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As 7 Trombetas e o Fim do Tempo da Graça.


“Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.”
Apoc. 8:2 (ARA)

As sete trombetas do Apocalipse são um dos temas mais difíceis de compreender e talvez por isso
sejam um dos temas menos pregados. No entanto, são uma das partes mais fascinantes da Bíblia
para o estudante sincero, pois não só nos mostra o que aconteceu no passado mas, mais importante
ainda, nos revela os acontecimentos que em breve terão lugar nesta terra.


Durante este estudo das sete trombetas veremos que terríveis pragas terão lugar no nosso planeta,
ainda antes do fim do tempo da graça. Estas são uma clara advertência a um mundo que se
esqueceu do seu Criador, que está finalizando Sua obra de intercessão pela humanidade no
santuário celestial. É de notar que mesmo antes das trombetas haverão outras pragas, mas não com
a mesma intensidade.


“As pragas de Deus já estão caindo sobre a terra, arrebatando os edifícios mais sumptuosos como
por um sopro de fogo do céu. Esses juízos não farão com que os cristãos professos caiam em si?
Deus permite que sobrevenham para que o mundo se acautele, para que os pecadores temam e
tremam diante d’Ele.” Eventos Finais, pág. 26.


“Deus tem um propósito ao permitir que ocorram essas calamidades. Elas constituem um de Seus
meios para chamar homens e mulheres à razão. Mediante actuações incomuns da Natureza, Deus
expressará a instrumentalidades humanas em dúvida o que Ele revela claramente em sua Palavra.”
Ibidem.

“Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se
possível for, cheguem a despertar e aperceber–se da pecaminosidade do seu procedimento.”
Testemunhos Selectos, vol. 3, págs. 329 e 330 (1909).


O Dia da Expiação

No antigo Israel, as trombetas tocavam dez dias antes do dia da expiação, fim do ano religioso
hebraico, a fim de que o povo se preparasse, com profundo exame de coração, para esse dia. Todos
os pecados deveriam ser confessados e abandonados, para que a bênção de Deus repousasse sobre
o povo:

“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene,
memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação (…). Mas, aos dez deste mês sétimo, será o
Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao
Senhor.” Lev. 23:24, 27 (ARA)


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Nesse dia, simbolicamente, o santuário era purificado de todo o pecado acumulado ao longo do ano.
Cada vez que alguém pecava, e confessava o seu pecado, impondo as mãos sobre a cabeça do
cordeiro, no pátio do templo, esse pecado era então simbolicamente transferido para o santuário,
através do sangue desse mesmo animal, pelo sacerdote.

“O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a
cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o
sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo
sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei
que o pecador transgredira. Por esta cerimónia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente
transferido para o santuário. (…)


Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo. Os pecados de Israel, sendo assim
transferidos para o santuário, ficavam contaminados os lugares santos, e uma obra especial se
tornava necessária para sua remoção. Deus ordenara que se fizesse expiação por cada um dos
compartimentos sagrados, assim como pelo altar, para o purificar "das imundícies dos filhos de
Israel", e o santificar. Lev. 16:19.

Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a
purificação do santuário. O cerimonial ali efectuado completava o ciclo anual do ministério.

No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre
eles, "uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário". O bode sobre o qual caía a
primeira sorte deveria ser morto como oferta pelos pecados do povo. E o sacerdote deveria levar
seu sangue para dentro do véu, e aspergi-lo sobre o propiciatório. "Assim fará expiação pelo
santuário por causa das imundícies dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os
seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas
imundícies." Lev. 16:16.


"E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as
iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os
porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso.
Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária." Lev. 16:21 e 22.
Antes que o bode tivesse desta maneira sido enviado não se considerava o povo livre do fardo de
seus pecados. Cada homem deveria afligir sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda
ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene
perante Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração.

Importantes verdades concernentes à obra expiatória eram ensinadas ao povo por meio deste
serviço anual. Nas ofertas para o pecado apresentadas durante o ano, havia sido aceito um
substituto em lugar do pecador; mas o sangue da vítima não fizera completa expiação pelo pecado.
Apenas provera o meio pelo qual este fora transferido para o santuário. Pela oferta do sangue, o
pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava a culpa de sua transgressão, e exprimia sua fé
nAquele que tiraria o pecado do mundo; mas não estava inteiramente livre da condenação da lei. No

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dia da expiação, o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia ao lugar
santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório, em cima das tábuas da lei. Assim se
satisfaziam os reclamos da lei, que exigia a vida do pecador. Então, em seu carácter de mediador, o
sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava consigo o fardo das culpas de
Israel. À porta do tabernáculo colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava
sobre ele "todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os
seus pecados", pondo-as sobre a cabeça do bode. E, assim como o bode que levava esses pecados
era enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considerados separados do povo para
sempre. Este era o cerimonial efectuado como "exemplar e sombra das coisas celestiais". Heb. 8:5.”
Patriarcas e Profetas, pág. 354-356, (cap. O tabernáculo e seus serviços).


O Antítipo do Dia da Expiação

Todas estas cerimónias do antigo testamento não eram senão “sombras das coisas futuras” (Cl.
2:17), isto é, apontavam para realidades futuras e celestiais:

“O primeiro tabernáculo… é uma alegoria para o tempo presente…”

“Mas, vindo Cristo, o sumo-sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo…”
“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo
céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus…” Hb. 9:8,9,11,24.

“Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear
com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário,
aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador.

O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não
cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final; assim, no cerimonial
típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no
santuário até ao dia da expiação.


No grande dia da paga final, os mortos devem ser "julgados pelas coisas que estavam escritas nos
livros, segundo as suas obras". Apoc. 20:12. Então, pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os
pecados de todo o verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu. Assim o santuário
estará livre ou purificado, do registro de pecado. No tipo, esta grande obra de expiação, ou
cancelamento de pecados, era representada pelas cerimônias do dia da expiação, a saber, pela
purificação do santuário terrestre, a qual se realizava pela remoção dos pecados com que ele ficara
contaminado, remoção efetuada pela virtude do sangue da oferta para o pecado.

Assim como na expiação final os pecados dos verdadeiros arrependidos serão apagados dos
registros do Céu, para não mais serem lembrados nem virem à mente, assim no serviço típico eram
levados ao deserto, para sempre separados da congregação.

Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que
ocasionaram a morte do Filho de Deus, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra de
Cristo para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado,
encerrar-se-á pela remoção dos pecados do santuário celestial e deposição dos mesmos sobre
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Satanás, que cumprirá a pena final. Assim no cerimonial típico, o ciclo anual do ministério
encerrava-se com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode
emissário. Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou o seu
lugar, ensinavam-se ao povo cada dia as grandes verdades relativas à morte e ministério de Cristo, e
uma vez ao ano sua mente era transportada para os acontecimentos finais do grande conflito entre
Cristo e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e pecadores.” Idem, pág. 357,358.

Em Daniel 8:14 encontramos a profecia: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs [2300 anos,
contados a partir de 457 a.c até 1844 d.c. (Dan 8:17,26; 9:24,25,26)], e o santuário será purificado.”
Esta profecia indica-nos o tempo exacto em que Cristo passou do lugar santo ao lugar santíssimo do
santuário celestial – terça-feira, 22 de Outubro de 1844. Nesse dia teve início o juízo investigativo, o
antítipo do dia da expiação. Passarei a explicar.

As 7 Trombetas no Passado
“Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu
santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terramoto e grande saraivada.” Apoc. 11:19
(ARA)

“O anúncio de que o templo de Deus se abrira no Céu, e de que fora vista a arca de Seu concerto,
indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para
efectuar a obra finalizadora da expiação.” O Grande Conflito, pág. 433.


Ellen White deixa claro nesta citação do Grande Conflito, que Apocalipse 11: 19 se refere à
passagem de Jesus do lugar Santo para o lugar Santíssimo. Ora, esta passagem se encontra mesmo
no final da descrição da sétima trombeta, o que nos indica que as sete trombetas “tocaram”, no
decorrer da história, até 1844, advertindo e apontando para o dia da expiação no lugar santíssimo
do santuário celestial, a começar com o juízo investigativo dos mortos inscritos no livro da vida.

(Acerca deste assunto, ver O Grande Conflito, cap. 28: O Grande Juízo Investigativo.
http://oconflitodosseculos.blogspot.com/2009/10/28.html)

O testemunho de Ellen White e a história confirmam o cumprimento passado das predições feitas
há muito pela Palavra de Deus, no que respeita às trombetas de Apocalipse 8-11.


“No ano de 1840 outro notável cumprimento de profecia despertou geral interesse. Dois anos antes,
Josias Litch, um dos principais ministros que pregavam o segundo advento, publicou uma
explicação de Apocalipse 9, predizendo a queda do Império Otomano. (…) O acontecimento
cumpriu exactamente a predição.” O Grande Conflito, pág. 334.

Se é certo que as sete trombetas tiveram um cumprimento histórico, também é certo que haverá
um cumprimento escatológico, isto é, no tempo do fim. Não nos vamos deter no cumprimento
passado das sete trombetas, mas sim no seu cumprimento nos últimos dias.




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As 7 Trombetas no Fim do Tempo


Que dizem a Bíblia e o Espírito de Profecia acerca do cumprimento escatológico das sete trombetas?

