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Memorial do
Convento
REALIZADO POR: RUBEN FERREIRA Nº16
Introdução
 Neste trabalho vou falar um pouco da obra de José
Saramago, “Memorial do Convento”.
 O “Memorial do Convento” é um dos mais belos romances de José
Saramago, o único Nobel da Literatura em língua portuguesa.
 A ação decorre no início do século XVIII, durante o reinado de D.
João V e da Inquisição. Este rei absolutista, graças à grande
quantidade de ouro e de diamantes vindos do Brasil
Colónia, mandou construir Palácio Nacional de Mafra, mais
conhecido por convento, em resultado de uma promessa que fez a
um padre para garantir a sucessão do trono.
Linhas de ação
 A obra é composta por 4 linhas de ação:
 1ª linha de ação: “Era uma vez um rei que fez a promessa de
levantar um convento em mafra”;
 2ª linha de ação: “Era uma vez a gente que construiu esse
convento (o povo)”;
 3ª linha de ação: “Era uma vez um soldado maneta e uma mulher
que tinha poderes”;
 4ª linha de ação: “Era uma vez um padre que queria voar e morreu
doido”.
Linhas de ação
 1ª linha de ação: Esta linha de ação envolve todas as personagens
da família real e relaciona-se com a 2ª linha de ação, uma vez que
é a promessa do rei que vai possibilitar a construção do convento.
 2ª linha de ação: Esta é a linha principal da história, a par da
quarta – a que respeita a construção da passarola. Glorificam-se
aqui os homens que se sacrificam, passam por dificuldades, mas
que também as vencem.
 3ª linha de ação: Nesta linha relata-se uma história de amor e o
modo de vida dos portugueses. Baltasar e Blimunda são os
construtores da passarola.
 4ª linha de ação: É relacionada com o sonho e o desejo de
construir uma máquina voadora. Também se enquadra na terceira
linha, dado que a construção da passarola resulta da força das
vontades que Blimunda tem de recolher para que a passarola voe.
Contextualização histórica do romance
 A ação do romance decorre no reinado de D. João V.
 Foi aclamado rei a 1 de Janeiro de 1707. A 9 de Junho de 1708
casou com D. Maria Ana de Áustria.
 O período histórico nacional em que se verificou um maior afluxo
de ouro vindo do Brasil coincidiu com o reinado de D. João V, que
teve lugar de 1707 a 1750.
Contextualização histórica do romance
 D. João V era um rei que tinha uma mentalidade muito exuberante
para a sua época pois só queria gastar dinheiro, muito dele
proveniente das minas brasileiras. D. João V gastou quase tudo
quanto pertenceu ao Estado do rendimento das minas brasileiras,
de modo a promover o seu prestígio e a manter uma corte
dominada pelo luxo, por outro lado, o país não dispunha de
pessoas preparadas para produzir riqueza a partir daquela que
entrava em Portugal.
 Vários estrangeiros, atraídos pelo ouro, instalaram as suas indústrias
no nosso país. Mas, muitos destes empreendimentos não
floresceram, devido à falta de organização económica.
Espaço
 Existem 3 tipos de Espaços: o Físico, o Social e o Psicológico.
O espaço Físico
 É o espaço real, onde os acontecimentos ocorrem. O cenário da
obra tem dois macroespaços:
- Lisboa e Mafra.
Lisboa
Terreiro do Paço - local onde se situava o palácio do rei;
Rossio - é o centro urbano onde tem lugar as festividades como os
autos-de-fé, as procissões e as touradas;
Abegoaria - a Quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da
Pedreira, é o local onde a passarola é construída.
Espaço
 Mafra
 Vila de Mafra - é uma pequena população que sobrevive pela
agricultura e que vive isolada da civilização até o rei escolher
Mafra como local da construção do convento;
 Alto da Vela - é o local da construção do convento;
 Ilha da Madeira - é um aglomerado de barracões de madeira
onde se localiza os alojamentos dos operários que trabalham na
construção.
Espaço
Social
 Procissão do Corpo de Deus;
 O trabalho no Convento de
Mafra;
 Procissão de quaresma;
 Autos-de-Fé;
 Touradas.
Espaço
Psicológico
É constituído pelos elementos que traduzem a interioridade das
personagens.
Nesta obra, o espaço psicológico é formado com apoio nos monólogos
das personagens.
Com isto, quando as personagens revelam os seus sonhos, recorrem às
suas memórias ou partilham os seus pensamentos, é possíveis os espaços
que já existiram ou outros imaginados pelas personagens.
