SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  24
Carcinogênese
Profª Mayara Carneiro
Considerações gerais
 Carcinogênese ou oncogênese são termos
que designam o processo de desenvolvimento
de uma neoplasia desde as alterações no
DNA até a formação do tumor.
 O desenvolvimento neoplásico caracteriza-se
por modificações progressivas da fisiologia da
célula com alterações nos processos de
proliferação e diferenciação
 Estudos indicam que entre 70 e 80% dos
cânceres humanos estão relacionados a
fatores ambientais.
 Agentes químicos, físicos e biológicos.
 Pode ainda haver combinação de
fatores.
Classificação geral dos
cancerígenos
Agentes Exemplos
Químicos Dieta, hormônios,
metais
Físicos Raios UV, radiação
ionizante(X, gama)
Biológicos Vírus do papiloma
Carcinogênese química
 A natureza dos agentes químicos é
variada, podendo ser:
 Agentes naturais. Ex.: aflatoxina B1
 Agentes sintéticos. Ex.: aminas
aromáticas utilizadas na indústria.
 Fatores endógenos. Ex.: hormônios
 Tabagismo e o câncer: proliferação das
células do sistema respiratório.
Mecanismos de ação
 A maioria dos agentes químicos possui
ação genotóxica.
 Mecanismos de mutação:
 Substâncias eletrofílicas que são
atraídas pelo DNA (Nucleofílico).
 Pareamento incorreto de bases no
processo de replicação
 Mutação
 Teste de Ames
 Cepas de Salmonella que não produz
histidina.
 Grau de mutagenicidade depende da
quantidade de histidina produzida.
 Se a substância é mutagênica, muito
provavelmente é cancerígena.
Cancerígenos de ação direta e
indireta
 Direta:
 Reagem imediatamente com o DNA.
 Indireta:
 Depende de ativação através do
metabolismo.
 Ex.: hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos do tabaco e da carne
defumada.
Etapas da carcinogênese
 Iniciação:
 Corresponde à interação do agente
químico com o DNA da célula-alvo.
 A alteração causada às moléculas de
DNA é irreversível.
 Nessa fase o genoma alterado ainda
não está sendo expresso no fenótipo.
Promoção
 Os cancerígenos promotores estimulam
a proliferação celular, que resulta em
expansão clonal das células iniciadas.
 Assim, essa fase é caracterizada pelo
desenvolvimento de focos de células
fenotipicamente alteradas e/ ou lesões
benignas.
 Os agentes promotores possuem
natureza variável, podendo ser
hormônios esteróides e pesticidas, por
exemplo.
 Seus efeitos são reversíveis e
dependentes de dosagem, ao contrário
dos agentes iniciadores.
Progressão
 A neoplasia maligna já está expressa
fenotipicamente em nível histológico.
 As alterações estruturais do genoma,
como a aneuploidia, verificadas nessa
fase estão diretamente relacionadas às
altas taxas de proliferação celular, à
invasividade, à capacidade de produzir
metástase etc.
 Os cancerígenos químicos podem
participar de todas as etapas da
carcinogênese e podem atuar
conjuntamente com outros fatores
oncogênicos, como vírus e radiação.
 Por fim, há a manifestação clínica da
neoplasia.
Carcinogênese por radiação
 Radiações ionizantes e não ionizantes.
 Primeiras associações: leucemia em nos
sobreviventes da bomba de Hiroshima e
Nagasaki; câncer de tireoide em adultos
e jovens tratados na infância com
radiação ionizante de cabeça e pescoço
e alta incidência de câncer de pele em
indivíduos expostos frequentemente ao
sol.
Mecanismos
 Os efeitos oncogênicos da radiação
ionizante resulta da ação direta ou
indireta de ondas eletromagnéticas, tais
como os raios X e gama ou de partículas
energéticas sobre o DNA.
 A emissão depende do LET.
 Os raios X e gama são radiações de
baixo LET, pois atravessam rapidamente
os tecidos, não dando tempo de interagir
com as moléculas.
 As radiações alfa e beta e de nêutrons
possuem alto LET, são menos velozes e
interagem mais com as moléculas de
DNA.
 A radiação ionizante (particuladas) com
alto LET interage com membranas,
proteínas, enzimas (maior potencial
oncogênico;
 As radiações eletromagnéticas são
menos oncogênicas, mas podem
produzir radicais que interagem com
componentes do citosol.
 O potencial oncogênico da radiação
ionizante está relacionado à capacidade
que ela tem de causar mutações.
 Formação do câncer de pele: inibição de
enzimas, formação de radicais, indução
de mutações, morte celular por
apoptose.
 Mutação de ponto.
Carcinogênese viral e microbiana
 15% dos cânceres possui origem viral
 Ex.: colo de útero e carcinoma
hepatocelular.
 Tipos de vírus: material genético
 Processo infeccioso viral
 Formação de proteínas oncogênicas,
principalmente relacionadas à
proliferação celular
Pontos de destaque
 O desenvolvimento neoplásico ocorre
pelo acúmulo de mutações em uma
célula ou clone de células com
capacidade de proliferar.
 As alterações genéticas resultam da
ação de fatores ambientais, como
agentes químicos, físicos ou vírus, sobre
o genoma das células somáticas
 Mutações herdadas da linhagem
germinativa contribuem com pequena
proporção de neoplasias
 Fatores de defesa intrínsecos ao
sistema biológico modulam a ação
deletéria dos agentes cancerígenos.
Reparação de DNA e sistema de
vigilância imunológica.
 Após a alteração das células, ocorre a
expansão clonal gerando lesão tumoral.
Questões
 Defina oncogênese.
 De quais tipos os agentes causadores
de câncer podem ser? Exemplifique.
 Em relação aos agentes físicos, como se
caracterizam as radiações oncogênicas?
Como se dá a ação delas nas células?
 Em que consiste o Teste de Ames?
 Quais são as etapas da carcinogênese?
Descreva os processos que ocorrem em
cada uma.
 Como ocorre a formação de carcinoma
de origem viral? Exemplifique.
 O que é mutação de ponto? Como
ocorre?

