SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  15
“Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, senão sei, 
tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais sábio que 
ele exatamente por não supor que saiba o que não sei”.
Sócrates não fundou uma escola como 
diversos outros filósofos. Era um pregador 
que ensinava em locais públicos e não 
escreveu nada de seus pensamentos. Suas 
ideias chegaram até nós através dos escritos 
dos seus discípulos, principalmente Platão 
que faz de Sócrates porta voz de muitas de 
suas ideias, sendo difícil separar o 
pensamento dos dois. O mesmo ocorre com 
os outros autores que escreveram sobre 
Sócrates.
Filósofo grego, Sócrates nasceu em Atenas no ano de 
470 a.C. De origem modesta, era filho de Sofronisco , 
escultor, e de Fenarete , parteira, com quem dizia ter 
aprendido a arte de obstetra de pensamentos. 
Era casado com Xantipa, cujo nome se tornou 
provérbio. 
Se tornou-se um dos principais pensadores 
da Grécia Antiga. 
Foi influenciado pelo conhecimento de um outro 
importante filósofo grego: Anaxágoras. 
Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem 
sobre a essência da natureza da alma humana.
Sócrates era considerado pelos seus 
contemporâneos um dos homens mais 
sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, 
demonstra uma necessidade grande de levar 
o conhecimento para os cidadãos gregos.
• Discípulo - Sabe o que eu acabo de escutar sobre um dos nossos 
colegas? 
• Sócrates - Espere um momento. Antes de me contar, gostaria de fazer 
um pequeno teste com você, que chamo de teste de tripla filtragem. 
Vamos filtrar o que vais me contar. 
• O primeiro filtro é o da verdade. Você tem certeza absoluta de que o que 
você vai me contar é verdade? "Não", disse o discípulo. "Certamente, 
só escutei outras pessoas falarem sobre isso e... "Muito bem", disse 
Sócrates. "Então você realmente não sabe se é verdade ou não. Vamos 
testar o segundo filtro. O que você está prestes a me contar sobre meu 
estudante é alguma coisa boa? "Não, ao contrário...? "Então", 
continuou Sócrates, "você quer me contar alguma coisa ruim sobre 
seu colega, mesmo não tendo certeza que seja verdadeiro... "O 
discípulo gaguejou, mostrando-se bastante embaraçado. 
• Sócrates continuou. "Você deve finalizar o teste porque ainda existe o 
terceiro filtro - o filtro da utilidade. O que você quer me contar sobre ele 
tem alguma utilidade para mim? 
• "Não, certamente não. 
• "Bem," concluiu Sócrates: "se o que você quer me contar não é 
verdade, não é bom, nem me serve para nada, porque você quer me 
contar?"
Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia 
algumas ideias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos 
aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e 
costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos. 
Antes dele surgir no panorama intelectual da Grécia, os filósofos estavam voltados 
para a explicação natural do universo, fase que ficou conhecida como pré-socrática. 
No final do século V a.C. iniciou-se a segunda fase da filosofia grega, 
conhecida como socrática ou antropológica, onde a preocupação de maior vulto se 
relacionava com o indivíduo e a organização da humanidade. Passaram a 
perguntar: O que é a verdade? O que é o bem? O que é a justiça?. 
Sócrates criou um método de investigação 
do conhecimento através da maiêutica 
"técnica de trazer a luz" no qual, por meio 
de sucessivas questões, se chegava à 
verdade. Esse caminho usado por Sócrates 
era um verdadeiro “parto”, onde ele induzia 
os seus discípulos a praticarem 
mentalmente a busca da verdade última.
A sabedoria passa a ter como objeto de pesquisa o homem. A Sabedoria 
Humana é o quanto o homem pode saber sobre o próprio homem. 
Sócrates busca responder a questão de qual é o ser, a natureza última, a 
essência do homem. 
A essa pergunta Sócrates responde que o homem é a sua alma, e a alma 