Tempo
 A ação passa-se no início do século XVIII (1711 - 1739), não é um
tempo contínuo uma vez que o discurso do narrador cria espaços
dentro desse período cronológico para o integrar num tempo único
em que passado, presente e futuro se misturam.
 Ao longo da obra são-nos dadas várias indicações temporais,
através de episódios como: a história da família real, o romance de
Baltasar e Blimunda, a construção da passarola e o
desaparecimento de algumas personagens.
 O autor recorre também frequentemente à utilização de
analepses, prolepses e elipse , que indicam recuos, avanços e
omissão de períodos temporais.
Tempo (Prolepses e Analepses)
Analepses
São recuos no tempo, que geralmente explicam acontecimentos anteriores,
contribuindo para a coesão da narrativa.
Exemplo:
- “(…) desde mil seiscentos e quarenta, durante mais de oitenta anos…”
Prolepses
São antecipações de alguns acontecimentos que auxiliam a crítica social e a visão
globalizada de tempos distintos por parte do narrador.
Exemplo:
- “(…) o tal Fernando, que será o sexto da tabela espanhola e de rei pouco mais terá
que o nome”
Elipse
São omissões de períodos temporais.
Exemplo:
- No final da narrativa, o salto temporal de 9 anos (desde 1730, data da sagração da
basílica) correspondendo ao tempo de procura de Baltasar por Blimunda (1739).
Tempo ( Datas Importantes )
Algumas das referências temporais mais importantes:
 Em 1716, tem lugar a bênção da primeira pedra do Convento em
Mafra;
 Em 1717, quando Baltasar e Blimunda regressam a Lisboa para
trabalhar na passarola do padre Bartolomeu de Gusmão;
 Em 1730, data do quadragésimo primeiro aniversário do rei D. João V
e realiza-se a consagração do Convento de Mafra;
 E em 1739, data que termina a ação, em que Blimunda vê Baltasar a
ser queimado em Lisboa, num auto-de-fé;
Personagens principais
 D. João V;
 D. Maria Ana Josefa;
 Baltasar e Blimunda;
 Padre Bartolomeu;
 Domenico Scarlatti;
 Clero;
 Povo.
D. João V
D. João V é caracterizado por ser :
- Megalómano – pois desvia as riquezas nacionais para manter a corte
dominada de luxo;
- Curioso – pois interessa-se pelas invenções do padre Bartolomeu de
Gusmão;
- Devoto fanático – pois submete o país inteiro a uma promessa pessoal
( a construção do convento, de modo a garantir a sucessão) e que
assiste aos autos-de-fé;
- Rei vaidoso – que se equipara a Deus nas suas relações com as
religiosas;
- E um homem que teme a morte e que antecipa a sua imortalidade,
através da sagração do convento no dia do seu quadragésimo
primeiro aniversário.
D. Maria Ana Josefa
 A rainha representa a mulher que só através do sonho se liberta da
sua condição aristocrática para assumir a sua feminilidade. D.
Maria Ana é caracterizada como uma mulher passiva e insatisfeita.
Blimunda e Baltasar
Blimunda
 Filha de Sebastiana Maria de Jesus, que fora, pela
inquisição, condenada e degredada, por ser cristã-nova conhece
Baltasar. Com capacidades de videntes e possuidora de uma
sabedoria muito própria, vai ajudar na construção da passarola e
partilhar com Baltasar as alegrias, tristezas e preocupações da vida.
 Blimunda é uma estranha vidente que vê no interior dos corpos os
males que destroem a vida e consegue recolher as “ vontades”
vitais que permitirão o voo da passarola do padre Bartolomeu. Por
amar Baltasar, Blimunda recusa usar a magia para conhecer o sei
interior.
 O poder de Blimunda permite, simultaneamente, curar e criar, ou
melhor, ver o que está no mundo, as verdades mais profundas que
o sustentam.
Blimunda e Baltasar
Baltasar
 Baltasar Mateus, de Alcunha Sete-Sóis, é um dos protagonistas do
romance.
 Foi soldado na Guerra da Sucessão Espanhola, de onde foi
mandado embora pois perdeu a sua mão esquerda.
 É jovem, tem apenas 26 anos.
 Conhece Blimunda, num auto-de-fé e com ela partilha a vida e os
sonhos.
Padre Bartolomeu
 O padre bartolomeu tinha o sonho de construir uma passarola
voadora e com ela voar, mas só o conseguiu devido á sua
amizade com o rei D. João V que também possui o sonho e a
esperança da máquina voadora.
