1. k,ry [r, ,i ':lir:j'.:r:,''r t:';i,:1:itt .'i.ti, tr ,
Tal como outros templos gregos, o Pãrtenon era decorado com cores vivas -
vermelhos, azuis e dourados -, pois não podemos esquecer que foram conce-
o
bidos para serem admirados do exterior, acolher e inspirar grandes e colori-
das cerimónias.
í
Para a construção do Pãrtenonforam utilizadas zz mil toneladas de mármore,
trazidas do monte Pentélico, situado a alguns quilómetros de Atenas. O már-
more aí existente era compacto mas suave e com um grão delicado de cor
branca que, com o tempo, adquiria um suave tom dourado. Neste templo
foram aplicadas todas as sofisticações técnicas da arquitetura dos Gregos que
frzeramdele o paradigma do virtuoso perfeccionismo da sua aÍte.
A decoração esculpida é muito variada e rica tematicamente.
Assim, no friso exterior, dórico, estão representadas quatro lendas bélicas:
as lutas dos deuses contra os gigantes, na fachada oriental; as lutas dos Cen-
tauros contra os Lápitas na fachada meridional; a dos Gregos contra as Ama-
zonas, na fachada ocidental; e a tomada de Troia, na setentrional. Estes QUâ-. .n*"r i i : !ri..i1ì1í:ï,r,1
tro temas simbolizam a vitória da ordem e da civilização contra a barbárie Ï *=-, :., .$* I
ou o caos, que era o mesmo que dizer da Grécia contia a Ásia. No frontão i Ï*idlr-.. ly
este, exposto ao sol nascente, foi representado o nascimento de Atena, saindo Ìiitçr"| ]i.;Ç{
da cabeça de seu pai, Zeus; no oeste, exposto ao poente, está representada a O desen
disputa da Ática por Atena e Poseídon. no Pártc
No friso interior, jónico e contínuo, está representada a procissão das Grandes
Panateneiasna qual todos os Atenienses participavam, homenageando a deusa
sua pÍotetora por ocasião do seu aniversário. Esta grande cena humana era
representada por 4oo personagens e 2oo animais, organizados em desfile de
duas filas paralelas, que começava no ângulo sudoeste do edifício e decorria à
volta do mesmo, terminando na fachada leste. Aí se encontravam reunidos os
deuses para receber o novo peplo tecido pelas donzelas e por elas ofertado à
Virgem. Desta marchafaziam parte, solene e hierarquicamente organizados,
os magistrados, os sacrificadores de animais, os portadores de oferendas e o
cortejo de jovens cavaleiros, que constituía um dos seus pontos altos. Friso jónico do Pártenon, aqui represen-
tado por cenas do desfile dos cavaleiros
Este friso pleno de vida e de liberdade Íepresenta homens e animais numa
O movimento progressivo culmina no centro
grande variedade de atitudes. O modelado dos corpos é animado pelo jogo do lado Este com um cavalo que se empina.
dos drapeados. O seu autoÍ, Fídias, soube conjugar a força, a energia e a Fídias, o seu autor, foi o primeiro escultor a '-,'i. ' -'-
conseguir esta leveza de representação e
sobriedade do estilo dórico com a graciosidade e elegância do estilo jónico. Estes do
esta vivacidade.
As noções de harmonia e de ritmo, tão caros aos Gregos, unem-se, neste edifí-
cio, com um refinamento extremo.
Simultaneamente solene e despreocupada, a escultura combina-se magis-
tralmente com a arquitetura, completando-se num todo único, que na época
resplandecia ao SoI mediterrânico.
O Pdrtenon é a sacralização dos fundamentos da sociedade e cultura gïegas.
