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DESIGNAÇÃO DE
CAMPO
Ciência e epistemologia (2) :
a historicidade das ciências
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 1
I. Representar, conhecer, saber
1. Seres vivos “animais” são afetados por suas RELAÇÕES
com o ambiente e dessas relações os seres fazem
suas REPRESENTAÇÕES do mundo.
2. Teoria da representação substituída hoje por:
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conhecimento
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Ciências cognitivas Construção Linguagens e
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ciências
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II. Caracterização da representação
1. EXTERNALIDADES COGNITIVAS
2. OBJETOS HISTÓRICOS:
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas
bibliotecas
livros
máquinas
de calcular
3
Representação e técnica
1. Saber tácito: nem todo saber é uma representação ou
um representado.
2. A representação é reflexiva: “Sabia que sabia o que
sabia”.
3. A técnica pode derivar de uma técnica / prática: “Sabia,
mas não sabia que sabia.”
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 4
ReflexividadeRepresentação Conhecimento científico
III. Os paradoxos do conhecimento
1. Opinião - Desde Platão, o conhecimento é assimilado a
uma coleção de opiniões verdadeiras de um certo tipo.
Modalidade epistêmica:
i. Eu creio que P
ii. Eu sei que P
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 5
Valores de verdade
idênticos. Subjetividade:
“eu sei que P” = “P”
Objetividade do conhecimento?
1. É o mesmo para todos (universalidade).
2. Tem um modo de existência real.
3. É transmissível, ensinável.
4. É intangível (o que é verdade o é de uma vez por
todas, para sempre).
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 6
Propriedades paradoxais...
1. Tudo repousa sobre a verdade de “P”.
2. Não se pode dizer que as proposições sejam
transparentes ou evidentes.
3. O conhecimento pode passar do estado verdadeiro
para o falso.
4. A universalidade é incerta ou questionável.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 7
Ciências e comunidade de conhecimento
Uma ciência é um fenômeno social coletivo, formado por três
componentes: teórico, prático e sociológico.
1. TEÓRICO: composto de representações e, mais ainda, de
dados empíricos selecionados (exemplar), de protocolos
para selecionar esses dados e construir as representações.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 8
Ciência: fenômeno social coletivo
2. PRÁTICO: composto de valores ou de normas; é
preciso compreender a concepção tradicional da
ciência, mas igualmente de outros valores, como o
caráter desinteressado da ciência; há também
interesses de conhecimento, a pesquisa do
conhecimento pode tornar-se um dos objetivos mais ou
menos definidos que se propõe esperar no seio de uma
sociedade dada.
3. SOCIOLÓGICO: o sujeito do conhecimento científico é
uma subparte organizada da sociedade (colegas
invisíveis, sociedades eruditas, instituições,
universidades, revistas etc).
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 9
As comunidades têm uma função social geral de
validação e de legitimação.
Ciência: teoricamente válida para todos, mas não
acessível a todos.
Sociedade democrática e ciência.
Problemas>
i. Funcionamento das comunidades de conhecimento;
ii. Dissidências;
iii. Disfuncionamento das comunidades;
iv. Suspeição social sobre a comunidade científica;
v. Comunitarismo científico: clãs em concorrência, sem
reconhecimento recíproco.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 10
Burocracia científica, sociedade de
conhecimento e democracia
1. Domínio dos objetos históricos, característica principal:
 emergência de novas entidades;
 irreversibilidade das sequências emergentes
relação intrínseca com o TEMPO.
 o historiador não pode se contentar em utilizar uma
temporalidade extrínseca;
 as representações situam seus objetos (que são em si
representações) em um quadro temporal, uma cronologia,
mesmo sendo essa cronologia a condição mínima da história;
 para atribuir uma data é preciso construir uma permanência
ou uma identidade para os conhecimentos (ex. o teorema de
Pitágoras, a teoria do imperfeito).
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 11
A representação histórica do conhecimento
científico
Observações:
 Fazer a história em sentido contrário (à rebours) leva à
noção teleológica de “precursor”. Ex.: descrição do que
havia antes de um dado conhecimento (x) = aproximação
de X, partes de X.
 A descoberta de semelhanças entre os conhecimentos
passados (precursores) com aqueles que são objetos de
estudo não leva a nada.
 O TRABALHO DO HISTORIADOR É EXPLICAR por que um
conhecimento é construído como ele é, e se há, ou não,
uma linha causal entre os conhecimentos em causa (o
passado e o futuro).
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 12
Exemplo (nota 1, p. 159)
Nada se ganha, do ponto de vista da explicação se, ao
observar que as primeiras gramáticas do irlandês apresentam
as ‘letras’ dessa língua com base em diferenças fonéticas
mínimas, explicando isso sobre pares de palavras em
oposição, afirma-se simplesmente que esses gramáticos
foram os ‘precursores’ da fonologia. Vai-se mais longe se se
observar que seu problema é o de apresentar quadros
segundo a classificação aristotélica de encaixamento de
categorias, separadas por diferenças específicas. Será
preciso, além disso, seguir essa representação, testar
eventualmente sua estabilidade no curso do tempo e,
finalmente, ver se ela tem uma relação causal com a
fonologia.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 13
A prática do historiador
A história se resume a dimensões e relações entre essas
dimensões, logo que se constrói a representação histórica:
1. Um sistema de OBJETOS – uma representação
construída a partir do domínio dos objetos.
