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Capitulo um

Minha enfermeira se explodiu em poeira azul.

Veja, eu não queria ser uma vampira.

     Se você é do tipo de pessoa que vive sonhado acordado
imaginando como a vida seria divertida se você fosse um
vampiro, siga meu conselho: Feche este livro agora. Continue
sonhando e viva sua vida, por que não é nada divertido descobri,
da noite para o dia, que você não é humano. Depois não venha
dizer que eu não avisei.

     Meu nome é Lilian, Lilian De Lavariele, não se engane, não
sou de uma família rica, tenho descendentes antigos, além disso,
nunca conheci meus pais, não tenho familiares, se tiver, mal
sabem que existo.

     Tenho 15 anos, até ontem, eu era uma estudante normal da
academia Yousei no Norte do Canadá.

     Se tenho muitos problemas?

     Claro, por que não teria? Eu poderia contar-lhes qualquer
passagem da minha vida para provar, mas, a situação só mudou
de mal para pior na ultima sexta-feira.

     Era dia de exame médico na minha escola. A cada 3 meses
éramos obrigados a fazê-lo. Para alguns um simples exame, onde
as   enfermeiras    nos    examinam    e    tiram     nossas      medidas.
Basicamente uma tortura.

     Enquanto esperava na fila para o exame, Giulia cabeçuda
discutia com Luna.

-Retire o que disse Giulia. –Ordenou Luna praticamente rosnando.

-Ora, ora! Parece que você finalmente decidiu mostrar as garras
não foi cara de cachorro? – Disse Giulia mantendo o olhar fixo em
Luna.
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     Um dos meus pontos mais fortes é que sempre mantenho a
compostura, é assim que acho uma solução para meus problemas.
Mas Luna, tinha um pavio curto. Coitada, era um alvo fácil.
Ruiva dos olhos castanhos, magra, alta e desajeitada, muita
atlética. Era a única amiga que tinha na academia e assim como
eu, nunca viu seus pais. Acho que podemos concluir de tudo isso
que, pessoas com traumas semelhantes se entendem melhor.

     Levou um tempo para a discutição se encerrar.

     -Vou matá-la. –Murmurou Luna.

     -Se acalme Luna, vamos tentar não chamar atenção. –
Sussurrei.

     A fila andou, e antes de perceber chegou a minha vez.

     Enquanto fazia o exame algo me chamou muita atenção. A
enfermeira que estava me atendendo tinha uma estranha energia
envolvendo seu corpo.

     -Espere aqui um pouco, vou pegar uma fita para medir seu
abdômen. –Disse a enfermeira.

     Fiquei parada enfrente ao espelho foi quando vi uma
estranha marca em meu pescoço. Um tipo de espiral ou algo
assim.

-Isso não estava aqui antes! Reparei. E do nada desapareceu.
Podia ser apenas minha imaginação ou talvez não.

     A enfermeira voltou com a fita e temo dizer percebeu que eu
estava aflita.

     -Algo de errado minha jovem?

     -Não está tudo bem. –Menti.

     Depois de passar pelo exame fui para casa com Luna.

     - Ah não!-Exclamou Luna.

     - O que foi?
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     -Esqueci meu celular na enfermaria quando fui fazer o
exame.

     - Amanhã você pega. –Sugeri.

     - Não eu preciso dele agora. – Indagou Luna. Ela pode ser
amigável, mas é muito teimosa, pensei. –Lili! Você pode pegar meu
celular para mim?

     - Como é que é, garota que esqueceu o celular? –Perguntei
irônica.

     - Vai Lili, pega ele pra mim, só dessa vez. –Implorou Luna.
Ela me olhou com uma cara de cachorro pidão. Meu coração
derreteu.

     - Certo, mas você ta me devendo uma.



     A academia era muito mais assustadora à noite. Fui até a
enfermaria.

     - Finalmente te achei!- Pensei ao achar o celular. E quando
pensei em ir embora dali algo me parou. Não conseguia sair do
lugar, o ar foi envolvido por uma estranha energia maligna. Uma
imagem se concretizou atrás de mim. Me virei com muito esforço.
Era a enfermeira que me atendeu hoje de manhã ou pelo menos
acho que era. Sua imagem distorcida estava envolvida pela
mesma energia que senti antes. Seus olhos vermelhos brilhavam
olhando para mim.

     - O que está fazendo aqui à uma hora dessa mocinha? Pode
ser perigoso vagar por estes corredores à noite.

     –Disse a enfermeira enquanto se aproximava de mim.
Presas sobressaiam seus lábios manchados de sangue.