Contenu connexe

Tendances

Patologia geral - introdução - capitulo 1
Patologia geral - introdução - capitulo 1Patologia geral - introdução - capitulo 1
Patologia geral - introdução - capitulo 1Cleanto Santos Vieira
 
Biologia do câncer
Biologia do câncerBiologia do câncer
Biologia do cânceremanuel
 
Conceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneConceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneLys Duarte
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacteriano
Aula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacterianoAula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacteriano
Aula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacterianoJaqueline Almeida
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesRicardo Portela
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasEvandro Batista
 
Genética do câncer 14.04.14
Genética do câncer 14.04.14Genética do câncer 14.04.14
Genética do câncer 14.04.14Rhomelio Anderson
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologiaJaqueline Almeida
 
Patologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitosPatologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitosLarissaComparini
 
Câncer de Mama
Câncer de MamaCâncer de Mama
Câncer de MamaOncoguia
 

Tendances (20)

Patologia geral - introdução - capitulo 1
Patologia geral - introdução - capitulo 1Patologia geral - introdução - capitulo 1
Patologia geral - introdução - capitulo 1
 
Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos
 
Biologia do câncer
Biologia do câncerBiologia do câncer
Biologia do câncer
 
Conceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema ImuneConceitos de Sistema Imune
Conceitos de Sistema Imune
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacteriano
Aula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacterianoAula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacteriano
Aula de Microbiologia Clínica sobre Metabolismo bacteriano
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elas
 
Aula sistema imunologico
Aula sistema imunologicoAula sistema imunologico
Aula sistema imunologico
 
Genética do câncer 14.04.14
Genética do câncer 14.04.14Genética do câncer 14.04.14
Genética do câncer 14.04.14
 
