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O uso de
instr umentos de
avaliação
psicológica na ár ea
for
Soniaense Rovinski
     Liane R.
Psicóloga judiciária
Instrumentos de
avaliação psicológica
  Na avaliação psicológica, os testes são
   instrumentos objetivos e padronizados
   de investigação do comportamento, que
   informam sobre a organização normal
   dos comportamentos desencadeados
   pelos estímulos (por figuras, sons,
   formas espaciais, etc.), ou de suas
   perturbações em condições patológicas.
Instrumentos de
avaliação psicológica
  Metodologia de       Presença do
   base                  avaliador
    Objetivos
                          Necessária
    Projetivos
                          Não necessária

  Expressividade do    Indicação do
   conteúdo              atributo
    Sujeito
       Verbal            Isolado
       Execução          composto
    Teste
       Marcação
Tipos de instrumentos
O que medem
  Personalidade
      Traços
      Estrutura
      Nível de funcionamento
  Inteligência
  Habilidades específicas
      Atenção
      Raciocínio numérico, abstrato, etc.
  Psicomotores
      Desenvolvimento e capacidade
Instrumentos de
avaliação psicológica
  Os métodos e as técnicas utilizadas por
   psicólogos devem sempre estar
   inseridos em um processo mais amplo e
   integrado de investigação:

      Acompanhados de uma entrevista
      Observação de conduta
      Nunca usar um único teste
Os instrumentos devem estar
inseridos em uma avaliação
psicológica
   Psicodiagnóstico:
     É um processo científico, limitado no tempo,
     que utiliza técnicas e testes psicológicos, a
     nível individual ou não, seja para entender
     problemas à luz de pressupostos teóricos,
     identificar e avaliar aspectos específicos ou
     para classificar o caso e prever seu curso
     possível, comunicando os resultados
     (Cunha, 1993).
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização      (Groth Marnat,
2003)

     Compreender a orientação teórica
     Considerações práticas da aplicação
     Padronização
     Fidedignidade
     Validade
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização           (Groth Marnat,
2003)

     Compreender a orientação teórica
        Buscar construtos teóricos do teste e
         verificar se os itens relacionam-se com
         estes construtos.
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização           (Groth Marnat,
2003)

     Considerações práticas da aplicação
        Verificar as condições do examinando
         para o entendimentos das questões
         verbais.
        Verificar se o tempo de realização não
         será muito longo para o examinando,
         evitando situações de frustração e
         respostas aleatórias.
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização             (Groth Marnat,
2003)
     Padronização
        Examinar a normatização dos resultados:
         Se a população da amostra é similar ao
         sujeito;
         Se o tamanho da amostra foi suficiente;
         Se existem estudos com sub-grupos
         específicos
         Se existe descrição detalhada dos
         procedimentos de administração do teste
         (evitar algum viés na aplicação).
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização           (Groth Marnat,
2003)

     Fidedignidade
        Refere-se ao grau de estabilidade,
         consistência, predição e precisão dos
         resultados.
        Verificar se os estudos estatísticos
         atingem o esperado: .90 para decisões
         clínicas e .70 para pesquisa.
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização           (Groth Marnat,
2003)

    Validade
        Refere-se ao que precisamente ele pode
         medir. Esta questão pode ser respondida
         através da pergunta:


        Você está medindo o que pensa que
         está medindo??
Instrumentos psicológicos
Cuidados na utilização                             (Groth Marnat,
2003)

    Existem três categorias principais de
     validade:
         validade de conteúdo
             verificar se a escolha dos itens é apropriada e relevante;
         validade relacionada a critério
             verificar se a variável medida pelo teste pode ser preditora de
             outra operacionalmente independente “um teste de inteligência
             pode ser preditor de desempenho acadêmico?”;
         validade relacionada a construto
             é a relação entre um teste e algum construto teórico.
Instrumentos de
avaliação clínica X
forense
  Instrumentos de avaliação clínica
       Usados em psicodiagnósticos clínicos


