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Fadiga em Metais
Características gerais do processo de 
fadiga 
• É a ruptura de um componente 
pela propagação de uma fissura 
gerada pela aplicação de 
tensões cíclicas. 
• 90% das rupturas em peças 
móveis em serviço relacionam-se 
com fadiga. 
Esse processo ocorre em 3 etapas: 
• 1-Nucleação de uma fissura em 
alguma irregularidade (ponto de 
concentração de tensões) 
• 2- Propagação da fissura 
• 3- Ruptura catastrófica quando 
se atinge o Kic (tenacidade a 
fratura) do material
Zonas típicas de uma fratura por fadiga e fissura na etapa 
de propagação
Pontos nucleadores de fissura por 
fadiga
Mecanismo de nucleação das fissuras 
• Iniciam-se em irregularidades em 
geral superficiais, onde, pela 
concentração de tensões, ocorre 
deformação plástica 
localizada,com movimentos 
atômicos nos planos de 
deslizamento . 
• Na tensão máxima ocorrem as 
saliências 
• Na tensão mínima ocorrem as 
reentrâncias 
• Uma fissura aparece nesse local 
depois de repetidas saliências e 
reentrâncias
Extrusões e intrusões - Aspecto 
• Extrusões e intrusões em 
uma chapa de cobre 
solicitada por esforços 
cíclicos, durante a etapa 
de nucleação da fissura
Como identificar uma ruptura 
causada por fadiga? 
• Presença de duas 
zonas uma lisa e 
outra rugosa.
Aspecto das zonas lisa e rugosa em uma 
superfície de fratura por fadiga
Presença de marcas de praia 
• Pode aparecer na 
região da ruptura as 
marcas de praia. 
Essa marca aparece 
cada vez que o 
equipamento é 
desligado.
Marcas de praia em um eixo 
rompido por fadiga
Presença das estrias 
• Quando se observa a região 
da zona da fratura onde houve 
propagação estável da fissura 
por fadiga (zona macroscópica 
lisa) com grande aumento em 
MEV ou MET(microscópio 
eletrônico de varredura / 
transmissão) pode-se ver o 
avanço unitário da fissura sob 
o efeito de cada ciclo de 
carga. Essas linhas chamam-se 
de estrias.
Cada estria está associada a um 
ciclo de carga
Tipos de solicitações 
• Caso (a) eixo em rotação (por 
exemplo) 
• Caso (b) mola 
predominantemente em tração 
(por exemplo) 
• Caso (c) asa de um avião em 
vôo (por exemplo) 
• Intervalo da tensão cíclica: 
Ds = smax-smin 
• Amplitude da tensão cíclica: 
sa = (smax-smin)/2 
• Tensão média: 
sm = (smax+smin)/2 
• Razão de tensão: 
R = smin/smax, 
• onde smax e smin são os 
máximos e mínimos níveis de 
tensões, respectivamente.
Ensaio de fadiga 
• Consiste em 
submeter uma série 
de corpos de prova a 
cargas variáveis com 
tensões máximas 
decrescentes de valor 
e que levem o corpo 
de prova à ruptura 
após um certo 
número de ciclos que 
é registrado
Máquina de fadiga do tipo flexão 
alternada 
• Materiais ferrosos 
apresentam limite de 
fadiga definido 
• Materiais não ferrosos 
não apresentam limite de 
fadiga. Então em geral se 
define o valor da tensão 
para um número de ciclos 
longo, como sendo o 
limite de fadiga arbitrário 
dessa liga.
Máquina de fadiga tipo flexão alternada e máquina 
de fadiga tipo universal de ensaios
Resultados práticos de curvas SxN 
(stress X number of cycles)
Fatores que influenciam o limite de fadiga 
• Acabamento superficial- quanto melhor maior o limite de fadiga 
• Composição química – teor de impurezas- quanto mais puro maior o limite 
de fadiga 
• Quanto maior a resistência mecânica do material, maior o seu limite de 
fadiga 
• Tratamentos termoquímicos (cementação, nitretação etc...) aumentam o 
limite da fadiga pois induzem tensões de compressão na superfície 
• Jactopercussão (shot peening) eleva o limite de fadiga pois induz tensões 
compressivas na superfície. 
• Descarbonetação (perda de carbono a partir da superfície por reações com 
a atmosfera) faz cair a resistência nessa área reduzindo o limite de fadiga. 
• Corrosão: Se prévia influencia como a redução do acabamento superficial. 
Se simultânea gera um novo mecanismo chamado de corrosão-fadiga que 
faz cair muito o limite de fadiga.
• Os ensaios de 
fadiga apresentam 
em geral uma 
certa falta de 
reprodutibilidade, 
o que motiva o 
emprego de uma 
análise estatística
Análise estatística da fadiga 
• Através de um 
comportamento 
estatístico pode-se 
determinar a 
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um material sofrer 
fadiga para 
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de carga.