A sua estrutura pode ser lida como uma representação simbólica dos pilares
da sociedade que correspondiam a partes do templo da seguinte maneira: o
povo era as colunas que rodeavam o edifício e se aglomeravam à volta de
Atena, que se encontravano coração do Rírtenon;o tear, símbolo de todos os
lares gregos, estava representado pelo coniunto dos pórticos de entrada, enci-
mados pelos frontões, os quais, colocados paralelamente, funcionavam como
os órgãos do tear; o barco, símbolo do poder económico e bélico de Atenas, é
sugerido pelo engrossamento das colunas provocado pela entasís e pelo abau-
Cena do l.
lamento do frontão que, visualmente, sugerem as velas insufladas pelo vento. Aqui estão
2. H srón r ln CuttuRl i us ARrrs 75
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I desenho mostra, a sombÍeado, a distribuição da decoração esculpida Detalhe da parte superior do templo, mostrando a inserção do relevo
-o Pártenon no trontão e nas métopas
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Cena do lado este do friso onde culmina o corteio da Grandes Panateneias Luta enlre centauro e lápita procedente de uma das
{qui estão representados Poseídon, Apolo e Artemisa métopas do grande templo
3. k ffi ffifr'u ##-,.sffi P,mmï$rur,t $J.ffiffi# ffrw;tÀ'ïfigï# íïi$$,s$"ï trffi$e'iliilïô} ffi-ü"i
0 Templo de Atena Nike
{.} templo de Atena líikáou Niká Áptera - que signifi ca vitória sem asas (há
quem diga que lhas roubaram poÍ serem de ouro) - é um hino à deusa Mkáe
à feminilidade que a ordem jónica simboliza.
Edificado entre 432 e 42o a. C., na acrópole de Atenas, este templo ergue-se
no bastião oriental da muralha da acrópole e seguiu o plano do arquiteto
Calícrates, colaborador de íctino no Partínon Era rodeado por uma balaus-
trada de r,o5 metros de altura, mais tardia que o templo, que teve por obje-
tivo proteger os peregrinos do precipício a que se elevava o bastião.
Conta-se que este edifício foi erigido onde anteriormente, na época micénica,
teria existido uma torre, o único local da acrópole do qual se podia contem-
piar toda a região até ao mar. Era neste local estratégico que o rei, que a man-
dara construir, prescrutava o horizonte, esperando o seu filho Teseu, que. r
deveria chegar de uma perigosa viagem à ilha de Creta.
Localizado na entrada da acrópole, este pequeno templo está enquadrado
obliquamente em relação aos Propileus, o que o faz sobressair desta constru- Niké desapertando a sandália, relevo do
ção e lhe atribui uma identidade singular. Templo de Atena Nìké
wffi-c'f,-
O Templo de Atena Nikápossui uma extrema simplicidade. Construído em Planta e
mármore pantélico sobre um envasamento de 8,26 x 5,64 metros, é um tem- aos ProI
plo anfi.próstíIo, com quatïo colunas nas fachadas principal e posterior.
Devido ao reduzido espaço paÍa a sua construção, o templo contém apenas
uma pequen a cella, sem opistó domo s.
A sua requintada decoração, concentrada no friso, encontïa-se, hoje, na sua
maioria, distribuída pelos museus Britânico e da Acrópole, e é obra do escul-
tor Agorácrito. O friso é uma faixa contínua com cerca de 30 metros de com-
primento. A este apaÍecem, de pé ou sentados, os deuses do Olimpo que
seguiam atentamente as batalhas dos cavaleiros Gregos e Persas; nos outros
lados, estão representadas lutas entre hoplitas (soldados) gregos e persas.
Decorando a balaustrada do ternplo, aparecia uma série de vitórias aladas
(nikã1, em atitudes graciosas e de grande finura de proporções, erguendo tro-
féus e celebrando sacrifícios.
Nos frontões, a decoração esculpida representava uma temática diferente:
a dos gigantes, a este, e a das amazonas, a oeste.
A decoração esculpida presente neste templo é um verdadeiro hino à beleza.
Um dos seus mais famosos relevos é a "Nikí desapertando a sand.ália". Eslas
figurações, plenas de graça, não são apenas corpos estruturais envolvidos em
vestuário, mas formas femininas moldadas por drapeados flutuantes e tÍans-
paÍentes, dos quais sobressai uma sensualidade subtil, que pïessagia a arte Capitel de esquina da coluna jónica
do século IV a. C.
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l.
4. HrsróRn ol CurruRn r o,qs Anms 77
í. Pinacoteca
2. Propileus
3. Templo de Atena Niké
lüu"ì*e1i-,---'.'. -"---,.-r!--;:.,..!--:-,- -,..'.-r:
Planta e corte do Templo de Atena /Vrkée sua implantação lunto VisÌa Írontal do templo de Atena Niké
aos Propileus
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Ë' Ìì .