  Instrumentos de avaliação forense
       Específicos da avaliação forense
Instrumentos específicos
de avaliação forense
    Construto de                                                         Construto psicológico
    Competência legal                                                    (teorias e pesquisas)

                                     Definições psicológicas
 Definições                          habilidades funcionais
 Conceituais                           de relevância legal

 -----------------------------------------------------------------------------------------------

 Definições                               Instrumentos de                      Instrumentos de
 Operacionais                            avaliação forense             ------- avaliação clínica
Vantagem no uso de testes
psicológicos
     maior uniformidade nos procedimentos e
      definições na avaliação de habilidades legais
      relevantes, evitando-se os erros e desvios;
     maior uniformidade permite comparações de
      condutas do sujeito através do tempo;
     métodos de avaliação quantitativos permitem a
      construção de amostras normativas que
      favorecem a interpretação da conduta com
      normas;
     possibilidade de comparação entre resultados de
      diferentes examinadores;
     permite programas de pesquisa sobre validade e
      confiabilidade dos métodos de avaliação.
Guia para o uso dos
testes no âmbito jurídico
(Heilbrun)
  O teste utilizado deve estar adequadamente
   documentado e revisado na literatura científica, possuir
   manual descritivo e ser aceito pela comissão de
   avaliação do CFP (consultar no site www.pol.org.br).
  Deve ser considerada a FIDEDIGNIDADE do teste
   (estabilidade no tempo e consistência interna dos
   escores de determinada escala).
  O teste escolhido deve ser pertinente à questão
   jurídica a que está vinculado. Considerar a VALIDADE.
  Deve seguir a administração padronizada do manual,
   em condições ambientais adequadas.
Guia para o uso dos
testes no âmbito jurídico
(Heilbrun)

  Os achados particulares de um teste não devem ser
   aplicados a propostas diferentes ao que o teste foi
   desenvolvido.

  Evitar a controvérsia dos dados clínicos e estatísticos,
   integrando-os de forma a se complementarem.

  Na interpretação dos resultados o psicólogo deve estar
   atento para o comportamento do avaliado (estilo de
   resposta) que tem influência na validade dos
   resultados. Isto é, estar atento às condutas evasivas,
   defensivas, de rejeição e de simulação.
Críticas ao uso dos
testes em avaliação
forense
(Palomba, 1992)
   Rejeita o uso dos testes psicológicos em
   avaliações forenses porque não poderiam ser
   imparciais, principalmente quando aplicados
   em sujeitos que se utilizassem da simulação e
   dissimulação.

 Por esse motivo os testes seriam “inúteis e
   perigosos”.
1ª crítica              (Palomba, 1992)

    Os testes são técnicas de medição e não
    poderíamos caracterizar um indivíduo por
    pontuações ou combinações de
    pontuações.

RESPOSTA: Em nenhum momento se pretende reduzir o
   sujeito a um número. Por isso o uso dos testes deveria
   estar sempre inserido em um psicodiagnóstico.
   O psicólogo deverá avaliar quantitativamente os
   comportamentos e respostas do sujeito, integrando
   estes dados com a avaliação qualitativa.
   O resultado de uma avaliação psicológica deve ser
   interpretado como uma estimativa de desempenho do
   examinando sob um dado conjunto de circunstâncias
2ª crítica              (Palomba, 1992)

    A quantificação das variáveis na
    fundamentação de um teste só permite
    chegar a cálculos de probabilidade e nunca
    a um juízo de certeza.


RESPOSTA: Os testes devem ser vistos como uma fonte
   de dados que podem incrementar a validade de outras
   informações que foram colhidas na história do avaliado
   ou por outra fonte. A recomendação do uso de mais de
   um teste para medir a mesma variável ajuda a
   aumentar os níveis de probabilidade.
3ª crítica              (Palomba, 1992)

    A influência de variáveis intervenientes
    impediriam o cálculo de probabilidade
    normal das variáveis que se quer medir
    (sono, fome, calor, barulho).

