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A sexta palavra da cruz.
Introdução:
Jesus falou sete vezes na cruz, (púlpito universal):
1. À sua mãe e João, Jo.; 2. Pai perdoa-lhes... Jo.; 3. Luc. Com o
ladrão (Hoje estarás...); 4. Eloí... Mat. e Mc.; 5. Tenho sede. Jo.;
6. Está consumado = TETELESTAI, Jo.; 7. Pai nas tuas mãos... Luc.;
Na sexta fala Cristo declarou TETELESTAI.
Essa palavra tem um significado muito profundo para nosso
entendimento no que diz respeito a nossa vida espiritual e a
nossa relação com Deus. Porque o grande problema do ser
humano não é material, físico, psicológico, mas é espiritual e
precisa de tratamento espiritual, isto é, relacionamento com
Deus.
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O que prejudica o
relacionamento humano
com Deus é o pecado-
dívida, que gera culpa,
medo de Deus, neuroses,
barganhas, etc.
Geralmente o que fazemos
quando devemos para
alguém e vemos a pessoa no caminho? Escondemos, fugimos,
etc... Geralmente não temos um bom relacionamento com
credores...
Um bom entendimento a respeito de como Deus tratou e trata
com os nossos pecados-dívidas, nos liberta totalmente da culpa,
do medo, das neuroses, das barganhas... e nos leva a uma vida
de liberdade, libertária e de gratidão crescente e também a um
profundo relacionamento com Ele.
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Para tanto precisamos entender bem duas verdades:
I. NOSSA DÍVIDA É IMPAGÁVEL POR NÓS MESMOS.
A trajetória humana após a queda
no pecado é baseada na justiça
própria, na tentativa de pagar a
conta com suas próprias ações ou
com uma vida “certinha”, religiosa,
na tentativa de agradar a Deus
(credor). Porém, logo se percebe
que não é possível satisfazer todas
as demandas da Lei de Deus. E por
viver num mundo caído e estar no
meio de outros caídos, aqui ou ali
acaba quebrando a lei de Deus e
acrescentando mais dívida na conta e aí mais culpa-peso, mais
medo, mais barganha-negócio, e a relação com Deus é um
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negócio neurótico, obsessivo, maluco mesmo. Isso leva a
pessoa a fazer algumas coisas:
Ser o mais religiosa possível, até se
auto flagelar, tentando pagar a conta.
(Um líder religioso convenceu 400
homens a se castrarem para se
aproximarem de Deus). Apesar da
proeza não valeu de nada.
Aprisionar outros com sua religião.
Amargurar-se contra Deus e contra toda espécie de religião, etc
Depressão, suicídio, etc...
Olha quanta coisa por causa de dívida!!! Nossa dívida é
impagável por nós mesmos. Nada do que você faça ou deixe de
fazer poder saudar qualquer débito com Deus, nem um
centavinho, nem 0,0001%. Rom. 3:20; Hb.10:4; Gl.3:10
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Isso vale tanto para o passado quanto para o presente e o
futuro. Nossa dívida é impagável por nós mesmos.
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Se entendermos isso já será um grande avanço para nossa
saúde espiritual.
II. A BOA NOTÍCIA DA DÍVIDA CANCELADA.
No século I, quando um criminoso era preso, seus delitos eram
registrados em um papiro conhecido como “cédula de dívida”
ou “escrito de dívida”. Ao cumprir a pena e chegando a ocasião
de sua liberdade, o juiz responsável pela soltura do condenado,
riscava a cédula, especialmente na parte onde os crimes estavam
apontados, e, no rodapé, escrevia TETELESTAI. Pronto! O
indivíduo não devia mais nada à justiça. Estava livre da
condenação e, agora, poderia desfrutar da paz e da liberdade.
“TETELESTAI” é uma expressão grega que pode ser
traduzida como “está consumado”, “totalmente pago” ou
“dívida cancelada”.
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O apóstolo Paulo se apropria desta
figura jurídica para nos transmitir a
profundidade do alcance da obra
redentora de Cristo, pois como
pecadores que somos, contra nós
também há uma “cédula de dívida”,
a saber, uma série de transgressões
cometidas ao longo da nossa vida. Esta cédula constitui-se em
um poderoso instrumento de acusação. Ela nos silencia, nos
humilha, pois não há como contradizê-la, não há como nega-la.
Nela se registram todas as nossas maldades, todas as nossas
mentiras, toda perversidade que praticamos. Ela aponta para a
destruição dos que ali constam. Entretanto, o apóstolo Paulo
declara que Cristo “riscou o escrito de dívida, tirando-o do meio
de nós, cravando-o na cruz”. Col. 2:14 Ou seja, Jesus Cristo com
sua morte vicária (substitutiva), pagou a dívida que tínhamos
para com Deus.
