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Gabriella Moreira
  Flávia Campos
   Larissa Daher
    Ana Resende
 Debora Oliveira
•   Resumo do texto
•   Análise do conto
•   Variação histórica
•   Figuras de linguagem
•   Funções de linguagem
•   Recursos de coesão textual
O conto Teoria do Medalhão narra a história
      de um pai e seu filho que conversam
   quando o último atinge a maior idade, ou
   seja, 21 anos. O diálogo se inicia na sala,
     onde o pai instrui o filho como ser um
    Medalhão. Ele diz que agora é a hora de
    escolher uma profissão, mas que o filho
 deve também exercer o ofício de Medalhão.
 A partir daí o pai explica ao filho como ser e
 o que é um Medalhão. A pessoa dedicada a
   este oficio deve, quando chegar à velhice
 (entorno dos 45 aos 50 anos), ter adquirido
   o respeito da sociedade carioca do século
                      XIX.
Para ser um Medalhão é necessário
transformar-se em um robô. Sem expressar
   ideias, gostos, ou atitudes que possam
      realmente mudar alguma coisa na
sociedade. Um Medalhão deve usar sempre
frases prontas, feitas por grandes filósofos,
  quando a eles uma pergunta for feita. A
  pessoa deve viver para ser conhecida na
  sociedade, e desta chamar atenção. Um
  Medalhão deve ser lembrado durante e
após a vida, mas sem fazer nenhum esforço.
As pessoas devem achá-lo sábio, engraçado
e presença indispensável em festas, mesmo
            que de fato não o seja.
Para ser tudo isso, o principal é não ter ideias. E
   o pai ensina ao filho como fazê-lo. Ele nunca
     deve estar sozinho, deve estar sempre por
     dentro do que dizem os filósofos, mas não
    deve influenciar-se por suas ideias, o pai diz
  que a profissão não é impossível: ‘‘[...] há um
  meio; é lançar mão de um regime debilitante,
      ler compêndios de retórica, ouvir certos
  discursos, etc. O voltarete, o dominó e o whist
    são remédios aprovados. O whist tem até a
   rara vantagem de acostumar ao silêncio, que
   é a forma mais acentuada da circunspecção.
Não digo o mesmo da natação, da equitação e
  da ginástica, embora elas façam repousar o
  cérebro; mas por isso mesmo que o fazem
      repousar, restituem-lhe as forças e a
   atividade perdidas. O bilhar é excelente”.
No fim do texto, à meia-noite, após uma hora
  de conversa, o pai pede para que o filho vá
    dormir e pense no que ele falou. E assim
  Machado de Assis faz um convite ao leitor
    para pensar no que é ser um Medalhão.
O conto Teoria do Medalhão, de Machado de
     Assis, retrata de forma extremamente
  irônica alguns membros sociedade. Mesmo
  com um núcleo de personagens pequeno, o
   autor consegue criticar ferrenhamente as
  pessoas mascaradas da alta sociedade. São
   pessoas que se dizem intelectuais, cultas,
     sábias, simpáticas e elegantes, mesmo
        sabendo que são o oposto disto.
Os Medalhões de Machade de Assis, assim
 como os medalhões objetos, tem sua parte
    não encantadora voltada para um lugar
  longe das vistas das pessoas, mostrando a
     elas somente seu requinte e vaidade.
O texto é todo escrito em forma de diálogo,
   com ausência de narrador. Além disso, os
   dois únicos personagens não apresentam
    nomes, referindo-se assim à sociedade
                como um todo.
Durante todo o texto o autor aplica uma
  ironia singular, os personagens não são
 irônicos em suas falas, mas Machado de
    Assis, através da voz do personagem,
    aplica a ironia. Assim, mesmo que o
 personagem diga e repita que é bom ser
      um Medalhão o autor quer dizer
           justamente o contrário.
Para criar este efeito, ele afirma que o
    Medalhão não pensa, e o terror do ser
      humano, desde o Renascentismo, é
            admitir que não pensa.
Enfim, é de forma brilhante que Machado de
     Assis deixa claro nas entrelinhas uma
      crítica clássica: afinal, quem nunca
           conheceu um Medalhão?
‘‘Mas qualquer que seja a profissão da tua
escolha, o meu desejo é que te faças grande e
     ilustre, ou pelo menos notável, que te
   levantes acima da obscuridade comum. A
     vida, Janjão, é uma enorme loteria; os
       prêmios são poucos, os malogrados
inúmeros, e com os suspiros de uma geração
  é que se amassam as esperanças de outra.
 Isto é a vida; não há planger, nem imprecar,
mas aceitar as coisas integralmente, com seus
  bônus e percalços, glórias e desdouros, e ir
                   por diante.’’
Variação histórica: variação do sentido das
  palavras e da ortografia com o tempo.
Léxico: novas palavras e outras que não são
  mais usadas:
Malogrados: fracassados, frustrados.
Planger: chorar, lamentar, lastimar-se.
Imprecar: jogar praga, soltar praga. Pedir
  contra ou a favor de alguém.
Percalço: aborrecimento, transtorno,
  incomodo.
Desdouro: sem brilho.
Organização das palavras na frase:
‘‘Mas qualquer que seja a profissão da tua
   escolha, o meu desejo é que te faças grande
   e ilustre, ou pelo menos notável, que te
   levantes acima da obscuridade comum.’’
Gradação: Apresentação de ideias em
progressão ascendente ou descendente, ou
      simplesmente em progressão .

