos os envolvidos em um processo, que pode ser de caráter
temporário (como um projeto) ou duradouro (como o negócio de uma empresa ou a missão de uma
organização ).

O sucesso de qualquer empreendimento depende da participação de suas partes interessadas e por isso é
necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos
gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de necessidades, compensação
financeira e comportamento ético. Cada interveniente ou grupo de intervenientes representa um
determinado tipo de interesse no processo. O envolvimento de todos os intervenientes não maximiza
obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimizar riscos e impactos
negativos na execução desse processo.

Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender simultaneamente as
necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer isso ela precisa "gerar valor", isto é, a
aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício maior do que seu custo total.

Alguns exemplos possíveis de stakeholders de uma empresa são:

    •   Acionistas
    •   Donos
    •   Investidores
    •   Empregados
    •   amigos
    •   Fornecedores/subministradores da empresa
    •   Sindicatos
    •   Associações empresariais, revolucionais ou profissionais
    •   Comunidades onde a empresa tem operações: associações de vizinhos
    •   Grupos Normativos
    •   Governos municipais
    •   Governos estatais
    •   Governo federal
    •   ONGs
    •   Concorrentes

(1) fonte: site IBGC

Referências

    1. ↑ PITMAN (1984)
    2. ↑ FREEMAN, R. Edward. Strategic Management: A Stakeholder Approach (em inglês). [S.l.:
        s.n.], 1984.
    3. ↑ FREEMAN, R. Edward; REED, David L.. Stockholders and Stakeholders: A new perspective
       on Corporate Governance (em inglês). 3 ed. [S.l.]: California Management Review, Spring83,
       1984. pp. 88-106. vol. 25.
    4. ↑ yourdictionary.com (em inglês). Página visitada em 12 de março de 2009
Definição

A palavra portuguesa “acionista”, ou proprietário de ações, é traduzida pela palavra inglesa
“stockholder”, isto é, “pessoa que possui ações que lhe dão direito sobre uma parte da empresa” e
também da empresa.

Já a palavra “stakeholder” é um conceito mais amplo que inclui o “stockholder”, o proprietário de ações
de uma empresa.

A palavra “stakeholder”, portanto, traz embutida um trocadilho com a palavra “stockholder”.

Também em inglês, “stake” é o valor econômico associado ao resultado de um evento incerto. Esse
evento incerto pode resultar de uma aposta em um jogo mas também no resultado econômico de um
empreendimento empresarial ou pessoal.

“Stake” também significa o interesse pessoal ou emocional que as pessoas possuem não apenas nos
negócios, mas também na vida, de forma geral.

Como substantivo, "stake" também significa "estaca", "suporte", "escora". Como verbo, expressa a ação
de escorar, de dar suporte. Assim, também pode-se entender a expressão “stakeholder” no sentido de sua
simples tradução literal, como aquele ou o que "segura uma estaca" da base de sustentação de uma
empresa ou organização.

Como verbo, “to stake” significa arriscar, colocar em risco, um determinado valor (geralmente
econômico) em um evento ou em um processo que possuam resultados incertos com o objetivo de tentar
ganhar um outro valor (também geralmente econômico).

Assim, a palavra “stakeholder” significa “pessoa ou organização” que possui um valor econômico ou que
é responsável pela guarda de um dado valor econômico que será distribuído após a solução de um evento
ou processo incerto enquanto esse evento (ou processo) incerto não é resolvido.

O objetivo subjacente que define tal agente “stakeholder” é ser aquele agente que entrega um valor
econômico à uma pessoa ou organização que merecidamente obteve um resultado favorável.

Finalmene, neste sentido e por extensão, “stakeholders” são os agentes da sociedade que têm algum
interesse em um dado negócio, mesmo que não sejam os únicos ou nem mesmo os principais interessados
nesse negócio.

[editar] Teoria de Administração de Empresas

Como teoria de administração, a Teoria do Stakeholder procura:

1) descrever quais são as pessoas e grupos de pessoas que estão servindo de “stakeholders” de uma
empresa ou organização e

2) propor métodos que os administradores devem usar para dar a devida consideração aos interesses
dessas pessoas ou grupos de pessoas.

Para a teoria econômica clássica, o “proprietário” é o único agente interessado, a única que realmente
importa para a empresa, na hora de tomar as decisões. Aqui o “proprietário” pode ser “único” (apenas um
proprietário) ou “múltiplo” (diversos sócios-proprietários) ou ainda podem ser acionistas, muitos
proprietários de ações da empresa.