 Com a ajuda de Baltasar e Blimunda construiu a tal passarola.
 Foi forçado a fugir á Inquisição por possível adesão ao judaísmo ou
por se ter envolvido num caso de bruxaria.
 Morreu em Toledo, em 1724.
Povo
 Personagem importante, o povo trabalhador construiu o convento
de Mafra, à custa de muitos sacrifícios e mesmo de algumas
mortes. Definido pelo seu trabalho, pela sua miséria física e moral,
pela sua devoção, este povo humilde surge como o verdadeiro
obreiro da realização do sonho de D. João V.
 Os trabalhadores são apenas qualquer coisa mais desta obra
grandiosa, ou, como diz o narrador, “a diferença que há entre tijolo
e homem é a diferença que se julga haver entre quinhentos e
quinhentos […]”.
Conclusão
 Para concluir tenho a afirmar que a obra “Memorial do Convento”
é uma narrativa histórica que percorre este período de
aproximadamente 30 anos de história portuguesa, no reinado de D.
João V entrelaçando personagens e acontecimentos verídicos
com seres conseguidos pela ficção.
 Saramago fundamenta-se na realidade histórica da Inquisição, da
família real, do padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão ( inventor
da passarola voadora) e de muitas das figuras da intelectualidade
e da política portuguesa, embora ficcionasse a sua ação.
BIBLIOGRAFIA
 http://memorialdoconvento.freewebsites.com/intro.html
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial_do_Convento
 http://faroldasletras.no.sapo.pt/memorial_do_convento.html
 http://www.slideshare.net/mariacel/memorial-do-convento-o-tempo-histrico
 http://mentesbrilhantes20102011.blogspot.pt/2010/05/memorial-do-convento-de-
jose-saramago.html
 http://tudoparaportugues.blogspot.pt/2008/10/espao-e-personagens-em-memorial-
do.html
 http://brunasilva94.blogspot.pt/2013/01/espaco-fisico-social-e-psicologico.html
 http://pt.scribd.com/doc/31617912/Memorial-do-Convento-caracterizacao-de-
personagens-e-simbologia
 http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/portugues/12_blimunda_e_baltazar_d.htm
 http://aprendendoportuguesjessica.blogspot.pt/2011/03/caracterizacao-das-
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Memorial do Convento de José Saramago: Linhas de ação e personagens principais

  • 1. Memorial do Convento REALIZADO POR: RUBEN FERREIRA Nº16
  • 2. Introdução  Neste trabalho vou falar um pouco da obra de José Saramago, “Memorial do Convento”.  O “Memorial do Convento” é um dos mais belos romances de José Saramago, o único Nobel da Literatura em língua portuguesa.  A ação decorre no início do século XVIII, durante o reinado de D. João V e da Inquisição. Este rei absolutista, graças à grande quantidade de ouro e de diamantes vindos do Brasil Colónia, mandou construir Palácio Nacional de Mafra, mais conhecido por convento, em resultado de uma promessa que fez a um padre para garantir a sucessão do trono.
  • 3. Linhas de ação  A obra é composta por 4 linhas de ação:  1ª linha de ação: “Era uma vez um rei que fez a promessa de levantar um convento em mafra”;  2ª linha de ação: “Era uma vez a gente que construiu esse convento (o povo)”;  3ª linha de ação: “Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes”;  4ª linha de ação: “Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido”.
  • 4. Linhas de ação  1ª linha de ação: Esta linha de ação envolve todas as personagens da família real e relaciona-se com a 2ª linha de ação, uma vez que é a promessa do rei que vai possibilitar a construção do convento.  2ª linha de ação: Esta é a linha principal da história, a par da quarta – a que respeita a construção da passarola. Glorificam-se aqui os homens que se sacrificam, passam por dificuldades, mas que também as vencem.  3ª linha de ação: Nesta linha relata-se uma história de amor e o modo de vida dos portugueses. Baltasar e Blimunda são os construtores da passarola.  4ª linha de ação: É relacionada com o sonho e o desejo de construir uma máquina voadora. Também se enquadra na terceira linha, dado que a construção da passarola resulta da força das vontades que Blimunda tem de recolher para que a passarola voe.
  • 5. Contextualização histórica do romance  A ação do romance decorre no reinado de D. João V.  Foi aclamado rei a 1 de Janeiro de 1707. A 9 de Junho de 1708 casou com D. Maria Ana de Áustria.  O período histórico nacional em que se verificou um maior afluxo de ouro vindo do Brasil coincidiu com o reinado de D. João V, que teve lugar de 1707 a 1750.
