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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
MÉDICA
TRAUMATOLOGIA-ORTOPEDIA
Mauricio Custódio Fabiani
R2
Deformidade dos dedos menores
Mauricio Custódio Fabiani
R2
Deformidade dos dedos menores,
particularmente do segundo dedo, às vezes
está relacionada com a instabilidade da
articulação MTF. Esta anomalia, que tem
gravidade variável desde sinovite até a luxação
que resulta em deformidade crônica tornou-se
um problema reconhecido.
• Calçados inadequados
• Doenças neuromusculares
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• Variam de leves e flexíveis a rígidas
• Maioria é adquirida
• Podem acometer mais de 1 dedo
• Mais comum na população calçada
• Incidência de 2-20%
• Aumenta com a idade
• Pico em 60-70 anos
• Mulheres 4-5:1
• Etiologia incerta
• Pressão contra o calçado
• Trauma
• Sequela de tratamento de dedo em martelo
• Artrite inflamatória
• Alta incidência em mulheres (84% são
mulheres)
– Calçados
• Mais de um dedo
• Distribuição de frequência igual entre os
dedos
– Ocorre mais no dedo mais longo
• Tensão aumentada do FLD
– Primaria ou secundária?
• Ocorre formação de calo ou pressão no
calçado
– DOR
• Causa multifatorial
• Câmara anterior estreita
• 85% são mulheres
• Aumenta com a idade
• Pico 50-70 anos
• Maioria ocorre em mais de um dedo
• Segundo PDT é o mais acometido
• Pode ser causado pelo desbalanço muscular
– CMT, Friederich, Mielo, PC, DDD, Esclerose
múltipla
– Pés insensíveis
– Pé reumático
– Hálux Valgo
– Sd. compartimental
• Causa incerta
• Origem neuromuscular
– Mesmas do martelo
• Desbalanço entre intrínsecos e extrínsecos
• Contratura do flexores e extensores
• Envolve múltiplos dedos
• Pode ser rígida ou flexível
• Associada a pé cavo
• Evolutiva
Anatomia e Patofisiologia
• Dorsal
• Divide-se em 3 bandas na FP
– A média insere-se na base da falange média
– 2 laterais que inserem-se na falange distal
• Se mantém centralizado por uma aponeurose
que ancora e ELD na parte plantar da base da
FP
• Tem função de dorsiflexão da falange
proximal
– Apenas extende a IFP se a FP estiver em flexão
ou fixa em neutro
• O FLD se insere na falange distal e flete a IFD
• O FCD se insere na falange média e flete a IFP
• Dorsais ao ligamento metatarsal transeverso
• Lumbricais são plantares
• Os dois passam plantar
Ao eixo de movimento da
MTF, fletindo a MTF.
• Passam dorsal ao eixo da IFP e IFD,
extendendo essas.
• Estabilizador mais importante da MTF é a placa
plantar
– Combinação da aponeurose plantar e cápsula
– Principalmente durante a marcha
• Perde sua função na deformidade crônica
• O colateral
– Ligamento colateral falangeano
– Ligamento colateral acessório (insere-se na placa plantar)
• Se não houver antagonistas para o ELD
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• Avaliar o estado vascular
• Estado neurológico
– Pode indicar doença sistêmica
• Procurar áreas de pressão, ceratose, calos
• Alinhamento do dedo
• Rigidez da deformidade
• Contratura do tendão calcâneo, FLD
• Rx para avaliar a deformidade óssea
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• Relações ósseas
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• Artrose – erosões subcondrais
• Desvios mediais e laterais
• Rx com stress
• Planejamento pré-op
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passiva
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• Fisiopatologia
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ampla
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• Pré-axial
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• Relativamente comum
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• Dividida em 2 tipos
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• Simples
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• Polisindactilia
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antepé (calçado)
– Excisão do dedo lateral com 1 ano de idade
• Deformidade familiar relativamente comum
• Raramente sintomática
• Aduto, flexão dorsal e desvio medial
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• Tratamento apenas para melhora da dor ou
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dorsal
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• Deformidade congênita
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• Causa incerta
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Deformidades dos dedos pés

  • 1.
