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Na tela cinematográfica, o professor do Plano Espiritual
exibiu dois pequenos documentários sobre o
assunto que nos fora motivo a longo debate.
1939-1943
Surgiu à cena, agitada metrópole européia. Em tudo, o
clima de guerra. De súbito, vimo-nos mentalmente
jungidos a dilatado recinto, onde centenas de policiais e
civis cochichavam.
Articulam-se avisos. Ramifica-se a trama. Camionetas
deslizam dentro da noite. Magotes de transeuntes se
agregam num ponto só, formando vasta legião popular
em operoso bairro de ascendência israelita. São
paisanos decididos à rapinagem. Madrugada adiante,
ei-los que invadem as residências judias.
Mãos que retivessem anéis, pulsos que
ostentassem adornos, orelhas ornamentadas de
brincos e bustos revestidos de jóias sofriam
golpes rápidos, muitos deles tombando
decepados em torrentes sangüíneas. Alguém
que aparecesse com bastante coragem de
investir contra os malfeitores, caía logo de
pernas mutiladas, para que não
avançasse em socorro das vítimas. E os quadros
vivos se repetiam em outros lugares e em outras
noites,com personagens diversas, nos mesmos
delírios de violência.
1949–1953
A tela passa a mostrar escuro vale no espaço. Milhares de seres
humanos em condições deploráveis arrastam-se em
desgoverno. Há quem chore a ausência dos braços, quem
lastime a perda dos pés. Possível, no entanto, identificar muitos
deles. São os mesmos infelizes de 1939 a 1943, participantes
das empresas de furto e morte, à margem da guerra.
Desencarnados, supliciam-se no remorso que se lhes incrusta
nas consciências. Carregando a mente vincada pelas
atrocidades de que foram autores, plasmaram em si, nos
órgãos e membros, profundamente sensíveis do corpo
espiritual, as deformidades que infligiram aos irmãos
israelitas indefesos. Para que se refaçam, é preciso que
reencarnem de novo. Necessário retomem a organização
carnal, à maneira de doentes complicados, que exigem regime
carcerário para tratamento preciso.
 A maioria dos implicados renasce no país em que se
verificou o assombroso delito, e muitos deles, em vários
pontos outros do mundo, ressurgem alentados por
famílias hospitaleiras ou famílias endividadas, que os
aconchegam para a benemerência do reajuste.
 Certamente, - comentou o instrutor, ao término da
película - certamente que nem todos os casos de
malformação congênita podem ser debitados à
influência da talidomida sobre a vida fetal. Em todos os
tempos, consoante os princípios de causa e efeito,
despontam crianças desfiguradas nos berços terrestres.
O estudo, porém, que realizamos pela imagem,
esclarece, com segurança, o fenômeno das ocorrências
de má-formação, que repontaram em massa, entre os
homens, nos últimos tempos.
Achávamo-nos suficientemente elucidados; no entanto, meu
velho amigo, LuisVillas, indagou:
- Isso quer dizer então, professor, que a talidomida foi aplicada,
de acordo com a lei da reencarnação?
- Bem, bem - falou o mentor, retratando a benevolência no
semblante calmo -, a talidomida e a provação funcionaram em
obediência à justiça, mas não será lícito esquecer que o lar e a
ciência vigilante dos homens também funcionaram em
obediência à Misericórdia Divina, que a tudo previu, a fim de
que a administração daquele medicamento não ultrapassasse
os limites justos.Compreenderam?
Sim, recebêramos a chave para entender o assunto que
envolvia dolorosa disciplina expiatória, e, à face da emoção que
nos impunha silêncio, a lição foi encerrada.

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Lei de ação e reação talidomida

  • 1.
  • 2. Na tela cinematográfica, o professor do Plano Espiritual exibiu dois pequenos documentários sobre o assunto que nos fora motivo a longo debate. 1939-1943 Surgiu à cena, agitada metrópole européia. Em tudo, o clima de guerra. De súbito, vimo-nos mentalmente jungidos a dilatado recinto, onde centenas de policiais e civis cochichavam. Articulam-se avisos. Ramifica-se a trama. Camionetas deslizam dentro da noite. Magotes de transeuntes se agregam num ponto só, formando vasta legião popular em operoso bairro de ascendência israelita. São paisanos decididos à rapinagem. Madrugada adiante, ei-los que invadem as residências judias.
  • 3.
  • 4. Mãos que retivessem anéis, pulsos que ostentassem adornos, orelhas ornamentadas de brincos e bustos revestidos de jóias sofriam golpes rápidos, muitos deles tombando decepados em torrentes sangüíneas. Alguém que aparecesse com bastante coragem de investir contra os malfeitores, caía logo de pernas mutiladas, para que não avançasse em socorro das vítimas. E os quadros vivos se repetiam em outros lugares e em outras noites,com personagens diversas, nos mesmos delírios de violência.
  • 5. 1949–1953 A tela passa a mostrar escuro vale no espaço. Milhares de seres humanos em condições deploráveis arrastam-se em desgoverno. Há quem chore a ausência dos braços, quem lastime a perda dos pés. Possível, no entanto, identificar muitos deles. São os mesmos infelizes de 1939 a 1943, participantes das empresas de furto e morte, à margem da guerra. Desencarnados, supliciam-se no remorso que se lhes incrusta nas consciências. Carregando a mente vincada pelas atrocidades de que foram autores, plasmaram em si, nos órgãos e membros, profundamente sensíveis do corpo espiritual, as deformidades que infligiram aos irmãos israelitas indefesos. Para que se refaçam, é preciso que reencarnem de novo. Necessário retomem a organização carnal, à maneira de doentes complicados, que exigem regime carcerário para tratamento preciso.
  • 6.  A maioria dos implicados renasce no país em que se verificou o assombroso delito, e muitos deles, em vários pontos outros do mundo, ressurgem alentados por famílias hospitaleiras ou famílias endividadas, que os aconchegam para a benemerência do reajuste.  Certamente, - comentou o instrutor, ao término da película - certamente que nem todos os casos de malformação congênita podem ser debitados à influência da talidomida sobre a vida fetal. Em todos os tempos, consoante os princípios de causa e efeito, despontam crianças desfiguradas nos berços terrestres. O estudo, porém, que realizamos pela imagem, esclarece, com segurança, o fenômeno das ocorrências de má-formação, que repontaram em massa, entre os homens, nos últimos tempos.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Achávamo-nos suficientemente elucidados; no entanto, meu velho amigo, LuisVillas, indagou: - Isso quer dizer então, professor, que a talidomida foi aplicada, de acordo com a lei da reencarnação? - Bem, bem - falou o mentor, retratando a benevolência no semblante calmo -, a talidomida e a provação funcionaram em obediência à justiça, mas não será lícito esquecer que o lar e a ciência vigilante dos homens também funcionaram em obediência à Misericórdia Divina, que a tudo previu, a fim de que a administração daquele medicamento não ultrapassasse os limites justos.Compreenderam? Sim, recebêramos a chave para entender o assunto que envolvia dolorosa disciplina expiatória, e, à face da emoção que nos impunha silêncio, a lição foi encerrada.