     Eu queria fugir, eu precisava fugir, mas meu corpo não se
mexia. Finalmente ela me atacou, mas, seu golpe foi desviado por
um garoto que rapidamente deferiu outro golpe com seu braço no
tórax da enfermeira atravessando-a.
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     -Francamente, se entregando assim tão fácil a sede de
sangue. –Disse o garoto quando a enfermeira explodiu em uma
fumaça prateada e desapareceu no ar. Meu corpo ainda tremia
enquanto olhava para o garoto que me protegeu era alto e bonito,
loiro, seus olhos brilhavam em um tom avermelhado, mas logo
desapareceram dando lugar a um tom de azul.

     -Você está bem? Machucou-se? –Perguntou o garoto.

     -Não, estou bem. Tirando o fato de ter sido atacada por uma
enfermeira sanguinária, eu estou ótima. –Disse irônica.

     -Ótimo! Então já vou indo. –Disse o rapaz se preparando
para sair pela janela.

     -Nada disso! –Exclamei. –Tenho muitas perguntas e você terá
de respondê-las.

Ele fixou seus olhos em mim. Há um minuto ele estava lá, há uns
15 metros de distância de mim. Mas em fração de segundos, se
aproximou de mim o suficiente para me encurralar na parede. Ele
estava tão perto que pude sentir sua respiração. Seus olhos azuis
logo foram escurecendo de tornando cada vez mais vermelho. De
perto, a sensação era que vários raios de pura energia o
formassem. Me senti tonta por alguns estantes depois desmaiei.

     Acordei em casa na manhã seguinte. Não me lembrava de
nada que aconteceu depois que fui pegar o celular de Luna, nem
de como e quando cheguei em casa. Pensei em dormir de novo, até
olhar para o relógio.

     - Sete e meia?! Eu vou me atrasar! –Pulei da cama para me
arrumar. Fui correndo para a escola com uma torrada na boca
para não deixar de tomar café.

     Cheguei a tempo, ofegando, mas a tempo. Participei das
aulas como sempre, mas algo me incomodava, uma sensação de
insegurança, como se algo tivesse acontecido comigo ali e eu não
conseguia me lembrar o que.

     Durante o recreio, Luna veio me procurar.
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     -Ei Lili, você pegou o meu celular?

     -Peguei, só tente não se esquece mais. –Respondi desatenta. –
Acho que vou sair mais sedo hoje.

     -Não está se sentindo bem? –Luna me perguntou um pouco
preocupada.

     -É, pode se dizer que sim. –Disse já me levantando da
cadeira.

     Enquanto voltava para casa, decidi passar pelo Central
Park. Sempre me senti bem quando ia para lá, era como entrar
em sintonia com a natureza. Enquanto passeava por entre as
árvores escutei uma melodia, decidi segui-la. Cheguei a uma parte
do parque que nunca tinha visto. Um campo rodeado de flores de
todas as espécies e bem no seu centro um rapaz tocava violino. Ele
percebeu minha aproximação e parou de tocar.

     -Não se incomode comigo pode continuar tocando. –Disse. Ele
me ignorou totalmente.

     -Você devia tocar em um lugar menos remoto. –Falei. –Todos
vão gostar.

     -Não toco para as pessoas ouvirem. –Me respondeu com
frieza.

     -Mas você toca muito bem! –Ao ouvir isso, ele finalmente
desviou o olhar para mim. –Sua melodia é um pouco triste e
solitária, mas muito pura também.

     -Me desculpe. –Por fim ele disse. -Não quis ser grosso dessa
maneira. Só não estou acostumado a ver pessoas me escutando
tocar.

     Algo nele era muito familiar. –Com licença! Já nos virmos
antes? –Perguntei.

     -Quem sabe!Whitehorse é uma cidade pequena. –Falou o
rapaz pensativo. –Acho que nos vimos na rua. –Pensei, mas a
ideia de que era algo mais não saia da minha cabeça.
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      -Meu nome é Emile, prazer m te conhecer. –Eu parei para
pensar. O nome dele era Êmile?!

      -Como? –Perguntei meio sem graça.

      -Se escreve Emile, mas, se pronúncia Emíle, com acento.

      -Entendo. –Menti. –Meu nome é Lilian. É um prazer te
conhecer também.

      Nos sentamos debaixo de uma árvore para olhar as nuvens,
Enquanto conversávamos, descobri que Emile tinha perdido seus
pais. -Minha mãe morreu a alguns anos.

      -E seu pai? –Perguntei ingênua.