Não importa a forma de sua propriedade, toda empresa existe legalmente para colocar as necessidades dos
proprietários em primeiro lugar quando são realizadas as tomadas de decisão que a dirigem, seja no longo
ou no curto prazo.
Também nos modelos de insumo-produto da economia neoclássica, a empresa existe para criar valor para
seus proprietários, a partir do valor inicial que eles colocaram para fazer sua constituição (ou para realizar
sua aquisição).

Assim, a empresa deve transformar o valor investido pelo proprietário (ou pelos acionistas) em insumos
(terrenos, instalações, equipamentos, processos tecnológicos, matéria-prima e trabalho) e com eles criar
produtos (bens ou serviços) que possam ser vendidos no mercado para seus clientes de uma maneira tal
que ocorra desse processo um retorno financeiro para os investidores. Isto é, a economia neoclássica
considera que os fornecedores desses insumos também são "stakeholders", tão importantes quanto os
proprietários, na tomada de decisão. Portanto, para a teoria neoclássica, os "stakeholders" já são de quatro
tipos: os investidores (os proprietários), os fornecedores (de terra, de instalações, de equipamentos, de
matéria-prima, de tecnologia, etc) os trabalhadores e os consumidores. Todos esses agentes econômicos
devem ser levados em consideração nas tomadas de decisão da empresa.

Mas a Teoria do Stakeholder vai além. Freeman [1]afirma que existem muitas outros componentes da
sociedade que devem ser levadas em consideração na tomada de decisão da empresa: organismos
governamentais, grupos políticos, organizações não-governamentais, as associações de empresas, os
sindicatos de trabalhadores, associações de consumidores, os potenciais empregados, os potenciais
clientes, as comunidades em que elas existem ou das quais obtém recursos e, na verdade, a sociedade
como um todo. Mesmo as empresas competidoras podem ser consideradas como “stakeholders”, na hora
da tomada de decisão.

A Teoria do Stakeholder propõe uma estratégia de somar visão econômica dos recursos à visão
econômica de mercado ao mesmo tempo em que incorpora uma visão sociológica e política da sociedade,
o sistema maior em que a empresa está situada, para as tomadas de decisão.

Este enfoque é usado para identificar os possíveis “stakeholders” de uma empresa (ou organização) e para
examinar as condições nas quais estes possíveis “stakeholders” transformam-se em “stakeholders”, ou
seja, quais agentes possuem fatores de importância que os tornam “stakeholders” de fato.

Numa abordagem com grande destaque nas modernas teorias éticas e da responsabilidade social dos
stakeholders, a teoria dos stakeholders defende que a empresa não deve pautar-se apenas pelo interesse
dos acionistas/proprietários mas também pelos interesses dos outros stakeholders (partes interessadas),
nomeadamente os empregados, gestores, comunidade local, clientes e fornecedores.

A teoria Stakeholders, encara, pois, a empresa como centro de constelação de interesses de indivíduos e
grupos que afetam ou podem ser afetados pela atividade da empresa, e que com legitimamente procuram
influenciar os processos de decisão, com o objetivo de obter benefícios para os interesses que defendem
ou representam. Desta forma a empresa sente-se responsável perante a comunidade em geral e, em
particular, perante todos quantos possam reclamar-se de "parte interessada" na atividade da mesma.

Esta postura da empresa é ambiciosa, na medida em que lhe é exigido gerir de modo equilibrado os
interesses dos vários stakeholders, sendo de admitir, portanto, que a empresa é eticamente responsável, ou
seja, não se limita ao mero cumprimento dos normativos legais, mas também se comporta de acordo com
o que os vários stakeholders esperam dela.

Alguns autores sustentam que a Teoria do “Stakeholder” deve buscar identificar as normas morais e
filosóficas da operação e de gerenciamento da empresa.

Outros autores procuram construir uma tipologia sobre as características de “força” (o atributo que uma
pessoa ou organização possui para impor sua vontade em um relacionamento), de legitimidade (estruturas
ou comportamentos socialmente aceitos ou esperados) e de urgência (isto é, a “sensibilidade ao tempo”
ou a “criticalidade” que fazem parte do discurso do potencial “stakeholder”). Por exemplo: Forte-e-
elegítimo, Forte-e-urgente, Fraco-e-legítimo, Fraco-e-urgente, Forte-e-ilegítimo, Forte-e-não-urgente,
Legítimo-e-urgente e Ilegítimo-e-não-urgente.