  • 3. Deformidade dos dedos menores Mauricio Custódio Fabiani R2
  • 4. Deformidade dos dedos menores, particularmente do segundo dedo, às vezes está relacionada com a instabilidade da articulação MTF. Esta anomalia, que tem gravidade variável desde sinovite até a luxação que resulta em deformidade crônica tornou-se um problema reconhecido.
  • 5. • Calçados inadequados • Doenças neuromusculares • Congênito • Variam de leves e flexíveis a rígidas • Maioria é adquirida • Podem acometer mais de 1 dedo
  • 6. • Mais comum na população calçada • Incidência de 2-20% • Aumenta com a idade • Pico em 60-70 anos • Mulheres 4-5:1
  • 7. • Etiologia incerta • Pressão contra o calçado • Trauma • Sequela de tratamento de dedo em martelo • Artrite inflamatória • Alta incidência em mulheres (84% são mulheres) – Calçados
  • 8. • Mais de um dedo • Distribuição de frequência igual entre os dedos – Ocorre mais no dedo mais longo • Tensão aumentada do FLD – Primaria ou secundária? • Ocorre formação de calo ou pressão no calçado – DOR
  • 9. • Causa multifatorial • Câmara anterior estreita • 85% são mulheres • Aumenta com a idade • Pico 50-70 anos • Maioria ocorre em mais de um dedo • Segundo PDT é o mais acometido
  • 10. • Pode ser causado pelo desbalanço muscular – CMT, Friederich, Mielo, PC, DDD, Esclerose múltipla – Pés insensíveis – Pé reumático – Hálux Valgo – Sd. compartimental
  • 11. • Causa incerta • Origem neuromuscular – Mesmas do martelo • Desbalanço entre intrínsecos e extrínsecos • Contratura do flexores e extensores • Envolve múltiplos dedos • Pode ser rígida ou flexível • Associada a pé cavo • Evolutiva
  • 13. • Dorsal • Divide-se em 3 bandas na FP – A média insere-se na base da falange média – 2 laterais que inserem-se na falange distal
  • 14. • Se mantém centralizado por uma aponeurose que ancora e ELD na parte plantar da base da FP • Tem função de dorsiflexão da falange proximal – Apenas extende a IFP se a FP estiver em flexão ou fixa em neutro
  • 15. • O FLD se insere na falange distal e flete a IFD • O FCD se insere na falange média e flete a IFP
  • 16. • Dorsais ao ligamento metatarsal transeverso • Lumbricais são plantares • Os dois passam plantar Ao eixo de movimento da MTF, fletindo a MTF. • Passam dorsal ao eixo da IFP e IFD, extendendo essas.
  • 17. • Estabilizador mais importante da MTF é a placa plantar – Combinação da aponeurose plantar e cápsula – Principalmente durante a marcha • Perde sua função na deformidade crônica • O colateral – Ligamento colateral falangeano – Ligamento colateral acessório (insere-se na placa plantar)
  • 18. • Se não houver antagonistas para o ELD – Intrínsecos fracos – Lesão cápsula – Lesão placa plantar
  • 19. • Avaliar o estado vascular • Estado neurológico – Pode indicar doença sistêmica • Procurar áreas de pressão, ceratose, calos • Alinhamento do dedo • Rigidez da deformidade • Contratura do tendão calcâneo, FLD
  • 20. • Rx para avaliar a deformidade óssea associada • Relações ósseas • Subluxação • Artrose – erosões subcondrais • Desvios mediais e laterais • Rx com stress
  • 21. • Planejamento pré-op – Contratura articular impossibilita a correção passiva – A rigidez determina o tratamento – Avaliar sempre de pé (com carga) – Deformidades associadas – corrigir todas – Contratura do flexor longo – Verificar se há espaço para a correção – Condições do paciente
  • 22. • Medidas conservadoras – Mudanças no calçado – Protetores – Capuz – Mangas viscoelásticas
  • 23. • Indicações – DuVries para os dedos menores • Não resulta em fusão • União fibrosa com 15° de ADM
  • 24.
  • 25.