RESPOSTA: A aplicação de um teste é sempre
   padronizada e exige um preparo de excelência do
   profissional. Por isso não pode ser aplicado por um
   “psicometrista”, mas por um psicólogo. Observar e
   controlar as condições do ambiente e particulares de
   cada avaliado são elementos essenciais que o
   psicólogo deve controlar.
4ª crítica          (Palomba, 1992)
 O teste refere-se apenas às características do
 avaliado no momento da aplicação e não
 permite o levantamento de critérios
 inequívocos de uma característica mental

RESPOSTA: Errado. Existem testes que permitem a
 diferenciação de características estruturais e
 reacionais.
 Indicadores inequívocos não existem nem na
 testagem, nem em uma avaliação clínica. Os
 indicadores devem ser vistos em conjunto e
 exigem por parte do psicólogo um raciocínio clínico
 para integrá-los.
E quanto ao problema da
simulação??
  os testes psicológicos devem ser considerados
   uma fonte rica de informações sobre a
   possibilidade da presença de distorções
   intencionais nas informações prestadas.

  Ainda que nenhum teste possa, de forma
   inequívoca, identificar uma simulação, um
   conjunto planejado de instrumentos pode
   propiciar dados que terão um papel crítico no
   momento da decisão sobre a presença ou não
   de tal fenômeno (Ackerman, 1999).
O mais importante...
  O preparo técnico do psicólogo
    A técnica deve ultrapassar a simples aplicação e o
     levantamento das provas psicológicas, para
     compreendê-las em sua dinâmica e premissas
     básicas, possibilitando identificar distorções e
     incongruências nas respostas emitidas.
    O psicólogo perito deve ter experiência quanto aos
     quadros clínicos que avalia, conhecendo o perfil
     típico dos mesmos nos testes que utiliza.
    É necessário, no caso da hipótese de simulação,
     que os indicadores não sejam apenas considerados
     quanto ao seu valor absoluto.
Técnicas de
investigação
  Reaplicar os instrumentos após certo intervalo
   de tempo (Ackerman, 1999);

  Verificar
     a falta de fundamentos neurológicos para
      determinado tipo de resposta,
     discrepância nas estratégias utilizadas (melhor
      desempenho em testes mais fáceis ou desempenho
      diferenciado em testes que medem a mesma
      capacidade),
     total incapacidade para a aprendizagem,
     grande diferença no desempenho esperado para o
      tipo de problema que apresenta.
Instrumentos psicológicos mais
utilizados e sua utilidade na
avaliação forense
  Área da personalidade
    Projetivos / expressivos
         HTP (House-Tree-Person)
         Rorschach (tem características psicométricas)
         Zulliger
         T.A.T. (Teste de Apercepção Temática)
         Pirâmides coloridas de Pfister
         Palográfico
         PMK (psicodiagnóstico miocinético)
Rorschach como
instrumento de avaliação
forense
 Crítica:                            Resposta às críticas:
    Historicamente considerado          A subjetividade não está
     como um teste “projetivo e           relacionada a proposta do
     subjetivo”, não garantiria a         teste, mas aos sistemas
     precisão dos achados                 de aplicação, codificação
     exigidos pela prova pericial;        e interpretação das
                                          respostas;
                                         Sistema Compreensivo
                                          viria responder a estas
                                          necessidades de maior
                                          objetividade.
Rorschach como
instrumento de avaliação
forense
  possibilidade de trabalhar-se com dados:
    perspectiva nomotética
      com interpretações que comparam indivíduos a
       padrões ou expectativas normativas,
    Perspectiva idiográfico
      interpretações que ajudam a definir a
       individualidade do sujeito.
Rorschach como
instrumento de avaliação
forense
  Técnica reconhecida mundialmente como
   válida e útil para o contexto forense;