do homem é a sua razão. A alma do homem é a sua consciência. A alma 
é o que dá ao homem a sua personalidade intelectual e moral. Cuidar de 
si mesmo é cuidar da própria alma mais do que do corpo. 
O educador tem assim por tarefa ensinar os homens a cuidar da própria 
alma. Sócrates considerava-se um educador e como tal tinha por tarefa 
ensinar as pessoas a cuidar da alma mais do que do corpo e das riquezas. 
Ele buscava a virtude e a virtude não nasce da riqueza nem do culto ao 
corpo, tão próprio dos atenienses da época. O corpo tem que ser um 
instrumento da alma, da sabedoria. Conhecer a si mesmo é conhecer a 
própria alma.
O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase "conhece-te a 
ti mesmo". Antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o 
homem deve antes analisar-se e reconhecer sua própria 
ignorância. Para ele o limite de sua sabedoria era a sua própria 
ignorância .Só sei que nada sei. Os erros que cometemos em 
nossa vida são culpa da nossa ignorância. Não se proclamava 
sábio e tentava fazer com que as pessoas se sentissem ignorantes 
e que admitissem a sua ignorância e fazia isso através do 
perguntar e do questionar, Sócrates tanto fez isso que conquistou 
diversas inimizades.
Para Sócrates as pessoas deveriam 
concentrar os seus esforços em serem 
virtuosos, para si mesmos, para seus 
amigos e para a comunidade a que 
pertencem pois a virtude deve ser 
conquistada também pelo grupo humano, 
pela polis. 
Para os gregos a virtude era a 
qualidade essencial que faz do 
ser o que ele é, assim é virtuoso o 
homem que tenta ser bom e 
perfeito utilizando a razão e o 
conhecimento para atingir esse 
objetivo porque essas qualidades 
são próprias do homem. 
O homem para ser virtuoso não precisa renunciar aos prazeres, a 
virtude deve levar o homem a uma vida perfeita não a negação dessa 
vida.
Sócrates era contrário a aristocracia democrática, defendia que a 
república deveria ser governada por filósofos. Pensava também 
que em algumas situações os tiranos podem até ser mais 
legítimos que a democracia. Os filósofos seriam os perfeitos 
governadores do estado pois somente eles tem a capacidade de 
entender os mais profundos conhecimentos.
Ele não era ateu mas afirmava que acreditava em uma 
divindade particular, filha dos deuses tradicionais que ele 
chamava daimonion que era um ser inferior aos deuses mas 
superior aos homens. Mesmo assim ele era contra os deuses 
nos quais a cidade acreditava. 
Sócrates se dizia atormentado por essa voz divina interior que 
ele ouvia não tanto para o indicar a pensar e agir, mas para o 
dissuadir de fazer determinada ação. 
Para ele os cultos religiosos devem fazer parte da vida de 
todos os cidadãos. Aconselha as pessoas a que sigam os 
cultos e aos costumes da sua cidade. Os deuses são a 
expressão do princípio divino. Esse princípio divino pode 
trazer aos homens o supremo bem que é a virtude. A 
religião pra Sócrates é a sua filosofia. Seu Deus é a 
inteligência que pode conhecer todas as coisas e que pode 
também ordenar essas coisas.
Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, 
começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. 
Suas qualidades de orador e sua inteligência, também 
colaboraram para o aumento de sua popularidade. 
Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite 
mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates 
como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi 
preso, acusado de pretender subverter a ordem social, 
corromper a juventude e provocar mudanças na religião 
grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando 
um veneno chamado cicuta, em 399 AC.
http://www.youtube.com/watch?v=LAu-nAVl9H4
Trabalho referente ao 3º Bimestre da matéria de Filosofia 
da Escola Estadual Professora Eufrosina Pinto do 2° A, do 
Ensino Médio. 
-----------------------------------------------------Professora: 
Edilaine 
Glória de Dourados/MS