Já no antigo testamento, no livro de Joel, se fez referência ao toque da trombeta: “Tocai a trombeta
em Sião e dai voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra,
porque o Dia do Senhor vem, já está próximo…” Joel 2:1 (ARA)

Não só no livro de Joel, mas também noutros livros como Jeremias e Sofonias: “Não posso calar-me,
porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra. Golpe sobre golpe se anuncia,
pois a terra toda já está destruída…” Jer. 4: 19, 20

“Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e de desolação, dia de escuridade
e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e
contra as torres altas.” Sof. 1: 15, 16

É certo que estes textos tiveram uma aplicação no passado, no entanto, todos eles convergem
especialmente para o fim deste mundo, advertindo para o fim do tempo de graça concedido por
Deus ao Seu povo e a toda a humanidade.

• As trombetas na conquista de Jericó

No episódio da conquista de Jericó, as trombetas tiveram um lugar proeminente: “Sete sacerdotes
levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodearão a cidade sete
vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.” Josué 6: 4

É interessante notar as semelhanças com Apoc. 8:6; “sete sacerdotes” e “sete anjos”, ambos os
grupos com “sete trombetas” os quais vão “adiante da arca” ou precedem o aparecimento da arca. A
arca da aliança é um claro símbolo da graça e misericórdia de Deus, mas também da Sua justiça. Os
sacerdotes “anunciaram” durante sete dias que o tempo de graça estava chegando ao fim para
Jericó. Veremos mais adiante que, escatologicamente, os sete anjos ao tocarem as sete trombetas
anunciarão que o fim do tempo da graça para o mundo em geral está chegando ao fim.

• Como nos dias de Noé

O próprio Jesus disse algo muito interessante que podemos relacionar com as sete trombetas: “Pois
assim como foi nos dias de Noé, assim será a vinda do Filho do Homem.” Mateus 24: 37
Que encontramos nos dias de Noé que possamos relacionar com as sete trombetas?

Referindo-se aos antediluvianos, Ellen White escreveu: “O seu tempo estava quase a expirar. Noé
tinha fielmente seguido as instruções que recebera de Deus. (…) E agora o servo de Deus fez o seu
último e solene apelo ao povo. Com um desejo angustioso, que as palavras não podem exprimir,
solicitou que buscassem refúgio enquanto ainda se poderia achar. (…) Subitamente veio silêncio
sobre a turba zombadora. Animais de toda a espécie, os mais ferozes bem como os mais mansos,
foram vistos vindo das montanhas e florestas, e encaminhando-se silenciosamente para a arca.”
Patriarcas e Profetas, pág. 97.



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“Durante sete dias os animais foram entrando na arca, e Noé dispunha-os nos lugares preparados
para eles.” Redimidos, pág. 46.

Finalmente Deus disse a Noé: “Entra na arca, tu e toda tua casa, porque reconheço que tens sido
justo diante de mim no meio desta geração” Gén. 7:1

“A misericórdia havia cessado os seus rogos pela raça culpada. Durante sete dias depois que Noé e
sua família entraram (…) na arca, não apareceu sinal da tempestade vindoura. Fora durante este
tempo provada a sua fé.” Patriarcas e Profetas, pág. 98.

Desta forma podemos concluir que, assim como antes que o fim do tempo da graça terminasse para
os antediluvianos, lhes foram feitas as últimas advertências, por meio dos animais, durante os sete
dias em que eles entraram na arca, também para a última geração nesta terra haverão 7
advertências finais antes que se feche para sempre a porta da graça. Assim como Noé e sua família
passaram por um período de 7 dias, de prova e angústia, antes do dilúvio, e depois mais 40 dias de
terrível tempestade e angústia, também nós passaremos por um período de grande angústia – a
angústia de Jacó – depois que tenham começado a cair as primeiras das 7 últimas pragas.


• As 7 trombetas ainda soarão

A serva do Senhor confirma-nos o cumprimento escatológico das trombetas de Apocalipse e
relaciona-as com as sete últimas pragas que a elas se seguirão:

“Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra [ainda
durante o tempo de graça para o mundo]; uma taça após a outra será derramada sucessivamente
sobre os habitantes da terra [depois do fim do tempo da graça].” Eventos Finais, pág. 205.

Tal como antes do dilúvio e antes da queda de Jericó, Deus fará suas advertências, não só por meio
de seus servos mas também por meio das sete trombetas que tocarão antes que termine o tempo da
graça de Deus para a última geração.

• As 7 trombetas também são 7 pragas

“Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo as sete últimas pragas, pois com estes se
consumou a cólera de Deus.” Apoc. 15:1 (ARA)

De uma boa compreensão do português, podemos concluir que, para haver sete últimas pragas,
antes, têm que haver as primeiras pragas. As 7 trombetas são também consideradas pragas (ver
Apoc. 9:18, 20).

Escatologicamente, as 7 trombetas, tal como as 7 últimas pragas, devem-se interpretar literalmente,
apesar da existência de algumas expressões simbólicas, as quais em alguns casos, são explicadas
pelo próprio texto. (Apoc. 9:1,11; 9:3,8,9,11; 16: 13,14).


Não faz sentido que, perante dois acontecimentos escatológicos, interpretemos um de uma forma
literal e outro de uma forma simbólica, como que tendo uma aplicação unicamente histórica.
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Comparação dos Dois Eventos

    É de notar algumas semelhanças que existem entre as 7 trombetas e as 7 últimas pragas, estando o
    fim do tempo da graça no meio destes dois eventos. Há também diferenças significativas que
    provam que o texto não se está a referir à mesma série de acontecimentos, repetindo-a, mas sim a
    referir-se a duas coisas distintas, as primeiras 7 pragas, que a Bíblia chama de trombetas, e as
    últimas 7 pragas:



7 trombetas                                          7 últimas pragas

   1. “… saraiva e fogo de mistura com sangue,          1. “…derramou a sua taça pela terra, e, aos
      e foram atirados à terra. Foi, então,                homens portadores da marca da besta (…)
      queimada a terça parte da terra, e das               sobrevieram úlceras malignas e perniciosas.”
      árvores, e também toda a erva verde .”               Apoc. 16:2
      Apoc. 8:7




   2.    “…montanha ardendo em chamas foi               2. “Derramou o segundo a sua taça no mar, e
        atirada ao mar, cuja terça parte se tornou         este se tornou em sangue como que de morto,
        em sangue, e morreu a terça parte da               e morreu todo o ser vivente que havia no
        criação… e foi destruída a terça parte das         mar.” Apoc.16:3
        embarcações.” Apoc. 8:9


   3. “…caiu do céu sobre a terça parte dos             3. “Derramou o terceiro a sua taça nos rios e
      rios, e sobre as fontes das águas uma                nas fontes das águas, e se tornaram em
      grande estrela, ardendo … e a terça parte            sangue… porquanto derramaram sangue de
      das águas se tornou em absinto, e muitos             santos… também sangue lhes tens dado a
      dos homens morreram por causa dessas                 beber”. Apoc. 16:4-6
      águas…” Apoc. 8:10


   4. “…foi ferida a terça parte do sol, da lua e       4. “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o
      das estrelas, para que a terça parte deles           sol, e foi-lhe dado queimar os homens com
      escurecesse…” Apoc. 8:12                             fogo.” Apoc.16:8


   5. “…vi uma estrela caída do céu na terra. E         5. “Derramou o quinto a sua taça sobre o trono
      foi-lhe dada a chave do poço do abismo.              da besta, cujo reino se tornou em trevas… e
      (…) com a fumaceira saída do poço,                   os homens remordiam a língua por causa da
      escureceu-se o sol e o ar.… Também da                dor que sentiam e blasfemavam o Deus do
      fumaça saíram gafanhotos para a terra;               céu por causa das angústias e das úlceras
      (…) e foi-lhes dito que não causassem                que sofriam…” Apoc. 16:10
      dano à erva da terra… e tão somente aos

                                                                                                     7
homens que não têm o selo de Deus sobre
    a fronte... e … que os atormentassem
    durante cinco meses. E o seu tormento
    era como tormento de escorpião quando
    fere alguém.” Apoc. 9:1-5



6. “Solta os quatro anjos que se encontram          6. “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande
   atados junto ao grande rio Eufrates.                rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se
   Foram, então, soltos os quatro anjos que            preparasse o caminho dos reis que vêm do
   se achavam preparados… para que                     lado do nascimento do sol. Então, vi sair da
   matassem a terça parte dos homens. (…)              boca do dragão, da boca da besta e da boca do
   …foi morta a terça parte dos homens.”               falso profeta três espíritos imundos
   Apoc.9:14                                           semelhantes a rãs;… eles são espíritos de
                                                       demónios, operadores de sinais, e se dirigem
                                                       aos reis do mundo inteiro com o fim de
                                                       ajuntá-los para a peleja do grande dia do
                                                       Deus Todo-Poderoso. (…) Então, os
                                                       ajuntaram no lugar que em hebraico se
                                                       chama Armagedom.” Apoc.16:12


7. “ …e houve no céu grandes vozes, dizendo:        7. “… derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar,
   O reino do mundo se tornou de nosso                 e saiu grande voz do santuário… dizendo:
   Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos         Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes
   séculos dos séculos. (…) Chegou… a tua
                                                       e trovões, e ocorreu grande terremoto,
   ira, e o tempo determinado para serem
   julgados os mortos, para se dar o galardão          como nunca houve igual desde que há gente
   aos teus servos… e para destruíres os que           sobre a terra… E a grande cidade se dividiu
   destroem a terra. Abriu-se, então, o                em três partes, e caíram as cidades das
   santuário de Deus, que se acha no céu, e foi        nações. E lembrou-se Deus da grande
   vista a arca da Aliança no seu santuário, e         Babilónia para dar-lhe o cálice do vinho do
   sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões,             furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os
   terramoto      e     grande    saraivada.”
                                                       montes não foram achados; também desabou
   Apoc.11:15-19.
                                                       do céu sobre os homens grande saraivada,
                                                       com pedras que pesavam cerca de um
                                                       talento…” Apoc. 16:17,20.

