1) O documento descreve a origem da palavra República e o contexto que levou à queda da monarquia no Brasil em 1889, dando início à República Velha.
2) O período da República Velha entre 1889-1930 foi marcado pelo domínio político das elites agrárias de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil se firmou como exportador de café e a indústria cresceu.
3) A crise da monarquia se deveu à interferência de Dom Pedro II nos assuntos
Formação do estado republicano revolução de 30 e primeira guerra mundial
1.
2.
3. A palavra República tem origem no latim res publica, cujo significado é "coisa
pública“.
No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de
crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às
mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova
forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas
questões políticas, econômicas e sociais.
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este
período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias
mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de
café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e
problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
4. A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através
de algumas questões:
Interferência de Dom Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um
descontentamento na Igreja Católica;
Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não
aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares
estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela
qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem
uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
5. - A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas,
estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros
urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos
do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a
apoiar o fim do império;
- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do
Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande
poder econômico;
Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas
que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo,
encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez
mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento
republicano ganhava força no Brasil.
6. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio
dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite
deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no
Brasil e instalando um governo provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e
a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira
com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de
presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um
presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço
rumo a consolidação da democracia no Brasil.
7.
8. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro
da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891,
renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que
ainda davam apoio à monarquia.
"Impossível governar com este Congresso. É mister que ele
desapareça para a felicidade do Brasil."
9. Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma
nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A
constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora
apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das
elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal
para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente
ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto
aberto.
10. O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis,
ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido
Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos
controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com
o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o
setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar,
liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a
moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e
transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do
Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.
11.
12. A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais
e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por
isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites
mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o
setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A
política do café com leite sofreu duras críticas de empresários ligados
à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café com leite privilegiou e favoreceu o
crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro,
acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As
regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção
destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
13. Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta
política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma
troca de favores políticos entre governadores e presidente. O
presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos
estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura
presidencial e também durante a época do governo.
14.
15. A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da
República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel
era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para
garantir a eleição dos candidatos que apoiava.
Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava
e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral
eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era
aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do
coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel
também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos
políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de
favores, fraudes eleitorais e violência.
16. Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para
beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do
café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café
e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques
eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal
produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos
fazendeiros de café.
17.
18. Revolução de 1930 é o nome do movimento (erroneamente identificado como
revolução, tendo características mais semelhantes às de um golpe de estado)
que pôs fim à Primeira República Brasileira, conhecida popularmente como “
República Velha” ou “República do Café com Leite“.
O movimento de 30 insere-se num contexto social e econômico de grande
apreensão, não só dentro das fronteiras brasileiras, mas no mundo todo. Com a
quebra da Bolsa de Nova Iorque ocorrida em outubro de 1929, inicia-se uma
crise econômica de escala mundial, esmagando todas as economias com alguma
participação nos mercados internacionais, caso do Brasil e suas exportações de
café. É nesse momento que chega a um triste fim a irracional ligação do Brasil
com a cultura cafeeira. Além de não ser um gênero de primeira necessidade na
dieta de qualquer indivíduo (na verdade, consumido como uma sobremesa nos
EUA e Europa), o café ocupava a esmagadora maioria das terras cultiváveis do
país, impedindo uma diversidade das suas exportações.
19. Havia uma óbvia teimosia por parte das elites em redirecionar e modernizar a
política econômica brasileira. Além disso, o regime mostrava sinais de desgaste
devido às várias revoltas militares ocorridas durante o
governo Artur Bernardes (1922-1926). Eleito com a ajuda das oligarquias, ele
era claramente impopular perante à opinião pública.
Para as eleições de março de 1930, houve um racha entre as elites políticas de
São Paulo e Minas Gerais, que dominavam os rumos do país quase que desde a
instituição da República. E, de acordo com a política do café com leite, era a vez
de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista
do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a
sucessão, rompendo com o café com leite. Descontente, o PRM junta-se com
políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para
lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
20. Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando
descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes
eleitorais.
A situação econômica insustentável, porém, ia se unir ao estranho
assassinato do candidato à vice presidência da Aliança Liberal, João
Pessoa, envolvido num caso de lutas políticas regionais misturado a
um crime passional. Seu assassinato passa a ser visto e alardeado
como manobra do governo para calar qualquer opositor.
Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares
descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República
Velha e início da Era Vargas.
21.
22. 1- Proclamada a República inicia-se um novo período na História
política do Brasil: “A República Velha ou Primeira República”. A respeito
dos primórdios da República é correto afirmar. A fase e o primeiro
presidente da República foram respectivamente
a)República Oligárquica e Hermes da Fonseca
b)República da Espada e Deodoro da Fonseca
c)República da Espada e Floriano Peixoto
d)República Oligárquica e Prudente de Morais
e)República da Espada e Campos Sales.
