1. 151833
ESTADO DE SERGIPE
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPELA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Rua Coelho e Campos, 1201 – centro – Capela _ Sergipe
CNPJ 13119961/0001-61
2. EZEQUIEL FERREIRA LEITE NETO
Prefeito Municipal
JOSILENE CRUZ SANTOS
Secretária Municipal de Educação
ANA LÚCIA GOMES DA SILVA
Diretora do Departamento Pedagógico
LÍVIA SANTOS DE SOUZA
Diretora do Departamento Administrativo
JOLINDA SANTOS ANDRADE
Chefe da Divisão do Ensino Fundamental
LUZIETE SANTOS SOUZA LEITE
Chefe da Divisão da Educação Infantil
ANA CARLA ANDRADE RODRIGUES
Coordenadora da EJA
3. “Toda inclusão depende primordialmente, do olhar de cada um.”
“Incluir significa promover e
reconhecer o potencial inerente a
todo ser humano em sua maior
expressão: a diferença.”
“Todo e qualquer empreendimento que visa à
Inclusão só terá bons resultados quando o
diferente for aceito como parte integrante e
indissolúvel do ser humano.”
(Francisco Gonçalves, Lara Gonçalves, 2010)
4. “Necessidades educacionais especiais” engloba muito mais
do que a pessoa com deficiência. Na realidade, este termo
inclui pessoas que, por algum motivo, necessitam,
temporária ou permanentemente, de recursos e apoios
educacionais especiais para aprender.
Legislação Pertinente – alguns dispositivos que orientam a
educação inclusiva ou para todos:
Constituição Federal: Artigos 208 e 227.
Lei nº 10.172/0-1
Lei nº 8069/9 -0
Lei nº 939/9 -6
Resolução nº 2 de 11/09/2011
5. ...as nove regras de ouro
para lidar com a
diversidade em qualquer
classe, mas principalmente
naquelas em que existem
crianças com necessidades
educacionais especiais.
6. 1. Inclusão de todas as crianças;
2. Formas diferentes de comunicar (professor/aluno,
aluno/professor);
3. Criar condições na sala onde cada aluno deve sentar de acordo
com a necessidade dele;
4. Planejamento das lições que os alunos vão realizar, buscando
prever as dificuldades que poderão ocorrer;
5. Preveja o que cada criança deve aprender;
6. Orientação individual, algo mais direcionado quando necessário;
7. Utilização de materiais e/ou equipamentos para assegurar a
aprendizagem do educando de acordo com suas necessidades;
8. Atenção ao comportamento de seu aluno, procure mantê-lo
atento às atividades;
9. Trabalho coletivo (com outros professores, outros profissionais,
etc.).
7. Estudo apresentado por Ainscow
(1998) sobre as respostas às
necessidades educacionais em
escolas regulares.
Este estudo não indica o
quanto cada professor sabe ou
deve saber sobre cada deficiência
ou necessidade educacional
especial, porém, especifica o
quanto tais características podem
contribuir para uma maior
qualidade do ensino e da
aprendizagem.
8. Dão ênfase à aprendizagem significativa;
Estabelecem tarefas que são ao mesmo tempo realistas e
desafiadoras;
Asseguram-se de que os alunos progridem;
Proporcionam grande variedade de experiências para que a
aprendizagem seja assimilada e acomodada;
Dão as alunos possibilidade de escolha;
Têm expectativas elevadas sobre os alunos;
Criam uma atmosfera positiva;
Facultam uma abordagem consistente;
Reconhecem os esforços dos alunos e os resultados que estes
conseguem alcançar;
Organizam os recursos de modo a facilitar a aprendizagem;
Incentivam os alunos a trabalharem cooperativamente;
Orientam seus progressos e proporcionam um feedback regular.
9. Sala
arejada
Quadro
conser-vado
Regras
definidas
Sala
ampla
Quadro
bem
localizad
Aulas
interes-santes
Sala
clara
Espaço
organiza-do
Aulas
estimu-lantes
10.
11. Currie (1998) propõe a interdisciplinaridade a partir de
eixos geradores.