FRIEDMAN E MILES (2002)[2] exploraram as implicações das relações conflituosas entre “stakeholders”
e organizações introduzindo distinções entre interesses compatíveis e incompatíveis e entre conexões
necessárias e contingentes como atributos adicionais para examinar as configurações destes
relacionamentos.

Blattberg [3] critica a Teoria do “Stakeholder” porque ela pressupõe que os interesses dos vários
“stakeholders” podem ser de alguma forma equilibrados entre si, uns com os outros. Blattberg considera
que esta visão deriva da ênfase na negociação como modo principal de resolver conflitos entre os
interesses dos diversos “stakeholders”. Assim, recomenda a palavra “conversação” ao invés de
“negociação” (Talvez porque a palavra negociação implique em comprometimento em obter uma solução
“amigável”) e defende uma concepção “patriótica” da empresa (ou da organização) como alternativa à
Teoria do “stakeholder”.

Referências

    1. ↑ FREEMAN,R.E. Strategic Management: A stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984.
    2. ↑ FRIEDMAN, A.L. & MILES, S. 2002 Developing Stakeholder Theory. Journal of
        Management Studies, v 39, n 1, pp 1-21
    3. ↑ BLATTBERG, C. From Pluralist to Patriotic Politics: Putting Practice First, Oxford and New
        York: Oxford University Press, ch. 6. 2004 ISBN 0-19-829688-6

[editar] Bibliografia

DONALDSON, T. & PRESTON, L.. The Stakeholder Theory of the Corporation: Concepts, Evidence,
and Implications. 1995 . Academy of Management Review, v 20, n 1, pág. 65 a 91

MITCHELL, R.K., Agle, B.R., & WOOD, D.J. 1997. Toward a Theory of Stakeholder Identification and
Salience: Defining the Principle of Who and What Really Counts. Academy of Management Review, v.
22, n.4, pág. 853 a 886.

Manual de Comportamento Organizacional e Gestão, Editora RH, capitulo 29

Stakeholder é qualquer pessoa ou organização que tenha interesse, ou seja afetado pelo
projeto.

A palavra vem de:

    •   Stake: interesse, participação, risco
    •   Holder: aquele que possui

Os primeiros stakeholders que imaginamos em um projeto são o Gerente de Projeto, o
Patrocinador do Projeto, a Equipe de Projeto e o Cliente. Entretanto, na prática podem
existir muitos outros:

    •   A comunidade
    •   Outras áreas da empresa
    •   Concorrentes
    •   Fornecedores
    •   Investidores e acionistas
    •   Governo
    •   As famílias da equipe de projeto

Além disso, cada projeto pode ter alguns stakeholders que sejam específicos para sua
realidade, e que não se apliquem a outros projetos.
A importância de identificar os stakeholders é que além de serem afetados pelo projeto,
eles podem ter uma influência direta ou indireta no seu resultado. Uma falha nesta
identificação significará que o gerente de projeto não estará pensando nas necessidades
de todos os envolvidos, e isto é um fator de risco para o projeto.

Posso dar dois exemplos simples:

Um projeto que envolve uma obra em via pública deve considerar as necessidades da
comunidade que será afetada pelo barulho e pelos transtornos (mesmo que a obra seja
em benefício da comunidade), ou será alvo de reclamações que poderão levar a atrasos
no cronograma.

Dentro de uma organização, um projeto pode gerar um resultado que fortalece algumas
áreas em detrimento de outras. Mesmo que estas áreas não participem do projeto, é
importante entender as relações de poder envolvidas, já que os que serão afetados
negativamente poderão tentar boicotar o projeto.

Ao mesmo tempo, o gerente de projeto deve ter cuidado em não procurar stakeholders
por todos lados, ou ficará com um cenário difícil de gerenciar. Com um pouco de
imaginação, pode-se considerar stakeholder até o vizinho do gerente de projeto que
deixará de jogar futebol com ele no fim de semana porque o gerente terá que trabalhar!

Claro que isto foi um exagero, mas o importante é ilustrar que se deve ter um limite
lógico para a identificação de quem afeta ou é afetado pelo projeto.

A partir da identificação dos stakeholders, deve-se preparar um plano de comunicação
que garanta o fluxo da informação correta para cada um. No futuro escreverei mais
sobre os stakeholders e como gerenciá-los adequadamente.

