1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
UNIDADE EM MONTENEGRO
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA
EVERSON DUARTE
JAIRO KNOB
PATRICK DA COSTA
PAULO ULRICH
TIAGO KREUTZ
TRABALHO SOBRE A MÚSICA DO SÉCULO XIX:
GEORGES BIZET – CARMEN (HABANERA)
MONTENEGRO
UERGS
2012
2. 1 ROMANTISMO
O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no
final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX. As características
principais deste período são: valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico,
temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente
influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.
1.1 A LITERATURA NO ROMANTISMO
Através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos
XVIII e XIX. Os principais temas abordados eram: amores platônicos, acontecimentos
históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e
Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do
alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord
Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de
Alexandre Dumas.
1.2 A MÚSICA NO PERÍODO ROMÂNTICO
No período clássico os compositores tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a
estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam
maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, freqüentemente
revelando seus pensamentos mais profundos. Além disso, também eram utilizados todos os
recursos da orquestra e os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganharam
importância nas músicas do período romântico.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas
obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix
Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard
Wagner.
3. 1.3 O ROMANTISMO NO BRASIL
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista
Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia
da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na
natureza e nas questões sociais e políticas do país. As obras brasileiras valorizavam o amor
sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso
pais e o cotidiano popular.
No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de
Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país.
Essa fase literária foi composta de três gerações: primeira geração (conhecida também como
nacionalista ou indianista), segunda geração (conhecida como Mal do século ou fase ultra-
romântica) e terceira geração (conhecida como geração condoreira ou poesia social)
A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta
fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os
músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.
2 GEORGES BIZET
Alexandre César Léopold, mas batizado como
"Georges" em 16 de março de 1840 e foi conhecido por esse
nome pelo resto da sua vida. Seu pai, Adolphe Bizet,
trabalhou como cabeleireiro e barbeiro antes de se tornar um
professor de canto, mesmo sem ter um treinamento formal.
Georges, o único filho do casal, mostrou logo cedo
aptidão para a música e rapidamente aprendeu as notações
básicas da música, tendo recebido suas primeiras lições de
piano de sua mãe. Ao ouvir por trás da porta da sala onde
Adolphe conduzia suas aulas, Georges aprendeu a cantar
músicas difíceis e com precisão de memória e desenvolveu a habilidade de identificar e
analisar complexas estruturas cordais.
4. Bizet foi admitido para o Conservatório dia 9 de outubro de 1848, duas semanas antes
de completar 10 anos. Ele fez uma boa primeira impressão: em apenas seis meses ele venceu
um concurso de solfejo, um fato que impressionou Pierre-Joseph-Guillaume Zimmermann, o
professor de piano do Conservatório. O trabalho de Bizet sobre os de Gounod o inspirou, logo
após seu décimo sétimo aniversário, ele escreveu sua própria sinfonia, que lembra o trabalho
de Gounod - nota por nota em algumas passagens. A sinfonia de Bizet foi perdida,
redescoberta em 1933 e interpretada finalmente em 1935.
Ele conheceu o já idoso Gioacchino Rossini, que presenteou o jovem com uma foto
autografada. Bizet sempre foi um grande admirador da música de Rossini e escreveu logo
depois do encontro: "Rossini é o maior deles, é igual Wolfgang Amadeus Mozart, ele tem
todas as virtudes”.
Em 1871 e novamente em 1874, enquanto completava Carmen, ele teve que se afastar
do trabalho por ataques severos, que ele descreveu como "angina na garganta" e sofreu mais
um ataque no final de março de 1875. Naquele tempo, deprimido pelo fracasso evidente de
Carmen, Bizet estava em uma lenta recuperação e adoeceu novamente em maio. No fim
daquele mês ele foi para Bougival em um feriado e, sentindo-se um pouco melhor, foi nadar
no Rio Sena. No dia seguinte, 1 de junho, ele começou a sofrer de febre alta e dor, que foi
seguido de um aparente ataque cardíaco. Ele parecia estar se recuperando, mas no dia 3 de
julho ele sofreu um segundo ataque fatal, causando assim sua morte.
3 CARMEN
Carmen foi a última ópera escrita por Bizet e se tornou uma das mais populares e mais
interpretadas no repertório operístico. Ela foi baseada na novela homônima de Prosper
Mérimée e estreou no Ópera-Comique de Paris em 1875 (ano da morte de Bizet).