A título de exemplo, propomos o eixo “EU”...
Nome
Corpo
Alimentação
Gasto com
água
O lixo
Os animais
Poesia com o
próprio nome
(acróstico);
calculou-se o
gasto de água
para tomar banho
em um dia, uma
semana, um mês;
falou-se sobre
alimentos;
observou-se a
quantidade de
lixo produzida
pelo “EU” em sua
casa; etc.
13. A deficiência física é uma alteração de um ou mais
segmentos do corpo humano que afeta o aparelho
locomotor e compromete o funcionamento do mesmo.
A DF pode se apresentar de várias formas. O mais
importante, porém, é ter consciência de que o aluno vai
precisar de algumas adaptações para garantir o seu acesso
a todos os espaços.
14. Cego é aquele que apresenta desde ausência total de visão até a perda da
percepção luminosa.
A definição educacional diz que são cegos aqueles que não têm visão suficiente
para aprender a ler em materiais impressos a tinta.
Segundo a definição educacional têm baixa visão, visão parcial ou visão
subnormal, os alunos que utilizam do seu pequeno potencial visual para explorar o
ambiente, conhecer o mundo e aprender a ler e escrever de acordo com suas
possibilidades visuais (demora muito a copiar algo do quadro, contrai os músculos
dos olhos quando tenta ver algo, aproxima-se muito do caderno ao escrever e não
consegue acompanhar a linha do caderno.
Estratégias de intervenção pedagógica: Braille, livros sensoriais, jogo de memória
sonoro, dominó em alto relevo, bolas com guizo, lupas manuais, material dourado,
material de encaixe...
15. Consiste na perda maior ou menor da percepção normal dos sons.
Assim, as pessoas com deficiência auditiva classificam-se em:
parcialmente surdas (surdez leve ou moderada) e surdas (surdez severa);
surdez congênita e surdez adquirida (antes ou depois da aquisição da
fala).
As estratégias de intervenção pedagógica dos surdos consiste em fazer
da imagem o veículo de mediação primordial no processo de
aprendizagem. Ao professor cabe a tarefa de selecionar imagens com o
mesmo rigor com que seleciona textos.
Enquanto fala ou sinaliza, o professor deverá expressar no rosto
sentimentos relativos à sua fala, os movimentos dos lábios devem ser
bem definidos e na avaliação da aprendizagem deve conceder maior
espaço d tempo para responder as questões, visto que a língua
portuguesa é uma segunda língua.
16. A deficiência mental acarreta dificuldades importantes na inteligência conceitual, na
inteligência prática e social, bem como limitações na execução de algumas habilidades da
vida diária (habilidade adaptativa, comunicação, cuidado pessoal, vida em família).
Os estudos realizados na atualidade demonstram que o mais importante não é a
classificação de uma pessoa com deficiência mental em determinada categoria, mas o
conhecimento de seu nível de desenvolvimento individual.
Na área cognitiva, as pessoas com DM apresentam dificuldades de aprendizagem
relacionadas com atenção, memória, resolução de problemas e transposição de
conhecimentos. Ressaltamos que a palavra utilizada é “DIFICULDADE” e não
“IMPOSSIBILIDADE”.
Não devemos esquecer que o nosso objetivo maior com a educação é o da inserção do
sujeito na vida, favorecendo um ambiente educacional motivador em condições de
promover a auto-estima do aluno, atendendo às suas necessidades individuais,
promovendo o desenvolvimento de habilidades e competências para uma vida autônoma e
participativa.
17. Segundo o MEC, o surdocego é o indivíduo com graves perdas auditiva e
visual, que possui formas específicas de comunicação para ter acesso a lazer,
educação, trabalho e vida social. Não há necessariamente uma perda total
dos dois sentidos.
Doenças contraídas na gravidez, como rubéola, toxoplasmose e
citomegalovírus podem causar surdocegueira na criança.
Surdocego pré-linguístico: aquele que nasce surdo ou adquire ainda bebê,
antes da aquisição da língua. Possuem a tendência ao isolamento.