 Podemos assim concluir que embora existam bastantes semelhanças entre as 7 trombetas e as 7
 últimas pragas, existem também muitas diferenças, tornando-se assim óbvio que estes relatos
 proféticos não se referem aos mesmos acontecimentos. Enquanto os primeiros são juízos
 misericordiosos, os segundos são unicamente punitivos.

 Ao chegarmos à sétima trombeta, podemos compreender claramente que é chegado o fim do tempo
 da graça para este mundo. A arca da aliança será vista novamente no céu, pois chegou ao fim a
 intercessão de Cristo, e Ele então sai do santuário. Nas 7 últimas pragas, o limite da cólera de Deus
 foi atingido, por isso se fala de taças derramadas, pois a medida está completa e transborda (Apoc.
 15: 1; 16: 1).
                                                                                                    8
O Fim do Tempo da Graça Para o Professo Povo de Deus

"E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito
incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do
trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de
Deus.

E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra [fim do tempo da
graça para os santos, a igreja; intercessão em forma de "fogo", castigo, sobre aqueles que ainda não
conhecem toda a verdade]; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terramotos [grande
terramoto quando o decreto dominical se tornar universal - Eventos Finais, pág. 119].


E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las [juízos
misericordiosos]." Ap. 8:3-6(ARA).

Temos nestes versos um pequeno vislumbre daquilo que se passará no santuário celestial
imediatamente antes do toque das 7 trombetas no fim do tempo. O fim da intercessão pelos santos
e do respectivo juízo investigativo, e a intercessão por meio do castigo por aqueles que não tiveram
os mesmos privilégios quanto ao conhecimento da verdade.

O altar de ouro, no lugar santo, onde era aspergido uma pequena parte do sangue do animal morto
(Lv. 4:17,18), servia para queimar e oferecer o incenso, símbolo das orações dos santos. Sobre o
altar, estava um incensário que continha brasas, e todos os dias de manhã e à tarde era ali oferecido
incenso. No dia da expiação, o sumo-sacerdote também oferecia incenso no lugar santíssimo:

“Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus
punhos cheios de incenso aromático moído, e o levará para dentro do véu. E porá o incenso sobre o
fogo perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o testemunho,
para que não morra.” Lv. 16:12.

Devemos ter em mente que, numa aplicação escatológica das trombetas, Jesus não se encontra mais
no lugar santo mas no santíssimo, continuando a interceder por Seu professo povo e investigando
os casos de cada um, desde os mortos até aos vivos. Na aplicação histórica das trombetas Jesus,
estando no lugar santo a interceder por Seu professo povo, judeus e gentios convertidos a Cristo,
estava ainda a interceder por mais uma geração do povo judeu, que não tinha culpa do pecado de
seus pais. Mas havendo essa geração rejeitado o Salvador como seus pais o fizeram, logo a graça
terminou para eles e foram castigados com “fogo” lançado do altar. Jerusalém foi então destruída,
cerca de 40 anos depois, uma geração (Lc. 21:32; O Grande Conflito, pág. 25).

Assim, este anjo representado como estando no lugar santo, oferecendo muito incenso pelos santos,
isto é, intercedendo por eles, é na realidade Cristo, Miguel, o “Anjo do Senhor”. Presentemente, Ele
está intercedendo, mas no lugar santíssimo para ali fazer expiação pelos santos vivos. Quando
terminar, Ele tomará o incensário de ouro, enchê-lo-á de brasas, e lançá-lo-á na terra, simbolizando
ao mesmo tempo, o final da intercessão pelos santos já inscritos no livro da vida, e o início de uma
intercessão especial em forma de castigo para advertir o povo de Deus que ainda está em Babilónia
(Ap.18:4).


                                                                                                   9
Jesus disse: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” Apoc. 3: 19
(ARA)

“Caiu, caiu a grande Babilónia”. “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus
pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” Apoc. 18:2,4 (ARC).

Deus, em sua misericórdia, utilizará meios severos para despertar e chamar Seu povo que ainda
está em Babilónia. Nesta altura, o tempo da graça para o professo povo de Deus, a igreja adventista
do sétimo dia, já terá terminado. Quanto àqueles que uma vez fizeram parte do povo de Deus, mas
que desprezaram a luz concedida, para estes os juízos de Deus não serão misericordiosos, mas
punitivos:


“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já
não resta mais sacrifício pelos pecados, Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo,
que há-de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia,
só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado
merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi
santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Hb. 10:26-29.

"Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual
será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" I Pe. 4;17.

“No lugar santíssimo vi uma arca, cujo cimo e lados eram de ouro puríssimo. Em cada uma de suas
extremidades estava um lindo querubim, com as asas estendidas sobre ela. Tinham o rosto voltado
um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos havia um incensário de ouro. Por cima da
arca, onde os anjos estavam, havia uma glória extraordinariamente fulgurante, com a aparência de
um trono em que Deus habitava. Jesus ficou ao lado da arca e, ao ascenderem para Ele as orações
dos santos, o incenso ardia e, com o incenso, Ele oferecia as orações a Seu Pai. ” Vida e Ensinos, pág.
90.


"Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu. Um anjo com um tinteiro de
escrivão ao lado voltou da Terra, e referiu a Jesus que sua obra estava feita, e os santos estavam
numerados e selados [ver Ez. 9:3,4; Test. Igr., vol. 3, pág. 265-267]. Então vi Jesus, que havia estado
a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as
mãos e com grande voz disse: "Está feito." Eventos Finais, pág.197.

Este “Está feito” refere-se ao fim do tempo da graça para a igreja adventista.

• Os 144 mil


“E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os
quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem
contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo;
e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas
                                                                                                    10
testas os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro
mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” (Apoc. 7:1-4).

Como parte da descrição da quinta trombeta está escrito: “... e foi-lhes dito que não causassem dano
à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão somente aos homens que
não têm o selo de Deus sobre a fronte. ” Apoc. 9:4 (ARA)

Também aqui se faz alusão ao selo de Deus colocado nas frontes dos 144.000. Existe uma relação
entre estes dois textos. Ambos, de uma forma directa ou indirecta, fazem referência aos selados de
Deus que estarão vivos por ocasião da vinda de Jesus, em número de 144.000, provenientes das 12
tribos de Israel. (Faltam as tribos de Dã e Efraim, pois foi em seu território que foram colocados os
bezerros de ouro - I Reis 12: 29. No entanto, houve sempre um remanescente fiel - II Cr. 11:16.)
Deus prometeu congregar de novo o Seu povo, os israelitas fiéis - Is. 11:12; Apoc. 7:3,4. Essas
promessas ainda não se cumpriram. Isto confirma mais uma vez a escatologia das 7 trombetas, uma
vez que o selamento dos 144 mil é um acontecimento dos últimos dias.

Nas trombetas – as 7 primeiras pragas – os 4 ventos já terão sido soltos, pois os santos já foram
selados e as árvores, a terra e o mar já foram atingidos por esses juízos.

As 7 trombetas, tal como as 7 últimas pragas, são juízos de Deus enviados à Terra, mas os que têm o
selo de Deus não os sofrerão (Ap. 9:4; 16:2; Sl. 91:1, 10), tal como os israelitas no passado foram
poupados de sofrer as pragas do Egipto (Êx. 8:22,23; 9:4-6, 26).

"Os que se estão unindo com o mundo, estão-se amoldando ao modelo mundano, e preparando-se
para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma
pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na fronte
o selo de Deus. Quando sair o decreto [dominical], e o selo for aplicado, seu carácter [dos 144000],
permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade.

Agora é o tempo de preparar-nos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou
mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do
mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso.
Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus - candidatos para o Céu.
Pesquisai as Escrituras por vós mesmos, para que possais compreender a terrível solenidade do
tempo presente." Testemunhos Selectos, Vol. 2, pág. 71.

"A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a
quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva
serôdia." Eventos Finais, pág. 155.

"Os lugares vagos nas fileiras serão preenchidos pelos que foram representados por Cristo como
tendo chegado na hora undécima. Há muitos com quem o Espírito de Deus está lutando. O tempo
dos juízos destruidores da parte de Deus [para o Seu professo povo] é o tempo de misericórdia para
aqueles que [agora] não têm oportunidade de aprender o que é a verdade [referência às trombetas
que são também pragas, depois da lei dominical]. O Senhor olhará para eles com ternura. Seu
coração compassivo se enternece, e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar, enquanto a
porta é fechada para os que não querem entrar [os adventistas do sétimo dia infiéis]. Será admitido
um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez." Idem,
pág. 157.
                                                                                                  11
Os 144000 são um número literal (Ver Primeiros Escritos, pág. 15), são descendentes das 12 tribos
de Israel espalhadas por toda a terra, e estão incluídos entre os fiéis adventistas do sétimo dia.
Estes, de uma maneira especial, alcançarão um relacionamento muito íntimo com Cristo e a
perfeição.