“...algumas apólices, um diploma,
    podes entrar no parlamento,
 magistratura, imprensa, indústria,
 letras, artes, comercio, lavoura... “
Assíndeto: Ausência de conectivos de
  ligação, assim atribui maior rapidez ao
                   texto.

“...algumas apólices, um diploma,
    podes entrar no parlamento,
 magistratura, imprensa, indústria,
 letras, artes, comercio, lavoura... “
Hipérbato : Alteração ou inversão da ordem
  direta dos termos na oração, ou das orações
  no período. São determinadas por ênfase e
          podem até gerar anacolutos.

   “...outra coisa nem eu te digo!”
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Zeugma : Omissão (elipse) de um termo que já
  apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar
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       Utilizada, sobretudo, nas orações
                 comparativas.

“...Alguns estudam, outros não” quando o
          certo seria dizer : “ alguns
        estudam,outros não estudam”
Polissíndeto : Repetição de conectivos na
    ligação entre elementos da frase ou do
                   período.

“...Quanto à matéria dos discursos, tens
  à escolha: - ou os negócios miúdos, ou
  a metafísica política, ou a filosofia,mas
          prefere a metafísica.”
Hipérbole : Exagero
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   que o de medalhão. Ser medalhão foi o
    sonho da minha mocidade; faltaram-
    me, porém, as instruções de um pai, e
   acabo como vês, sem outra consolação
   e relevo moral, na sarjeta , sem nada!”
Antítese : Emprego de termos com sentidos
                 opostos.

“...aceitar as coisas integralmente, com
      seus ônus e percalços, glórias e
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“ ...podes pertencer a qualquer partido,
  liberal ou conservador, republicano ou
              ultramontano...”
Metonímia: Substituição de um nome por
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 “ ...vai ali falar do boato do dia, da
       anedota da semana, de um
 contrabando, de uma calúnia, de um
cometa, de qualquer coisa, quando não
  prefiras interrogar diretamente os
     leitores habituais de Mazade;”
Metáfora: É um tipo de comparação
     implícita, sem termo comparativo.

“...A vida, Janjão, é uma enorme loteria;
  os prêmios são poucos, os malogrados
    inúmeros, e com os suspiros de uma
        geração é que se amassam as
            esperanças de outra.”
  “...O substantivo é a realidade nua e
                   crua...”
Silepse: É a concordância com a ideia, e não
            com a palavra escrita.