Surdocego pós-linguístico: adquire após a aquisição de uma língua.
São vários os recursos utilizados no processo educacional dos surdocegos,
entre os quais: objetos de referência, movimentos corporais, conversação
através de toque, alfabeto manual tátil, tadoma, braille e guia-intérprete.
18. Não existe um padrão único de comportamento denominado conduta típica. É a
grande variedade de comportamentos englobados sob esse rótulo.
Seus determinantes são variados, podendo ser de natureza biológica, psicológica,
comportamental e/ou social.
Condutas típicas mais comumente descritas: distúrbios da atenção, hiperatividade,
impulsividade, alheamento, agressividade física e/ou verbal.
Os alunos com condutas típicas não, necessariamente, apresentam deficiência
mental; a intervenção escolar tem características pedagógico-terapêuticas.
É comum que estes alunos tenham um lugar de “curiosos vorazes”, com
dificuldade em entender metáforas, tendem a entender tudo “no real”; eles têm
condições cognitivas, mas possui limitações, devido à sua posição singular com
respeito à linguagem. Em caso de agitação do aluno, tente manter a sua estabilidade
e a do ambiente, isso é importante para que ele se sinta tranquilo novamente.
19. O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, marcado por três
características fundamentais: inabilidade para interagir socialmente,
dificuldade no domínio da linguagem e padrão de comportamento restritivo e
repetitivo. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para
o autismo, entre elas, fatores genéticos e biológicos.
São comportamentos comuns: incidência de movimentos estereotipados e
repetitivos, não estabelecer contato visual com as pessoas, não usar a fala
como ferramenta de comunicação, demonstrar apego anormal aos objetos.
Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam,
precisam manter seu mundo organizado e dentro da rotina.
Em alguns casos podem apresentar desempenho em algumas áreas do
conhecimento com características de genialidade.
20. São considerados superdotados aqueles que apresentam “notável desempenho
e/ou elevada potencialidade em alguns dos seguintes aspectos, isolados ou
combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica,
pensamento criativo ou produtivo, talentos especiais para artes e/ou capacidade
psicomotora.
As características mais comuns são: vivacidade mental, profundidade de
pensamento abstrato, distração e desinteresse pelas aulas, senso crítico aguçado,
originalidade, simpatia, liderança, persuasão, sentidos muito apurados, aquisição
precoce da linguagem, grande concentração e persistência, super-reatividade (aos
ruídos, dor e frustração).
Muitas vezes a criança superdotada é confundida como hiperativa devido ao seu
alto nível de energia.
É interessante o professor ter em sala um canto com calculadora, relógios velhos e
outros objetos que possam ser desmontados, além de jogos de raciocínio (que não
precise da escrita ou da fala); além de propor atividades desafiadoras e que exijam
reflexões, criação e elaboração de soluções diferentes.
21. Sabemos que a temática da inclusão,
enfocando o trabalho com as diferenças na sala de aula,
não se esgota com as discussões que tratamos aqui.
Buscamos porém, contemplar as questões relevantes para
uma ação docente calcada nos princípios da educação
para todos.
O nosso objetivo é contribuir, minimamente
que seja, para que cada um entenda que estar aberto
para conhecer cada aluno que encontramos em nossas
salas é mais importante do que ter conhecimentos isolados
sobre as deficiências e suas dificuldades.
Conhecendo e amando nosso educando,
teremos possibilidade de mediar com eficiência os
processos de ensino e de aprendizagem e assim, favorecer
o seu pleno desenvolvimento.
22. ALENCAR, E. S. Criatividade e educação de super-dotados.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
FIERRO, A. Os alunos com deficiência mental. IN: Coll, César
(2004) Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre:
Artes Médicas, 2ª ed. 3v.
Reilly, L. Escola inclusiva: linguagem e mediação. Campinas,
SP: Papirus, 2004.
RIBEIRO, J. MONTEIRO, Kátia (org). Autismo e psicose na
criança. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004.
http://www.conbrasd.com.br
ttp://www.mec.gov.br/seesp
Organização: LUZIETE LEITE