Contenu connexe

Tendances

Etica na historia da filosofia
Etica na historia da filosofiaEtica na historia da filosofia
Etica na historia da filosofia
masalas
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
Over Lane
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
Rodrigo Cisco
 
Renascimento - Filosofia
Renascimento - FilosofiaRenascimento - Filosofia
Renascimento - Filosofia
Carson Souza
 

Tendances (20)

Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSOS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
 
Etica na historia da filosofia
Etica na historia da filosofiaEtica na historia da filosofia
Etica na historia da filosofia
 
Friedrich nietzsche
Friedrich  nietzscheFriedrich  nietzsche
Friedrich nietzsche
 
Apresentação modernidade líquida
Apresentação modernidade líquidaApresentação modernidade líquida
Apresentação modernidade líquida
 
Platão e a Realidade
Platão e a RealidadePlatão e a Realidade
Platão e a Realidade
 
Política antiga e medieval aula - 3º ano
Política antiga e medieval   aula  - 3º anoPolítica antiga e medieval   aula  - 3º ano
Política antiga e medieval aula - 3º ano
 
Trabalho e Sociedade
Trabalho e SociedadeTrabalho e Sociedade
Trabalho e Sociedade
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 
Os Sofistas
Os SofistasOs Sofistas
Os Sofistas
 
A Filosofia no Período Clássico
A Filosofia no Período ClássicoA Filosofia no Período Clássico
A Filosofia no Período Clássico
 
Protágoras
ProtágorasProtágoras
Protágoras
 
Ideologia
IdeologiaIdeologia
Ideologia
 
Renascimento - Filosofia
Renascimento - FilosofiaRenascimento - Filosofia
Renascimento - Filosofia
 
A República de Platão
A República de PlatãoA República de Platão
A República de Platão
 
Filosofia- Aristóteles
Filosofia- AristótelesFilosofia- Aristóteles
Filosofia- Aristóteles
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e MoralSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e Moral
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
 

En vedette

Os Tres Filtros De Socrates
Os Tres Filtros De Socrates Os Tres Filtros De Socrates
Os Tres Filtros De Socrates
Glaucia Menezes
 
Socrates 1 ano
Socrates 1 anoSocrates 1 ano
Socrates 1 ano
Over Lane
 
A ginástica alemã trabalho final
A ginástica alemã   trabalho finalA ginástica alemã   trabalho final
A ginástica alemã trabalho final
Dayane Pryscilla
 
Socrates e o nascimento da filosofia
Socrates e o nascimento da filosofiaSocrates e o nascimento da filosofia
Socrates e o nascimento da filosofia
Silvia Cintra
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socrates
UNESC
 

En vedette (16)

Os Tres Filtros De Socrates
Os Tres Filtros De Socrates Os Tres Filtros De Socrates
Os Tres Filtros De Socrates
 
Socrates Urhodes
Socrates UrhodesSocrates Urhodes
Socrates Urhodes
 
Sócrates
Sócrates Sócrates
Sócrates
 
Socrates 1 ano
Socrates 1 anoSocrates 1 ano
Socrates 1 ano
 
A ginástica alemã trabalho final
A ginástica alemã   trabalho finalA ginástica alemã   trabalho final
A ginástica alemã trabalho final
 
Socrates e o nascimento da filosofia
Socrates e o nascimento da filosofiaSocrates e o nascimento da filosofia
Socrates e o nascimento da filosofia
 
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da FilosofiaAula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
Aula 03 - Sócrates e o Nascimento da Filosofia
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socrates
 
Sócrates: Vida e obra
Sócrates: Vida e obraSócrates: Vida e obra
Sócrates: Vida e obra
 
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e SócratesIntrodução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
Introdução à Filosofia - Os Pré-socráticos, Os Sofistas e Sócrates
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
Socrates
SocratesSocrates
Socrates
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
A apologia de sócrates
A apologia de sócratesA apologia de sócrates
A apologia de sócrates
 

Similaire à Sócrates

O ser humano para os sofistas e sócrates
O ser humano para os sofistas e sócratesO ser humano para os sofistas e sócrates
O ser humano para os sofistas e sócrates
marta soraia santana
 
filosofia-socrates.doc
 filosofia-socrates.doc filosofia-socrates.doc
filosofia-socrates.doc
Patty Nery
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Altair Moisés Aguilar
 
Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e AristótelesSócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e Aristóteles
Erizon Júnior
 
Material filosofia
Material filosofiaMaterial filosofia
Material filosofia
Matheus L P
 
AULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELES
AULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELESAULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELES
AULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELES
luluzivania
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoFilosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Carson Souza
 

Similaire à Sócrates (20)

O ser humano para os sofistas e sócrates
O ser humano para os sofistas e sócratesO ser humano para os sofistas e sócrates
O ser humano para os sofistas e sócrates
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Socrates
SocratesSocrates
Socrates
 
filosofia-socrates.doc
 filosofia-socrates.doc filosofia-socrates.doc
filosofia-socrates.doc
 
Filosofia Socrática
Filosofia SocráticaFilosofia Socrática
Filosofia Socrática
 
Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e AristótelesSócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e Aristóteles
 
Primeiros anos filosofia1442011175447
Primeiros anos   filosofia1442011175447Primeiros anos   filosofia1442011175447
Primeiros anos filosofia1442011175447
 
Primeiros anos filosofia1442011175447
Primeiros anos   filosofia1442011175447Primeiros anos   filosofia1442011175447
Primeiros anos filosofia1442011175447
 
Filósofos socráticos
Filósofos socráticos Filósofos socráticos
Filósofos socráticos
 
Textosiv
TextosivTextosiv
Textosiv
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo-Prof.Altair Aguilar.
 
O conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaO conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antiga
 
Filosofia da educação
Filosofia da educaçãoFilosofia da educação
Filosofia da educação
 
Socrates e Platao Precursores da ideia Crista
Socrates e Platao Precursores da ideia CristaSocrates e Platao Precursores da ideia Crista
Socrates e Platao Precursores da ideia Crista
 
Sócrates e platão prec. espiritismo
Sócrates e platão prec. espiritismoSócrates e platão prec. espiritismo
Sócrates e platão prec. espiritismo
 
Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e AristótelesSócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e Aristóteles
 
Material filosofia
Material filosofiaMaterial filosofia
Material filosofia
 
AULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELES
AULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELESAULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELES
AULAS FILOSOFIA.pdf SOCRATES E PLATAO E ARISTOTELES
 
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao HelenismoFilosofia Grega Clássica ao Helenismo
Filosofia Grega Clássica ao Helenismo
 
A filisofia do mundo
A filisofia do mundoA filisofia do mundo
A filisofia do mundo
 

Plus de Manu Costa (6)

Revolução Chinesa
Revolução ChinesaRevolução Chinesa
Revolução Chinesa
 
Oriente médio
Oriente médioOriente médio
Oriente médio
 
ÍNDIA
ÍNDIAÍNDIA
ÍNDIA
 
FILOSOFIA GREGA
FILOSOFIA GREGAFILOSOFIA GREGA
FILOSOFIA GREGA
 
"O CHAMADO ESTADO NEOLIBERAL"
"O CHAMADO ESTADO NEOLIBERAL""O CHAMADO ESTADO NEOLIBERAL"
"O CHAMADO ESTADO NEOLIBERAL"
 
