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A UU AL
                                                                                 A L       A

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                     Argentina:
            Europa ou América?

                               N     esta aula vamos estudar a Argentina, um
dos três “grandes” da América Latina. Vamos analisar o processo de formação
do seu território, as características da sua economia e identificar as suas
diferentes regiões.
     Vamos também analisar o caminho que a Argentina percorreu desde a
Segunda Guerra Mundial - quando apresentava indicadores sociais e econô-
micos que permitiam incluí-la entre os países desenvolvidos - até hoje. Os
indicadores argentinos atuais aproximam o país, cada vez mais, dos países em
vias de desenvolvimento, ou desenvolvidos, do Sul.
     Na realidade, embora a Argentina continue sendo um dos “gigantes”
latino-americanos, parece ter perdido o “caminho” para o Primeiro Mundo.


    Paulo observa que está aumentando o fluxo de mercadorias vindas dos
países do Cone Sul, principalmente da Argentina. Hoje mesmo chegou um navio
da Argentina, carregado de trigo.
    Paulo comenta, com Rui, esse aumento do volume de produtos argentinos
que chegam o Brasil.
    - Para quê o Brasil importa tanto trigo da Argentina?
    - O trigo argentino vai para as indústrias alimentícias. O Brasil cultiva
trigo, mas sua produção é insuficiente para atender ao consumo. Por isso,
importa trigo da Argentina.
    - Mas a Argentina só exporta trigo para o Brasil?
    - Não. A Argentina, além de exportar produtos primários, também exporta
produtos industrializados, como automóveis e máquinas. Com o Mercosul, as
trocas entre os dois países aumentaram muito, porque as tarifas de importação
diminuíram bastante.
    E Rui conclui:
    - Parece que, nessas trocas, o Brasil está se dando muito bem. Nossas
indústrias, à medida que “ganham” o mercado argentino, vão se expandindo.


    Com aproximadamente 2.800.000 quilômetros quadrados, o território ar-
gentino estende-se do Trópico de Capricórnio à Terra do Fogo. É uma distância
de quase 4 mil quilômetros de planícies e planaltos sempre limitados, a oeste,
pela cordilheira dos Andes.
A U L A                                                  Impedida de se expandir para o
                                                    norte, a Argentina ampliou seus ter-

39                                                  ritórios para o sul, ocupando a
                                                    Patagônia e chegando até a Antártida.
                                                         Em 1967, a Argentina estabele-
                                                    ceu o mar de 200 milhas como limite
                                                    das águas oceânicas. Com essa deci-
                                                    são, incorporou uma extensa plata-
                                                    forma continental, rica em petróleo.
                                                    Nesse mar se encontram as ilhas
                                                    Malvinas, ocupadas pela Inglaterra
                                                    em 1833 e sempre reivindicadas pela
                                                    Argentina.
                                                         O território da Argentina foi
                                                    construído a partir de dois núcleos
                                                    de povoamento: um andino, pelo
                                                    qual ela se ligava às minas do
                                                    altiplano peruano-boliviano e ao
                                                    Pacífico, e outro na foz dos rios do
                                                    Prata e Paraná, em torno de Buenos
                                                    Aires, abrindo-se para o Atlântico.
                                                         Durante todo o período colonial,
                                                    entre os dois núcleos havia um imen-
                                                    so espaço a ser ocupado. No começo
                                                    do século XIX, no momento da inde-
                                                    pendência, a Argentina identifica-
                                                    va-se, cada vez mais, com a região do
                                                    Pampa. Iniciou-se então o avanço do
                                                    povoamento pela planície pampeana.
                                                    A cidade de Buenos Aires passa a ser
                                                    o elemento unificador do espaço ar-
                                                    gentino, graças a sua função de prin-
                                                    cipal porto agroexportador.
              Desde 1870, a Argentina tem ocupado os imensos espaços vazios do
          Pampa. O relevo horizontal, os solos férteis, a chegada maciça de imigrantes
          europeus e a densa rede ferroviária que se abre para oeste e que transporta
          milhões de toneladas de trigo e de carne fazem da região pampeana a mais
          poderosa região agrícola do continente latino-americano e, de Buenos Aires, a
          sua maior metrópole.

