O texto descreve o tempo como uma coisa misteriosa que passa devagar quando não se tem nada para fazer, mas voa quando a vida está agitada. Reflete sobre como o tempo sobra para pensamentos inúteis quando se está ocioso, mas falta para se dedicar às pessoas importantes. Conclui que o ser humano conseguiu muitas proezas, mas ainda não dominou completamente essa preciosa e abstrata coisa que é o tempo.
2. Coisa misteriosa este tal de tempo. Quando vc não tem absolutamente nada para fazer, ele não passa, e fica-se esperando que chegue a noite, e o dia seguinte, quase em desespero.
3. Mas quando a vida está movimentada e boa, ele voa, e quando vc se dá conta, a semana acabou sem saber como, e o mês também, e foram-se os anos.
4. Não há meio termo: ou se morre de tédio ou de exaustão. O que é melhor??? Difícil escolha.
5. Quando não se faz nada, sobra tempo para pensar em coisas que nos fazem ou fizeram sofrer, lembrar do passado com arrependimento, saudades ou, o pior de tudo, com a sensação de não ter vivido – pensamentos, aliás, totalmente inúteis.
6. Quando o tempo sobra, qualquer palavra que se ouve é analisada,...
7. ... o contexto em que ela foi dita pode ter proporções perigosas, e até o tom de voz tem, ou pode ter, um grave significado.
8. Ah, o tempo.... O tempo que não se tem para ouvir o amigo, para escutar o problema do filho, o tempo que ninguém tem para escutar os nossos.
9. E, curiosamente, quando estamos esperando por alguém que marcou de chegar a certa hora e não chega, ficamos ansiosos, impacientes, e não paramos de olhar para o relógio constantemente...
11. O tempo... Remédio para tantas coisas, mas que demora tanto para fazer efeito.
12. O tempo não tem forma, cheiro, sabor; não pode ser comprado em farmácias, ser dado nem emprestado, não é vegetal, animal nem mineral, não pode ser guardado no cofre...
13. ...não pode ser esbanjado, nem é possível economizá-lo para o futuro.