      -Bem, de certa forma, podemos dizer que ele está preso. –
Durante nossa conversa, nós acabamos adormecendo. De alguma
forma me senti muito feliz. Foi um tipo de sonho que nunca tinha
sentido antes. Pela primeira vez na minha vida, não me senti tão
só.
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A Enfermeira Misteriosa

  • 1. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Capitulo um Minha enfermeira se explodiu em poeira azul. Veja, eu não queria ser uma vampira. Se você é do tipo de pessoa que vive sonhado acordado imaginando como a vida seria divertida se você fosse um vampiro, siga meu conselho: Feche este livro agora. Continue sonhando e viva sua vida, por que não é nada divertido descobri, da noite para o dia, que você não é humano. Depois não venha dizer que eu não avisei. Meu nome é Lilian, Lilian De Lavariele, não se engane, não sou de uma família rica, tenho descendentes antigos, além disso, nunca conheci meus pais, não tenho familiares, se tiver, mal sabem que existo. Tenho 15 anos, até ontem, eu era uma estudante normal da academia Yousei no Norte do Canadá. Se tenho muitos problemas? Claro, por que não teria? Eu poderia contar-lhes qualquer passagem da minha vida para provar, mas, a situação só mudou de mal para pior na ultima sexta-feira. Era dia de exame médico na minha escola. A cada 3 meses éramos obrigados a fazê-lo. Para alguns um simples exame, onde as enfermeiras nos examinam e tiram nossas medidas. Basicamente uma tortura. Enquanto esperava na fila para o exame, Giulia cabeçuda discutia com Luna. -Retire o que disse Giulia. –Ordenou Luna praticamente rosnando. -Ora, ora! Parece que você finalmente decidiu mostrar as garras não foi cara de cachorro? – Disse Giulia mantendo o olhar fixo em Luna.
  • 2. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Um dos meus pontos mais fortes é que sempre mantenho a compostura, é assim que acho uma solução para meus problemas. Mas Luna, tinha um pavio curto. Coitada, era um alvo fácil. Ruiva dos olhos castanhos, magra, alta e desajeitada, muita atlética. Era a única amiga que tinha na academia e assim como eu, nunca viu seus pais. Acho que podemos concluir de tudo isso que, pessoas com traumas semelhantes se entendem melhor. Levou um tempo para a discutição se encerrar. -Vou matá-la. –Murmurou Luna. -Se acalme Luna, vamos tentar não chamar atenção. – Sussurrei. A fila andou, e antes de perceber chegou a minha vez. Enquanto fazia o exame algo me chamou muita atenção. A enfermeira que estava me atendendo tinha uma estranha energia envolvendo seu corpo. -Espere aqui um pouco, vou pegar uma fita para medir seu abdômen. –Disse a enfermeira. Fiquei parada enfrente ao espelho foi quando vi uma estranha marca em meu pescoço. Um tipo de espiral ou algo assim. -Isso não estava aqui antes! Reparei. E do nada desapareceu. Podia ser apenas minha imaginação ou talvez não. A enfermeira voltou com a fita e temo dizer percebeu que eu estava aflita. -Algo de errado minha jovem? -Não está tudo bem. –Menti. Depois de passar pelo exame fui para casa com Luna. - Ah não!-Exclamou Luna. - O que foi?
  • 3. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. -Esqueci meu celular na enfermaria quando fui fazer o exame. - Amanhã você pega. –Sugeri. - Não eu preciso dele agora. – Indagou Luna. Ela pode ser amigável, mas é muito teimosa, pensei. –Lili! Você pode pegar meu celular para mim? - Como é que é, garota que esqueceu o celular? –Perguntei irônica. - Vai Lili, pega ele pra mim, só dessa vez. –Implorou Luna. Ela me olhou com uma cara de cachorro pidão. Meu coração derreteu. - Certo, mas você ta me devendo uma. A academia era muito mais assustadora à noite. Fui até a enfermaria. - Finalmente te achei!- Pensei ao achar o celular. E quando pensei em ir embora dali algo me parou. Não conseguia sair do lugar, o ar foi envolvido por uma estranha energia maligna. Uma imagem se concretizou atrás de mim. Me virei com muito esforço. Era a enfermeira que me atendeu hoje de manhã ou pelo menos acho que era. Sua imagem distorcida estava envolvida pela mesma energia que senti antes. Seus olhos vermelhos brilhavam olhando para mim. - O que está fazendo aqui à uma hora dessa mocinha? Pode ser perigoso vagar por estes corredores à noite. –Disse a enfermeira enquanto se aproximava de mim. Presas sobressaiam seus lábios manchados de sangue. Eu queria fugir, eu precisava fugir, mas meu corpo não se mexia. Finalmente ela me atacou, mas, seu golpe foi desviado por um garoto que rapidamente deferiu outro golpe com seu braço no tórax da enfermeira atravessando-a.