Enquadramento do templo de Atena Nikénos Propileus
5. k r* tri'' t: r' i. 'r: :l
tr 0s Persas, de Esquilo. 0 estádio e 0 teatro.
Atragédia e a comédia
0 estádio
ï,Lii estádio e o teatro eram duas das mais importantes instituições sociocul-
turais da cidade grega, porque neÌes se celebravam inúmeros e programados
concursos e festivais que faziam parte do culto cívico-religioso. O estádio
satisfazia o gosto pelo exercício físico que os Helenos, desde os tempos mais
antigos, cultivavam; e o teatro contribuía para a formação cívica, cultural e
religiosa dos Gregos.
Os maiores santuários integravam também, na sua área, os teatros e estádios,
a par de templos, tesouÍos, oráculos, hipódromos e acomodações para sacer-
dotes e peregrinos. Em todos havia celebrações de festivais que se realizavam
na data de aniversário do deus a que eram dedicados. Destes festivais faziam
parte: cerimónias religiosas, concursos ginasiais, hípicos e atléticos, concur-
sos líricos e musicais, de tragédia e de comédia e, por vezes, concursos de
beleza e de "conformação física e garbo", só entre mulheres e só entre
homens, tudo com o fim de homenagear os deuses.
As festas mais relevantes em Atenas eÍam as Grandes Panateneias fver r." caso
prátìcol e as Dionisíacas; os y'ogos desportivos mais conhecidos em toda a Grécia
Atores preparando-se para entrar em
cena (ilustração de um vaso cerâmico do
=)
eram os jogos Pan-Helénicos (que abrangiam todos os Gregos). século lV a. C.)
Os estádios eram, entre os Gregos, construções destinadas à prática dos
jogos. A formação escolar grega incluía aprender a ler, escrever, contar, tocar
um instrumento, cantar, recitar, dançar e praticar exercício físico nos giná-
sios, a fim de se prepararem para a gueffa e para os jogos.
Nos jogos só podiam competir os cidadãos gregos que, segundo os historia-
ff ,/l
dores, fossem membros da boa sociedade e tivessem boa consciêncía para com os
homens e para com os deuses; por isso os atletas não eram profissionais. Os
melhores recebiam, única e simbolicamente, coroas de oliveira ou de lou- "{r Y
À
lt
reiro e a admiração e estima dos seus compatriotas, pois, tendo ultrapassado ,/
os seus próprios limites na procura da excelência (aretê), atingiam o ^ú
+.f-.j;-
supremo valor do espírito grego. Além disso, eram imortalizados pelos poe-
tas nos seus cantos de vitória e pelos escultores nas suas estátuag.
Os estádios mais conhecidos são: o de Olímpia, o mais antigo; o de Delfos, do
século V a. C.; o do Epidauro, dos sécs. V e IV a. C.; e o de Priene, já do período
heìenístico.
W
No século IV a. C., por razões várias, as competições desportivas decaíram e Ã
os participantes passaram a seÍ profissionais. Em 3% d.C., todos os jogos
foram proibidos pelo imperador Teodósio que os considerava pagãos. Pista do Estádio de DelÍos
6. #effiffi pHeeYffffig$ ffieffiffi ffiFffieY$ffiffiï Hrsrónrn on CurruRn r ons Anrrs ì 79
i}iï:''- ...,;,.,"',',:,,
"ii;:1$;ïji,i;ç ,:;r*t#Íl;,'dd*5
oj+r*
11. Pórtico de Alalo
prindipal 12. Pórtico Oeste .;
2. Hemiciclo dos reis de Argos '13. Teatro ;'t&
3. Tesouro de Sicion 14. Leské de Cnido .i:_r-
4. Tesouro de SiÍnos 15. Estádio :."1-,^- - _j
5. Tesouro dos Atenienses 16. Templo novo de Atena Pronaia Ë
6. Buleutério 17. Templo arcaico de Atena Pro- $
7. Pórtico dos Atenienses naia rï
8. Tesouro de Corìnto 18. Tholos ï;
9. Templo de Apolo 19. Santuário de Atena Pronaia .5:
10. ïrípode de PlaÌeo 20. cinásio .-r
t fl*;
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f_* üs,... -i.i-.": -. :-1ìr-1.lrM?|rffi.:ru
Santuário de DelÍos, reconstituição da panorâmica geral (em: Guia de Aterndr Acento)
Teatro de Dionísio
Planta e cofte do teatro de Epidauro
Teatro de Dionísio, na vertenle da acrópole de Atenas (reconsliluição) I " palco; 2. parodos; 3, orquestra; {, bancadas ou cávea
7. llloo ËA$ü! pnAïffitt i.:Í;Li,i ili.,' ,' ., GA$0 pHAnffi i;ri;:lll liì;ii':itij üA$m pmAffiffim ffA!