Muitos entre os adventistas serão selados, mas nem todos farão parte do grupo dos 144000.
Crianças, idosos e outros serão chamados ao descanso (Eventos Finais, pág. 119, 120), pois não
estarão preparados para suportar o tempo de angústia. Todos os salvos terão sido selados, mas os
144000 serão um grupo especial que reflectirá o carácter de Cristo. São aqueles que gemem e estão
em agonia pelos pecados em Jerusalém - a igreja (Testemunhos Para a Igreja Vol. 3, pág. 265-267).

Depois que saia o decreto dominical, termina o selamento entre o professo povo de Deus. O trigo é
completamente separado do joio. Começarão então a cair os juízos misericordiosos de Deus sobre a
terra, e os 144000 irão clamar, cheios do Espírito Santo: "Sai dela povo meu", despertando o povo
de Deus que ainda se encontra em Babilónia. Quando este segundo grupo tiver sido completamente
selado, então Jesus se retirará para sempre do lugar santíssimo, e virão então as 7 últimas pragas, e
o grande tempo de angústia.

“Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final,
e todos os que se mostrarem fiéis aos preceitos divinos receberam "o selo do Deus vivo". Cessa
então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos, e com grande voz diz: "Está
feito."” Eventos Finais, pág. 197.

É importante compreendermos e retermos alguns pontos:

a) A sacudidura ocorre, de uma forma especial, ao sair o decreto dominical nos Estados Unidos.
b) Pouco tempo depois, ao se tornar esse decreto universal, termina definitivamente o tempo da
graça para os adventistas do sétimo dia em geral, sejam da igreja adventista do sétimo dia ou da
igreja da reforma, etc. Ou seja, para todos aqueles que conhecem toda a verdade.
c) Só então começarão a tocar as trombetas, e a cair os respectivos juízos misericordiosos de Deus.
d) Só depois das trombetas terminará o tempo da graça para o mundo em geral.

Paralelo Com Daniel 12

Este capítulo de Daniel, além de ter uma clara aplicação no passado, tem também uma aplicação
escatológica. Jesus, representado na visão pelo homem vestido de linho (O Grande Conflito, pág.
472), disse a Daniel: “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação
desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil
trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua
herança, no fim dos dias.” Dan. 12:11-13.

“O tempo em que o sacrifício contínuo for retirado” em Daniel, é um claro paralelo com a
descrição do incensário ser lançado na terra com fogo, em Apocalipse. É uma referência ao
fim da intercessão pelos santos, o fim do tempo da graça para os professos adventistas do
sétimo dia. "Posta a abominação desoladora”, é uma clara referência ao decreto dominical.

“O Salvador advertiu a Seus seguidores: "Quando pois virdes que a abominação da desolação, de
que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, atenda), então os que estiverem na Judéia
fujam para os montes." Mat. 24:15 e 16; Luc. 21:20. Quando os símbolos idolátricos dos romanos
                                                                                                   12
fossem erguidos em terra santa, … então os seguidores de Cristo deveriam achar segurança na
fuga.” O Grande Conflito, pág. 26.

“Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus,
assim o arrogar-se nossa nação [Estados Unidos] o poder, no decreto que torna obrigatório o dia de
repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades,
passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as
montanhas.” Testemunhos Selectos, Vol. 2, pág. 166, (1885).

É necessário que compreendamos que aquilo que no passado se cumpriu de uma forma simbólica,
será literal no tempo do fim, não se aplicando mais a regra de um dia para cada ano.

Assim podemos concluir:

A partir do instante em que saia o decreto dominical nos Estados Unidos, haverá 1290 dias (tempo
de graça), ou seja, 3 anos e 7 meses.

Um mês depois (1290-1260=30 dias), haverá “um tempo, tempos e metade do tempo” (Dan. 12:7),
ou seja, 1260 dias (três anos e meio) de perseguição.

Sendo que no passado, o fim dos 1260 dias corresponde ao fim do tempo de perseguição papal, da
tortura e morte, no futuro corresponderá ao fim do tempo de graça para o mundo, e à saída de Jesus
do lugar santíssimo, pois a partir desta altura não haverão mais mártires (Eventos Finais, pág. 227).
Haverá perseguição, mas nenhum dos 144000 será ferido ou morto.

Daniel 12:12 menciona ainda 1335 dias iniciados, tal como no passado, com os 1290 dias. Jesus
disse a Daniel: “Tu … descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias”, ou seja no final
dos 1335 dias, haverá uma ressurreição especial, da qual fará parte Daniel, nas vésperas da vinda
de Cristo:

“Abrem-se sepulturas, e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida
eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Dan. 12:2. Todos os que morreram na fé da
mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz,
estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. "Os mesmos que O traspassaram" (Apoc.
1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua
verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e
obedientes.” O Grande Conflito, pág. 643.

Entre o fim dos 1290 dias - o fim do tempo da graça para o mundo - e esta ressurreição especial,
haverão 45 dias (1335-1290=45). Sabemos que depois de começarem a cair as primeiras das sete
últimas pragas, sairá o decreto de morte. Entretanto começará a chamada angústia de Jacó, tempo
de terrível prova, o qual se prolongará por 40 dias de jejum parcial e oração, e de “grande
tribulação”. Nesta altura ser-nos-á assegurado, pelo ministério dos anjos, apenas pão e água.
Comeremos apenas o suficiente para manter a vida (Eventos Finais, pág. 219, 227, 228).

O próprio Jesus disse que assim como foi nos dias de Noé seria na vinda de Cristo (Mt. 24: 37), Noé
e a sua família, depois de 7 dias de prova em que não choveu, tiveram ainda quarenta dias de
terrível prova, enquanto as águas enchiam a terra e a arca era sacudida terrivelmente (Gn. 7:12, 17;
Redimidos, pág. 48).

                                                                                                  13
Também Jesus no deserto teve uma prova de 40 dias (Mt. 4:1,2), e os 144000, que irão reflectir o
carácter perfeito e imaculado de Cristo, passarão pela mesma experiência:

“Estas pragas [as sete últimas] enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós
havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas
cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem
dia e noite por livramento. Este foi o tempo de angústia de Jacó. Então todos os santos
clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus.” Eventos Finais,
pág. 211.

Convém ainda lembrar que existem muitas semelhanças com o próprio ministério de Jesus e
também de Seus discípulos. A duração do Seu ministério foi de 3 anos e meio. E já depois de ter
ressuscitado e de ter ascendido ao céu, a fim de se apresentar ao Pai e ter a certeza da aceitação do
Seu sacrifício, Jesus passou ainda 40 dias na terra fortalecendo os Seus discípulos. Assim, o
ministério dos 144000 durante o alto clamor, será também de 3 anos e meio, 1260 dias. Terminado
este período, Jesus sai do santuário celestial, a fim de defender e fortalecer os 144ooo, que passarão
pela angústia de Jacó durante 40 dias:

"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu
povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo;
mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." Dan. 12:1.

"Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o
povo de Deus no tempo de angústia. E assim como acusou a Jacó, acusará o povo de Deus. Conta
com as multidões do mundo como seus súditos; mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos
de Deus, está resistindo a sua supremacia. Se ele os pudesse eliminar da Terra, seu triunfo seria
completo. Ele vê que santos anjos os estão guardando, e deduz que seus pecados foram perdoados;
mas não sabe que seus casos foram decididos no santuário celestial. Tem um conhecimento preciso
dos pecados que os tentou a cometer, e apresenta esses pecados diante de Deus sob a mais
exagerada luz, representando a este povo como sendo precisamente tão merecedor como ele
mesmo da exclusão do favor de Deus. Declara que com justiça o Senhor não pode perdoar-lhes os
pecados, e, no entanto, destruir a ele e seus anjos. Reclama-os como sua presa, e pede que sejam
entregues em suas mãos para os destruir." O Grande Conflito, pág. 624.

O Senhor promete: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora
da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. " Ap. 3:10.

"Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar
tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado
a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode
obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a
sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em
Mim." João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória.
Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar
para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de
angústia." O Grande Conflito, pág. 628.



                                                                                                   14
Por isso mesmo é que está escrito "Ao que vencer... como eu venci" (Ap. 3:21). Os 144000
alcançarão um carácter imaculado como o de Jesus, e estarão aptos a passar pela prova final, a
grande angústia.

Durante o mês que intercala o início dos 1290 dias e o início dos 1260, terminará a sacudidura e o
selamento. Antes do alto clamor, o remanescente de Deus, já purificado, estará reunido a fim de
receber a chuva serôdia (At. 1:3; 2:1). Assim, cheios do Espírito Santo, proclamarão poderosamente
a mensagem do 3º anjo, bem como a mensagem do 4º anjo (Ap. 18:4). A eles se reunirão os
trabalhadores da hora undécima (Mat. 20:6,7), povo de Deus saído de Babilónia.


Paralelo Com a Destruição de Jerusalém


Existe também um claro paralelo entre os sinais que ocorrerão antes do começo das trombetas e os
que ocorreram antes da destruição de Jerusalém:

O relato bíblico descreve que antes do começo das trombetas “… houve trovões, vozes,
relâmpagos e terremoto.” (Ap. 8:5).

Ellen White cita escritos históricos que descrevem o que se passou quatro anos antes da destruição
de Jerusalém, nas vésperas do cerco de Céstio:

“Apareceram sinais e prodígios, prenunciando desastre e condenação. Ao meio da noite, uma luz
sobrenatural resplandeceu sobre o templo e o altar. Sobre as nuvens, ao pôr-do-sol, desenhavam-se
carros e homens de guerra reunindo-se para a batalha.