     “ ... Janjão,não te ponhas com
       denguices, e falemos sério.”
Silepse de pessoa,pois quem fala ou escreve
     também participa do processo verbal
Anáfora: Repetição de uma mesma palavra
       no início de versos ou frases.

“...Tu poupas aos teus semelhantes todo
        esse imenso aranzel, tu dizes
  simplesmente: Tu,antes de reformar as
        leis reformes os costumes...”
O conto traz uma análise do comportamento de
  algumas pessoas da sociedade. Ironiza muitos
  e descreve – os de forma clara e precisa tendo
  com pano de fundo uma conversa entre pai e
   filho. Tendo como papel principal transmitir
  opiniões, mensagens e ideias, em cima de um
        único tema “ A escolha da carreira “
            enfatizando a publicidade.
Por isso tem como função predominante a
       função fática que é a que tenta
   estabelecer uma relação a mais com o
     leitor, é o que o conto faz, além da
  mensagem que o pai transmite ao filho
  ele também mesmo que indiretamente
 passa ao leitor para que este possa tirar o
            proveito do seu modo.
Dando um exemplo da aplicação da função
    fática cito a seguinte parte do texto:
(...) ‘‘Explico – me. Se caíres de um carro, sem
    outro dano, além do susto, é útil mandá – ló
    dizer aos quatro ventos, nãoi pelo fato em
    si, que é insignificante, mas pelo efeito de
    recordar um nome caro às afeições gerais.
    Percebeste? ‘’
- ‘‘ Percebi..... ’’
- [...] Mas se eu não tiver à mão um amigo apto e
                 disposto a ir comigo?
- Não faz mal; tens o valente recurso de mesclar-te
     aos pasmos tórios, em que toda a poeira da
   solidão se dissipa. As livrarias, ou por causa da
  atmosfera do lugar, ou por qualquer outra, razão
  que me escapa, não são propícias ao nosso fim; e,
  não obstante, há grande conveniência em entrar
     por elas, de quando em quando, não digo às
             ocultas, mas às escâncaras.
[...] Podes resolver a dificuldade de um modo simples:
    vai ali falar do boato do dia, da anedota da semana,
   de um contrabando, de uma calúnia, de um cometa,
     de qualquer coisa, quando não prefiras interrogar
    diretamente os leitores habituais das belas crônicas
         de Mazade ; 75 por cento desses estimáveis
   cavalheiros repetir-te-ão as mesmas opiniões, e uma
     tal monotonia é grandemente saudável. Com este
          regime, durante oito, dez, dezoito meses -
  suponhamos dois anos, - reduzes o intelecto, por mais
       pródigo que seja, à sobriedade, à disciplina, ao
   equilíbrio comum. Não trato do vocabulário, porque
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Teoria do medalhão trabalho de português

