2. * Alta Idade Média – Séc V ao X
* Baixa Idade Média – Séc XI ao XV
* FEUDO = grande propriedade rural
- agricultura de subsistência;
- comércio reduzido ou inexistente;
- ausência ou baixa utilização de moeda;
- 3 divisões= manso senhorial, manso servil e
manso comunal (bosques e florestas)
* senhores feudais = nobres ou membros
do alto clero, proprietários dos feudos;
Modo de produção feudal
3.
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5.
6.
7. Clero, nobreza, servos e vilões (livres)
Sociedade Estamental (sem mobilidade social)
Os que rezam, os que batalham e os que trabalham.
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10.
11. - Corvéia = Trabalho obrigatório no manso
senhorial.
- Talha = Parte da produção obtida no manso
servil.
- Banalidades = Imposto pago em produtos pela
utilização de equipamentos do senhor (forno,
moinho, celeiro)
- Mão-morta = Imposto cobrado sobre a herança.
- Capitação = Imposto pago de acordo com os
membros da família.
- Tostão de Pedro= Dízimo para a Igreja.
12.
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14. O Senhor que doava se tornava suserano de quem recebia a
doação, prometendo proteger militarmente o seu vassalo.
O Senhor que recebia a doação se tornava vassalo de quem
fez a doação, obrigando-se a prestar serviço militar.
• Um suserano podia ter diversos vassalos
• Um Senhor Feudal podia ser, ao mesmo tempo, Suserano e
Vassalo.
• *Rei = Suserano dos Suseranos. (Em alguns casos
também foi vassalo.)
15.
16.
17. As Igrejas eram os únicos centros de cultura letrada da
sociedade medieval
• Baixo clero e o alto clero (nobreza)
Clero secular e clero regular
1054 = O Cisma do Oriente. (Império Bizantino)
Separação da Igreja Católica (Apostólica Romana e Cristã
Ortodoxa)
- cesaropapismo ( subordinação da Igreja a um chefe secular)
do Oriente
- Apoio do Papa ao Sacro Império Romano-Germânico
- dogmas (filioque = “em nome do filho...”)
18. Aumento populacional
Ausência de aumento da produtividade (limitações técnicas e
falta de estímulo)
* Arado de ferro e moinho hidráulico = tecnologias disponíveis
Excedente populacional “expulso” dos feudos (servos e
nobres vítimas do direito da primogenitura)
Busca de novas terras e riquezas aliada à expansão
mulçumana = CRUZADAS
19.
20.
21.
22. Expedições militares e religiosas para reconquistar
regiões sob domínio mulçumano.
A base dos exércitos era formada por “excluídos” da
estrutura feudal
Havia também o interesse econômico, com a busca
de produtos orientais e a abertura de novas rotas
O movimento das Cruzadas alimentou as rotas
comerciais e estimulou o fortalecimento dos
burgos
23. Séc XII = Hansas (associações de mercadores)
Liga Hanseática = Reunião de diversos mercadores
do norte da atual Alemanha
Grandes Feiras, sobretudo na região central da atual
França, proporcionavam o encontro de comerciantes
do norte e do sul (principalmente italianos)]
A insegurança das rotas terrestres (Guerra dos Cem
Anos) estimulou as rotas marítimas
24.
25.
26. Utilização de uma moeda padronizada
Desenvolvimento das atividades bancárias
A terra deixa de ser a única fonte de riqueza
Novo grupo social = burgueses
Os primeiros burgos ainda estavam submetidos ao
Senhor Feudal
Busca por Cartas de Franquia (autonomia dos
burgos) = direito de organização de tropas e
independência política e administrativa. Atuação do Rei.
27. GUILDAS = corporações de mercadores
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO = trabalhadores
= Busca de monopólio das suas atividades
- mestre-artesãos;
- oficiais;
- aprendizes.
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29.
30.
31.
32. Delimitação de fronteiras
Moeda Única
Unificação dos impostos
Formação de um exército permanente e nacional
Concentração de poderes nas mãos dos reis
(Absolutismo Monárquico)
Manutenção dos privilégios da nobreza
Formação de um corpo burocrático
Unificação de pesos e medidas
Imposição da justiça real
33. Enfraquecimento do poder regional do Senhor Feudal:
terras abandonadas
revoltas camponesas
perda de exércitos nas cruzadas
necessidade da nobreza em negociar com os reis a defesa
de suas terras.
Os interesses da burguesia:
a unificação territorial significava a unificação da moeda,
dos pesos e medidas e das leis.