Composição poélica e musical E
0 teatro: a tragédia e a comédia religiosa entoada e dançada por
Ê
Dii
coristas (elementos do coro,
homens ou rapazes), disÍar-
o
0s
ã
A orig.* obscura do teatro está vinculada aos rituais do culto ao deus Dionísio, çados de sátiros (semideuses e Xer
com pés de bode) nas Íestas
prestado poLaltura das suas festas, entre janeiro e setembro. õ
sorl
em honra de Dionísio. lni-
Desse culto fazia parte a declamação de ìliürambos.A partir do século VII a. C., os enre- cialmente estas eram uma ceri- dos
doscomplicaram-seepaSSaramasere@aSpeçasora mónia "primitiva" com sacriÍÊ mer
cios humanos e gritos rituais à que
tinham conteúdos dramáticos (tragédia), ora satirizantes (comédia).
volta do altar do deus, acompa-
ode
No século VI a. C., nos grandes festivais - as Dionisíacas Rurais, as Leneias e as Gran- nhados de vinho, provocando
des Dionisíacas Urbanas -, eram apresentados espetáculos dramáticos. Em Ater-ras, estados próximos do transe. Cori
glór
foi o tirano Pisístrato que organizou os primeiros concursos dramáticos em 534 a. C., Mas como nos ditirambos eram
contadas pequenas histórias da oDe
onde foram apresentadas
vida dos deuses e episódìos
Corc
No século V a. C., Péricles foi o teatro, te com o místicos, alguns escritores
desenvolveram esses conteú-
sacr
nkon fver Biografia].
dos e transÍormaram-nos em Pers
Os concursos estavam a cargo de um grupo de altos magistrados e cidadãos ricos (o core- géneros literários, como fize- país
gia) que escolhia as peças, nomeava os atores primeiramente simples cidadãos e
- ram na poesia PÍndaro e no tea- pacti
depois profissionais bem pagos - e financiava o espetáculo. Eram atribuídos três pré- tro Ésquilo, SóÍocles, Eurípedes 0S nl
e AristóÍanes.
mios: um ao dramaturgo, outro ao protagonista e o último ao corego, estes consistiam timar
em coroas de hera; os dois primeiros recebiam também honorários. Xerx
Três peças trágicas unidas por
Os atores, ou hipúcritas, eram sempre homens e interpretavam na mesma peça vários uma pers0nagem 0u p0r um mính
papéis; daí a grande utilidade dos trajes, dos coturnos (sapatos de salto alto) e, especial- tema unificador (a história de Coro
mente, das máscaras que caracterizavam a personagem a interpretar. Havia também o um acontecimento ou de uma sinisl
personagem).
coÍo constituído inicialmente por 50, depois por 12, coreutas, que dançavam e canta-
e maria
vam ao som do oboé, pois poesia, dança e música estão sempre interligadas. Xerxr
Três peças trágicas e um dra-
As representações prolongavam-se por quatro dias seguidos e durante elas não havia ma satírico submetidos ao bundi
entreatos nem intervalos; tinham uma assistência muito concorrida, atenta e partici- mesmo tema. Coro
pativa, que interagia com os atores ao mesmo tempo que comia, bebia, aplaudia e rar 0
assobiava. (aça:
Os primeiros teatros, até aos do tempo de Ésquilo, eram construções simples: Xerxe
a orquestra ficava no ponto mais baixo, em terra batida; as bancadas de madeira, ou da Jó
lado,
cávea, eram dispostas em hemiciclo nas vertentes naturais; e o palco, ou cena, eÍa r
uma espécie de estrado com uma tenda que servia de cenário e camarim para os ato- Goro"
res. Os teatros de pedra surgiram no final do século V a. C., nas cidades e nos santuá- fim. C
rios, construídos no declive das colinas (pois a depressão topográfica do terreno pro- multic
piciava boas condições acústicas e a visão total do espaço) e virados para o maÍ ou resìe
batas,
paÍa a montanha, pois a paisagem integrava o cenário.
