1) O documento discute como as adversidades e injustiças no trabalho podem nos tornar mais fortes e nos preparar para o futuro.
2) É sugerido que as pessoas aprendam com experiências negativas e as usem para melhorar, mudar de rumo e valorizar conquistas anteriores.
3) O texto também alerta sobre líderes incompetentes que causam baixa produtividade e assédio moral, e defende a reflexão ética sobre como lidar com situações adversas.
Artigo 91 - Quando teimamos em vencer as adversidades e injustiças
1. QUANDO TEIMAMOS EM VENCER AS ADVERSIDADES E INJUSTIÇAS
Não podia começar este artigo sem falar no trabalho, já que é a mola que move o ser
humano e o mantém saudável e ativo. Do pensamento de Aristóteles, o trabalho é a
atividade humana com finalidade produtiva de transformar o mundo para os homens, com
uma natureza filosófica e física de um mundo humanizado. Conforme Angela Maria Pires
Caniato e Eliana da Costa Lima, muito bem definido em seu texto publicado, citam que a
atividade humana só é trabalho se houver a síntese entre o pensamento e a ação. A partir
do planejamento, idealização e estabelecimento de metas e finalidades para tal atividade,
que quando culmina na ação, gesto ou consecução do fazer propriamente dito, temos a
efetiva realização do trabalho. A resultante do todo é a materialização da intenção no
produto final, que traz uma sensação de bem estar e orgulho que só cada um pode viver a
sua.
Entretanto, e sempre existe e existirá um “entretanto”, qualquer interferência, mudança
imposta ou incongruência de sentido negativo ou opositório nesse processo reduzirá o
trabalho à um fardo pesado e vazio de finalidade subjetiva (sem expressão e sem produto).
E esta condição ocorre sempre que há ações por gestão de “chefes” incompetentes, que
não entendem o que fazemos ou o que se tem que fazer em termos de criatividade e
inovação para alavancar o setor que às vezes está mergulhado em período negro ou
situação de caos, e por medo da própria ineficácia de ações tende a diminuir as ações de
seus comandados. Diante disso e da imparcialidade das organizações, que criaram e
alimentam estes monstros e não sabem o que fazer com eles, é que prospera a baixa
produtividade, a inércia de desempenho e inovação, e por fim as adversidades e injustiças
que o assédio moral semeia.
Por mais experiente (em idade e conhecimento) que sejamos ou um talento em
diversos aspectos, nunca estamos preparados para o assédio moral em suas adversidades
e injustiças. Mas não podemos negar em aprender com os aspectos positivos da
negatividade destas duas situações. Temos que melhorar e temos que nos conscientizar
que os problemas desta natureza nos torna mais fortes e mais preparados, no mínimo para
não cometer o mesmo erro. Sob a ótica da transformação ou evolução, temos:
1 – Ficar mais forte: Se faltasse luz num hospital na hora da tua cirurgia, voce
preferiria ter um supervisor de manutenção experiente ou um recem formado? As
adversidades e injustiças, somados aos erros nossos e dos outros, nos prepara para sempre
termos um plano B, C ou quantos forem necessários e aplicá-los imediatamente seja para
enfrentar o problema ou para evitá-lo. Vamos aprender a segurança das emoções sob
qualquer tipo de pressão. Isto vai se transformar em eficiência a qualquer tempo, ou melhor,
em Efetividade.
2 – Mudança e Ação: As adversidades e injustiças nos remetem a obstáculos e devem
ser encarados como ponto de partida para a melhoria e planejamento para o alcance de
resultados. O ser humano tem a característica da acomodação e quando da ocorrência, tem
que estar preparado para superá-la com esquemas de superação, mudança de rumos e
2. caminhos e ações pré-concebidas para ter sucesso no enfrentamento da situação e estar
preparado para outras mesmo que não seja de mesmo estilo.