Impostos pagos pelos mercadores inviabilizavam os
negócios da “burguesia”.
O rei fortalecia-se pela dependência da nobreza e pelo apoio
financeiro da burguesia.
34. Era preciso centralizar poderes – Interessados em
mudanças, os comerciantes e banqueiros financiam o
rei. Utilizando leis e fórmulas do direito romano,
juristas ajudam a justificar o poder real.
A decadência do modelo feudal era irreversível.
O emprego da infantaria permanente e do uso das
armas de fogo jogam por terra o uso da cavalaria.
A ICAR oferece resistência à centralização – Medo da
perda de poder e de terras
35. Aos poucos o rei expande territórios e delimita fronteiras
– formação de nações (língua, idioma e cultura).
Do ponto de vista ideológico a centralização só foi
possível porque a sociedade, inclusive a Igreja, acabara
por aceitar a legitimidade real.
O rei é soberano “pela graça de Deus” e, portanto,
passou a exercer o “uso legítimo da força, da justiça e
da arrecadação de impostos”.
Os tribunais desapareceram, a Igreja passou a julgar
somente os casos relativos à fé e o rei passou a ter o
controle da justiça.
Para manter a organização burocrática do Estado foi
preciso monopolizar a cobrança de impostos, até então
descentralizada nos feudos.
36. Nação – contrato político. Seus integrantes não se
identificam uns com os outros apenas por
solidariedades de ordem étnica, linguística ou
religiosa, mas se sentem parte da mesma nação
porque compartilham um contrato histórico,
estabelecido durante séculos.
Estado – não é definido com precisão por nenhum
padrão ou norma. De forma abrangente, podemos
denominar o Estado como um organismo político-
administrativo que exerce um poder soberano sobre
um determinado território, mediante a aplicação de
leis e o funcionamento de aparatos judiciais e
policiais encarregados de assegurar a obediência ao
poder constituído.
37.
38. Principal obra : O príncipe (publicado pela primeira vez
em 1532)
Defende a necessidade do príncipe de basear suas
forças em exércitos próprios
A suprema obrigação do REI é o poder e a segurança
do país que governa, ainda que para isso ele tenha que
derramar sangue. (Os fins justificam os meios).
Todas as pessoas são movidas exclusivamente por
interesses egoístas e ambições de poder pessoal.
A natureza é corruptível. Por isso, o ser humano é capaz
de corromper sempre que os desejos se sobrepõem.
O rei deve ser temido antes de ser amado.
Nicolau Maquiavel
1469-1527
39. Thomas Hobbes
(1588-1679)
Principal obra: O
Leviatã
Para Hobbes a
natureza humana é
má
Os homens são
competitivos e
egoístas, em um
Estado Natural entram
em competição,
caminhando para o
caos.
O homem é o lobo do
homem
40. A justificação de Hobbes para o poder
absoluto é estritamente racional e
friamente utilitária, completamente livre
de qualquer tipo de religiosidade e
sentimentalismo, negando implicitamente
a origem divina do poder
O que Hobbes admite é a existência do
pacto social (contratualismo)
O contrato seria implícito, sendo que o rei
conduziria a sociedade com amplos
poderes por ser o responsável por manter
o Estado em progresso e a sociedade
organizada.
41. Jean Bodin (1530-1596)
Jacques Bossuet
(1627-1704)
Pertenciam a corte
de Luís XIV ( o Rei-
Sol)
Teoria Divina dos
Reis- “ Os reis são
enviados de Deus na
Terra, para cuidar de
assuntos terrestres.
Ir contra o rei é
cometer um
sacrilégio.
“Um Rei, uma lei,
uma fé.”
42. A Reconquista Ibérica
Após a invasão árabe (séc. VII), forma-se a resistência
cristã nas Astúrias: Cristãos X Mulçumanos – Luta de
Reconquista.
Á medida que a luta avançava, reinos iam surgindo,
inclusive Leão, Aragão e Castela.
No fim do século XI, Afonso VI, de Leão e Castela, impôs
sucessivas derrotas aos mulçumanos.
Em suas lutas contou com o apoio de Henrique de
Borgonha, senhor feudal vassalo do rei de França.
Para compensar Henrique, Afonso ofereceu-lhe o
condato portucalense como recompensa de guerra.
43. A Reconquista Ibérica
Em 1212, os mulçumanos foram derrotados e ficaram
restritos à região de Granada, sul da península.
Em 1469, Fernando, rei de Aragão e Isabel, futura rainha de
Castela, casam-se e unificam os reinados, tornando-se a
base da Espanha.