Os sacerdotes que ministravam à noite no santuário, aterrorizavam-se com sons misteriosos; a
terra tremia e ouvia-se multidão de vozes a clamar: "Partamos daqui!"

A grande porta oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte homens, e que
se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente no pavimento de pedra sólida,
abriu-se à meia-noite, independente de qualquer agente visível. - História dos Judeus, de Milman,
livro 13.” O Grande Conflito, pág. 27.

Historicamente, no ano 70 d.c., as trombetas começaram a tocar. E ao longo de cerca de 1800 anos
cada trombeta foi tocando. É interessante notar que sinais e prodígios se manifestaram 4 anos
antes, anunciando claramente que a destruição da cidade rejeitada e condenada, estava prestes a
chegar. O tempo de graça concedido a mais uma geração estava quase no limite.

Da mesma forma, ao terminar o tempo de graça para a última geração de adventistas do sétimo dia,
com a chegada do decreto dominical universal, ocorrerão sinais em todo o mundo:

“Quando as leis dos homens forem exaltadas acima das leis de Deus, quando os poderes da Terra
procurarem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da semana, sabei que chegou o tempo para
Deus agir.

A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do
domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição

                                                                                               15
se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a
Terra.” Eventos Finais, pág. 118, 119.


Muito em breve, assim que saia o decreto dominical universal, haverá então um forte terramoto que
abalará toda a Terra! Os terramotos que agora sacodem a Terra, aqui ou ali, são apenas uma
pequena amostra do que será nesse dia. São advertências para que nos preparemos para o que está
para vir.

“O que fazemos de nós mesmos no tempo da graça, isso havemos de permanecer por toda a
eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda de
Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer
mudança.

Devemos aproveitar ao máximo nossas oportunidades actuais. Não nos será concedido outro tempo
de graça em que possamos preparar-nos para o Céu. Esta é nossa única e derradeira oportunidade
para formar caracteres que nos habilitem para o futuro lar que o Senhor preparou para todos os
que obedecem aos Seus mandamentos.” Eventos Finais, pág. 203.

(Num próximo artigo analisaremos cada uma das trombetas em particular)

Sérgio Ventura




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As 7 Trombetas e o Fim do Tempo da Graça para o Professo Povo de Deus