              A Argentina histórica do Nordeste, que no passado colonial ligava-se à
          metrópole espanhola pelo Pacífico, vai ser sucedida pela Argentina pampeana.
          Essa é ligada, pelo Atlântico, à Europa industrializada.
              Nesse período estrutura-se uma Argentina contruída por europeus e para os
          europeus. Mais uma vez, são os ingleses que substituem os espanhóis.
              A Inglaterra ofereceu seu mercado, seus produtos e seus capitais à Argenti-
          na. Os investimentos ingleses passaram de 3 milhões de libras em 1860 para 90
          milhões em 1914. Esses recursos foram investidos, pricipalmente, na economia
          pampeana.
              A Argentina moderna acabava onde terminava o Pampa. Seu centro
          polarizador era Buenos Aires; o resto do país se transforma numa imensa
          periferia.
Em 1929, tomando Buenos Aires como centro e traçando uma circunferên-               A U L A
cia com 800 km de raio, envolveríamos 80 % da população, 75 % das ferrovias,
90 % dos impostos pagos e apenas 30 % da área do país.
     No interior da economia pampeana surgiu ema base industrial, com a                  39
instalação de numerosas fábricas em Buenos Aires. Em 1929, o setor industrial
já representava, aproximadamente, 1/3 do PIB argentino,
     A Argentina foi o país latino-americano que recebeu o maior contingente de
imigrantes europeus. Desde 1860 até 1930, chegaram aproximadamente 7 mi-
lhões de imigrantes, principalmente italianos e espanhóis, que duplicaram e
triplicaram o número de habitantes.
     Por isso, a população é muito homogênea. Mas, como a ocupação do Pampa
pelas grandes propriedades conhecidas como estâncias se deu antes da chegada
das maiores massas de imigrantes, e como não houve uma política de
redistribuição de terras, esses imigrantes se fixaram principalmente nas cidades.
     Veja, na tabela a seguir, a evolução da população rural e urbana.

      EM   %         1869      1896      1914          1947      1960     1970    1980
 População rural      67        58        42            38        27       21      17
População urbana      33        42        58            62        73       79      82

   Além disso, a crise de 1929 e a mecanização do setor agrícola promoveram
um contínuo deslocamento da população rural para as cidades. Buenos Aires
tem, hoje, 12 milhões de habitantes. A porcentagem da população urbana, na
Argentina, ultrapassa os 90%.
   A tabela a seguir mostra o crescimento do setor industrial argentino.

                      ARGENTINA : P I B P O R SETORES     ( E M %)
                   1900     1925      1950   1960        1965     1970     1980   1990
 Agricultura/      35,5     27,1      18,8   15,4        15,0     13,4     12,1   13,2
   Pecuária
Setor industrial   23,0     28,4      33,9      37,9      41,4     44,1    44,9   41,7
   Serviços        41,5     45,5      47,3      45,7      43,6     42,5    43,0   45,1

    A partir de 1970, a situação econômica e social agravou-se. O país, que
possuía uma forte classe média e que tinha 8% da população constituindo a
camada mais pobre, viu essa camada chegar a 20% da população em 1990.
    A concentração da renda aumentou, e a distância entre os mais ricos e os mais
pobres se acentuou. Isso levou ao aumento da taxa de desemprego (com um
recorde histórico de quase 20 % de desempregados), agravamento dos indicado-
res de desenvolvimento humano, surgimento de bolsões de pobreza como as
villas miseria na periferia de Buenos Aires.
       miseria,
    Quanto às suas regiões, podemos dizer que o Pampa argentino é, natural-
mente, uma área favorável à agricultura. Entre 1930 e 1990, a produção total
dessa região passou de 20 milhões a 40 milhões de toneladas de grãos.
    Esse aumento foi obtido graças ao maior emprego de fertilizantes, às
melhores sementes, à renovação das máquinas e à maior proteção dos solos.
Cada vez mais, portanto, a região pampeana garantiu a capacidade de impor-
tação da economia argentina - e, nas décadas de 70 e 80, o pagamento da dívida
externa.
    Mas, mesmo dobrando a produção, a economia do Pampa perdeu impor-
tância no período: a velocidade do crescimento da produção industrial foi
muito maior.
A U L A       Após a crise                                               Buenos Aires
          de 1930, Buenos