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Fadiga em Metais: Processo, Identificação e Fatores

  • 2. Características gerais do processo de fadiga • É a ruptura de um componente pela propagação de uma fissura gerada pela aplicação de tensões cíclicas. • 90% das rupturas em peças móveis em serviço relacionam-se com fadiga. Esse processo ocorre em 3 etapas: • 1-Nucleação de uma fissura em alguma irregularidade (ponto de concentração de tensões) • 2- Propagação da fissura • 3- Ruptura catastrófica quando se atinge o Kic (tenacidade a fratura) do material
  • 3. Zonas típicas de uma fratura por fadiga e fissura na etapa de propagação
  • 4. Pontos nucleadores de fissura por fadiga
  • 5. Mecanismo de nucleação das fissuras • Iniciam-se em irregularidades em geral superficiais, onde, pela concentração de tensões, ocorre deformação plástica localizada,com movimentos atômicos nos planos de deslizamento . • Na tensão máxima ocorrem as saliências • Na tensão mínima ocorrem as reentrâncias • Uma fissura aparece nesse local depois de repetidas saliências e reentrâncias
  • 6. Extrusões e intrusões - Aspecto • Extrusões e intrusões em uma chapa de cobre solicitada por esforços cíclicos, durante a etapa de nucleação da fissura
  • 7. Como identificar uma ruptura causada por fadiga? • Presença de duas zonas uma lisa e outra rugosa.
  • 8. Aspecto das zonas lisa e rugosa em uma superfície de fratura por fadiga
  • 9. Presença de marcas de praia • Pode aparecer na região da ruptura as marcas de praia. Essa marca aparece cada vez que o equipamento é desligado.
  • 10. Marcas de praia em um eixo rompido por fadiga
  • 11.
  • 12. Presença das estrias • Quando se observa a região da zona da fratura onde houve propagação estável da fissura por fadiga (zona macroscópica lisa) com grande aumento em MEV ou MET(microscópio eletrônico de varredura / transmissão) pode-se ver o avanço unitário da fissura sob o efeito de cada ciclo de carga. Essas linhas chamam-se de estrias.
  • 13. Cada estria está associada a um ciclo de carga
  • 14. Tipos de solicitações • Caso (a) eixo em rotação (por exemplo) • Caso (b) mola predominantemente em tração (por exemplo) • Caso (c) asa de um avião em vôo (por exemplo) • Intervalo da tensão cíclica: Ds = smax-smin • Amplitude da tensão cíclica: sa = (smax-smin)/2 • Tensão média: sm = (smax+smin)/2 • Razão de tensão: R = smin/smax, • onde smax e smin são os máximos e mínimos níveis de tensões, respectivamente.
  • 15. Ensaio de fadiga • Consiste em submeter uma série de corpos de prova a cargas variáveis com tensões máximas decrescentes de valor e que levem o corpo de prova à ruptura após um certo número de ciclos que é registrado
  • 16. Máquina de fadiga do tipo flexão alternada • Materiais ferrosos apresentam limite de fadiga definido • Materiais não ferrosos não apresentam limite de fadiga. Então em geral se define o valor da tensão para um número de ciclos longo, como sendo o limite de fadiga arbitrário dessa liga.
  • 17. Máquina de fadiga tipo flexão alternada e máquina de fadiga tipo universal de ensaios
  • 18.
  • 19. Resultados práticos de curvas SxN (stress X number of cycles)
  • 20. Fatores que influenciam o limite de fadiga • Acabamento superficial- quanto melhor maior o limite de fadiga • Composição química – teor de impurezas- quanto mais puro maior o limite de fadiga • Quanto maior a resistência mecânica do material, maior o seu limite de fadiga • Tratamentos termoquímicos (cementação, nitretação etc...) aumentam o limite da fadiga pois induzem tensões de compressão na superfície • Jactopercussão (shot peening) eleva o limite de fadiga pois induz tensões compressivas na superfície. • Descarbonetação (perda de carbono a partir da superfície por reações com a atmosfera) faz cair a resistência nessa área reduzindo o limite de fadiga. • Corrosão: Se prévia influencia como a redução do acabamento superficial. Se simultânea gera um novo mecanismo chamado de corrosão-fadiga que faz cair muito o limite de fadiga.
  • 21.
  • 22. • Os ensaios de fadiga apresentam em geral uma certa falta de reprodutibilidade, o que motiva o emprego de uma análise estatística
  • 23. Análise estatística da fadiga • Através de um comportamento estatístico pode-se determinar a probabilidade de um material sofrer fadiga para determinado valor de carga.