Farmacologia Opioides
Farmacologia Opioides   Farmacologia Opioides
Farmacologia Opioides
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologia
 
Patologia 11 neoplasias
Patologia 11   neoplasiasPatologia 11   neoplasias
Patologia 11 neoplasias
 
Patologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitosPatologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitos
 
Farmacodinâmica
FarmacodinâmicaFarmacodinâmica
Farmacodinâmica
 
Câncer de Mama
Câncer de MamaCâncer de Mama
Câncer de Mama
 
Auto imunidade
Auto imunidadeAuto imunidade
Auto imunidade
 
Imunidade Inata
Imunidade InataImunidade Inata
Imunidade Inata
 
Terapia gênica
Terapia gênicaTerapia gênica
Terapia gênica
 
7ª aula classes de medicamentos
7ª aula   classes de medicamentos7ª aula   classes de medicamentos
7ª aula classes de medicamentos
 

En vedette

Carcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancerCarcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancerVirgínia L. Sousa
 
As Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do CâncerAs Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do CâncerAmanda Gerardel
 
Avaliação da Toxicidade aula 4
Avaliação da Toxicidade aula 4Avaliação da Toxicidade aula 4
Avaliação da Toxicidade aula 4profsempre
 
Mutações do material genético
Mutações do material genéticoMutações do material genético
Mutações do material genéticoUERGS
 
Biologia molecular-do-cancer
Biologia molecular-do-cancerBiologia molecular-do-cancer
Biologia molecular-do-cancerCaroline Bezerra
 
Paciente oncológico - Assistência de Enfermagem
Paciente oncológico - Assistência de EnfermagemPaciente oncológico - Assistência de Enfermagem
Paciente oncológico - Assistência de EnfermagemBruna Guimarães
 
Le processus de_cancerisation_
Le processus de_cancerisation_Le processus de_cancerisation_
Le processus de_cancerisation_Karol Aguilar
 
Nota tecnica saude do homem
Nota tecnica saude do homemNota tecnica saude do homem
Nota tecnica saude do homemCínthia Lima
 
Protocolo de Colon
Protocolo de ColonProtocolo de Colon
Protocolo de Colonguest77650f
 
Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...
Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...
Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...Jamessonjr Leite Junior
 
Apresentacao carcinogenicos
Apresentacao carcinogenicosApresentacao carcinogenicos
Apresentacao carcinogenicosKEYTIANE JVA
 
2 avaliação toxicidade
2 avaliação toxicidade2 avaliação toxicidade
2 avaliação toxicidadeMontacon
 

En vedette (20)

Carcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancerCarcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancer
 
Carcinogenese
CarcinogeneseCarcinogenese
Carcinogenese
 
As Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do CâncerAs Bases genéticas do Câncer
As Bases genéticas do Câncer
 
Avaliação da Toxicidade aula 4
Avaliação da Toxicidade aula 4Avaliação da Toxicidade aula 4
Avaliação da Toxicidade aula 4
 
Citotoxicidade
CitotoxicidadeCitotoxicidade
Citotoxicidade
 
Mutações do material genético
Mutações do material genéticoMutações do material genético
Mutações do material genético
 
Biologia molecular-do-cancer
Biologia molecular-do-cancerBiologia molecular-do-cancer
Biologia molecular-do-cancer
 
Apostila toxicologia
Apostila toxicologiaApostila toxicologia
Apostila toxicologia
 
câncer
câncercâncer
câncer
 
Paciente oncológico - Assistência de Enfermagem
Paciente oncológico - Assistência de EnfermagemPaciente oncológico - Assistência de Enfermagem
Paciente oncológico - Assistência de Enfermagem
 
Le processus de_cancerisation_
Le processus de_cancerisation_Le processus de_cancerisation_
Le processus de_cancerisation_
 
Genética dos tumores
Genética dos tumoresGenética dos tumores
Genética dos tumores
 
Nota tecnica saude do homem
Nota tecnica saude do homemNota tecnica saude do homem
Nota tecnica saude do homem
 
Protocolo de Colon
Protocolo de ColonProtocolo de Colon
Protocolo de Colon
 
The in vitro choice_ P.Vinardell_2013
The in vitro choice_ P.Vinardell_2013The in vitro choice_ P.Vinardell_2013
The in vitro choice_ P.Vinardell_2013
 
Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...
Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...
Plano de trabalho e Avaliação uma poderosa ferramenta para a Saúde do Homem n...
 