39        Aires passou a po-
          larizar o cresci-
          mento da econo-
          mia argentina. Em
          1945, a metrópole
          era responsável
          por 58 % da pro-
          dução industrial;
          em 1954, respon-
          dia por 65 % dessa
          produção e, em
          1990, por aproxi-
          madamente 80 %.
              Com a concentração da produção industrial, a cidade triplicou sua popula-
          ção em 50 anos. O crescimento mudou a identidade da cidade. Até 1950, ela era
          uma cidade “européia”, com expressiva classe média. A concentração industrial
          atraiu a população de outras regiões e de países fronteiriços, como a Bolívia. Os
          recém-chegados instalaram-se na periferia. Surgiram assim bairros nos quais,
          muitas vezes, não há oferta de serviços básicos.
              A partir de Buenos Aires vai se definindo um espaço urbano contínuo, que
          concentra, aproximadamente, 80 % da população total do país. A cidade de
          Rosário, ao norte desse espaço, é um importante centro industrial. Bahia Blanca,
          ao sul, é uma alternativa ao congestionamento do porto de Buenos Aires.
              Mar del Plata, que surgiu como um anexo turístico da metrópole, diversifi-
          cou suas funções, passando a ter maior autonomia.

               Ao norte da região pampeana identificamos a “Argentina despovoada”. No
          noroeste, a região do Chaco próxima à fronteira com o Paraguai e a Bolivia, tem
                                Chaco,
          clima quente e úmido a leste. Ali, o algodão é o cultivo predominante.
               Na fronteira com o Brasil, entre os rios Paraná e Uruguai, encontra-se a
          região denominada Mesopotâmia É uma área de ocupação recente. O aprovei-
                               Mesopotâmia.
          tamento do potencial hidrelétrico dos seus rios, em projetos com o Paraguai ou
          com o Uruguai, devem aumentar a sua importância.
               Ao sul do Pampa estende-se a Patagônia de clima frio e seco e solos pouco
                                             Patagônia,
          férteis. As enormes estâncias aí localizadas criam ovinos, aproveitando as
          pastagens mais pobres que as do Pampa.
               A região possui uma importante riqueza mineral de petróleo e gás. No
          litoral, Comodoro Rivadávia é o grande centro petrolífero. A produção é trans-
          portada, por oleodutos, para Buenos Aires.
               A paisagem andina no oeste da região criou um importante fluxo de turismo.
          Os esportes de inverno, a infra-estrutura hoteleira e os parques nacionais são
          alguns elementos que atraem os turistas.
               A oeste, junto aos Andes, o clima é seco. Mas, desde a chegada dos
          imigrantes, no século XIX, a região foi transformada num verdadeiro óasis.
               Com a água que se origina do derretimento das geleiras, cultivam-se frutas
          e vinhedos na província de Mendoza. A região é hoje uma importante área
          agrícola, e parte de sua produção destina-se à exportação.
               A região pré-andina é responsável por 30% da produção de petróleo do país
          e, da mesma forma que nas outras áreas produtoras, está ligada por uma rede de
          oleodutos à região de Buenos Aires.
A Argentina é hoje o país latino-americano mais integrado economicamente         A U L A
ao Brasil. Desde a criação do Mercosul, o Brasil é o segundo país em importância
no comércio externo da Argentina.
    Argentina e Brasil esperam dobrar o fluxo comercial entre os dois países até     39
o ano 2000. As possibilidades que o Mercosul cria, ao integrar as duas economias,
são muito grandes.