  Traz vantagens sobre as provas objetivas ou
   de auto-relato, que seriam muito mais
   susceptíveis a manipulações por parte dos
   periciados.
Instrumentos psicológicos mais
utilizados e sua utilidade na
avaliação forense
 Área da personalidade
   Escalas e questionários
        Escala Hare
        Escalas Beck (depressão, ansiedade,desesperança,suicídio)
        STAXI
        IFP (Inventário Fatorial de Personalidade)
        Escala de personalidade de Comrey
        EFN (Escala Fatorial de ajustamento emocional
         /neuroticismo)
        QSG (Questionário de Saúde Geral de Goldberg)
Instrumentos psicológicos mais
utilizados e sua utilidade na
avaliação forense
  Área Cognitiva
    Inteligência
          WISC (crianças)
          WAIS (adolescentes e adultos)   QI
          G 36
          G 38
          R1 (adultos)
          R2 (crianças)
          Raven
Instrumentos psicológicos mais
utilizados e sua utilidade na
avaliação forense
  Área Cognitiva
    Atenção
       Teste AC
       Teste D2
       BGFM –       atenção concentrada
                     atenção difusa


    Capacidade de flexibilizar estratégias cognitivas
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Avaliação psicológica forense usando instrumentos

  • 1. O uso de instr umentos de avaliação psicológica na ár ea for Soniaense Rovinski Liane R. Psicóloga judiciária
  • 2. Instrumentos de avaliação psicológica  Na avaliação psicológica, os testes são instrumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamento, que informam sobre a organização normal dos comportamentos desencadeados pelos estímulos (por figuras, sons, formas espaciais, etc.), ou de suas perturbações em condições patológicas.
  • 3. Instrumentos de avaliação psicológica  Metodologia de  Presença do base avaliador  Objetivos  Necessária  Projetivos  Não necessária  Expressividade do  Indicação do conteúdo atributo  Sujeito  Verbal  Isolado  Execução  composto  Teste  Marcação
  • 4. Tipos de instrumentos O que medem  Personalidade  Traços  Estrutura  Nível de funcionamento  Inteligência  Habilidades específicas  Atenção  Raciocínio numérico, abstrato, etc.  Psicomotores  Desenvolvimento e capacidade
  • 5. Instrumentos de avaliação psicológica  Os métodos e as técnicas utilizadas por psicólogos devem sempre estar inseridos em um processo mais amplo e integrado de investigação:  Acompanhados de uma entrevista  Observação de conduta  Nunca usar um único teste
  • 6. Os instrumentos devem estar inseridos em uma avaliação psicológica  Psicodiagnóstico: É um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, a nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos ou para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (Cunha, 1993).
  • 7. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Compreender a orientação teórica  Considerações práticas da aplicação  Padronização  Fidedignidade  Validade
  • 8. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Compreender a orientação teórica Buscar construtos teóricos do teste e verificar se os itens relacionam-se com estes construtos.
  • 9. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Considerações práticas da aplicação Verificar as condições do examinando para o entendimentos das questões verbais. Verificar se o tempo de realização não será muito longo para o examinando, evitando situações de frustração e respostas aleatórias.
  • 10. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Padronização Examinar a normatização dos resultados: Se a população da amostra é similar ao sujeito; Se o tamanho da amostra foi suficiente; Se existem estudos com sub-grupos específicos Se existe descrição detalhada dos procedimentos de administração do teste (evitar algum viés na aplicação).
  • 11. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Fidedignidade Refere-se ao grau de estabilidade, consistência, predição e precisão dos resultados. Verificar se os estudos estatísticos atingem o esperado: .90 para decisões clínicas e .70 para pesquisa.
  • 12. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Validade Refere-se ao que precisamente ele pode medir. Esta questão pode ser respondida através da pergunta: Você está medindo o que pensa que está medindo??