Escola santa helena
Escola santa helenaEscola santa helena
Escola santa helena
 
The in vitro choice d ramos-2013
The in vitro choice   d ramos-2013The in vitro choice   d ramos-2013
The in vitro choice d ramos-2013
 
Apresentacao carcinogenicos
Apresentacao carcinogenicosApresentacao carcinogenicos
Apresentacao carcinogenicos
 
2 avaliação toxicidade
2 avaliação toxicidade2 avaliação toxicidade
2 avaliação toxicidade
 

Similaire à Carcinogênese

Similaire à Carcinogênese (20)

câncer
 câncer câncer
câncer
 
Oncogenia .pptx
Oncogenia .pptxOncogenia .pptx
Oncogenia .pptx
 
Cancer.ppt
Cancer.pptCancer.ppt
Cancer.ppt
 
Cancer.ppt
Cancer.pptCancer.ppt
Cancer.ppt
 
Cancer
CancerCancer
Cancer
 
Neoplasia trabalho pronto
Neoplasia trabalho prontoNeoplasia trabalho pronto
Neoplasia trabalho pronto
 
Neoplasia - Medicina Veterinária
Neoplasia - Medicina VeterináriaNeoplasia - Medicina Veterinária
Neoplasia - Medicina Veterinária
 
27 de Novemro.docx
27 de Novemro.docx27 de Novemro.docx
27 de Novemro.docx
 
CâNcer
CâNcerCâNcer
CâNcer
 
Cancer
CancerCancer
Cancer
 
Radiobiologia
RadiobiologiaRadiobiologia
Radiobiologia
 
Aula oncologia ii
Aula oncologia iiAula oncologia ii
Aula oncologia ii
 
Geneticaecancer
GeneticaecancerGeneticaecancer
Geneticaecancer
 
Câncer
CâncerCâncer
Câncer
 
Câncer de Mama
Câncer de Mama Câncer de Mama
Câncer de Mama
 
Exposição aos agrotóxicos e câncer ambiental
Exposição aos agrotóxicos e câncer ambientalExposição aos agrotóxicos e câncer ambiental
Exposição aos agrotóxicos e câncer ambiental
 
Câncer gástrico
Câncer gástricoCâncer gástrico
Câncer gástrico
 
Artigo câncer causas, prevenção e tratamento
Artigo câncer   causas, prevenção e tratamentoArtigo câncer   causas, prevenção e tratamento
Artigo câncer causas, prevenção e tratamento
 
Aula 6 EPIGENÉTICA NUTRIGENÉTICA E CARCINOGENESE.pptx
Aula 6 EPIGENÉTICA NUTRIGENÉTICA E CARCINOGENESE.pptxAula 6 EPIGENÉTICA NUTRIGENÉTICA E CARCINOGENESE.pptx
Aula 6 EPIGENÉTICA NUTRIGENÉTICA E CARCINOGENESE.pptx
 
93 revisao literatura4
93 revisao literatura493 revisao literatura4
93 revisao literatura4
 

Plus de Faculdade Guaraí

Anatomia vegetal raiz_aula_2
Anatomia vegetal raiz_aula_2Anatomia vegetal raiz_aula_2
Anatomia vegetal raiz_aula_2Faculdade Guaraí
 
Morfologia vegetal introdução
Morfologia vegetal  introduçãoMorfologia vegetal  introdução
Morfologia vegetal introduçãoFaculdade Guaraí
 