  • 26. • Corrige a deformidade com ortostatismo – carga • Transferência tendinosa – Melhora da deformidade com o custo da força de preensão – Pode ser usada em associação com outras técnicas
  • 27. • Geralmente é fixa • Sintomas pela pressão na ponta do dedo • Calo – lesões • 75% nos dedos mais longos • Pode ser tratado conservadoramente – Coxim – Calçado adequado
  • 28. • Se for flexível – Liberação percutânea do FLD • Se for Rígido – Condilectomia falange média – Liberação do FLD
  • 29.
  • 30. • Hiperextensão da MTF • Falange distal pode estar fletida ou não • Definir deformidades associadas • Condição neurológica e vascular • Definir rigidez • Kelikian-Ducroquet
  • 31. • Corrigir outras deformidades – cavo • Observar o local da rigidez e severidade da garra • DuVries • Weil • Transferência tendionsa • Artrodese - hálux
  • 32.
  • 33.
  • 35. • Polidactilia (mais comum) • Macrodactilia • Sindactilia • Halux Varo congênito • Contratura congênita • Curly Toe • Ectrodactilia
  • 36. • Deformidade do hálux com angulação medial na MTT-Fal – Diferenciar de metatarso primo varo, onde a MTT-Falangica não está deformada • Unilateral • Não redutível passivamente
  • 37. • Associado – 1º raio curto – 1º raio grosso – Mtt e falanges acessórios – Varo dos outros mtt – Bandas fibrosas
  • 38. • Fisiopatologia – Formação de 2 hálux – Medial não desenvolve – Formação de banda fibrosa medial – A contratura a banda puxa o hálux para medial – Deformidade em varo
  • 39. • Tratamento depende do grau da deformidade e da rigidez • Leve a moderado – Farmer • Grave – Kelikian – Artrodese – Amputação (raro)
  • 41. • Associada a síndromes genéticas • Mais comum isolada (autossômica dominante) • 2:1000 • 30% com HF positiva
  • 42. • Classificação – Pré-axial: Hálux – 15% – Central: 2/3/4 PDT – 6% – Pós-axial: 5 PDT – 79% – Articulada (tipo A) – Rudimentar (tipo B)
  • 43. • Classificação de Venn-Watson Cabeça metatarsal ampla Primeiro metatarsal curto
  • 44. • Tratamento: Excisão do raio acessório • Rx pré-op – Tipo A ou B – Mtt extras • Tipo B – Podem ser ligados ao nascimento (autoamputação) • Tipo A – Requer excisão e reconstrução – 1 ano
  • 45. • Pré-axial – Excisão do hálux mais medial – Reparo da cápsula – Prevenção do hálux varo (Fio K 4-6 semanas) – Aparência não fica normal, porém o resultado funcional é satisfatório
  • 46. • Pós-axial e central – Alinhamento do dedo – Ressecção apenas se for comprometer a largura do pé
  • 47. • Relativamente comum • Raramente altera a função • Dividida em 2 tipos – Zigosindactilia: completa ou incompleta, geralmente entre o 2/3 PDT – Polisindactilia: Duplicação do 5 PDT com sindactilia entre os 5° ou entre os 5° e o 4°
  • 49. • Zigosindactilia – Raramente sintomática – Não requer tratamento • Polisindactilia – Tratamento cirúrgico para reduzir a largura do antepé (calçado) – Excisão do dedo lateral com 1 ano de idade
  • 50. • Deformidade familiar relativamente comum • Raramente sintomática • Aduto, flexão dorsal e desvio medial • 20-30% bilateral • Tratamento apenas para melhora da dor ou da função, principalmente na angulação dorsal • A direção da angulação determina o procedimento
  • 51. • Ocorre contratura da cápsula da Mtt-Fal • Dedo transladado para dorsal e medial • Sem deformidade IF • 50% vai evoluir com dor ao usar calçados
  • 52. • Correção de partes moles • Falangectomia proximal • Amputação • Artroplastia de Butler
  • 53.
  • 54. • Deformidade congênita • Flexão, varo e rotação lateral nas IFS • Fica por baixo do dedo mais medial • Comum • Bilateral • Simétrica • HF
  • 55. • Causa incerta • Associado a tensão excessiva do flexor • Mais comum do 3/4 • unha virada para lateral • Assintomática geralmente • Muitos corrigem espontaneamente • Pode causar sintomas pela pressão do calçado
  • 56. • Tratamento – Alongamento – Cirúrgico – tenotomia simples do flexor