  • 13. Instrumentos psicológicos Cuidados na utilização (Groth Marnat, 2003)  Existem três categorias principais de validade:  validade de conteúdo verificar se a escolha dos itens é apropriada e relevante;  validade relacionada a critério verificar se a variável medida pelo teste pode ser preditora de outra operacionalmente independente “um teste de inteligência pode ser preditor de desempenho acadêmico?”;  validade relacionada a construto é a relação entre um teste e algum construto teórico.
  • 14. Instrumentos de avaliação clínica X forense  Instrumentos de avaliação clínica  Usados em psicodiagnósticos clínicos  Instrumentos de avaliação forense  Específicos da avaliação forense
  • 15. Instrumentos específicos de avaliação forense Construto de Construto psicológico Competência legal (teorias e pesquisas) Definições psicológicas Definições habilidades funcionais Conceituais de relevância legal ----------------------------------------------------------------------------------------------- Definições Instrumentos de Instrumentos de Operacionais avaliação forense ------- avaliação clínica
  • 16. Vantagem no uso de testes psicológicos  maior uniformidade nos procedimentos e definições na avaliação de habilidades legais relevantes, evitando-se os erros e desvios;  maior uniformidade permite comparações de condutas do sujeito através do tempo;  métodos de avaliação quantitativos permitem a construção de amostras normativas que favorecem a interpretação da conduta com normas;  possibilidade de comparação entre resultados de diferentes examinadores;  permite programas de pesquisa sobre validade e confiabilidade dos métodos de avaliação.
  • 17. Guia para o uso dos testes no âmbito jurídico (Heilbrun)  O teste utilizado deve estar adequadamente documentado e revisado na literatura científica, possuir manual descritivo e ser aceito pela comissão de avaliação do CFP (consultar no site www.pol.org.br).  Deve ser considerada a FIDEDIGNIDADE do teste (estabilidade no tempo e consistência interna dos escores de determinada escala).  O teste escolhido deve ser pertinente à questão jurídica a que está vinculado. Considerar a VALIDADE.  Deve seguir a administração padronizada do manual, em condições ambientais adequadas.
  • 18. Guia para o uso dos testes no âmbito jurídico (Heilbrun)  Os achados particulares de um teste não devem ser aplicados a propostas diferentes ao que o teste foi desenvolvido.  Evitar a controvérsia dos dados clínicos e estatísticos, integrando-os de forma a se complementarem.  Na interpretação dos resultados o psicólogo deve estar atento para o comportamento do avaliado (estilo de resposta) que tem influência na validade dos resultados. Isto é, estar atento às condutas evasivas, defensivas, de rejeição e de simulação.
  • 19. Críticas ao uso dos testes em avaliação forense (Palomba, 1992) Rejeita o uso dos testes psicológicos em avaliações forenses porque não poderiam ser imparciais, principalmente quando aplicados em sujeitos que se utilizassem da simulação e dissimulação. Por esse motivo os testes seriam “inúteis e perigosos”.
  • 20. 1ª crítica (Palomba, 1992) Os testes são técnicas de medição e não poderíamos caracterizar um indivíduo por pontuações ou combinações de pontuações. RESPOSTA: Em nenhum momento se pretende reduzir o sujeito a um número. Por isso o uso dos testes deveria estar sempre inserido em um psicodiagnóstico. O psicólogo deverá avaliar quantitativamente os comportamentos e respostas do sujeito, integrando estes dados com a avaliação qualitativa. O resultado de uma avaliação psicológica deve ser interpretado como uma estimativa de desempenho do examinando sob um dado conjunto de circunstâncias
  • 21. 2ª crítica (Palomba, 1992) A quantificação das variáveis na fundamentação de um teste só permite chegar a cálculos de probabilidade e nunca a um juízo de certeza. RESPOSTA: Os testes devem ser vistos como uma fonte de dados que podem incrementar a validade de outras informações que foram colhidas na história do avaliado ou por outra fonte. A recomendação do uso de mais de um teste para medir a mesma variável ajuda a aumentar os níveis de probabilidade.
  • 22. 3ª crítica (Palomba, 1992) A influência de variáveis intervenientes impediriam o cálculo de probabilidade normal das variáveis que se quer medir (sono, fome, calor, barulho). RESPOSTA: A aplicação de um teste é sempre padronizada e exige um preparo de excelência do profissional. Por isso não pode ser aplicado por um “psicometrista”, mas por um psicólogo. Observar e controlar as condições do ambiente e particulares de cada avaliado são elementos essenciais que o psicólogo deve controlar.