  • 6. Contextualização histórica do romance  D. João V era um rei que tinha uma mentalidade muito exuberante para a sua época pois só queria gastar dinheiro, muito dele proveniente das minas brasileiras. D. João V gastou quase tudo quanto pertenceu ao Estado do rendimento das minas brasileiras, de modo a promover o seu prestígio e a manter uma corte dominada pelo luxo, por outro lado, o país não dispunha de pessoas preparadas para produzir riqueza a partir daquela que entrava em Portugal.  Vários estrangeiros, atraídos pelo ouro, instalaram as suas indústrias no nosso país. Mas, muitos destes empreendimentos não floresceram, devido à falta de organização económica.
  • 7. Espaço  Existem 3 tipos de Espaços: o Físico, o Social e o Psicológico. O espaço Físico  É o espaço real, onde os acontecimentos ocorrem. O cenário da obra tem dois macroespaços: - Lisboa e Mafra. Lisboa Terreiro do Paço - local onde se situava o palácio do rei; Rossio - é o centro urbano onde tem lugar as festividades como os autos-de-fé, as procissões e as touradas; Abegoaria - a Quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, é o local onde a passarola é construída.
  • 8. Espaço  Mafra  Vila de Mafra - é uma pequena população que sobrevive pela agricultura e que vive isolada da civilização até o rei escolher Mafra como local da construção do convento;  Alto da Vela - é o local da construção do convento;  Ilha da Madeira - é um aglomerado de barracões de madeira onde se localiza os alojamentos dos operários que trabalham na construção.
  • 9. Espaço Social  Procissão do Corpo de Deus;  O trabalho no Convento de Mafra;  Procissão de quaresma;  Autos-de-Fé;  Touradas.
  • 10. Espaço Psicológico É constituído pelos elementos que traduzem a interioridade das personagens. Nesta obra, o espaço psicológico é formado com apoio nos monólogos das personagens. Com isto, quando as personagens revelam os seus sonhos, recorrem às suas memórias ou partilham os seus pensamentos, é possíveis os espaços que já existiram ou outros imaginados pelas personagens.
  • 11. Tempo  A ação passa-se no início do século XVIII (1711 - 1739), não é um tempo contínuo uma vez que o discurso do narrador cria espaços dentro desse período cronológico para o integrar num tempo único em que passado, presente e futuro se misturam.  Ao longo da obra são-nos dadas várias indicações temporais, através de episódios como: a história da família real, o romance de Baltasar e Blimunda, a construção da passarola e o desaparecimento de algumas personagens.  O autor recorre também frequentemente à utilização de analepses, prolepses e elipse , que indicam recuos, avanços e omissão de períodos temporais.
  • 12. Tempo (Prolepses e Analepses) Analepses São recuos no tempo, que geralmente explicam acontecimentos anteriores, contribuindo para a coesão da narrativa. Exemplo: - “(…) desde mil seiscentos e quarenta, durante mais de oitenta anos…” Prolepses São antecipações de alguns acontecimentos que auxiliam a crítica social e a visão globalizada de tempos distintos por parte do narrador. Exemplo: - “(…) o tal Fernando, que será o sexto da tabela espanhola e de rei pouco mais terá que o nome” Elipse São omissões de períodos temporais. Exemplo: - No final da narrativa, o salto temporal de 9 anos (desde 1730, data da sagração da basílica) correspondendo ao tempo de procura de Baltasar por Blimunda (1739).
  • 13. Tempo ( Datas Importantes ) Algumas das referências temporais mais importantes:  Em 1716, tem lugar a bênção da primeira pedra do Convento em Mafra;  Em 1717, quando Baltasar e Blimunda regressam a Lisboa para trabalhar na passarola do padre Bartolomeu de Gusmão;  Em 1730, data do quadragésimo primeiro aniversário do rei D. João V e realiza-se a consagração do Convento de Mafra;  E em 1739, data que termina a ação, em que Blimunda vê Baltasar a ser queimado em Lisboa, num auto-de-fé;
  • 14. Personagens principais  D. João V;  D. Maria Ana Josefa;  Baltasar e Blimunda;  Padre Bartolomeu;  Domenico Scarlatti;  Clero;  Povo.