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Stakeholder

  • 1. Stakeholder Stakeholder (em português, parte interessada ou interveniente), é um termo usado em diversas áreas como administração e arquitetura de software referente as partes interessadas que devem estar de acordo com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa. O termo foi usado pela primeira vez pelo filósofo Robert Edward Freeman. Segundo ele, os stakeholders são elementos essenciais ao planejamento estratégico de negócios. De maneira mais ampla, compreende todos os envolvidos em um processo, que pode ser de caráter temporário (como um projeto) ou duradouro (como o negócio de uma empresa ou a missão de uma organização ). O sucesso de qualquer empreendimento depende da participação de suas partes interessadas e por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético. Cada interveniente ou grupo de intervenientes representa um determinado tipo de interesse no processo. O envolvimento de todos os intervenientes não maximiza obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimizar riscos e impactos negativos na execução desse processo. Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender simultaneamente as necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer isso ela precisa "gerar valor", isto é, a aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício maior do que seu custo total. Alguns exemplos possíveis de stakeholders de uma empresa são: • Acionistas • Donos • Investidores • Empregados • amigos • Fornecedores/subministradores da empresa • Sindicatos • Associações empresariais, revolucionais ou profissionais • Comunidades onde a empresa tem operações: associações de vizinhos • Grupos Normativos • Governos municipais • Governos estatais • Governo federal • ONGs • Concorrentes (1) fonte: site IBGC Referências 1. ↑ PITMAN (1984) 2. ↑ FREEMAN, R. Edward. Strategic Management: A Stakeholder Approach (em inglês). [S.l.: s.n.], 1984. 3. ↑ FREEMAN, R. Edward; REED, David L.. Stockholders and Stakeholders: A new perspective on Corporate Governance (em inglês). 3 ed. [S.l.]: California Management Review, Spring83, 1984. pp. 88-106. vol. 25. 4. ↑ yourdictionary.com (em inglês). Página visitada em 12 de março de 2009
  • 2. Definição A palavra portuguesa “acionista”, ou proprietário de ações, é traduzida pela palavra inglesa “stockholder”, isto é, “pessoa que possui ações que lhe dão direito sobre uma parte da empresa” e também da empresa. Já a palavra “stakeholder” é um conceito mais amplo que inclui o “stockholder”, o proprietário de ações de uma empresa. A palavra “stakeholder”, portanto, traz embutida um trocadilho com a palavra “stockholder”. Também em inglês, “stake” é o valor econômico associado ao resultado de um evento incerto. Esse evento incerto pode resultar de uma aposta em um jogo mas também no resultado econômico de um empreendimento empresarial ou pessoal. “Stake” também significa o interesse pessoal ou emocional que as pessoas possuem não apenas nos negócios, mas também na vida, de forma geral. Como substantivo, "stake" também significa "estaca", "suporte", "escora". Como verbo, expressa a ação de escorar, de dar suporte. Assim, também pode-se entender a expressão “stakeholder” no sentido de sua simples tradução literal, como aquele ou o que "segura uma estaca" da base de sustentação de uma empresa ou organização. Como verbo, “to stake” significa arriscar, colocar em risco, um determinado valor (geralmente econômico) em um evento ou em um processo que possuam resultados incertos com o objetivo de tentar ganhar um outro valor (também geralmente econômico). Assim, a palavra “stakeholder” significa “pessoa ou organização” que possui um valor econômico ou que é responsável pela guarda de um dado valor econômico que será distribuído após a solução de um evento ou processo incerto enquanto esse evento (ou processo) incerto não é resolvido. O objetivo subjacente que define tal agente “stakeholder” é ser aquele agente que entrega um valor econômico à uma pessoa ou organização que merecidamente obteve um resultado favorável. Finalmene, neste sentido e por extensão, “stakeholders” são os agentes da sociedade que têm algum interesse em um dado negócio, mesmo que não sejam os únicos ou nem mesmo os principais interessados nesse negócio. [editar] Teoria de Administração de Empresas Como teoria de administração, a Teoria do Stakeholder procura: 1) descrever quais são as pessoas e grupos de pessoas que estão servindo de “stakeholders” de uma