Petróleo no mundo
Petróleo no mundoPetróleo no mundo
Petróleo no mundo
 

Dernier

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 

Dernier (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 

Sócrates

  • 1. “Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, senão sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei”.
  • 2. Sócrates não fundou uma escola como diversos outros filósofos. Era um pregador que ensinava em locais públicos e não escreveu nada de seus pensamentos. Suas ideias chegaram até nós através dos escritos dos seus discípulos, principalmente Platão que faz de Sócrates porta voz de muitas de suas ideias, sendo difícil separar o pensamento dos dois. O mesmo ocorre com os outros autores que escreveram sobre Sócrates.
  • 3. Filósofo grego, Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. De origem modesta, era filho de Sofronisco , escultor, e de Fenarete , parteira, com quem dizia ter aprendido a arte de obstetra de pensamentos. Era casado com Xantipa, cujo nome se tornou provérbio. Se tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana.
  • 4. Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos.
  • 5. • Discípulo - Sabe o que eu acabo de escutar sobre um dos nossos colegas? • Sócrates - Espere um momento. Antes de me contar, gostaria de fazer um pequeno teste com você, que chamo de teste de tripla filtragem. Vamos filtrar o que vais me contar. • O primeiro filtro é o da verdade. Você tem certeza absoluta de que o que você vai me contar é verdade? "Não", disse o discípulo. "Certamente, só escutei outras pessoas falarem sobre isso e... "Muito bem", disse Sócrates. "Então você realmente não sabe se é verdade ou não. Vamos testar o segundo filtro. O que você está prestes a me contar sobre meu estudante é alguma coisa boa? "Não, ao contrário...? "Então", continuou Sócrates, "você quer me contar alguma coisa ruim sobre seu colega, mesmo não tendo certeza que seja verdadeiro... "O discípulo gaguejou, mostrando-se bastante embaraçado. • Sócrates continuou. "Você deve finalizar o teste porque ainda existe o terceiro filtro - o filtro da utilidade. O que você quer me contar sobre ele tem alguma utilidade para mim? • "Não, certamente não. • "Bem," concluiu Sócrates: "se o que você quer me contar não é verdade, não é bom, nem me serve para nada, porque você quer me contar?"
  • 6. Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas ideias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos. Antes dele surgir no panorama intelectual da Grécia, os filósofos estavam voltados para a explicação natural do universo, fase que ficou conhecida como pré-socrática. No final do século V a.C. iniciou-se a segunda fase da filosofia grega, conhecida como socrática ou antropológica, onde a preocupação de maior vulto se relacionava com o indivíduo e a organização da humanidade. Passaram a perguntar: O que é a verdade? O que é o bem? O que é a justiça?. Sócrates criou um método de investigação do conhecimento através da maiêutica "técnica de trazer a luz" no qual, por meio de sucessivas questões, se chegava à verdade. Esse caminho usado por Sócrates era um verdadeiro “parto”, onde ele induzia os seus discípulos a praticarem mentalmente a busca da verdade última.
  • 7. A sabedoria passa a ter como objeto de pesquisa o homem. A Sabedoria Humana é o quanto o homem pode saber sobre o próprio homem. Sócrates busca responder a questão de qual é o ser, a natureza última, a essência do homem. A essa pergunta Sócrates responde que o homem é a sua alma, e a alma do homem é a sua razão. A alma do homem é a sua consciência. A alma é o que dá ao homem a sua personalidade intelectual e moral. Cuidar de si mesmo é cuidar da própria alma mais do que do corpo. O educador tem assim por tarefa ensinar os homens a cuidar da própria alma. Sócrates considerava-se um educador e como tal tinha por tarefa ensinar as pessoas a cuidar da alma mais do que do corpo e das riquezas. Ele buscava a virtude e a virtude não nasce da riqueza nem do culto ao corpo, tão próprio dos atenienses da época. O corpo tem que ser um instrumento da alma, da sabedoria. Conhecer a si mesmo é conhecer a própria alma.
  • 8. O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase "conhece-te a ti mesmo". Antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem deve antes analisar-se e reconhecer sua própria ignorância. Para ele o limite de sua sabedoria era a sua própria ignorância .Só sei que nada sei. Os erros que cometemos em nossa vida são culpa da nossa ignorância. Não se proclamava sábio e tentava fazer com que as pessoas se sentissem ignorantes e que admitissem a sua ignorância e fazia isso através do perguntar e do questionar, Sócrates tanto fez isso que conquistou diversas inimizades.
  • 9. Para Sócrates as pessoas deveriam concentrar os seus esforços em serem virtuosos, para si mesmos, para seus amigos e para a comunidade a que pertencem pois a virtude deve ser conquistada também pelo grupo humano, pela polis. Para os gregos a virtude era a qualidade essencial que faz do ser o que ele é, assim é virtuoso o homem que tenta ser bom e perfeito utilizando a razão e o conhecimento para atingir esse objetivo porque essas qualidades são próprias do homem. O homem para ser virtuoso não precisa renunciar aos prazeres, a virtude deve levar o homem a uma vida perfeita não a negação dessa vida.
  • 10.
  • 11. Sócrates era contrário a aristocracia democrática, defendia que a república deveria ser governada por filósofos. Pensava também que em algumas situações os tiranos podem até ser mais legítimos que a democracia. Os filósofos seriam os perfeitos governadores do estado pois somente eles tem a capacidade de entender os mais profundos conhecimentos.
  • 12. Ele não era ateu mas afirmava que acreditava em uma divindade particular, filha dos deuses tradicionais que ele chamava daimonion que era um ser inferior aos deuses mas superior aos homens. Mesmo assim ele era contra os deuses nos quais a cidade acreditava. Sócrates se dizia atormentado por essa voz divina interior que ele ouvia não tanto para o indicar a pensar e agir, mas para o dissuadir de fazer determinada ação. Para ele os cultos religiosos devem fazer parte da vida de todos os cidadãos. Aconselha as pessoas a que sigam os cultos e aos costumes da sua cidade. Os deuses são a expressão do princípio divino. Esse princípio divino pode trazer aos homens o supremo bem que é a virtude. A religião pra Sócrates é a sua filosofia. Seu Deus é a inteligência que pode conhecer todas as coisas e que pode também ordenar essas coisas.
  • 13. Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.
  • 15. Trabalho referente ao 3º Bimestre da matéria de Filosofia da Escola Estadual Professora Eufrosina Pinto do 2° A, do Ensino Médio. -----------------------------------------------------Professora: Edilaine Glória de Dourados/MS