  • 1. Gabriella Moreira Flávia Campos Larissa Daher Ana Resende Debora Oliveira
  • 2. Resumo do texto • Análise do conto • Variação histórica • Figuras de linguagem • Funções de linguagem • Recursos de coesão textual
  • 3. O conto Teoria do Medalhão narra a história de um pai e seu filho que conversam quando o último atinge a maior idade, ou seja, 21 anos. O diálogo se inicia na sala, onde o pai instrui o filho como ser um Medalhão. Ele diz que agora é a hora de escolher uma profissão, mas que o filho deve também exercer o ofício de Medalhão. A partir daí o pai explica ao filho como ser e o que é um Medalhão. A pessoa dedicada a este oficio deve, quando chegar à velhice (entorno dos 45 aos 50 anos), ter adquirido o respeito da sociedade carioca do século XIX.
  • 4. Para ser um Medalhão é necessário transformar-se em um robô. Sem expressar ideias, gostos, ou atitudes que possam realmente mudar alguma coisa na sociedade. Um Medalhão deve usar sempre frases prontas, feitas por grandes filósofos, quando a eles uma pergunta for feita. A pessoa deve viver para ser conhecida na sociedade, e desta chamar atenção. Um Medalhão deve ser lembrado durante e após a vida, mas sem fazer nenhum esforço. As pessoas devem achá-lo sábio, engraçado e presença indispensável em festas, mesmo que de fato não o seja.
  • 5. Para ser tudo isso, o principal é não ter ideias. E o pai ensina ao filho como fazê-lo. Ele nunca deve estar sozinho, deve estar sempre por dentro do que dizem os filósofos, mas não deve influenciar-se por suas ideias, o pai diz que a profissão não é impossível: ‘‘[...] há um meio; é lançar mão de um regime debilitante, ler compêndios de retórica, ouvir certos discursos, etc. O voltarete, o dominó e o whist são remédios aprovados. O whist tem até a rara vantagem de acostumar ao silêncio, que é a forma mais acentuada da circunspecção.
  • 6. Não digo o mesmo da natação, da equitação e da ginástica, embora elas façam repousar o cérebro; mas por isso mesmo que o fazem repousar, restituem-lhe as forças e a atividade perdidas. O bilhar é excelente”. No fim do texto, à meia-noite, após uma hora de conversa, o pai pede para que o filho vá dormir e pense no que ele falou. E assim Machado de Assis faz um convite ao leitor para pensar no que é ser um Medalhão.
  • 7. O conto Teoria do Medalhão, de Machado de Assis, retrata de forma extremamente irônica alguns membros sociedade. Mesmo com um núcleo de personagens pequeno, o autor consegue criticar ferrenhamente as pessoas mascaradas da alta sociedade. São pessoas que se dizem intelectuais, cultas, sábias, simpáticas e elegantes, mesmo sabendo que são o oposto disto.
  • 8. Os Medalhões de Machade de Assis, assim como os medalhões objetos, tem sua parte não encantadora voltada para um lugar longe das vistas das pessoas, mostrando a elas somente seu requinte e vaidade. O texto é todo escrito em forma de diálogo, com ausência de narrador. Além disso, os dois únicos personagens não apresentam nomes, referindo-se assim à sociedade como um todo.
  • 9. Durante todo o texto o autor aplica uma ironia singular, os personagens não são irônicos em suas falas, mas Machado de Assis, através da voz do personagem, aplica a ironia. Assim, mesmo que o personagem diga e repita que é bom ser um Medalhão o autor quer dizer justamente o contrário.
  • 10. Para criar este efeito, ele afirma que o Medalhão não pensa, e o terror do ser humano, desde o Renascentismo, é admitir que não pensa. Enfim, é de forma brilhante que Machado de Assis deixa claro nas entrelinhas uma crítica clássica: afinal, quem nunca conheceu um Medalhão?
  • 11. ‘‘Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. A vida, Janjão, é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra. Isto é a vida; não há planger, nem imprecar, mas aceitar as coisas integralmente, com seus bônus e percalços, glórias e desdouros, e ir por diante.’’
  • 12. Variação histórica: variação do sentido das palavras e da ortografia com o tempo. Léxico: novas palavras e outras que não são mais usadas: Malogrados: fracassados, frustrados. Planger: chorar, lamentar, lastimar-se. Imprecar: jogar praga, soltar praga. Pedir contra ou a favor de alguém. Percalço: aborrecimento, transtorno, incomodo. Desdouro: sem brilho.
  • 13. Organização das palavras na frase: ‘‘Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum.’’