  • 4. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. -Francamente, se entregando assim tão fácil a sede de sangue. –Disse o garoto quando a enfermeira explodiu em uma fumaça prateada e desapareceu no ar. Meu corpo ainda tremia enquanto olhava para o garoto que me protegeu era alto e bonito, loiro, seus olhos brilhavam em um tom avermelhado, mas logo desapareceram dando lugar a um tom de azul. -Você está bem? Machucou-se? –Perguntou o garoto. -Não, estou bem. Tirando o fato de ter sido atacada por uma enfermeira sanguinária, eu estou ótima. –Disse irônica. -Ótimo! Então já vou indo. –Disse o rapaz se preparando para sair pela janela. -Nada disso! –Exclamei. –Tenho muitas perguntas e você terá de respondê-las. Ele fixou seus olhos em mim. Há um minuto ele estava lá, há uns 15 metros de distância de mim. Mas em fração de segundos, se aproximou de mim o suficiente para me encurralar na parede. Ele estava tão perto que pude sentir sua respiração. Seus olhos azuis logo foram escurecendo de tornando cada vez mais vermelho. De perto, a sensação era que vários raios de pura energia o formassem. Me senti tonta por alguns estantes depois desmaiei. Acordei em casa na manhã seguinte. Não me lembrava de nada que aconteceu depois que fui pegar o celular de Luna, nem de como e quando cheguei em casa. Pensei em dormir de novo, até olhar para o relógio. - Sete e meia?! Eu vou me atrasar! –Pulei da cama para me arrumar. Fui correndo para a escola com uma torrada na boca para não deixar de tomar café. Cheguei a tempo, ofegando, mas a tempo. Participei das aulas como sempre, mas algo me incomodava, uma sensação de insegurança, como se algo tivesse acontecido comigo ali e eu não conseguia me lembrar o que. Durante o recreio, Luna veio me procurar.
  • 5. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. -Ei Lili, você pegou o meu celular? -Peguei, só tente não se esquece mais. –Respondi desatenta. – Acho que vou sair mais sedo hoje. -Não está se sentindo bem? –Luna me perguntou um pouco preocupada. -É, pode se dizer que sim. –Disse já me levantando da cadeira. Enquanto voltava para casa, decidi passar pelo Central Park. Sempre me senti bem quando ia para lá, era como entrar em sintonia com a natureza. Enquanto passeava por entre as árvores escutei uma melodia, decidi segui-la. Cheguei a uma parte do parque que nunca tinha visto. Um campo rodeado de flores de todas as espécies e bem no seu centro um rapaz tocava violino. Ele percebeu minha aproximação e parou de tocar. -Não se incomode comigo pode continuar tocando. –Disse. Ele me ignorou totalmente. -Você devia tocar em um lugar menos remoto. –Falei. –Todos vão gostar. -Não toco para as pessoas ouvirem. –Me respondeu com frieza. -Mas você toca muito bem! –Ao ouvir isso, ele finalmente desviou o olhar para mim. –Sua melodia é um pouco triste e solitária, mas muito pura também. -Me desculpe. –Por fim ele disse. -Não quis ser grosso dessa maneira. Só não estou acostumado a ver pessoas me escutando tocar. Algo nele era muito familiar. –Com licença! Já nos virmos antes? –Perguntei. -Quem sabe!Whitehorse é uma cidade pequena. –Falou o rapaz pensativo. –Acho que nos vimos na rua. –Pensei, mas a ideia de que era algo mais não saia da minha cabeça.
  • 6. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. -Meu nome é Emile, prazer m te conhecer. –Eu parei para pensar. O nome dele era Êmile?! -Como? –Perguntei meio sem graça. -Se escreve Emile, mas, se pronúncia Emíle, com acento. -Entendo. –Menti. –Meu nome é Lilian. É um prazer te conhecer também. Nos sentamos debaixo de uma árvore para olhar as nuvens, Enquanto conversávamos, descobri que Emile tinha perdido seus pais. -Minha mãe morreu a alguns anos. -E seu pai? –Perguntei ingênua. -Bem, de certa forma, podemos dizer que ele está preso. – Durante nossa conversa, nós acabamos adormecendo. De alguma forma me senti muito feliz. Foi um tipo de sonho que nunca tinha sentido antes. Pela primeira vez na minha vida, não me senti tão só.
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