  • 23. 4ª crítica (Palomba, 1992) O teste refere-se apenas às características do avaliado no momento da aplicação e não permite o levantamento de critérios inequívocos de uma característica mental RESPOSTA: Errado. Existem testes que permitem a diferenciação de características estruturais e reacionais. Indicadores inequívocos não existem nem na testagem, nem em uma avaliação clínica. Os indicadores devem ser vistos em conjunto e exigem por parte do psicólogo um raciocínio clínico para integrá-los.
  • 24. E quanto ao problema da simulação??  os testes psicológicos devem ser considerados uma fonte rica de informações sobre a possibilidade da presença de distorções intencionais nas informações prestadas.  Ainda que nenhum teste possa, de forma inequívoca, identificar uma simulação, um conjunto planejado de instrumentos pode propiciar dados que terão um papel crítico no momento da decisão sobre a presença ou não de tal fenômeno (Ackerman, 1999).
  • 25. O mais importante...  O preparo técnico do psicólogo  A técnica deve ultrapassar a simples aplicação e o levantamento das provas psicológicas, para compreendê-las em sua dinâmica e premissas básicas, possibilitando identificar distorções e incongruências nas respostas emitidas.  O psicólogo perito deve ter experiência quanto aos quadros clínicos que avalia, conhecendo o perfil típico dos mesmos nos testes que utiliza.  É necessário, no caso da hipótese de simulação, que os indicadores não sejam apenas considerados quanto ao seu valor absoluto.
  • 26. Técnicas de investigação  Reaplicar os instrumentos após certo intervalo de tempo (Ackerman, 1999);  Verificar  a falta de fundamentos neurológicos para determinado tipo de resposta,  discrepância nas estratégias utilizadas (melhor desempenho em testes mais fáceis ou desempenho diferenciado em testes que medem a mesma capacidade),  total incapacidade para a aprendizagem,  grande diferença no desempenho esperado para o tipo de problema que apresenta.
  • 27. Instrumentos psicológicos mais utilizados e sua utilidade na avaliação forense  Área da personalidade  Projetivos / expressivos  HTP (House-Tree-Person)  Rorschach (tem características psicométricas)  Zulliger  T.A.T. (Teste de Apercepção Temática)  Pirâmides coloridas de Pfister  Palográfico  PMK (psicodiagnóstico miocinético)
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Rorschach como instrumento de avaliação forense  Crítica:  Resposta às críticas:  Historicamente considerado  A subjetividade não está como um teste “projetivo e relacionada a proposta do subjetivo”, não garantiria a teste, mas aos sistemas precisão dos achados de aplicação, codificação exigidos pela prova pericial; e interpretação das respostas;  Sistema Compreensivo viria responder a estas necessidades de maior objetividade.
  • 32. Rorschach como instrumento de avaliação forense  possibilidade de trabalhar-se com dados:  perspectiva nomotética  com interpretações que comparam indivíduos a padrões ou expectativas normativas,  Perspectiva idiográfico  interpretações que ajudam a definir a individualidade do sujeito.
  • 33. Rorschach como instrumento de avaliação forense  Técnica reconhecida mundialmente como válida e útil para o contexto forense;  Traz vantagens sobre as provas objetivas ou de auto-relato, que seriam muito mais susceptíveis a manipulações por parte dos periciados.
  • 34. Instrumentos psicológicos mais utilizados e sua utilidade na avaliação forense  Área da personalidade  Escalas e questionários  Escala Hare  Escalas Beck (depressão, ansiedade,desesperança,suicídio)  STAXI  IFP (Inventário Fatorial de Personalidade)  Escala de personalidade de Comrey  EFN (Escala Fatorial de ajustamento emocional /neuroticismo)  QSG (Questionário de Saúde Geral de Goldberg)
  • 35. Instrumentos psicológicos mais utilizados e sua utilidade na avaliação forense  Área Cognitiva  Inteligência  WISC (crianças)  WAIS (adolescentes e adultos) QI  G 36  G 38  R1 (adultos)  R2 (crianças)  Raven
  • 36. Instrumentos psicológicos mais utilizados e sua utilidade na avaliação forense  Área Cognitiva  Atenção  Teste AC  Teste D2  BGFM – atenção concentrada atenção difusa  Capacidade de flexibilizar estratégias cognitivas  Wisconsin ou Teste de classificação de cartas (associado às funções executivas).