    As ruas

    As ruas de Buenos Aires
    estão dentro de mim.
    Não as ávidas ruas,
    cheias de multidão e agitação,
    mas as ruas tranqüilas de bairro,
    quase ausentes de transeuntes
    enternecida de penumbra e de ocaso
    e aqueles mais distantes
    desprovidos de árvores e adornos
    onde austeras casinhas se aventuram,
    envoltas por imortal distância,
    a perder-se na profunda visão
    de céu de planície.
    São para o solitário uma promessa
    porque milhares de almas singulares as povoam,
    única diante de Deus e no tempo
    e sem dúvida preciosas.
    Em direção ao Oeste, o Norte e o Sul
    se reproduziram - são também a pátria - as ruas;
    Queira Deus nos versos que escrevo
    estejam estas bandeira.
    Borges, Jorge Luis. Fervor de Buenos Aires , Buenos Aires: Editora Emecé S.A.,
    p. 173 e 174.

   Atenção! O poema mostra o caráter cosmopolita de Buenos Aires, capital da
Argentina.




    A ocupação do espaço argentino, durante o período colonial, processou-se
a partir de dois núcleos: o do noroeste e o de Buenos Aires.
    A partir da independência, Buenos Aires passou a atuar como centro de
maior dinamismo no processo de ocupação do território. Na segunda metade do
século XIX, os investimentos ingleses vão transformar o Pampa numa das mais
importantes regiões agrícolas do mundo. A Argentina moderna identifica-se
com o Pampa, e Buenos Aires é sua metrópole.
    A crise mundial de 29 desarticulou a economia pampeana e abriu espaço
para o desenvolvimento industrial. As indústrias concentram-se em Buenos
Aires, aumentando ainda mais a sua ação polarizadora.
    A concentração de investimentos e de população em torno de Buenos Aires
acentua as desigualdades entre essa região e as áreas periféricas.
A U L A   Exercício 1
             Apresente duas razões que justifiquem a frase: “O Pampa foi constituído por

39           europeus e para os europeus”.


          Exercício 2
             Indique dois fatores responsáveis pelo crescimento industrial argentino
             após 1930.


          Exercício 3
             Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.

              a)   Pampa               ( ) Região e clima frio e seco, ocupada por
              b)   Mesopotâmia             grandes estâncias.
              c)   Chaco               ( ) Região situada na fronteira com o Paraguai.
              d)   Patagônia           ( ) Região situada entre os rios Paraná e Uru-
                                           guai; deve se tornar grande produtora de
                                           energia hidrelétrica.
                                       ( ) Região onde os imigrantes, a partir do século
                                           XIX, desenvolveram o cultivo de vinhedos.
                                       ( ) Região que apresenta excelentes condições
                                           naturais para o cultivo de cereais e para a
                                           pecuária bovina.


          Exercício 4
             Cite duas razões para a concentração da população argentina na área
             metropolitana de Buenos Aires.

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Argentina: entre a Europa e a América