Xerxel
e deixr
rude Íi
Coro -
Ariom
Conteúdos e t€çnicãs em Os Fersa s d.e Esquilo Lilaios
Tema: o castigo dos deuses pela soberba e arrogância humanas, aqui personifcadas por Xerxes, reí dos Persas. Histaic
Assunto: a Batalha de Salamina ganha pelos Gregos deuido ao apoío dos deuses. Xerxes
Personagens: o coro de nobres anciãos constituído por r z clreutas; a rainha Atossq mãe d.e Xerxes; a alma de Dario I, pai conten
de Xerxes
pos jaz
e esposo deAtossa, que aparece representado por uma sombra; o Mensageiro ou correío que anuncia o desastre da batalha e a destntí-
ção dafrota; o jovem rei Xerxes; o corifeu, que é ator e chefe do coro e que dialoga com os outros atores. Coro -
LocaL a capital do reino persa, Susa, na praça do palício, perto do nmulo de Dario I. persas,
Resumo: num longo monólogo, o Corifeu (o prológo) inquieta-se pela ausência de notícias do grande exército persa que partíra para de Sesi
inuadiraGrécia.Nopírodo,ocorodescreueapassagemdoexárcitodaÁsiaparaaGréciaeodesejodeXerxesemconquistaromund.o 0h! 0h
por teffa Persasl
mar. Aos poucls, pressente-se a desgraça reforçada pelo mau augúrio da rainha. Chega o mensageiro que informà das muitas
e
baixas que o exército persa jí
sofrera. Entretantl, a rainha ora e consegue que a alma de Darío lhe apareça e revele o termo dessas des- Xerxes
venturas: o reí critica o f.lho pela sua ínsensatez de mortal ao julgar poder vencer todos os deuses e em especial Poseídon; e prevê uma sárie mais qr
de calamidades. Porfm,Xerxes, abatido, entra em cena-êxodo dos me
- e, dirigindo-se a.0 coro,nummelodramapesado, culpabiliza-se.
bros o r
HCAj 1.P1,06
8. n, ,, ffiffiffi& pmffiïfrffiüÏ i, ri iì,., , , ì..:.,', ii' i , fiA$S pmATtffiü ì i.,, . ffiAS{} pffi&ïtffiffi tAs
Iu
Í
ç
Cornentrírios:
Xerx
Nesta peça (representada pela primeira uez em 47 2 a. C., tendo sido Píric.les o corego), Esquilo mostrou compaixão pelos vencidos e ã
gem
valorizoü a vitóría dos Gregos; tambám ensinou a moderaçã0, a ética, o humanismo e o pacif.smo, não só aos Gregos do seu tempo s Coro
mas tamb ëm à Humaníd ad e.
Xen
Cumprindo o principio da tragédia grega, não fez um relatl fa.ctual do acontecimento mas levou as personq.gens e o público a interro-
Coro
garem-sesobre:osentidodaexístênciaedodestinodoHomem,opoderdosdeusessobreavontadeealíberdadehumanaseaatitude
de uingança dos deuses sobre quem tenta fugir ao seu destino. Ásslm mithos, religião ou sagrado, estí interligado e, na obra de Xen
Esquilo, submetido, aologos, razã.0 ou humano. ventr
Esquílo melhorou o ge'nero dramítÌco na estrutura, valoizando 0 mlmento e a tensão da entrada do coro, mas reduzindo o seu papel Goro
apresentando uma parte falada pelo coifeu; realçou a música, executada por flautistas rìcamente vesüdos, e a dança que era tida como gent(
umamantÍesïação externa e clamorosa de dor (...) que traduz em gestos e movimentos rítmicos o que está subjacente Xerxr
[ao texto](em Aires RodeíaPereirq ADançanaTragédia Grega). Na cenografqutílizou cenírios e maquinismosrudimentares.