2. Um PARÂMETRO TEMPORAL – a consideração do tempo.
3. Um PARÂMETRO ESPACIAL – a consideração do lugar.
4. Um SISTEMA DE PARAMETRAGEM EXTERNA que religa o
sistema de objetos a seu contexto – os dados da
situação.
5. Um SISTEMA DE INTERPRETANTES – o(s) cientista(s)
historiadores.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 14
O que é histórico?
B é histórico se não existe sem um A que o
precede em uma sequência irreversível; as
sequências históricas têm a particularidade
de dar à luz propriedades ou configurações
totalmente novas e largamente
imprevisíveis.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 15
 Importante etapa do conhecimento humano foi alcançado no
século XX quando se pôde estender a noção de cálculo ao
conjunto das decisões racionais do sujeito da ação. Por isso,
somos capazes de:
i. explicar escolhas de diferentes atores pela teoria dos jogos.
ii. Levar a gramática das línguas naturais a processos de
autonomização (gramáticas formais) mecanização.
Conclusão
i. Prevê-se que a complexidade de nossas sociedades
conduzirá rapidamente essas disciplinas a tomar um lugar
mais importante na história do fenômeno científico ao qual
de se encontra ligado o desenvolvimento da civilização
moderna.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 16
AUROUX, Sylvain (2007) La question de l’origine des
langues, suivi de L’historicité des sciences. Paris : PUF, p.
145 a 161.
09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 17

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Designação de campo ciência e epistemologia [2]

  • 1. DESIGNAÇÃO DE CAMPO Ciência e epistemologia (2) : a historicidade das ciências 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 1
  • 2. I. Representar, conhecer, saber 1. Seres vivos “animais” são afetados por suas RELAÇÕES com o ambiente e dessas relações os seres fazem suas REPRESENTAÇÕES do mundo. 2. Teoria da representação substituída hoje por: 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 2 Disciplinas Temas sobre conhecimento Foco: análise dos meios de difusão Ciências cognitivas Construção Linguagens e línguas Ciências da informação Estocagem Sistemas gráficos Filosofia das ciências Transmissão e difusão Sistemas simbólicos História das mentalidades Mudança e usos
  • 3. II. Caracterização da representação 1. EXTERNALIDADES COGNITIVAS 2. OBJETOS HISTÓRICOS: 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas bibliotecas livros máquinas de calcular 3
  • 4. Representação e técnica 1. Saber tácito: nem todo saber é uma representação ou um representado. 2. A representação é reflexiva: “Sabia que sabia o que sabia”. 3. A técnica pode derivar de uma técnica / prática: “Sabia, mas não sabia que sabia.” 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 4 ReflexividadeRepresentação Conhecimento científico
  • 5. III. Os paradoxos do conhecimento 1. Opinião - Desde Platão, o conhecimento é assimilado a uma coleção de opiniões verdadeiras de um certo tipo. Modalidade epistêmica: i. Eu creio que P ii. Eu sei que P 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 5 Valores de verdade idênticos. Subjetividade: “eu sei que P” = “P”
  • 6. Objetividade do conhecimento? 1. É o mesmo para todos (universalidade). 2. Tem um modo de existência real. 3. É transmissível, ensinável. 4. É intangível (o que é verdade o é de uma vez por todas, para sempre). 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 6
  • 7. Propriedades paradoxais... 1. Tudo repousa sobre a verdade de “P”. 2. Não se pode dizer que as proposições sejam transparentes ou evidentes. 3. O conhecimento pode passar do estado verdadeiro para o falso. 4. A universalidade é incerta ou questionável. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 7
  • 8. Ciências e comunidade de conhecimento Uma ciência é um fenômeno social coletivo, formado por três componentes: teórico, prático e sociológico. 1. TEÓRICO: composto de representações e, mais ainda, de dados empíricos selecionados (exemplar), de protocolos para selecionar esses dados e construir as representações. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 8
  • 9. Ciência: fenômeno social coletivo 2. PRÁTICO: composto de valores ou de normas; é preciso compreender a concepção tradicional da ciência, mas igualmente de outros valores, como o caráter desinteressado da ciência; há também interesses de conhecimento, a pesquisa do conhecimento pode tornar-se um dos objetivos mais ou menos definidos que se propõe esperar no seio de uma sociedade dada. 3. SOCIOLÓGICO: o sujeito do conhecimento científico é uma subparte organizada da sociedade (colegas invisíveis, sociedades eruditas, instituições, universidades, revistas etc). 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 9