Fernando e Isabel, “Reis Católicos”, venceram a resistência
dos senhores feudais e limitaram a autonomia das cidades.
Em 1480, com o artifício da Inquisição, uniram-se contra
qualquer resistência.
Em 1492, a unificação espanhola consolidou-se com a
Reconquista de Granada.
Católicos, os reis acabaram impondo aos judeus a conversão
ao catolicismo.
44.
45. Portugal
Em 1139, Afonso Henriques, filho de Henrique de
Borgonha, rompeu a ligação do condato portucalense à
Leão e Castela e se proclamou rei de Portugal.
Afonso I (1139-1383) iniciou a dinastia de Borgonha.
Ao lado da monarquia, estabeleceram-se as Cortes
Gerais, órgão constituído da nobreza e pelo clero.
Em 1383, com a morte de Fernando, sua filha, casada
com o rei de Castela, assumiria o trono.
Diante da possibilidade de união dos dois reinos, a
“burguesia”, a população e uma parte da nobreza se
rebelaram e aclamaram um novo rei – Dom João I
(Mestre de Avis).
A Revolução de Avis (1383-1385) consolidou a
monarquia centralizada fortaleceu a burguesia mercantil
– a velha nobreza saiu enfraquecida.
46. O Estado Francês
Dinastia dos Capetos (Séc. XIII): Luta contra a
Inglaterra:
- substituição das obrigações feudais por tributos pagos
à coroa;
- restrição da autoridade plena do papa sobre padres
franceses;
- criação progressiva de um exército nacional
subordinado ao rei.
- Entre 1309 e 1377, Felipe – o Belo, transfere a sede do
papado para Avignon e submete o papa a seu poder. =
Cativeiro de Avignon/Cisma do Ocidente(2 papas)
- Criação da Assembléia dos Estados Gerais. (1302)
47. A guerra dos cem anos
A Guerra dos Cem anos (1337 – 1453) foi decisiva para
o fortalecimento da monarquia – No curso do conflito,
os reis franceses promoveram reformas militares e
financeiras (exército permanente e imposto fixo para
mantê-lo) – Joana D’Arc (1412-1431) – figura
importante no cenário da guerra (nacionalismo).
Dinastia dos Valois: criação de órgãos administrativos
que assessoravam o rei.
Em fins do século XV, a França havia se tornado um
Estado – No início do século XVI, sob o reinado de
Francisco I (1515-1547), a França tornou-se absolutista.
Processo atinge o ponto máximo com a Dinastia dos
Bourbons – Luiz XIV (Rei Sol): L’Etat c’est moi
48. Inglaterra – Monarquia e Parlamento
- Séc. XII = Justiça real e common law.
- 1189-1199 = Ricardo Coração de Leão (guerra com a
França e Cruzadas)
- 1199-1216 = João sem Terra = alta cobrança de
impostos e tentativa de taxar os bens da Igreja
Relação entre rei e nobreza era conflituosa – Em 1215,
após medidas autoritárias de João Sem Terra, a nobreza
se reuniu e aprovou um documento que limitava o poder
do soberano (O Grande Conselho – representantes do
Clero e da Nobreza).
A “Magna Carta” era o gérmen do constitucionalismo
inglês.
Em 1258, o Grande Conselho passou a ser conhecido
como Parlamento – Décadas depois, Eduardo I (1272-
1307) promoveu ingresso dos representantes da
“burguesia” e da baixa nobreza na instituição.
A partir de 1332, “Os Comuns” passaram a se reunir
separadamente dos “Lordes”.
49. No século XV, a disputa de poder entre os
York e os Lancaster sacode a Inglaterra –
Guerra das Duas Rosas (1455-1485).
Aproveitando o enfraquecimento da
nobreza e das famílias beligerantes, uma
terceira família toma o poder, Os Tudor.
Henrique VIII (1509-1547), deu o maior
passo para a centralização. Em 1534,
aproveitando-se da Reforma Protestante,
Henrique VIII rompeu com o papa e
confiscou as terras da Igreja Católica
fundando a Igreja Anglicana.
50. O Sacro Império Romano-Germânico
séc. X -XIX
- Otão I = Aliado do Papa, nomeado imperador
em 962
- Séc. XI (1073-1085) = disputas entre o
imperador e o papa:
- O papa criticava a venda de cargos (simonia) e
rejeitava a nomeação de bispos (investiduras)
realizadas pelo imperador.
- Concordata de Worms (1122) = limites ao
poder imperial.
- Querela das Investiduras = conflito entre o
imperador e o papa.
-Fortalecimento da nobreza local.