  • 1. As 7 Trombetas e o Fim do Tempo da Graça. “Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.” Apoc. 8:2 (ARA) As sete trombetas do Apocalipse são um dos temas mais difíceis de compreender e talvez por isso sejam um dos temas menos pregados. No entanto, são uma das partes mais fascinantes da Bíblia para o estudante sincero, pois não só nos mostra o que aconteceu no passado mas, mais importante ainda, nos revela os acontecimentos que em breve terão lugar nesta terra. Durante este estudo das sete trombetas veremos que terríveis pragas terão lugar no nosso planeta, ainda antes do fim do tempo da graça. Estas são uma clara advertência a um mundo que se esqueceu do seu Criador, que está finalizando Sua obra de intercessão pela humanidade no santuário celestial. É de notar que mesmo antes das trombetas haverão outras pragas, mas não com a mesma intensidade. “As pragas de Deus já estão caindo sobre a terra, arrebatando os edifícios mais sumptuosos como por um sopro de fogo do céu. Esses juízos não farão com que os cristãos professos caiam em si? Deus permite que sobrevenham para que o mundo se acautele, para que os pecadores temam e tremam diante d’Ele.” Eventos Finais, pág. 26. “Deus tem um propósito ao permitir que ocorram essas calamidades. Elas constituem um de Seus meios para chamar homens e mulheres à razão. Mediante actuações incomuns da Natureza, Deus expressará a instrumentalidades humanas em dúvida o que Ele revela claramente em sua Palavra.” Ibidem. “Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber–se da pecaminosidade do seu procedimento.” Testemunhos Selectos, vol. 3, págs. 329 e 330 (1909). O Dia da Expiação No antigo Israel, as trombetas tocavam dez dias antes do dia da expiação, fim do ano religioso hebraico, a fim de que o povo se preparasse, com profundo exame de coração, para esse dia. Todos os pecados deveriam ser confessados e abandonados, para que a bênção de Deus repousasse sobre o povo: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação (…). Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao Senhor.” Lev. 23:24, 27 (ARA) 1
  • 2. Nesse dia, simbolicamente, o santuário era purificado de todo o pecado acumulado ao longo do ano. Cada vez que alguém pecava, e confessava o seu pecado, impondo as mãos sobre a cabeça do cordeiro, no pátio do templo, esse pecado era então simbolicamente transferido para o santuário, através do sangue desse mesmo animal, pelo sacerdote. “O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimónia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário. (…) Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo. Os pecados de Israel, sendo assim transferidos para o santuário, ficavam contaminados os lugares santos, e uma obra especial se tornava necessária para sua remoção. Deus ordenara que se fizesse expiação por cada um dos compartimentos sagrados, assim como pelo altar, para o purificar "das imundícies dos filhos de Israel", e o santificar. Lev. 16:19. Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. O cerimonial ali efectuado completava o ciclo anual do ministério. No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, "uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário". O bode sobre o qual caía a primeira sorte deveria ser morto como oferta pelos pecados do povo. E o sacerdote deveria levar seu sangue para dentro do véu, e aspergi-lo sobre o propiciatório. "Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícies dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícies." Lev. 16:16. "E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária." Lev. 16:21 e 22. Antes que o bode tivesse desta maneira sido enviado não se considerava o povo livre do fardo de seus pecados. Cada homem deveria afligir sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração. Importantes verdades concernentes à obra expiatória eram ensinadas ao povo por meio deste serviço anual. Nas ofertas para o pecado apresentadas durante o ano, havia sido aceito um substituto em lugar do pecador; mas o sangue da vítima não fizera completa expiação pelo pecado. Apenas provera o meio pelo qual este fora transferido para o santuário. Pela oferta do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava a culpa de sua transgressão, e exprimia sua fé nAquele que tiraria o pecado do mundo; mas não estava inteiramente livre da condenação da lei. No 2
  • 3. dia da expiação, o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório, em cima das tábuas da lei. Assim se satisfaziam os reclamos da lei, que exigia a vida do pecador. Então, em seu carácter de mediador, o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava consigo o fardo das culpas de Israel. À porta do tabernáculo colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava sobre ele "todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados", pondo-as sobre a cabeça do bode. E, assim como o bode que levava esses pecados era enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considerados separados do povo para sempre. Este era o cerimonial efectuado como "exemplar e sombra das coisas celestiais". Heb. 8:5.” Patriarcas e Profetas, pág. 354-356, (cap. O tabernáculo e seus serviços). O Antítipo do Dia da Expiação Todas estas cerimónias do antigo testamento não eram senão “sombras das coisas futuras” (Cl. 2:17), isto é, apontavam para realidades futuras e celestiais: “O primeiro tabernáculo… é uma alegoria para o tempo presente…” “Mas, vindo Cristo, o sumo-sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo…” “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus…” Hb. 9:8,9,11,24. “Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador. O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final; assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até ao dia da expiação. No grande dia da paga final, os mortos devem ser "julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras". Apoc. 20:12. Então, pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todo o verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu. Assim o santuário estará livre ou purificado, do registro de pecado. No tipo, esta grande obra de expiação, ou cancelamento de pecados, era representada pelas cerimônias do dia da expiação, a saber, pela purificação do santuário terrestre, a qual se realizava pela remoção dos pecados com que ele ficara contaminado, remoção efetuada pela virtude do sangue da oferta para o pecado. Assim como na expiação final os pecados dos verdadeiros arrependidos serão apagados dos registros do Céu, para não mais serem lembrados nem virem à mente, assim no serviço típico eram levados ao deserto, para sempre separados da congregação. Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que ocasionaram a morte do Filho de Deus, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra de Cristo para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado, encerrar-se-á pela remoção dos pecados do santuário celestial e deposição dos mesmos sobre 3
  • 4. Satanás, que cumprirá a pena final. Assim no cerimonial típico, o ciclo anual do ministério encerrava-se com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode emissário. Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou o seu lugar, ensinavam-se ao povo cada dia as grandes verdades relativas à morte e ministério de Cristo, e uma vez ao ano sua mente era transportada para os acontecimentos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e pecadores.” Idem, pág. 357,358. Em Daniel 8:14 encontramos a profecia: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs [2300 anos, contados a partir de 457 a.c até 1844 d.c. (Dan 8:17,26; 9:24,25,26)], e o santuário será purificado.” Esta profecia indica-nos o tempo exacto em que Cristo passou do lugar santo ao lugar santíssimo do santuário celestial – terça-feira, 22 de Outubro de 1844. Nesse dia teve início o juízo investigativo, o antítipo do dia da expiação. Passarei a explicar. As 7 Trombetas no Passado “Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terramoto e grande saraivada.” Apoc. 11:19 (ARA) “O anúncio de que o templo de Deus se abrira no Céu, e de que fora vista a arca de Seu concerto, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para efectuar a obra finalizadora da expiação.” O Grande Conflito, pág. 433. Ellen White deixa claro nesta citação do Grande Conflito, que Apocalipse 11: 19 se refere à passagem de Jesus do lugar Santo para o lugar Santíssimo. Ora, esta passagem se encontra mesmo no final da descrição da sétima trombeta, o que nos indica que as sete trombetas “tocaram”, no decorrer da história, até 1844, advertindo e apontando para o dia da expiação no lugar santíssimo do santuário celestial, a começar com o juízo investigativo dos mortos inscritos no livro da vida. (Acerca deste assunto, ver O Grande Conflito, cap. 28: O Grande Juízo Investigativo. http://oconflitodosseculos.blogspot.com/2009/10/28.html) O testemunho de Ellen White e a história confirmam o cumprimento passado das predições feitas há muito pela Palavra de Deus, no que respeita às trombetas de Apocalipse 8-11. “No ano de 1840 outro notável cumprimento de profecia despertou geral interesse. Dois anos antes, Josias Litch, um dos principais ministros que pregavam o segundo advento, publicou uma explicação de Apocalipse 9, predizendo a queda do Império Otomano. (…) O acontecimento cumpriu exactamente a predição.” O Grande Conflito, pág. 334. Se é certo que as sete trombetas tiveram um cumprimento histórico, também é certo que haverá um cumprimento escatológico, isto é, no tempo do fim. Não nos vamos deter no cumprimento passado das sete trombetas, mas sim no seu cumprimento nos últimos dias. 4
  • 5. As 7 Trombetas no Fim do Tempo Que dizem a Bíblia e o Espírito de Profecia acerca do cumprimento escatológico das sete trombetas? Já no antigo testamento, no livro de Joel, se fez referência ao toque da trombeta: “Tocai a trombeta em Sião e dai voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o Dia do Senhor vem, já está próximo…” Joel 2:1 (ARA) Não só no livro de Joel, mas também noutros livros como Jeremias e Sofonias: “Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra. Golpe sobre golpe se anuncia, pois a terra toda já está destruída…” Jer. 4: 19, 20 “Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e de desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas.” Sof. 1: 15, 16 É certo que estes textos tiveram uma aplicação no passado, no entanto, todos eles convergem especialmente para o fim deste mundo, advertindo para o fim do tempo de graça concedido por Deus ao Seu povo e a toda a humanidade. • As trombetas na conquista de Jericó No episódio da conquista de Jericó, as trombetas tiveram um lugar proeminente: “Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodearão a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.” Josué 6: 4 É interessante notar as semelhanças com Apoc. 8:6; “sete sacerdotes” e “sete anjos”, ambos os grupos com “sete trombetas” os quais vão “adiante da arca” ou precedem o aparecimento da arca. A arca da aliança é um claro símbolo da graça e misericórdia de Deus, mas também da Sua justiça. Os sacerdotes “anunciaram” durante sete dias que o tempo de graça estava chegando ao fim para Jericó. Veremos mais adiante que, escatologicamente, os sete anjos ao tocarem as sete trombetas anunciarão que o fim do tempo da graça para o mundo em geral está chegando ao fim. • Como nos dias de Noé O próprio Jesus disse algo muito interessante que podemos relacionar com as sete trombetas: “Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será a vinda do Filho do Homem.” Mateus 24: 37 Que encontramos nos dias de Noé que possamos relacionar com as sete trombetas? Referindo-se aos antediluvianos, Ellen White escreveu: “O seu tempo estava quase a expirar. Noé tinha fielmente seguido as instruções que recebera de Deus. (…) E agora o servo de Deus fez o seu último e solene apelo ao povo. Com um desejo angustioso, que as palavras não podem exprimir, solicitou que buscassem refúgio enquanto ainda se poderia achar. (…) Subitamente veio silêncio sobre a turba zombadora. Animais de toda a espécie, os mais ferozes bem como os mais mansos, foram vistos vindo das montanhas e florestas, e encaminhando-se silenciosamente para a arca.” Patriarcas e Profetas, pág. 97. 5