Morfologia vegetal introdução
Morfologia vegetal  introduçãoMorfologia vegetal  introdução
Morfologia vegetal introduçãoFaculdade Guaraí
 
Relações hídricas transporte de água
Relações hídricas  transporte de águaRelações hídricas  transporte de água
Relações hídricas transporte de águaFaculdade Guaraí
 
Líquidos corporais- liquido sinovial
Líquidos corporais- liquido sinovialLíquidos corporais- liquido sinovial
Líquidos corporais- liquido sinovialFaculdade Guaraí
 
Sistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetais
Sistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetaisSistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetais
Sistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetaisFaculdade Guaraí
 

Plus de Faculdade Guaraí (9)

Anatomia vegetal raiz_aula_2
Anatomia vegetal raiz_aula_2Anatomia vegetal raiz_aula_2
Anatomia vegetal raiz_aula_2
 
Morfologia vegetal introdução
Morfologia vegetal  introduçãoMorfologia vegetal  introdução
Morfologia vegetal introdução
 
Morfologia vegetal introdução
Morfologia vegetal  introduçãoMorfologia vegetal  introdução
Morfologia vegetal introdução
 
Histologia vegetal
Histologia vegetal  Histologia vegetal
Histologia vegetal
 
Nutrição mineral
Nutrição mineralNutrição mineral
Nutrição mineral
 
Relações hídricas transporte de água
Relações hídricas  transporte de águaRelações hídricas  transporte de água
Relações hídricas transporte de água
 
Líquido cerebrospinal
Líquido cerebrospinal Líquido cerebrospinal
Líquido cerebrospinal
 
Líquidos corporais- liquido sinovial
Líquidos corporais- liquido sinovialLíquidos corporais- liquido sinovial
Líquidos corporais- liquido sinovial
 
Sistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetais
Sistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetaisSistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetais
Sistemática vegetal- aspectos gerais dos grupos vegetais
 

Dernier

Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 

Dernier (11)

Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 

Carcinogênese

  • 2. Considerações gerais  Carcinogênese ou oncogênese são termos que designam o processo de desenvolvimento de uma neoplasia desde as alterações no DNA até a formação do tumor.  O desenvolvimento neoplásico caracteriza-se por modificações progressivas da fisiologia da célula com alterações nos processos de proliferação e diferenciação
  • 3.  Estudos indicam que entre 70 e 80% dos cânceres humanos estão relacionados a fatores ambientais.  Agentes químicos, físicos e biológicos.  Pode ainda haver combinação de fatores.
  • 4. Classificação geral dos cancerígenos Agentes Exemplos Químicos Dieta, hormônios, metais Físicos Raios UV, radiação ionizante(X, gama) Biológicos Vírus do papiloma
  • 5. Carcinogênese química  A natureza dos agentes químicos é variada, podendo ser:  Agentes naturais. Ex.: aflatoxina B1  Agentes sintéticos. Ex.: aminas aromáticas utilizadas na indústria.  Fatores endógenos. Ex.: hormônios  Tabagismo e o câncer: proliferação das células do sistema respiratório.
  • 6. Mecanismos de ação  A maioria dos agentes químicos possui ação genotóxica.  Mecanismos de mutação:  Substâncias eletrofílicas que são atraídas pelo DNA (Nucleofílico).  Pareamento incorreto de bases no processo de replicação  Mutação
  • 7.  Teste de Ames  Cepas de Salmonella que não produz histidina.  Grau de mutagenicidade depende da quantidade de histidina produzida.  Se a substância é mutagênica, muito provavelmente é cancerígena.
  • 8. Cancerígenos de ação direta e indireta  Direta:  Reagem imediatamente com o DNA.  Indireta:  Depende de ativação através do metabolismo.  Ex.: hidrocarbonetos aromáticos policíclicos do tabaco e da carne defumada.
  • 9. Etapas da carcinogênese  Iniciação:  Corresponde à interação do agente químico com o DNA da célula-alvo.  A alteração causada às moléculas de DNA é irreversível.  Nessa fase o genoma alterado ainda não está sendo expresso no fenótipo.
  • 10. Promoção  Os cancerígenos promotores estimulam a proliferação celular, que resulta em expansão clonal das células iniciadas.  Assim, essa fase é caracterizada pelo desenvolvimento de focos de células fenotipicamente alteradas e/ ou lesões benignas.
  • 11.  Os agentes promotores possuem natureza variável, podendo ser hormônios esteróides e pesticidas, por exemplo.  Seus efeitos são reversíveis e dependentes de dosagem, ao contrário dos agentes iniciadores.
  • 12. Progressão  A neoplasia maligna já está expressa fenotipicamente em nível histológico.  As alterações estruturais do genoma, como a aneuploidia, verificadas nessa fase estão diretamente relacionadas às altas taxas de proliferação celular, à invasividade, à capacidade de produzir metástase etc.
  • 13.  Os cancerígenos químicos podem participar de todas as etapas da carcinogênese e podem atuar conjuntamente com outros fatores oncogênicos, como vírus e radiação.  Por fim, há a manifestação clínica da neoplasia.
  • 14. Carcinogênese por radiação  Radiações ionizantes e não ionizantes.  Primeiras associações: leucemia em nos sobreviventes da bomba de Hiroshima e Nagasaki; câncer de tireoide em adultos e jovens tratados na infância com radiação ionizante de cabeça e pescoço e alta incidência de câncer de pele em indivíduos expostos frequentemente ao sol.
  • 15. Mecanismos  Os efeitos oncogênicos da radiação ionizante resulta da ação direta ou indireta de ondas eletromagnéticas, tais como os raios X e gama ou de partículas energéticas sobre o DNA.  A emissão depende do LET.
  • 16.  Os raios X e gama são radiações de baixo LET, pois atravessam rapidamente os tecidos, não dando tempo de interagir com as moléculas.  As radiações alfa e beta e de nêutrons possuem alto LET, são menos velozes e interagem mais com as moléculas de DNA.
  • 17.  A radiação ionizante (particuladas) com alto LET interage com membranas, proteínas, enzimas (maior potencial oncogênico;  As radiações eletromagnéticas são menos oncogênicas, mas podem produzir radicais que interagem com componentes do citosol.
  • 18.  O potencial oncogênico da radiação ionizante está relacionado à capacidade que ela tem de causar mutações.  Formação do câncer de pele: inibição de enzimas, formação de radicais, indução de mutações, morte celular por apoptose.  Mutação de ponto.
  • 19. Carcinogênese viral e microbiana  15% dos cânceres possui origem viral  Ex.: colo de útero e carcinoma hepatocelular.  Tipos de vírus: material genético  Processo infeccioso viral  Formação de proteínas oncogênicas, principalmente relacionadas à proliferação celular
  • 20. Pontos de destaque  O desenvolvimento neoplásico ocorre pelo acúmulo de mutações em uma célula ou clone de células com capacidade de proliferar.  As alterações genéticas resultam da ação de fatores ambientais, como agentes químicos, físicos ou vírus, sobre o genoma das células somáticas
  • 21.  Mutações herdadas da linhagem germinativa contribuem com pequena proporção de neoplasias  Fatores de defesa intrínsecos ao sistema biológico modulam a ação deletéria dos agentes cancerígenos. Reparação de DNA e sistema de vigilância imunológica.
  • 22.  Após a alteração das células, ocorre a expansão clonal gerando lesão tumoral.
  • 23. Questões  Defina oncogênese.  De quais tipos os agentes causadores de câncer podem ser? Exemplifique.  Em relação aos agentes físicos, como se caracterizam as radiações oncogênicas? Como se dá a ação delas nas células?
  • 24.  Em que consiste o Teste de Ames?  Quais são as etapas da carcinogênese? Descreva os processos que ocorrem em cada uma.  Como ocorre a formação de carcinoma de origem viral? Exemplifique.  O que é mutação de ponto? Como ocorre?