empresa ou organização e 2) propor métodos que os administradores devem usar para dar a devida consideração aos interesses dessas pessoas ou grupos de pessoas. Para a teoria econômica clássica, o “proprietário” é o único agente interessado, a única que realmente importa para a empresa, na hora de tomar as decisões. Aqui o “proprietário” pode ser “único” (apenas um proprietário) ou “múltiplo” (diversos sócios-proprietários) ou ainda podem ser acionistas, muitos proprietários de ações da empresa. Não importa a forma de sua propriedade, toda empresa existe legalmente para colocar as necessidades dos proprietários em primeiro lugar quando são realizadas as tomadas de decisão que a dirigem, seja no longo ou no curto prazo.
  • 3. Também nos modelos de insumo-produto da economia neoclássica, a empresa existe para criar valor para seus proprietários, a partir do valor inicial que eles colocaram para fazer sua constituição (ou para realizar sua aquisição). Assim, a empresa deve transformar o valor investido pelo proprietário (ou pelos acionistas) em insumos (terrenos, instalações, equipamentos, processos tecnológicos, matéria-prima e trabalho) e com eles criar produtos (bens ou serviços) que possam ser vendidos no mercado para seus clientes de uma maneira tal que ocorra desse processo um retorno financeiro para os investidores. Isto é, a economia neoclássica considera que os fornecedores desses insumos também são "stakeholders", tão importantes quanto os proprietários, na tomada de decisão. Portanto, para a teoria neoclássica, os "stakeholders" já são de quatro tipos: os investidores (os proprietários), os fornecedores (de terra, de instalações, de equipamentos, de matéria-prima, de tecnologia, etc) os trabalhadores e os consumidores. Todos esses agentes econômicos devem ser levados em consideração nas tomadas de decisão da empresa. Mas a Teoria do Stakeholder vai além. Freeman [1]afirma que existem muitas outros componentes da sociedade que devem ser levadas em consideração na tomada de decisão da empresa: organismos governamentais, grupos políticos, organizações não-governamentais, as associações de empresas, os sindicatos de trabalhadores, associações de consumidores, os potenciais empregados, os potenciais clientes, as comunidades em que elas existem ou das quais obtém recursos e, na verdade, a sociedade como um todo. Mesmo as empresas competidoras podem ser consideradas como “stakeholders”, na hora da tomada de decisão. A Teoria do Stakeholder propõe uma estratégia de somar visão econômica dos recursos à visão econômica de mercado ao mesmo tempo em que incorpora uma visão sociológica e política da sociedade, o sistema maior em que a empresa está situada, para as tomadas de decisão. Este enfoque é usado para identificar os possíveis “stakeholders” de uma empresa (ou organização) e para examinar as condições nas quais estes possíveis “stakeholders” transformam-se em “stakeholders”, ou seja, quais agentes possuem fatores de importância que os tornam “stakeholders” de fato. Numa abordagem com grande destaque nas modernas teorias éticas e da responsabilidade social dos stakeholders, a teoria dos stakeholders defende que a empresa não deve pautar-se apenas pelo interesse dos acionistas/proprietários mas também pelos interesses dos outros stakeholders (partes interessadas), nomeadamente os empregados, gestores, comunidade local, clientes e fornecedores. A teoria Stakeholders, encara, pois, a empresa como centro de constelação de interesses de indivíduos e grupos que afetam ou podem ser afetados pela atividade da empresa, e que com legitimamente procuram influenciar os processos de decisão, com o objetivo de obter benefícios para os interesses que defendem ou representam. Desta forma a empresa sente-se responsável perante a comunidade em geral e, em particular, perante todos quantos possam reclamar-se de "parte interessada" na atividade da mesma. Esta postura da empresa é ambiciosa, na medida em que lhe é exigido gerir de modo equilibrado os interesses dos vários stakeholders, sendo de admitir, portanto, que a empresa é eticamente responsável, ou seja, não se limita ao mero cumprimento dos normativos legais, mas também se comporta de acordo com o que os vários stakeholders esperam dela. Alguns autores sustentam que a Teoria do “Stakeholder” deve buscar identificar as normas morais e filosóficas da operação e de gerenciamento da empresa. Outros autores procuram construir uma tipologia sobre as características de “força” (o atributo que uma pessoa ou organização possui para impor sua vontade em um relacionamento), de legitimidade (estruturas ou comportamentos socialmente aceitos ou esperados) e de urgência (isto é, a “sensibilidade ao tempo” ou a “criticalidade” que fazem parte do discurso do potencial “stakeholder”). Por exemplo: Forte-e- elegítimo, Forte-e-urgente, Fraco-e-legítimo, Fraco-e-urgente, Forte-e-ilegítimo, Forte-e-não-urgente, Legítimo-e-urgente e Ilegítimo-e-não-urgente. FRIEDMAN E MILES (2002)[2] exploraram as implicações das relações conflituosas entre “stakeholders” e organizações introduzindo distinções entre interesses compatíveis e incompatíveis e entre conexões