  • 6. “Durante sete dias os animais foram entrando na arca, e Noé dispunha-os nos lugares preparados para eles.” Redimidos, pág. 46. Finalmente Deus disse a Noé: “Entra na arca, tu e toda tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração” Gén. 7:1 “A misericórdia havia cessado os seus rogos pela raça culpada. Durante sete dias depois que Noé e sua família entraram (…) na arca, não apareceu sinal da tempestade vindoura. Fora durante este tempo provada a sua fé.” Patriarcas e Profetas, pág. 98. Desta forma podemos concluir que, assim como antes que o fim do tempo da graça terminasse para os antediluvianos, lhes foram feitas as últimas advertências, por meio dos animais, durante os sete dias em que eles entraram na arca, também para a última geração nesta terra haverão 7 advertências finais antes que se feche para sempre a porta da graça. Assim como Noé e sua família passaram por um período de 7 dias, de prova e angústia, antes do dilúvio, e depois mais 40 dias de terrível tempestade e angústia, também nós passaremos por um período de grande angústia – a angústia de Jacó – depois que tenham começado a cair as primeiras das 7 últimas pragas. • As 7 trombetas ainda soarão A serva do Senhor confirma-nos o cumprimento escatológico das trombetas de Apocalipse e relaciona-as com as sete últimas pragas que a elas se seguirão: “Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra [ainda durante o tempo de graça para o mundo]; uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da terra [depois do fim do tempo da graça].” Eventos Finais, pág. 205. Tal como antes do dilúvio e antes da queda de Jericó, Deus fará suas advertências, não só por meio de seus servos mas também por meio das sete trombetas que tocarão antes que termine o tempo da graça de Deus para a última geração. • As 7 trombetas também são 7 pragas “Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo as sete últimas pragas, pois com estes se consumou a cólera de Deus.” Apoc. 15:1 (ARA) De uma boa compreensão do português, podemos concluir que, para haver sete últimas pragas, antes, têm que haver as primeiras pragas. As 7 trombetas são também consideradas pragas (ver Apoc. 9:18, 20). Escatologicamente, as 7 trombetas, tal como as 7 últimas pragas, devem-se interpretar literalmente, apesar da existência de algumas expressões simbólicas, as quais em alguns casos, são explicadas pelo próprio texto. (Apoc. 9:1,11; 9:3,8,9,11; 16: 13,14). Não faz sentido que, perante dois acontecimentos escatológicos, interpretemos um de uma forma literal e outro de uma forma simbólica, como que tendo uma aplicação unicamente histórica. 6
  • 7. Comparação dos Dois Eventos É de notar algumas semelhanças que existem entre as 7 trombetas e as 7 últimas pragas, estando o fim do tempo da graça no meio destes dois eventos. Há também diferenças significativas que provam que o texto não se está a referir à mesma série de acontecimentos, repetindo-a, mas sim a referir-se a duas coisas distintas, as primeiras 7 pragas, que a Bíblia chama de trombetas, e as últimas 7 pragas: 7 trombetas 7 últimas pragas 1. “… saraiva e fogo de mistura com sangue, 1. “…derramou a sua taça pela terra, e, aos e foram atirados à terra. Foi, então, homens portadores da marca da besta (…) queimada a terça parte da terra, e das sobrevieram úlceras malignas e perniciosas.” árvores, e também toda a erva verde .” Apoc. 16:2 Apoc. 8:7 2. “…montanha ardendo em chamas foi 2. “Derramou o segundo a sua taça no mar, e atirada ao mar, cuja terça parte se tornou este se tornou em sangue como que de morto, em sangue, e morreu a terça parte da e morreu todo o ser vivente que havia no criação… e foi destruída a terça parte das mar.” Apoc.16:3 embarcações.” Apoc. 8:9 3. “…caiu do céu sobre a terça parte dos 3. “Derramou o terceiro a sua taça nos rios e rios, e sobre as fontes das águas uma nas fontes das águas, e se tornaram em grande estrela, ardendo … e a terça parte sangue… porquanto derramaram sangue de das águas se tornou em absinto, e muitos santos… também sangue lhes tens dado a dos homens morreram por causa dessas beber”. Apoc. 16:4-6 águas…” Apoc. 8:10 4. “…foi ferida a terça parte do sol, da lua e 4. “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o das estrelas, para que a terça parte deles sol, e foi-lhe dado queimar os homens com escurecesse…” Apoc. 8:12 fogo.” Apoc.16:8 5. “…vi uma estrela caída do céu na terra. E 5. “Derramou o quinto a sua taça sobre o trono foi-lhe dada a chave do poço do abismo. da besta, cujo reino se tornou em trevas… e (…) com a fumaceira saída do poço, os homens remordiam a língua por causa da escureceu-se o sol e o ar.… Também da dor que sentiam e blasfemavam o Deus do fumaça saíram gafanhotos para a terra; céu por causa das angústias e das úlceras (…) e foi-lhes dito que não causassem que sofriam…” Apoc. 16:10 dano à erva da terra… e tão somente aos 7
  • 8. homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte... e … que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.” Apoc. 9:1-5 6. “Solta os quatro anjos que se encontram 6. “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande atados junto ao grande rio Eufrates. rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se Foram, então, soltos os quatro anjos que preparasse o caminho dos reis que vêm do se achavam preparados… para que lado do nascimento do sol. Então, vi sair da matassem a terça parte dos homens. (…) boca do dragão, da boca da besta e da boca do …foi morta a terça parte dos homens.” falso profeta três espíritos imundos Apoc.9:14 semelhantes a rãs;… eles são espíritos de demónios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso. (…) Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.” Apoc.16:12 7. “ …e houve no céu grandes vozes, dizendo: 7. “… derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, O reino do mundo se tornou de nosso e saiu grande voz do santuário… dizendo: Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes séculos dos séculos. (…) Chegou… a tua e trovões, e ocorreu grande terremoto, ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão como nunca houve igual desde que há gente aos teus servos… e para destruíres os que sobre a terra… E a grande cidade se dividiu destroem a terra. Abriu-se, então, o em três partes, e caíram as cidades das santuário de Deus, que se acha no céu, e foi nações. E lembrou-se Deus da grande vista a arca da Aliança no seu santuário, e Babilónia para dar-lhe o cálice do vinho do sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os terramoto e grande saraivada.” montes não foram achados; também desabou Apoc.11:15-19. do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento…” Apoc. 16:17,20. Podemos assim concluir que embora existam bastantes semelhanças entre as 7 trombetas e as 7 últimas pragas, existem também muitas diferenças, tornando-se assim óbvio que estes relatos proféticos não se referem aos mesmos acontecimentos. Enquanto os primeiros são juízos misericordiosos, os segundos são unicamente punitivos. Ao chegarmos à sétima trombeta, podemos compreender claramente que é chegado o fim do tempo da graça para este mundo. A arca da aliança será vista novamente no céu, pois chegou ao fim a intercessão de Cristo, e Ele então sai do santuário. Nas 7 últimas pragas, o limite da cólera de Deus foi atingido, por isso se fala de taças derramadas, pois a medida está completa e transborda (Apoc. 15: 1; 16: 1). 8
  • 9. O Fim do Tempo da Graça Para o Professo Povo de Deus "E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra [fim do tempo da graça para os santos, a igreja; intercessão em forma de "fogo", castigo, sobre aqueles que ainda não conhecem toda a verdade]; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terramotos [grande terramoto quando o decreto dominical se tornar universal - Eventos Finais, pág. 119]. E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las [juízos misericordiosos]." Ap. 8:3-6(ARA). Temos nestes versos um pequeno vislumbre daquilo que se passará no santuário celestial imediatamente antes do toque das 7 trombetas no fim do tempo. O fim da intercessão pelos santos e do respectivo juízo investigativo, e a intercessão por meio do castigo por aqueles que não tiveram os mesmos privilégios quanto ao conhecimento da verdade. O altar de ouro, no lugar santo, onde era aspergido uma pequena parte do sangue do animal morto (Lv. 4:17,18), servia para queimar e oferecer o incenso, símbolo das orações dos santos. Sobre o altar, estava um incensário que continha brasas, e todos os dias de manhã e à tarde era ali oferecido incenso. No dia da expiação, o sumo-sacerdote também oferecia incenso no lugar santíssimo: “Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído, e o levará para dentro do véu. E porá o incenso sobre o fogo perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o testemunho, para que não morra.” Lv. 16:12. Devemos ter em mente que, numa aplicação escatológica das trombetas, Jesus não se encontra mais no lugar santo mas no santíssimo, continuando a interceder por Seu professo povo e investigando os casos de cada um, desde os mortos até aos vivos. Na aplicação histórica das trombetas Jesus, estando no lugar santo a interceder por Seu professo povo, judeus e gentios convertidos a Cristo, estava ainda a interceder por mais uma geração do povo judeu, que não tinha culpa do pecado de seus pais. Mas havendo essa geração rejeitado o Salvador como seus pais o fizeram, logo a graça terminou para eles e foram castigados com “fogo” lançado do altar. Jerusalém foi então destruída, cerca de 40 anos depois, uma geração (Lc. 21:32; O Grande Conflito, pág. 25). Assim, este anjo representado como estando no lugar santo, oferecendo muito incenso pelos santos, isto é, intercedendo por eles, é na realidade Cristo, Miguel, o “Anjo do Senhor”. Presentemente, Ele está intercedendo, mas no lugar santíssimo para ali fazer expiação pelos santos vivos. Quando terminar, Ele tomará o incensário de ouro, enchê-lo-á de brasas, e lançá-lo-á na terra, simbolizando ao mesmo tempo, o final da intercessão pelos santos já inscritos no livro da vida, e o início de uma intercessão especial em forma de castigo para advertir o povo de Deus que ainda está em Babilónia (Ap.18:4). 9
  • 10. Jesus disse: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” Apoc. 3: 19 (ARA) “Caiu, caiu a grande Babilónia”. “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” Apoc. 18:2,4 (ARC). Deus, em sua misericórdia, utilizará meios severos para despertar e chamar Seu povo que ainda está em Babilónia. Nesta altura, o tempo da graça para o professo povo de Deus, a igreja adventista do sétimo dia, já terá terminado. Quanto àqueles que uma vez fizeram parte do povo de Deus, mas que desprezaram a luz concedida, para estes os juízos de Deus não serão misericordiosos, mas punitivos: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há-de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Hb. 10:26-29. "Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" I Pe. 4;17. “No lugar santíssimo vi uma arca, cujo cimo e lados eram de ouro puríssimo. Em cada uma de suas extremidades estava um lindo querubim, com as asas estendidas sobre ela. Tinham o rosto voltado um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos havia um incensário de ouro. Por cima da arca, onde os anjos estavam, havia uma glória extraordinariamente fulgurante, com a aparência de um trono em que Deus habitava. Jesus ficou ao lado da arca e, ao ascenderem para Ele as orações dos santos, o incenso ardia e, com o incenso, Ele oferecia as orações a Seu Pai. ” Vida e Ensinos, pág. 90. "Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu. Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da Terra, e referiu a Jesus que sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados [ver Ez. 9:3,4; Test. Igr., vol. 3, pág. 265-267]. Então vi Jesus, que havia estado a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: "Está feito." Eventos Finais, pág.197. Este “Está feito” refere-se ao fim do tempo da graça para a igreja adventista. • Os 144 mil “E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas 10