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Está Consumado! Totalmente pago! Esta é a nossa verdadeira
posição em Cristo no que consiste a satisfação da justiça divina.
Não importa o que tenhamos feito. Não importa a extensão e a
gravidade do nosso pecado, em Cristo Jesus “nenhuma
condenação há...” (Rm 8.1). Portanto, quando lembranças ruins
de um passado distante ou recente surgirem e nos sentirmos
culpados e ameaçados em nossa paz, basta nos lembrarmos do
que Cristo fez por nós. Basta nos lembrarmos da palavra
proferida a nosso
respeito: TETELESTAI!
Todos os nossos pecados
foram perdoados pelo
precioso sangue do
Senhor Jesus Cristo.
Sangue este que riscou a
cédula que nos era
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contrária, nos livrando da condenação de uma vez por todas. De
uma vez para sempre!
É comum encontrarmos pessoas inseguras quanto ao fato de se
sentirem plenamente perdoados por Deus. Alguns têm a
impressão de que precisam orar mais uma vez para, quem sabe,
serem realmente perdoados pelo Senhor. Porém, as Escrituras
Sagradas não nos orienta a “sentir o perdão” de Deus e, sim a
crer que, em Cristo, Ele já nos perdoou conforme diz a Escritura.
Escritura é documento. Portanto, não é uma questão de
sentimento, mas sim de fé na pessoa de Jesus Cristo e na
eficácia da obra que Ele realizou conforme diz a Escritura.
Outra questão que também atormenta alguns irmãos é o receio
de que, dependendo do que fizeram no passado, estes precisam
“quebrar alguma maldição” ou “anular algum pacto”, pois, do
contrário, sempre estarão sujeitos a alguma investida de satanás
e poderão ter algum tipo de influência maligna em suas vidas.
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Assim, para tais, a qualquer momento, o diabo poderá vir
“cobrar a fatura” sendo, portanto, é necessário participar de
algum culto ou corrente de libertação. Esta prática é estranha ao
ensino da Escritura Sagrada. Paulo, afirma que a dívida foi
cancelada, além disso, no versículo 15 do capítulo 2 da carta aos
Colossenses, o apóstolo insiste que “tendo despojado os
principados e as potestades, os expôs publicamente ao
desprezo, e deles triunfou na cruz...” Se no versículo 14, Paulo
utiliza uma cena jurídica, como já dissemos acima, neste ele usa
uma realidade militar bastante conhecida na época, pois quando
duas nações entravam em guerra, era comum o exército
vencedor trazer ao seu território o exército vencido e, numa
cerimônia pública, os soldados derrotados tinham suas roupas e
demais pertences retirados até ficarem completamente nus, eles
eram despojados. Este despojamento tinha o objetivo de
humilhar o inimigo derrotado, demonstrando que estava
totalmente subjugado.
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É exatamente isto que Paulo está ensinando aos crentes de
Colossos! Cristo derrotou e humilhou o diabo, despojando-o de
toda e qualquer autoridade que tinha para nos acusar, tentar e
prejudicar. Cristo fez dos seus inimigos, o “estrado de seus pés”.
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Não precisamos temer qualquer cobrança. Ele foi derrotado,
despojado e humilhado pelo Senhor Jesus Cristo. A dívida está
paga! TETELESTAI!!!
Esses dias eu ouvi uma história de um homem que tinha pago
uma certa dívida, mas vieram os cobradores e tentaram acusá-lo
de que ele ainda devia, mas ele tinha algo guardado, o recibo da
conta paga, o escrito registrado que tudo estava pago, eles não
podiam fazer nada e ele
ainda aproveitou para
dizer a eles que eles é
que vão pagar agora
por danos morais.
Nós temos a
Palavra de Deus que confirma o pagamento completo de nossa
dívida (passado, presente e futuro). Todos os nossos pecados
foram perdoados! TETELESTAI!
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Que boa notícia! Todas as nossas maldições foram levadas à cruz
e ali aniquiladas (Isaias 53). Que maravilha! Estamos livres!
Livres para viver a plenitude da vida de Cristo. A Ele, e somente
a Ele, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder pelos séculos
dos séculos, Amém!!!
Conclusão
I. Nossa dívida é impagável por nós mesmos.
II. A boa notícia da dívida cancelada.
Um bom entendimento a respeito de como Deus tratou e trata
com os nossos pecados-dívidas, nos liberta totalmente da culpa,
do medo, das neuroses, das barganhas... e nos leva a uma vida
de liberdade, libertária e de gratidão crescente e também a um
profundo relacionamento com Ele. (Nenhum ritual, religião,
esforço humano, etc., pode nos ajudar na vida espiritual, só um
bom e profundo relacionamento com Deus nos ajudará.)