  • 4. necessárias e contingentes como atributos adicionais para examinar as configurações destes relacionamentos. Blattberg [3] critica a Teoria do “Stakeholder” porque ela pressupõe que os interesses dos vários “stakeholders” podem ser de alguma forma equilibrados entre si, uns com os outros. Blattberg considera que esta visão deriva da ênfase na negociação como modo principal de resolver conflitos entre os interesses dos diversos “stakeholders”. Assim, recomenda a palavra “conversação” ao invés de “negociação” (Talvez porque a palavra negociação implique em comprometimento em obter uma solução “amigável”) e defende uma concepção “patriótica” da empresa (ou da organização) como alternativa à Teoria do “stakeholder”. Referências 1. ↑ FREEMAN,R.E. Strategic Management: A stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984. 2. ↑ FRIEDMAN, A.L. & MILES, S. 2002 Developing Stakeholder Theory. Journal of Management Studies, v 39, n 1, pp 1-21 3. ↑ BLATTBERG, C. From Pluralist to Patriotic Politics: Putting Practice First, Oxford and New York: Oxford University Press, ch. 6. 2004 ISBN 0-19-829688-6 [editar] Bibliografia DONALDSON, T. & PRESTON, L.. The Stakeholder Theory of the Corporation: Concepts, Evidence, and Implications. 1995 . Academy of Management Review, v 20, n 1, pág. 65 a 91 MITCHELL, R.K., Agle, B.R., & WOOD, D.J. 1997. Toward a Theory of Stakeholder Identification and Salience: Defining the Principle of Who and What Really Counts. Academy of Management Review, v. 22, n.4, pág. 853 a 886. Manual de Comportamento Organizacional e Gestão, Editora RH, capitulo 29 Stakeholder é qualquer pessoa ou organização que tenha interesse, ou seja afetado pelo projeto. A palavra vem de: • Stake: interesse, participação, risco • Holder: aquele que possui Os primeiros stakeholders que imaginamos em um projeto são o Gerente de Projeto, o Patrocinador do Projeto, a Equipe de Projeto e o Cliente. Entretanto, na prática podem existir muitos outros: • A comunidade • Outras áreas da empresa • Concorrentes • Fornecedores • Investidores e acionistas • Governo • As famílias da equipe de projeto Além disso, cada projeto pode ter alguns stakeholders que sejam específicos para sua realidade, e que não se apliquem a outros projetos.
  • 5. A importância de identificar os stakeholders é que além de serem afetados pelo projeto, eles podem ter uma influência direta ou indireta no seu resultado. Uma falha nesta identificação significará que o gerente de projeto não estará pensando nas necessidades de todos os envolvidos, e isto é um fator de risco para o projeto. Posso dar dois exemplos simples: Um projeto que envolve uma obra em via pública deve considerar as necessidades da comunidade que será afetada pelo barulho e pelos transtornos (mesmo que a obra seja em benefício da comunidade), ou será alvo de reclamações que poderão levar a atrasos no cronograma. Dentro de uma organização, um projeto pode gerar um resultado que fortalece algumas áreas em detrimento de outras. Mesmo que estas áreas não participem do projeto, é importante entender as relações de poder envolvidas, já que os que serão afetados negativamente poderão tentar boicotar o projeto. Ao mesmo tempo, o gerente de projeto deve ter cuidado em não procurar stakeholders por todos lados, ou ficará com um cenário difícil de gerenciar. Com um pouco de imaginação, pode-se considerar stakeholder até o vizinho do gerente de projeto que deixará de jogar futebol com ele no fim de semana porque o gerente terá que trabalhar! Claro que isto foi um exagero, mas o importante é ilustrar que se deve ter um limite lógico para a identificação de quem afeta ou é afetado pelo projeto. A partir da identificação dos stakeholders, deve-se preparar um plano de comunicação que garanta o fluxo da informação correta para cada um. No futuro escreverei mais sobre os stakeholders e como gerenciá-los adequadamente.