  • 14. Gradação: Apresentação de ideias em progressão ascendente ou descendente, ou simplesmente em progressão . “...algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, magistratura, imprensa, indústria, letras, artes, comercio, lavoura... “
  • 15. Assíndeto: Ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. “...algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, magistratura, imprensa, indústria, letras, artes, comercio, lavoura... “
  • 16. Hipérbato : Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolutos. “...outra coisa nem eu te digo!” Quando o certo seria dizer : “ nem eu te digo outra coisa”
  • 17. Zeugma : Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, nas orações comparativas. “...Alguns estudam, outros não” quando o certo seria dizer : “ alguns estudam,outros não estudam”
  • 18. Polissíndeto : Repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período. “...Quanto à matéria dos discursos, tens à escolha: - ou os negócios miúdos, ou a metafísica política, ou a filosofia,mas prefere a metafísica.”
  • 19. Hipérbole : Exagero “... Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha mocidade; faltaram- me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e relevo moral, na sarjeta , sem nada!”
  • 20. Antítese : Emprego de termos com sentidos opostos. “...aceitar as coisas integralmente, com seus ônus e percalços, glórias e desdouros, e ir por diante.” “ ...podes pertencer a qualquer partido, liberal ou conservador, republicano ou ultramontano...”
  • 21. Metonímia: Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado. “ ...vai ali falar do boato do dia, da anedota da semana, de um contrabando, de uma calúnia, de um cometa, de qualquer coisa, quando não prefiras interrogar diretamente os leitores habituais de Mazade;”
  • 22. Metáfora: É um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo. “...A vida, Janjão, é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra.” “...O substantivo é a realidade nua e crua...”
  • 23. Silepse: É a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. “ ... Janjão,não te ponhas com denguices, e falemos sério.” Silepse de pessoa,pois quem fala ou escreve também participa do processo verbal
  • 24. Anáfora: Repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. “...Tu poupas aos teus semelhantes todo esse imenso aranzel, tu dizes simplesmente: Tu,antes de reformar as leis reformes os costumes...”
  • 25. O conto traz uma análise do comportamento de algumas pessoas da sociedade. Ironiza muitos e descreve – os de forma clara e precisa tendo com pano de fundo uma conversa entre pai e filho. Tendo como papel principal transmitir opiniões, mensagens e ideias, em cima de um único tema “ A escolha da carreira “ enfatizando a publicidade.
  • 26. Por isso tem como função predominante a função fática que é a que tenta estabelecer uma relação a mais com o leitor, é o que o conto faz, além da mensagem que o pai transmite ao filho ele também mesmo que indiretamente passa ao leitor para que este possa tirar o proveito do seu modo.
  • 27. Dando um exemplo da aplicação da função fática cito a seguinte parte do texto: (...) ‘‘Explico – me. Se caíres de um carro, sem outro dano, além do susto, é útil mandá – ló dizer aos quatro ventos, nãoi pelo fato em si, que é insignificante, mas pelo efeito de recordar um nome caro às afeições gerais. Percebeste? ‘’ - ‘‘ Percebi..... ’’
  • 28. - [...] Mas se eu não tiver à mão um amigo apto e disposto a ir comigo? - Não faz mal; tens o valente recurso de mesclar-te aos pasmos tórios, em que toda a poeira da solidão se dissipa. As livrarias, ou por causa da atmosfera do lugar, ou por qualquer outra, razão que me escapa, não são propícias ao nosso fim; e, não obstante, há grande conveniência em entrar por elas, de quando em quando, não digo às ocultas, mas às escâncaras.
  • 29. [...] Podes resolver a dificuldade de um modo simples: vai ali falar do boato do dia, da anedota da semana, de um contrabando, de uma calúnia, de um cometa, de qualquer coisa, quando não prefiras interrogar diretamente os leitores habituais das belas crônicas de Mazade ; 75 por cento desses estimáveis cavalheiros repetir-te-ão as mesmas opiniões, e uma tal monotonia é grandemente saudável. Com este regime, durante oito, dez, dezoito meses - suponhamos dois anos, - reduzes o intelecto, por mais pródigo que seja, à sobriedade, à disciplina, ao equilíbrio comum. Não trato do vocabulário, porque ele está subentendido no uso das ideias; há de ser naturalmente simples, tíbio, apoucado, sem notas vermelhas, sem cores de clarim...