3 – Dar valor às conquistas: Ao longo do tempo, colecionamos conquistas de
trabalhos bem sucedidos e reconhecidos. Mas também costumamos nos esquecer das
mesmas, principalmente as mais antigas. As adversidades e injustiças provocam uma
porção de nosso cérebro em que estão guardadas tais conquistas e passamos a relembrá-
las com carinho e orgulho. A partir daí apreciamos o que temos, nos asseguramos da
própria capacidade e avaliamos o quanto custou para chegar lá, formamos um processo de
manutenção das conquistas e retomada do poder de idealizar, criar e inovar para o mercado
que o aceita.
4 – Aprender a enxergar as perspectivas: Mergulhado na situação de adversidade e
injustiça, percebemos a insignificancia de algumas coisas e a necessidade de valorização de
outras. Aprendemos a priorizar, identificar riscos e a prever o inevitável e com isso estar
preparado para tal. Damos menos valor ao coitadinho e mais valor ao vamos em frente ou
eu quero isto.
5 – Achar o mapa dos novos caminhos: A vida nos reserva o direito de “parar e
pensar” ou “parar para pensar”. E temos que ter a capacidade de encontrar os mapas que
teimamos em mantê-los escondidos ao longo da vida profissional. Nos surpreendemos com
as importantes vocações ou descobertas que fazemos e como somos capazes de traçar
novos rumos e encontrar novos desafios .
6 – Confiança: Quando vencemos as barreiras impostas pelas adversidades e
injustiças, aumenta o fluxo da auto-estima em nosso sangue, aparece o amor próprio e
notamos que podemos ter auto-controle. A confiança nos faz ressurgir das cinzas.
7 – Despertar o nosso grande Mestre: O que fiz e o que não fiz? Como, onde e
quando surgiu? Temos que nos perguntar sim, mas sem nos auto culpar pelo acontecido.
Mas a informação fundamental e principal, que agrega valor à nossa evolução é saber o que
não devemos fazer. De as várias opções e pontos de vistas ao seu Mestre interior,
mantendo a mente aberta e o pensamento são para que ele te guie para tomar a decisão.
É preciso haver um movimento para que os jovens percebam razoavelmente cedo que
há tanto significado na vida profissional quando eles conseguem adicionar às suas próprias.
Precisam entender que a árdua tarefa de compor uma vida profissional não pode ser
reduzida a adicionar episódios agradáveis, mas um caminhar de esforço e dedicação. A vida
é maior que a soma de seus momentos.
Estes mesmos jovens, inseridos nas organizações sob as vestes de gerentes, mas que
alguns não passam de meros “chefes”, pois sucumbem à sedução perversa do poder, que
num narcisismo crescente da condição se fecha para o aprender. Por incrível que pareça, a
maioria já não é tão jovem e carregam a patente do sargento nazi, que vive com a arma
apontada. E esta cegueira, inconscientemente é alimentada pelas organizações. Estas só
3. despertam para o erro quando se deparam com a falta de limites, e pior ainda com a
instauração do caos e da destruição do setor. Suas vítimas são aquelas que tem capacidade
de resistir à autoridade, grande conhecimento, multidisciplinariedade, transversalidade,
muita experiência e finalmente a liderança nata. Eles esquecem que o assédio é
discriminatório com eles mesmos, pois ratifica a recusa de uma diferença que para eles é
sempre menor.
Por fim, não podemos ficar estáticos às adversidades e injustiças, como meros
espectadores que assistem aos acontecimentos. Temos que criar nossos movimentos
interiores, visando enfrentar as dificuldades impostas ou se defender delas. Também temos
que buscar o equilíbrio frente às situações.
Mas o intuito deste texto é trazer a luz da não escolha por caminhos que vão levar ao
caos profissional. Minhas experiências ou de outros não servem para gerar experiência em
ninguém, mas podem indicar uma necessidade de reflexão daquilo que temos e que não
temos que fazer. A Ética, Moral e Justiça existem há muito tempo e sempre ocuparam
espaço no pensamento humano. Por isso, se policiar diante de tomada de decisões ou de
reações frente a ineditismos negativos podem também trazer experiência comportamental.