  • 1. A UU AL A L A 39 39 Argentina: Europa ou América? N esta aula vamos estudar a Argentina, um dos três “grandes” da América Latina. Vamos analisar o processo de formação do seu território, as características da sua economia e identificar as suas diferentes regiões. Vamos também analisar o caminho que a Argentina percorreu desde a Segunda Guerra Mundial - quando apresentava indicadores sociais e econô- micos que permitiam incluí-la entre os países desenvolvidos - até hoje. Os indicadores argentinos atuais aproximam o país, cada vez mais, dos países em vias de desenvolvimento, ou desenvolvidos, do Sul. Na realidade, embora a Argentina continue sendo um dos “gigantes” latino-americanos, parece ter perdido o “caminho” para o Primeiro Mundo. Paulo observa que está aumentando o fluxo de mercadorias vindas dos países do Cone Sul, principalmente da Argentina. Hoje mesmo chegou um navio da Argentina, carregado de trigo. Paulo comenta, com Rui, esse aumento do volume de produtos argentinos que chegam o Brasil. - Para quê o Brasil importa tanto trigo da Argentina? - O trigo argentino vai para as indústrias alimentícias. O Brasil cultiva trigo, mas sua produção é insuficiente para atender ao consumo. Por isso, importa trigo da Argentina. - Mas a Argentina só exporta trigo para o Brasil? - Não. A Argentina, além de exportar produtos primários, também exporta produtos industrializados, como automóveis e máquinas. Com o Mercosul, as trocas entre os dois países aumentaram muito, porque as tarifas de importação diminuíram bastante. E Rui conclui: - Parece que, nessas trocas, o Brasil está se dando muito bem. Nossas indústrias, à medida que “ganham” o mercado argentino, vão se expandindo. Com aproximadamente 2.800.000 quilômetros quadrados, o território ar- gentino estende-se do Trópico de Capricórnio à Terra do Fogo. É uma distância de quase 4 mil quilômetros de planícies e planaltos sempre limitados, a oeste, pela cordilheira dos Andes.
  • 2. A U L A Impedida de se expandir para o norte, a Argentina ampliou seus ter- 39 ritórios para o sul, ocupando a Patagônia e chegando até a Antártida. Em 1967, a Argentina estabele- ceu o mar de 200 milhas como limite das águas oceânicas. Com essa deci- são, incorporou uma extensa plata- forma continental, rica em petróleo. Nesse mar se encontram as ilhas Malvinas, ocupadas pela Inglaterra em 1833 e sempre reivindicadas pela Argentina. O território da Argentina foi construído a partir de dois núcleos de povoamento: um andino, pelo qual ela se ligava às minas do altiplano peruano-boliviano e ao Pacífico, e outro na foz dos rios do Prata e Paraná, em torno de Buenos Aires, abrindo-se para o Atlântico. Durante todo o período colonial, entre os dois núcleos havia um imen- so espaço a ser ocupado. No começo do século XIX, no momento da inde- pendência, a Argentina identifica- va-se, cada vez mais, com a região do Pampa. Iniciou-se então o avanço do povoamento pela planície pampeana. A cidade de Buenos Aires passa a ser o elemento unificador do espaço ar- gentino, graças a sua função de prin- cipal porto agroexportador. Desde 1870, a Argentina tem ocupado os imensos espaços vazios do Pampa. O relevo horizontal, os solos férteis, a chegada maciça de imigrantes europeus e a densa rede ferroviária que se abre para oeste e que transporta milhões de toneladas de trigo e de carne fazem da região pampeana a mais poderosa região agrícola do continente latino-americano e, de Buenos Aires, a sua maior metrópole. A Argentina histórica do Nordeste, que no passado colonial ligava-se à metrópole espanhola pelo Pacífico, vai ser sucedida pela Argentina pampeana. Essa é ligada, pelo Atlântico, à Europa industrializada. Nesse período estrutura-se uma Argentina contruída por europeus e para os europeus. Mais uma vez, são os ingleses que substituem os espanhóis. A Inglaterra ofereceu seu mercado, seus produtos e seus capitais à Argenti- na. Os investimentos ingleses passaram de 3 milhões de libras em 1860 para 90 milhões em 1914. Esses recursos foram investidos, pricipalmente, na economia pampeana. A Argentina moderna acabava onde terminava o Pampa. Seu centro polarizador era Buenos Aires; o resto do país se transforma numa imensa periferia.