  • 11. testas os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” (Apoc. 7:1-4). Como parte da descrição da quinta trombeta está escrito: “... e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte. ” Apoc. 9:4 (ARA) Também aqui se faz alusão ao selo de Deus colocado nas frontes dos 144.000. Existe uma relação entre estes dois textos. Ambos, de uma forma directa ou indirecta, fazem referência aos selados de Deus que estarão vivos por ocasião da vinda de Jesus, em número de 144.000, provenientes das 12 tribos de Israel. (Faltam as tribos de Dã e Efraim, pois foi em seu território que foram colocados os bezerros de ouro - I Reis 12: 29. No entanto, houve sempre um remanescente fiel - II Cr. 11:16.) Deus prometeu congregar de novo o Seu povo, os israelitas fiéis - Is. 11:12; Apoc. 7:3,4. Essas promessas ainda não se cumpriram. Isto confirma mais uma vez a escatologia das 7 trombetas, uma vez que o selamento dos 144 mil é um acontecimento dos últimos dias. Nas trombetas – as 7 primeiras pragas – os 4 ventos já terão sido soltos, pois os santos já foram selados e as árvores, a terra e o mar já foram atingidos por esses juízos. As 7 trombetas, tal como as 7 últimas pragas, são juízos de Deus enviados à Terra, mas os que têm o selo de Deus não os sofrerão (Ap. 9:4; 16:2; Sl. 91:1, 10), tal como os israelitas no passado foram poupados de sofrer as pragas do Egipto (Êx. 8:22,23; 9:4-6, 26). "Os que se estão unindo com o mundo, estão-se amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto [dominical], e o selo for aplicado, seu carácter [dos 144000], permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade. Agora é o tempo de preparar-nos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus - candidatos para o Céu. Pesquisai as Escrituras por vós mesmos, para que possais compreender a terrível solenidade do tempo presente." Testemunhos Selectos, Vol. 2, pág. 71. "A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia." Eventos Finais, pág. 155. "Os lugares vagos nas fileiras serão preenchidos pelos que foram representados por Cristo como tendo chegado na hora undécima. Há muitos com quem o Espírito de Deus está lutando. O tempo dos juízos destruidores da parte de Deus [para o Seu professo povo] é o tempo de misericórdia para aqueles que [agora] não têm oportunidade de aprender o que é a verdade [referência às trombetas que são também pragas, depois da lei dominical]. O Senhor olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece, e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar, enquanto a porta é fechada para os que não querem entrar [os adventistas do sétimo dia infiéis]. Será admitido um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez." Idem, pág. 157. 11
  • 12. Os 144000 são um número literal (Ver Primeiros Escritos, pág. 15), são descendentes das 12 tribos de Israel espalhadas por toda a terra, e estão incluídos entre os fiéis adventistas do sétimo dia. Estes, de uma maneira especial, alcançarão um relacionamento muito íntimo com Cristo e a perfeição. Muitos entre os adventistas serão selados, mas nem todos farão parte do grupo dos 144000. Crianças, idosos e outros serão chamados ao descanso (Eventos Finais, pág. 119, 120), pois não estarão preparados para suportar o tempo de angústia. Todos os salvos terão sido selados, mas os 144000 serão um grupo especial que reflectirá o carácter de Cristo. São aqueles que gemem e estão em agonia pelos pecados em Jerusalém - a igreja (Testemunhos Para a Igreja Vol. 3, pág. 265-267). Depois que saia o decreto dominical, termina o selamento entre o professo povo de Deus. O trigo é completamente separado do joio. Começarão então a cair os juízos misericordiosos de Deus sobre a terra, e os 144000 irão clamar, cheios do Espírito Santo: "Sai dela povo meu", despertando o povo de Deus que ainda se encontra em Babilónia. Quando este segundo grupo tiver sido completamente selado, então Jesus se retirará para sempre do lugar santíssimo, e virão então as 7 últimas pragas, e o grande tempo de angústia. “Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostrarem fiéis aos preceitos divinos receberam "o selo do Deus vivo". Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos, e com grande voz diz: "Está feito."” Eventos Finais, pág. 197. É importante compreendermos e retermos alguns pontos: a) A sacudidura ocorre, de uma forma especial, ao sair o decreto dominical nos Estados Unidos. b) Pouco tempo depois, ao se tornar esse decreto universal, termina definitivamente o tempo da graça para os adventistas do sétimo dia em geral, sejam da igreja adventista do sétimo dia ou da igreja da reforma, etc. Ou seja, para todos aqueles que conhecem toda a verdade. c) Só então começarão a tocar as trombetas, e a cair os respectivos juízos misericordiosos de Deus. d) Só depois das trombetas terminará o tempo da graça para o mundo em geral. Paralelo Com Daniel 12 Este capítulo de Daniel, além de ter uma clara aplicação no passado, tem também uma aplicação escatológica. Jesus, representado na visão pelo homem vestido de linho (O Grande Conflito, pág. 472), disse a Daniel: “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.” Dan. 12:11-13. “O tempo em que o sacrifício contínuo for retirado” em Daniel, é um claro paralelo com a descrição do incensário ser lançado na terra com fogo, em Apocalipse. É uma referência ao fim da intercessão pelos santos, o fim do tempo da graça para os professos adventistas do sétimo dia. "Posta a abominação desoladora”, é uma clara referência ao decreto dominical. “O Salvador advertiu a Seus seguidores: "Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, atenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes." Mat. 24:15 e 16; Luc. 21:20. Quando os símbolos idolátricos dos romanos 12
  • 13. fossem erguidos em terra santa, … então os seguidores de Cristo deveriam achar segurança na fuga.” O Grande Conflito, pág. 26. “Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação [Estados Unidos] o poder, no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas.” Testemunhos Selectos, Vol. 2, pág. 166, (1885). É necessário que compreendamos que aquilo que no passado se cumpriu de uma forma simbólica, será literal no tempo do fim, não se aplicando mais a regra de um dia para cada ano. Assim podemos concluir: A partir do instante em que saia o decreto dominical nos Estados Unidos, haverá 1290 dias (tempo de graça), ou seja, 3 anos e 7 meses. Um mês depois (1290-1260=30 dias), haverá “um tempo, tempos e metade do tempo” (Dan. 12:7), ou seja, 1260 dias (três anos e meio) de perseguição. Sendo que no passado, o fim dos 1260 dias corresponde ao fim do tempo de perseguição papal, da tortura e morte, no futuro corresponderá ao fim do tempo de graça para o mundo, e à saída de Jesus do lugar santíssimo, pois a partir desta altura não haverão mais mártires (Eventos Finais, pág. 227). Haverá perseguição, mas nenhum dos 144000 será ferido ou morto. Daniel 12:12 menciona ainda 1335 dias iniciados, tal como no passado, com os 1290 dias. Jesus disse a Daniel: “Tu … descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias”, ou seja no final dos 1335 dias, haverá uma ressurreição especial, da qual fará parte Daniel, nas vésperas da vinda de Cristo: “Abrem-se sepulturas, e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Dan. 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. "Os mesmos que O traspassaram" (Apoc. 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.” O Grande Conflito, pág. 643. Entre o fim dos 1290 dias - o fim do tempo da graça para o mundo - e esta ressurreição especial, haverão 45 dias (1335-1290=45). Sabemos que depois de começarem a cair as primeiras das sete últimas pragas, sairá o decreto de morte. Entretanto começará a chamada angústia de Jacó, tempo de terrível prova, o qual se prolongará por 40 dias de jejum parcial e oração, e de “grande tribulação”. Nesta altura ser-nos-á assegurado, pelo ministério dos anjos, apenas pão e água. Comeremos apenas o suficiente para manter a vida (Eventos Finais, pág. 219, 227, 228). O próprio Jesus disse que assim como foi nos dias de Noé seria na vinda de Cristo (Mt. 24: 37), Noé e a sua família, depois de 7 dias de prova em que não choveu, tiveram ainda quarenta dias de terrível prova, enquanto as águas enchiam a terra e a arca era sacudida terrivelmente (Gn. 7:12, 17; Redimidos, pág. 48). 13
  • 14. Também Jesus no deserto teve uma prova de 40 dias (Mt. 4:1,2), e os 144000, que irão reflectir o carácter perfeito e imaculado de Cristo, passarão pela mesma experiência: “Estas pragas [as sete últimas] enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Este foi o tempo de angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus.” Eventos Finais, pág. 211. Convém ainda lembrar que existem muitas semelhanças com o próprio ministério de Jesus e também de Seus discípulos. A duração do Seu ministério foi de 3 anos e meio. E já depois de ter ressuscitado e de ter ascendido ao céu, a fim de se apresentar ao Pai e ter a certeza da aceitação do Seu sacrifício, Jesus passou ainda 40 dias na terra fortalecendo os Seus discípulos. Assim, o ministério dos 144000 durante o alto clamor, será também de 3 anos e meio, 1260 dias. Terminado este período, Jesus sai do santuário celestial, a fim de defender e fortalecer os 144ooo, que passarão pela angústia de Jacó durante 40 dias: "E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." Dan. 12:1. "Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. E assim como acusou a Jacó, acusará o povo de Deus. Conta com as multidões do mundo como seus súditos; mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos de Deus, está resistindo a sua supremacia. Se ele os pudesse eliminar da Terra, seu triunfo seria completo. Ele vê que santos anjos os estão guardando, e deduz que seus pecados foram perdoados; mas não sabe que seus casos foram decididos no santuário celestial. Tem um conhecimento preciso dos pecados que os tentou a cometer, e apresenta esses pecados diante de Deus sob a mais exagerada luz, representando a este povo como sendo precisamente tão merecedor como ele mesmo da exclusão do favor de Deus. Declara que com justiça o Senhor não pode perdoar-lhes os pecados, e, no entanto, destruir a ele e seus anjos. Reclama-os como sua presa, e pede que sejam entregues em suas mãos para os destruir." O Grande Conflito, pág. 624. O Senhor promete: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. " Ap. 3:10. "Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim." João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia." O Grande Conflito, pág. 628. 14
  • 15. Por isso mesmo é que está escrito "Ao que vencer... como eu venci" (Ap. 3:21). Os 144000 alcançarão um carácter imaculado como o de Jesus, e estarão aptos a passar pela prova final, a grande angústia. Durante o mês que intercala o início dos 1290 dias e o início dos 1260, terminará a sacudidura e o selamento. Antes do alto clamor, o remanescente de Deus, já purificado, estará reunido a fim de receber a chuva serôdia (At. 1:3; 2:1). Assim, cheios do Espírito Santo, proclamarão poderosamente a mensagem do 3º anjo, bem como a mensagem do 4º anjo (Ap. 18:4). A eles se reunirão os trabalhadores da hora undécima (Mat. 20:6,7), povo de Deus saído de Babilónia. Paralelo Com a Destruição de Jerusalém Existe também um claro paralelo entre os sinais que ocorrerão antes do começo das trombetas e os que ocorreram antes da destruição de Jerusalém: O relato bíblico descreve que antes do começo das trombetas “… houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.” (Ap. 8:5). Ellen White cita escritos históricos que descrevem o que se passou quatro anos antes da destruição de Jerusalém, nas vésperas do cerco de Céstio: “Apareceram sinais e prodígios, prenunciando desastre e condenação. Ao meio da noite, uma luz sobrenatural resplandeceu sobre o templo e o altar. Sobre as nuvens, ao pôr-do-sol, desenhavam-se carros e homens de guerra reunindo-se para a batalha. Os sacerdotes que ministravam à noite no santuário, aterrorizavam-se com sons misteriosos; a terra tremia e ouvia-se multidão de vozes a clamar: "Partamos daqui!" A grande porta oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte homens, e que se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente no pavimento de pedra sólida, abriu-se à meia-noite, independente de qualquer agente visível. - História dos Judeus, de Milman, livro 13.” O Grande Conflito, pág. 27. Historicamente, no ano 70 d.c., as trombetas começaram a tocar. E ao longo de cerca de 1800 anos cada trombeta foi tocando. É interessante notar que sinais e prodígios se manifestaram 4 anos antes, anunciando claramente que a destruição da cidade rejeitada e condenada, estava prestes a chegar. O tempo de graça concedido a mais uma geração estava quase no limite. Da mesma forma, ao terminar o tempo de graça para a última geração de adventistas do sétimo dia, com a chegada do decreto dominical universal, ocorrerão sinais em todo o mundo: “Quando as leis dos homens forem exaltadas acima das leis de Deus, quando os poderes da Terra procurarem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da semana, sabei que chegou o tempo para Deus agir. A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição 15
  • 16. se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra.” Eventos Finais, pág. 118, 119. Muito em breve, assim que saia o decreto dominical universal, haverá então um forte terramoto que abalará toda a Terra! Os terramotos que agora sacodem a Terra, aqui ou ali, são apenas uma pequena amostra do que será nesse dia. São advertências para que nos preparemos para o que está para vir. “O que fazemos de nós mesmos no tempo da graça, isso havemos de permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança. Devemos aproveitar ao máximo nossas oportunidades actuais. Não nos será concedido outro tempo de graça em que possamos preparar-nos para o Céu. Esta é nossa única e derradeira oportunidade para formar caracteres que nos habilitem para o futuro lar que o Senhor preparou para todos os que obedecem aos Seus mandamentos.” Eventos Finais, pág. 203. (Num próximo artigo analisaremos cada uma das trombetas em particular) Sérgio Ventura 16