  • 10. As comunidades têm uma função social geral de validação e de legitimação. Ciência: teoricamente válida para todos, mas não acessível a todos. Sociedade democrática e ciência. Problemas> i. Funcionamento das comunidades de conhecimento; ii. Dissidências; iii. Disfuncionamento das comunidades; iv. Suspeição social sobre a comunidade científica; v. Comunitarismo científico: clãs em concorrência, sem reconhecimento recíproco. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 10 Burocracia científica, sociedade de conhecimento e democracia
  • 11. 1. Domínio dos objetos históricos, característica principal:  emergência de novas entidades;  irreversibilidade das sequências emergentes relação intrínseca com o TEMPO.  o historiador não pode se contentar em utilizar uma temporalidade extrínseca;  as representações situam seus objetos (que são em si representações) em um quadro temporal, uma cronologia, mesmo sendo essa cronologia a condição mínima da história;  para atribuir uma data é preciso construir uma permanência ou uma identidade para os conhecimentos (ex. o teorema de Pitágoras, a teoria do imperfeito). 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 11 A representação histórica do conhecimento científico
  • 12. Observações:  Fazer a história em sentido contrário (à rebours) leva à noção teleológica de “precursor”. Ex.: descrição do que havia antes de um dado conhecimento (x) = aproximação de X, partes de X.  A descoberta de semelhanças entre os conhecimentos passados (precursores) com aqueles que são objetos de estudo não leva a nada.  O TRABALHO DO HISTORIADOR É EXPLICAR por que um conhecimento é construído como ele é, e se há, ou não, uma linha causal entre os conhecimentos em causa (o passado e o futuro). 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 12
  • 13. Exemplo (nota 1, p. 159) Nada se ganha, do ponto de vista da explicação se, ao observar que as primeiras gramáticas do irlandês apresentam as ‘letras’ dessa língua com base em diferenças fonéticas mínimas, explicando isso sobre pares de palavras em oposição, afirma-se simplesmente que esses gramáticos foram os ‘precursores’ da fonologia. Vai-se mais longe se se observar que seu problema é o de apresentar quadros segundo a classificação aristotélica de encaixamento de categorias, separadas por diferenças específicas. Será preciso, além disso, seguir essa representação, testar eventualmente sua estabilidade no curso do tempo e, finalmente, ver se ela tem uma relação causal com a fonologia. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 13
  • 14. A prática do historiador A história se resume a dimensões e relações entre essas dimensões, logo que se constrói a representação histórica: 1. Um sistema de OBJETOS – uma representação construída a partir do domínio dos objetos. 2. Um PARÂMETRO TEMPORAL – a consideração do tempo. 3. Um PARÂMETRO ESPACIAL – a consideração do lugar. 4. Um SISTEMA DE PARAMETRAGEM EXTERNA que religa o sistema de objetos a seu contexto – os dados da situação. 5. Um SISTEMA DE INTERPRETANTES – o(s) cientista(s) historiadores. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 14
  • 15. O que é histórico? B é histórico se não existe sem um A que o precede em uma sequência irreversível; as sequências históricas têm a particularidade de dar à luz propriedades ou configurações totalmente novas e largamente imprevisíveis. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 15
  • 16.  Importante etapa do conhecimento humano foi alcançado no século XX quando se pôde estender a noção de cálculo ao conjunto das decisões racionais do sujeito da ação. Por isso, somos capazes de: i. explicar escolhas de diferentes atores pela teoria dos jogos. ii. Levar a gramática das línguas naturais a processos de autonomização (gramáticas formais) mecanização. Conclusão i. Prevê-se que a complexidade de nossas sociedades conduzirá rapidamente essas disciplinas a tomar um lugar mais importante na história do fenômeno científico ao qual de se encontra ligado o desenvolvimento da civilização moderna. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 16
  • 17. AUROUX, Sylvain (2007) La question de l’origine des langues, suivi de L’historicité des sciences. Paris : PUF, p. 145 a 161. 09/04/2016 Disciplina: História das Ideias Linguísticas 17

Notes de l'éditeur

  1. Referência AUROUX, Sylvain. Qu’est-ce la science? Larousse Annuel, 1995.
  2. Permitem que as capacidades individuais sejam ultrapassadas por instrumentos técnicos e significantes. A relação do ser humano com seu ambiente (sobrevivências, produção de bens, organização) passa necessariamente pela fabricação de elementos cuja construção e conservação dependem de externalidades e/ou são externalidades. Desde que esses elementos concernem à representação, trata-se do que se chama “conhecimento” ou “saber”.
  3. Ténicas são primeiro saber-fazer sem representação
  4. Nota 2, p. 158: De maneira geral, o historiador deve se esforçar para não recorrer à teleologia, isto é explicar o passado pelo futuro; ele pode, evidentemente, utilizar o futuro virtual do ‘programa de pesquisa” na medida em que esse é uma causa de produção dos conhecimentos.