  • 3. Em 1929, tomando Buenos Aires como centro e traçando uma circunferên- A U L A cia com 800 km de raio, envolveríamos 80 % da população, 75 % das ferrovias, 90 % dos impostos pagos e apenas 30 % da área do país. No interior da economia pampeana surgiu ema base industrial, com a 39 instalação de numerosas fábricas em Buenos Aires. Em 1929, o setor industrial já representava, aproximadamente, 1/3 do PIB argentino, A Argentina foi o país latino-americano que recebeu o maior contingente de imigrantes europeus. Desde 1860 até 1930, chegaram aproximadamente 7 mi- lhões de imigrantes, principalmente italianos e espanhóis, que duplicaram e triplicaram o número de habitantes. Por isso, a população é muito homogênea. Mas, como a ocupação do Pampa pelas grandes propriedades conhecidas como estâncias se deu antes da chegada das maiores massas de imigrantes, e como não houve uma política de redistribuição de terras, esses imigrantes se fixaram principalmente nas cidades. Veja, na tabela a seguir, a evolução da população rural e urbana. EM % 1869 1896 1914 1947 1960 1970 1980 População rural 67 58 42 38 27 21 17 População urbana 33 42 58 62 73 79 82 Além disso, a crise de 1929 e a mecanização do setor agrícola promoveram um contínuo deslocamento da população rural para as cidades. Buenos Aires tem, hoje, 12 milhões de habitantes. A porcentagem da população urbana, na Argentina, ultrapassa os 90%. A tabela a seguir mostra o crescimento do setor industrial argentino. ARGENTINA : P I B P O R SETORES ( E M %) 1900 1925 1950 1960 1965 1970 1980 1990 Agricultura/ 35,5 27,1 18,8 15,4 15,0 13,4 12,1 13,2 Pecuária Setor industrial 23,0 28,4 33,9 37,9 41,4 44,1 44,9 41,7 Serviços 41,5 45,5 47,3 45,7 43,6 42,5 43,0 45,1 A partir de 1970, a situação econômica e social agravou-se. O país, que possuía uma forte classe média e que tinha 8% da população constituindo a camada mais pobre, viu essa camada chegar a 20% da população em 1990. A concentração da renda aumentou, e a distância entre os mais ricos e os mais pobres se acentuou. Isso levou ao aumento da taxa de desemprego (com um recorde histórico de quase 20 % de desempregados), agravamento dos indicado- res de desenvolvimento humano, surgimento de bolsões de pobreza como as villas miseria na periferia de Buenos Aires. miseria, Quanto às suas regiões, podemos dizer que o Pampa argentino é, natural- mente, uma área favorável à agricultura. Entre 1930 e 1990, a produção total dessa região passou de 20 milhões a 40 milhões de toneladas de grãos. Esse aumento foi obtido graças ao maior emprego de fertilizantes, às melhores sementes, à renovação das máquinas e à maior proteção dos solos. Cada vez mais, portanto, a região pampeana garantiu a capacidade de impor- tação da economia argentina - e, nas décadas de 70 e 80, o pagamento da dívida externa. Mas, mesmo dobrando a produção, a economia do Pampa perdeu impor- tância no período: a velocidade do crescimento da produção industrial foi muito maior.
  • 4. A U L A Após a crise Buenos Aires de 1930, Buenos 39 Aires passou a po- larizar o cresci- mento da econo- mia argentina. Em 1945, a metrópole era responsável por 58 % da pro- dução industrial; em 1954, respon- dia por 65 % dessa produção e, em 1990, por aproxi- madamente 80 %. Com a concentração da produção industrial, a cidade triplicou sua popula- ção em 50 anos. O crescimento mudou a identidade da cidade. Até 1950, ela era uma cidade “européia”, com expressiva classe média. A concentração industrial atraiu a população de outras regiões e de países fronteiriços, como a Bolívia. Os recém-chegados instalaram-se na periferia. Surgiram assim bairros nos quais, muitas vezes, não há oferta de serviços básicos. A partir de Buenos Aires vai se definindo um espaço urbano contínuo, que concentra, aproximadamente, 80 % da população total do país. A cidade de Rosário, ao norte desse espaço, é um importante centro industrial. Bahia Blanca, ao sul, é uma alternativa ao congestionamento do porto de Buenos Aires. Mar del Plata, que surgiu como um anexo turístico da metrópole, diversifi- cou suas funções, passando a ter maior autonomia. Ao norte da região pampeana identificamos a “Argentina despovoada”. No noroeste, a região do Chaco próxima à fronteira com o Paraguai e a Bolivia, tem Chaco, clima quente e úmido a leste. Ali, o algodão é o cultivo predominante. Na fronteira com o