  • 15. D. João V D. João V é caracterizado por ser : - Megalómano – pois desvia as riquezas nacionais para manter a corte dominada de luxo; - Curioso – pois interessa-se pelas invenções do padre Bartolomeu de Gusmão; - Devoto fanático – pois submete o país inteiro a uma promessa pessoal ( a construção do convento, de modo a garantir a sucessão) e que assiste aos autos-de-fé; - Rei vaidoso – que se equipara a Deus nas suas relações com as religiosas; - E um homem que teme a morte e que antecipa a sua imortalidade, através da sagração do convento no dia do seu quadragésimo primeiro aniversário.
  • 16. D. Maria Ana Josefa  A rainha representa a mulher que só através do sonho se liberta da sua condição aristocrática para assumir a sua feminilidade. D. Maria Ana é caracterizada como uma mulher passiva e insatisfeita.
  • 17. Blimunda e Baltasar Blimunda  Filha de Sebastiana Maria de Jesus, que fora, pela inquisição, condenada e degredada, por ser cristã-nova conhece Baltasar. Com capacidades de videntes e possuidora de uma sabedoria muito própria, vai ajudar na construção da passarola e partilhar com Baltasar as alegrias, tristezas e preocupações da vida.  Blimunda é uma estranha vidente que vê no interior dos corpos os males que destroem a vida e consegue recolher as “ vontades” vitais que permitirão o voo da passarola do padre Bartolomeu. Por amar Baltasar, Blimunda recusa usar a magia para conhecer o sei interior.  O poder de Blimunda permite, simultaneamente, curar e criar, ou melhor, ver o que está no mundo, as verdades mais profundas que o sustentam.
  • 18. Blimunda e Baltasar Baltasar  Baltasar Mateus, de Alcunha Sete-Sóis, é um dos protagonistas do romance.  Foi soldado na Guerra da Sucessão Espanhola, de onde foi mandado embora pois perdeu a sua mão esquerda.  É jovem, tem apenas 26 anos.  Conhece Blimunda, num auto-de-fé e com ela partilha a vida e os sonhos.
  • 19. Padre Bartolomeu  O padre bartolomeu tinha o sonho de construir uma passarola voadora e com ela voar, mas só o conseguiu devido á sua amizade com o rei D. João V que também possui o sonho e a esperança da máquina voadora.  Com a ajuda de Baltasar e Blimunda construiu a tal passarola.  Foi forçado a fugir á Inquisição por possível adesão ao judaísmo ou por se ter envolvido num caso de bruxaria.  Morreu em Toledo, em 1724.
  • 20. Povo  Personagem importante, o povo trabalhador construiu o convento de Mafra, à custa de muitos sacrifícios e mesmo de algumas mortes. Definido pelo seu trabalho, pela sua miséria física e moral, pela sua devoção, este povo humilde surge como o verdadeiro obreiro da realização do sonho de D. João V.  Os trabalhadores são apenas qualquer coisa mais desta obra grandiosa, ou, como diz o narrador, “a diferença que há entre tijolo e homem é a diferença que se julga haver entre quinhentos e quinhentos […]”.
  • 21. Conclusão  Para concluir tenho a afirmar que a obra “Memorial do Convento” é uma narrativa histórica que percorre este período de aproximadamente 30 anos de história portuguesa, no reinado de D. João V entrelaçando personagens e acontecimentos verídicos com seres conseguidos pela ficção.  Saramago fundamenta-se na realidade histórica da Inquisição, da família real, do padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão ( inventor da passarola voadora) e de muitas das figuras da intelectualidade e da política portuguesa, embora ficcionasse a sua ação.
  • 22. BIBLIOGRAFIA  http://memorialdoconvento.freewebsites.com/intro.html  http://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial_do_Convento  http://faroldasletras.no.sapo.pt/memorial_do_convento.html  http://www.slideshare.net/mariacel/memorial-do-convento-o-tempo-histrico  http://mentesbrilhantes20102011.blogspot.pt/2010/05/memorial-do-convento-de- jose-saramago.html  http://tudoparaportugues.blogspot.pt/2008/10/espao-e-personagens-em-memorial- do.html  http://brunasilva94.blogspot.pt/2013/01/espaco-fisico-social-e-psicologico.html  http://pt.scribd.com/doc/31617912/Memorial-do-Convento-caracterizacao-de- personagens-e-simbologia  http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/portugues/12_blimunda_e_baltazar_d.htm  http://aprendendoportuguesjessica.blogspot.pt/2011/03/caracterizacao-das- personagens.html
  • 23. FIM