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Um dos filósofos que se ocuparam de
elaborar essa concepção de liberdade foi
santo Agostinho (354-430) viveu na cidade
de Hipona,no norte da África, onde se
Tornou bíspo católico. Para ele o homem é
uma criatura Previlegiada pois foi feita na
imagem e semelhança de Deus. Ele
acreditava que assim, em correspondência
com as três pessoas da Trindade, a alma
humana também seria dotada de três
faculdades.
Responsável por preservar as
imagens provenientes dos
sentidos, equivaleria à essência,
isto é, àquilo que não muda.
corresponderia ao logos, isto é,
à razão, à verdade.
E a vontade representaria o
amor que cria o mundo. Entre
as outras Faculdades,a mais
importante seria a
vontade,que,para Santo
Agostinho é a criadora e lebre
a possibilidade de decidir,escolher
m função da própria vontade alheio
qualquer condicionamento,motivo
u causa determinante
em mesmo a presciência de Deus é incompatível com a
e vontade do homem. Presciência (pré = antes; ciência =
conhecimento) é a capacidade que só Deus possui de
hecer todas as coisas antes que elas aconteçam. De fato,
a Santo Agostinho, Deus conhece a ordem das causas que
origem a todas as coisas. Mas disso não se pode concluir
não há nada que dependa da vontade humana, “porque
também nossa própria vontade se inclui na ordem das
causas, certa para Deus e contida em sua presciência”.
Adiante, complementa o autor: “Por isso, de maneira
uma nos vemos constrangidos, admitida a presciência de
Deus, a suprimir o arbítrio da vontade ou, admitido o
arbítrio da vontade, a negar em Deus a presciência do
futuro, o que é verdadeira impiedade”
ara Santo Agostinho, nem todas as pessoas recebem a graça de Deus, mas apenas alguns
olhidos. É a doutrina de predestinação. Caberia, então, a pergunta: Afirma a necessidade
graça divina e a existência da predestinação não implica entrar em contradição com a tese
livre-arbítrio? Para Santo Agostinho, não. Isso porque, na visão do filósofo, mesmo com a
uda da graça divina, o homem é livre para escolher praticar o Bem ou o mal.Ela depende
mbém da vontade humana. Não fosse assim, não se poderia responsabilizar o homem pelo
ro ou pelo pecado. Como diz Santo Agostinho: “Assim, quando Deus castiga o pecador, o
que te parece que ele diz senão estas palavras: ‘Eu te castigo porque não usaste de tua
ntade livre para aquilo a que eu a concedi a ti’? Isto é, para agires com retidão. Por outro
o, se o homem carecesse do livre-arbítrio da vontade, como poderia existir esse bem, que
nsiste em manifestar a justiça, condenando os pecados e premiando as boas ações? Visto
que a conduta desse homem não seria pecado nem boa ação, caso não fosse voluntária.
ualmente o castigo, como a recompensa, seria injusto, se o homem não fosse dotado de
ntade livre. Ora, era preciso que a justiça estivesse presente no castigo e na recompensa,
orque aí está em dos bens cuja fonte é Deus”; Portanto, conclui o autor, “ era necessário
que Deus desse ao homem vontade livre”.

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Santo Agostinho e a liberdade da vontade

  • 1. Um dos filósofos que se ocuparam de elaborar essa concepção de liberdade foi santo Agostinho (354-430) viveu na cidade de Hipona,no norte da África, onde se Tornou bíspo católico. Para ele o homem é uma criatura Previlegiada pois foi feita na imagem e semelhança de Deus. Ele acreditava que assim, em correspondência com as três pessoas da Trindade, a alma humana também seria dotada de três faculdades.
  • 2. Responsável por preservar as imagens provenientes dos sentidos, equivaleria à essência, isto é, àquilo que não muda.
  • 3. corresponderia ao logos, isto é, à razão, à verdade.
  • 4. E a vontade representaria o amor que cria o mundo. Entre as outras Faculdades,a mais importante seria a vontade,que,para Santo Agostinho é a criadora e lebre
  • 5. a possibilidade de decidir,escolher m função da própria vontade alheio qualquer condicionamento,motivo u causa determinante
  • 6. em mesmo a presciência de Deus é incompatível com a e vontade do homem. Presciência (pré = antes; ciência = conhecimento) é a capacidade que só Deus possui de hecer todas as coisas antes que elas aconteçam. De fato, a Santo Agostinho, Deus conhece a ordem das causas que origem a todas as coisas. Mas disso não se pode concluir não há nada que dependa da vontade humana, “porque também nossa própria vontade se inclui na ordem das causas, certa para Deus e contida em sua presciência”. Adiante, complementa o autor: “Por isso, de maneira uma nos vemos constrangidos, admitida a presciência de Deus, a suprimir o arbítrio da vontade ou, admitido o arbítrio da vontade, a negar em Deus a presciência do futuro, o que é verdadeira impiedade”
  • 7. ara Santo Agostinho, nem todas as pessoas recebem a graça de Deus, mas apenas alguns olhidos. É a doutrina de predestinação. Caberia, então, a pergunta: Afirma a necessidade graça divina e a existência da predestinação não implica entrar em contradição com a tese livre-arbítrio? Para Santo Agostinho, não. Isso porque, na visão do filósofo, mesmo com a uda da graça divina, o homem é livre para escolher praticar o Bem ou o mal.Ela depende mbém da vontade humana. Não fosse assim, não se poderia responsabilizar o homem pelo ro ou pelo pecado. Como diz Santo Agostinho: “Assim, quando Deus castiga o pecador, o que te parece que ele diz senão estas palavras: ‘Eu te castigo porque não usaste de tua ntade livre para aquilo a que eu a concedi a ti’? Isto é, para agires com retidão. Por outro o, se o homem carecesse do livre-arbítrio da vontade, como poderia existir esse bem, que nsiste em manifestar a justiça, condenando os pecados e premiando as boas ações? Visto que a conduta desse homem não seria pecado nem boa ação, caso não fosse voluntária. ualmente o castigo, como a recompensa, seria injusto, se o homem não fosse dotado de ntade livre. Ora, era preciso que a justiça estivesse presente no castigo e na recompensa, orque aí está em dos bens cuja fonte é Deus”; Portanto, conclui o autor, “ era necessário que Deus desse ao homem vontade livre”.