Brasil, entre os rios Paraná e Uruguai, encontra-se a região denominada Mesopotâmia É uma área de ocupação recente. O aprovei- Mesopotâmia. tamento do potencial hidrelétrico dos seus rios, em projetos com o Paraguai ou com o Uruguai, devem aumentar a sua importância. Ao sul do Pampa estende-se a Patagônia de clima frio e seco e solos pouco Patagônia, férteis. As enormes estâncias aí localizadas criam ovinos, aproveitando as pastagens mais pobres que as do Pampa. A região possui uma importante riqueza mineral de petróleo e gás. No litoral, Comodoro Rivadávia é o grande centro petrolífero. A produção é trans- portada, por oleodutos, para Buenos Aires. A paisagem andina no oeste da região criou um importante fluxo de turismo. Os esportes de inverno, a infra-estrutura hoteleira e os parques nacionais são alguns elementos que atraem os turistas. A oeste, junto aos Andes, o clima é seco. Mas, desde a chegada dos imigrantes, no século XIX, a região foi transformada num verdadeiro óasis. Com a água que se origina do derretimento das geleiras, cultivam-se frutas e vinhedos na província de Mendoza. A região é hoje uma importante área agrícola, e parte de sua produção destina-se à exportação. A região pré-andina é responsável por 30% da produção de petróleo do país e, da mesma forma que nas outras áreas produtoras, está ligada por uma rede de oleodutos à região de Buenos Aires.
  • 5. A Argentina é hoje o país latino-americano mais integrado economicamente A U L A ao Brasil. Desde a criação do Mercosul, o Brasil é o segundo país em importância no comércio externo da Argentina. Argentina e Brasil esperam dobrar o fluxo comercial entre os dois países até 39 o ano 2000. As possibilidades que o Mercosul cria, ao integrar as duas economias, são muito grandes. As ruas As ruas de Buenos Aires estão dentro de mim. Não as ávidas ruas, cheias de multidão e agitação, mas as ruas tranqüilas de bairro, quase ausentes de transeuntes enternecida de penumbra e de ocaso e aqueles mais distantes desprovidos de árvores e adornos onde austeras casinhas se aventuram, envoltas por imortal distância, a perder-se na profunda visão de céu de planície. São para o solitário uma promessa porque milhares de almas singulares as povoam, única diante de Deus e no tempo e sem dúvida preciosas. Em direção ao Oeste, o Norte e o Sul se reproduziram - são também a pátria - as ruas; Queira Deus nos versos que escrevo estejam estas bandeira. Borges, Jorge Luis. Fervor de Buenos Aires , Buenos Aires: Editora Emecé S.A., p. 173 e 174. Atenção! O poema mostra o caráter cosmopolita de Buenos Aires, capital da Argentina. A ocupação do espaço argentino, durante o período colonial, processou-se a partir de dois núcleos: o do noroeste e o de Buenos Aires. A partir da independência, Buenos Aires passou a atuar como centro de maior dinamismo no processo de ocupação do território. Na segunda metade do século XIX, os investimentos ingleses vão transformar o Pampa numa das mais importantes regiões agrícolas do mundo. A Argentina moderna identifica-se com o Pampa, e Buenos Aires é sua metrópole. A crise mundial de 29 desarticulou a economia pampeana e abriu espaço para o desenvolvimento industrial. As indústrias concentram-se em Buenos Aires, aumentando ainda mais a sua ação polarizadora. A concentração de investimentos e de população em torno de Buenos Aires acentua as desigualdades entre essa região e as áreas periféricas.
  • 6. A U L A Exercício 1 Apresente duas razões que justifiquem a frase: “O Pampa foi constituído por 39 europeus e para os europeus”. Exercício 2 Indique dois fatores responsáveis pelo crescimento industrial argentino após 1930. Exercício 3 Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita. a) Pampa ( ) Região e clima frio e seco, ocupada por b) Mesopotâmia grandes estâncias. c) Chaco ( ) Região situada na fronteira com o Paraguai. d) Patagônia ( ) Região situada entre os rios Paraná e Uru- guai; deve se tornar grande produtora de energia hidrelétrica. ( ) Região onde os imigrantes, a partir do século XIX, desenvolveram o cultivo de vinhedos. ( ) Região que apresenta excelentes condições naturais para o cultivo de cereais e para a pecuária bovina. Exercício 4 Cite duas razões para a concentração da população argentina na área metropolitana de Buenos Aires.