A ópera conta com doze personagens (sendo que apenas dois deles não cantam), tendo
como principal a mezzo-soprano Carmen (uma cigana que usa seus talentos de dança e canto
para enfeitiçar e seduzir vários homens). Além disso, a ópera também conta com uma grande
5. orquestração, que inclui instrumentos como: harpa, flautim, oboés, fagotes, clarinetes,
trompetes, trombones, flautas, trompas, cordas e percussão.
Carmen é dividida em quatro atos, sendo que cada um deles contém várias cenas e
passagens musicais. Além disso, ela é a ópera não-italiana com maior número de árias
famosas, tais como: Habanera: "L'amour est un oiseau rebelle…" (presente no primeiro ato);
Canção e Dança dos Ciganos: "Les tringles des sistres tintaient.." e Canção do Toreador:
"Votre toast, je peux vous le rendre…" (presentes no segundo ato); Ária de Micaela: "Je dis
que rien ne…" (presente no terceiro ato); Dueto de Escamillo e Carmen: "Se tu m'aimes,
Carmen…" e Dueto Final entre Don José e Carmen: "C'est toi! C'est moi!…" (presente no
quarto ato).
3.1 HABANERA
É uma das árias mais conhecidas da ópera Carmen de Georges Bizet e é por vezes
referido como "L'amour est un oiseau rebelle." ("O amor é um pássaro rebelde"). Sua
composição foi adaptada da habanera " El Arreglito ", originalmente composta pelo músico
espanhol Sebastián Yradier .
Habanera é basicamente baseada em uma escala cromática descendente, seguindo uma
mesma frase de forma variada em tons menores e seguida pela expressão posta em sua letra.
4 ARRANJO DA MÚSICA HABANERA DA ÓPERA CARMEN DE
GEORGES BIZET
A escolha da música se deu através de discussões entre os membros do grupo e o
professor André Reck. Queríamos escolher alguma música conhecida pela turma e fazer um
arranjo para ela de forma diferente. Surgiu assim então Carmen de Bizet, na qual escolhemos
6. a ária Habanera. Após a escolha da música feita pelo grupo, o Patrick fez o arranjo da mesma,
passando assim a partitura com os arquivos de áudio para os outros colegas. Posteriormente
cada membro do grupo pesquisou tanto em partituras como em vídeos do site youtube formas
de tocar a música Habanera da ópera Carmem do compositor Bizet.
Ao longo do ensaio antes da aula, foi sendo feitas algumas modificações no arranjo.
Nele antes havia: o acordeom fazendo a melodia, o clarinete fazendo o contraste com o
acordeom e improvisando e o baixo elétrico, a tuba e o violão fazendo a harmonia. Mas após
alguns experimentos e discussões entre os membros do grupo, verificamos o que funcionava e
ficava bonito segundo nossa concepção. Sendo assim ficou: o violão responsável pela
harmonia, o contrabaixo elétrico dividiu entre o slap e o pizzicato, o clarinete responsável
pela melodia, o acordeom fazendo contraste com a melodia e sustentando a harmonia junto
com o violão e o pandeiro e a meia lua dando o ritmo de percussão para música.
Apesar de ter algumas modificações nos instrumentos e suas vozes, o ritmo do arranjo
não alterado. Achamos interessante fazer a música com uma linguagem diferente de ritmo,
mas de forma com que tudo se encaixasse. Na primeira parte começamos com um trecho da
música “Cavalgadas de Valquiria” do compositor Wagner (também do período romântico).
Após essa introdução entrava a primeira parte de Habanera com um ritmo mais flamenco. Na
segunda parte da música dividimos entre dois ritmos, primeiramente dando continuidade para
o ritmo flamenco e em seguida pulando para um ritmo na qual conhecemos como “bandinha”.
Ao final, o grupo ficou formado da seguinte forma com os instrumentos:
Everson Duarte – Clarinete
Tiago Kreutz – Acordeom
Patrick Costa – Violão e meia lua
Paulo Ulrich – Contra-baixo elétrico
Jairo Knob – Pandeiro (percussão)
7. 5 ANEXOS
Segue em anexo as partituras de Habanera:
Partitura para voz