Coro
A linguagem teatral de Ésquilo é simples (para ser bem entendida pelo pouo) e desenuolue a ação sem grandes surpresa.s, m6s numa
atmlsfera carregada de fatalismo e ensinamentos, cumpríndo assim o carícter religioso e cíuico do teatro. Xerxr
Goro
velmr
Entre os muitos teatros gregos, salientamos: o de Dionísio, em Atenas, o mais antigo; o dg, Máscaras de teatro grêgas
Xerxe
Epidauro, o melhor conservado, o maior e o mais perfeito; o de MìIeto, que abrigava À, Máscaras para comédia
25 ooo pessoas que viam também o mar e o porto; o de Pérgamo e o de Priene. Coro
A tragédia é o género mais antigo e teve o seu apogeu no tempo de Péricles, pois, para Xerxe
peito.
ele, o teatro era uma verdadeira instituição pública com fins cívicos e religiosos.
Escdlaemge$o. o seu conteúdo está geralmente ligado às antigas histórias religiosas, Coro-
representando a vida dos deuses e o desvario dos homens,"numa luta constante entre Xeryer
as forças humanas e as forças do destino que, devido ao fatalismo e à maldição, se Coro -
impõem. O enredo, descrito em tensão crescente, prende o espectador que vai pressen- velme
tindo a iminência da catástrofe.
A sua estrutuxa consta de prólogo, párodo ou discurso de entrada do coro, de três ou qua-
tro episódios (as cenas) e do êxodo. Era representada por 3 atores, que faziam várias per-
sonagens e recitavam, dançavam, cantavam e "replicavam" com o coro. Esquílo
Os principais representantes são: Pai da t
Ésquilo (SzS-+56 a. C.) - tido como o verdadeiro criador da tragédia grega, com os Dedicot
seus heróis malditos; curso d
- foi o autor mais premiado. Obras como Ajax, O rei Édipo e
Sófocles (+gS-+oS a. C.)
Antígona descrevem o homem comum, com carácter, sentimentos (amor filial e
noção do dever), numa construção perfeita, de grandioso sentido dramático e onde o
susp ens e esïá sempre presente;
Eurípedes (+85-+o6 a.C.) - escreveu cerca de roo peças. Em Medeíae Electrarealçou L Máscaras para tragédia
o papel da mulher, questionou a religião e a tradição e incentivou e provocou no
ffi ffi
espectador a admiração e o respeito pelo cidadão e pelo camponês humilde e digno
que, numa atitude revolucionária, lutam, não só contra o destino, mas também con-
tra os ricos (representados pelo poder instituído), pela defesa da igualdade política e
pela justiça social. Foi amigo de Sócrates.
fR comédia é mais tardia que a tragédia e menos duradoira; tinha porf,r s assun-
I tos ao
quotidiano, do sociil e da pãlítica, vícios, modas, niuito, àtffit a. potíticos, cer uma
ffi ffi
I de escritores e de filósofos e até de deuses eram ridicularizados com grande espírito crí- Em 4.68 i
I tico, com grande liberdade, usando mesmo expressões rudes, indecorosas e maldizen- onde mo
I tes; no resto era igual à tragédia, excetuando os atoresque, com máscaras e aÌ grotesco,
!e vestiam de sátiros.
Aristófanes (++S-l8S a. C.) - foi o comediógrafo mais conhecido pelas suas cerca de
4o obras, das quais só se conservam rr, nomeadamente As Rãs, As Moscas na Figueira"
A Assembleia das Mulheres, As Nuvens e Os Cavaleiros. Com a sua fecunda inspiração,
virtuosismo verbal, liberdade de linguagem, veia cómica e impiedosa sátira, questio-
nava a atualidade política e social e elogiava a excelência dos costumes antigos. Em que
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deve ser admirado um poeta? No facto de tornarmos melhores os homens na cidade
posta já dá a ideia da função da comédia para Aristófanes.-
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