Palestra elaborada por Moacir José Sales Medrado, em 2004, para apresentação em reuniões políticas mostrando as oportunidades para o Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento apoiar o setor de base florestal.
Série Aprendendo com Outros: Habilidades para Liderar
Oportunidadesparaomapa
1. Alguns fatores devem ser atacados para garantir o
sucesso de empreendimentos florestais, especialmente
em pequenas e médias propriedades:
• Financiamento da produção. É necessário criar-se uma
linha de crédito ou outro mecanismo de apoio com juros e
carências apropriados, pois a distância entre o
investimento e o seu retorno é de no mínimo 7 anos para o
eucalipto e 12 anos para o pinus.
O Ministério da Agricultura está negociando uma forma
apoio financeiro a produção florestal junta à área
econômica governamental (Resp. Luis Antonio Ribeiro e
João Batista da Silva)
•
Oportunidades de Ação para o Ministério de Agricultura
2. Alguns fatores devem ser atacados para garantir o
sucesso de empreendimentos florestais, especialmente
em pequenas e médias propriedades:
•Oferta de material genético superior. Como em toda
atividade produtiva vegetal, a vantagem potencial de
materiais selecionados geneticamente é enorme em
relação a materiais não selecionados. Este fato é ainda
mais importante quando se leva em consideração a
distância entre plantio e colheita e o alto custo financeiro
de uma produção baixa.
O Ministério da Agricultura está organizando em parceria
com a Embrapa Florestas um mecanismo que garanta a
disponibilização de sementes de qualidade superior (Resp.
Luis Antonio Ribeiro e João Batista da Silva)
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3. •Organização de produtores florestais. A agricultura e a
pecuária brasileira tem longa tradição em associativismo e
cooperativismo. No entanto, a área florestal não tem
qualquer experiência na área e sempre foi praticada por
produtores isolados. Com isto, o sucesso da atividade
florestal é sempre associado a grandes produtores, via de
regra verticalizados e com indústrias fortes, pois
pequenos e médios produtores não conseguem produzir
em escalas de mercado. Logo, é necessário apoiar a
criação de associações e cooperativas florestais.
Esta é uma área em que as empresas públicas de
assistência possuem grande experiência. O Ministério da
Agricultura deverá apoiará ações para organização de
produtores na área florestal através de seu Departamento
Nacional de Cooperativismo.
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4. Transferência de tecnologia apropriada.
O país é um dos expoentes mundiais em silvicultura e
manejo de florestas de pinus e eucalipto. Algumas de suas
empresas são referenciais mundiais de qualidade e
produtividade em produção sustentável florestal, obtendo
rendimentos de 40 a 50 m3
/ ha.ano. Por outro lado, a
grande massa de produtores rurais obtém produtividades
de 15 a 25 m3
/ha.ano, muito abaixo do potencial produtivo
de suas áreas. Em grande parte, isto se deve a falta de
acesso a insumos tecnológicos, como material genético
superior, mas principalmente a inexistência de extensão
florestal. A extensão rural brasileira não atua de forma
consistente na área florestal e necessita de melhor
capacitação.
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5. Transferência de tecnologia apropriada.
Sob a coordenação da Embrapa Florestas, o plano de
trabalho para o plantio de 2001 prevê o estabelecimento
de:
o um programa de treinamento de extensionistas e
produtores, com uma estratégia de cursos realizados nas
regiões onde há uma indústria de base florestal
estruturada
o uma rede de unidades demonstrativas referenciais,
distribuida em locais estratégicos, próximos a polos
industriais de madeira e mobiliário
o um canal de comunicação com Embrapa Florestas,
um serviço de atendimento à extensão rural, com acesso
telefônico, via internet e assistência in loco
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6. Transferência de tecnologia apropriada.
As atividades deste programa serão dirigidas a algumas
regiões estratégicas, pelo seu potencial de produção e
pela proximidade com polos industriais de madeira e
mobiliário. Estes polos são:
• A metade sul do Rio Grande do Sul, com grandes áreas
e alta capacidade produtiva, a região necessita de
alternativas a pecuária extensiva e a monocultura do
arroz, combate a desertificação e combate a forte
depressão economica;
• A Serra Gaúcha, grande polo de mobiliário, é
responsável pela exportação anual de mais de US$100
milhões;
•
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7. Transferência de tecnologia apropriada.
• A Região do planalto catarinense com centro em Lages,
importante polo madeireiro e de celulose e papel;
• o oeste catarinse e nordeste do Rio Grande do Sul com
centro em Chapecó, região de pequenos produtores,
relevo ondulado e com alto potencial produtivo em seus
solos basálticos;
• a região metropolitana de Curitiba, incluindo o polo
moveleiro de São Bento do Sul em SC, importante área de
produção de madeira, chapas, papel e mobiliário e uma
das áreas de maior cobertura florestal das regiões sul e
sudeste;
•
Oportunidades de Ação para o Ministério de Agricultura
8. Transferência de tecnologia apropriada.
• o centro-sul paranaense e norte catarinense,
abrangendo os polos madeireiros de União da
Vitória, General Carneiro, Irati, Caçador, Curitibanos,
Canoinhas
• a região de Arapongas, PR, importante polo
moveleiro do estado do Paraná
• a região de Votuporanga, SP, importante polo
moveleiro do estado de São Paulo
Oportunidades de Ação para o Ministério de Agricultura
9. Transferência de tecnologia apropriada.
• a Região de Ubá, Bom Despacho e Martinho
Campos, MG, polo moveleiro emergente, com vastos
reflorestamentos de eucaliptus, mas com uma
necessidade extrema de mudança de patamar
tecnológico de sua silvicultura regional.
• Mato Grosso do Sul, com centro em Dourados, MS,
região carente de energia secagem de grãos
• Goiás, com centro no Distrito Federal ou Goiania,
GO, região carente de energia secagem de grãos
Oportunidades de Ação para o Ministério de Agricultura
10. Transferência de tecnologia apropriada.
• a Região de Ubá, Bom Despacho e Martinho
Campos, MG, polo moveleiro emergente, com vastos
reflorestamentos de eucaliptus, mas com uma
necessidade extrema de mudança de patamar
tecnológico de sua silvicultura regional.
• Mato Grosso do Sul, com centro em Dourados, MS,
região carente de energia secagem de grãos
• Goiás, com centro no Distrito Federal ou Goiania,
GO, região carente de energia secagem de grãos
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