23. 2- A chamada “Política dos Governadores”, instituída a partir do governo de
Campos Salles, caracterizava-se por:
a) permitir que a escolha do Presidente da República fosse resultado de um
consenso entre os governadores e desta forma manter o grupo político no
poder.
b) tornar os governadores um mero instrumento do poder do Presidente da
República e impedir a formação de novas lideranças contrárias ao governo
federal;
c) acordo político que consistia na troca de favores entre os governos federal,
estadual e municipal para manter os grupos políticos no poder.
d) tornar os governadores representantes de um federalismo liberal e
democrático com objetivo de renovar as lideranças políticas;
e) promover, através dos governadores, a desarticulação das oligarquias
locais e promover a renovação dos grupos políticos e lideranças locais.
24. 3-O coronelismo foi uma peça importante da perversa engrenagem que impedia a
representatividade política da maioria da população, principalmente a parcela da
sociedade mais carente. Podemos definir o coronelismo como:
a)Sistema de poder cujo grupo político que alternava-se no poder federal como forma
de garantir a manutenção dos privilégios aos seus respectivos Estados.
b)Sistema de poder que consistia na troca de favores entre o poder estadual e
municipal a fim de garantir seus interesses políticos utilizando práticas fraudulentas
para vencer as eleições.
c)Sistema de poder no qual o coronel era uma peça secundária e sua participação era
ofuscada pela Comissão de Verificação, pois na prática era esta quem declarava os
candidatos eleitos.
d)Sistema de poder baseado no coronel o líder político local, grande proprietário de
terras que usava jagunços para formar os currais eleitorais, através de práticas de
intimidação ao eleitor.
e)Sistema de poder político que arregimentava grande número de seguidores a partir
de suas pregações religiosas que convenciam os mais pobres a se submeterem ao
seu controle.
25. 4- A Primeira República ou República Velha foi um período da História política do Brasil que se
caracterizou pelo afastamento do ideal da República. O que deveria ser um governo para todos na
prática era um governo de poucos. Sobre os fatos com os quais podemos caracterizar a Primeira
República estão:
I- Com o “voto de cabresto” os coronéis dominavam as clientelas rurais e manipulavam as eleições;
II- A política dos governadores consagrava a troca de apoio entre o governo federal e as oligarquias
estaduais mantendo o mesmo grupo político no poder.
III- A política do café com leite foi o domínio da sucessão presidencial pelos cafeicultores de São Paulo
e de Minas Gerais que alternavam-se na presidência da República.
IV- O Movimento dos Tenentes - o Tenentismo - que possuía caráter militar contribuiu para consolidar
os governos da Primeira República.
V- As fraudes eleitorais eram exceção e não regra neste período, devido ao rigoroso trabalho de
fiscalização do processo eleitorado efetuado pela Comissão de Verificação.
Assinale a alternativa verdadeira:
a) Apenas a alternativa I, está correta.
b) As alternativas I,II,III estão corretas.
c) As alternativas I,II,IV e V estão corretas.
d) As alternativas II,III e IV estão corretas.
e) Apenas a alternativa V está incorreta.
26. Exercício 5: (UDESC 2008)
A Revolução de 1930 marcou a história republicana brasileira, que passou a ser dividida, a partir de então,
entre República Velha e República Nova. Sobre esse episódio, leia e analise as afirmativas abaixo.
I – Denomina-se Revolução de 1930 o movimento armado que depôs o então presidente da República
Washington Luiz Pereira de Souza, pouco antes do término do seu mandato.
II – Getúlio Vargas não tomou parte nesse movimento, assumindo uma postura legalista e democrática, que
marcaria sua história política.
III – O objetivo principal desse movimento era impedir a posse de Júlio Prestes, que havia derrotado a chapa
de Getúlio Vargas e João Pessoa, nas eleições presidenciais de março de 1930.
IV – Os protagonistas desse episódio esforçaram-se por ampliar o significado da Revolução, investindo na
idéia de República Nova como ruptura em relação à República Velha, e associando o regime instalado em
1930 à idéia de Brasil moderno.
V – A Revolução de 1930 marcou a história republicana brasileira, ao romper com o controle oligárquico do
poder político e inaugurar uma longa fase de governo democrático, somente rompida com o Golpe de 1964.
Assinale a alternativa correta, em relação às afirmativas.
A) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
B) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
27. Exercício 6: (ADVISE 2009)
Leia atentamente o texto abaixo:
A troca de favores governava todas as relações. Sem patrono, político não fazia carreira, magistrado não
permanecia no cargo, funcionário público não conseguia emprego, escritor não ficava famoso, empresário
não conseguia criar empresa, banco não obtinha permissão para funcionar. Essa situação ficou bem
caracterizada no ditado popular: “Quem não tem padrinho morre pagão”. (COSTA. Emília Viotti da. O legado
do império: Governo oligárquico e aspirações democráticas. In: Nossa história: a construção do Brasil. Rio
de Janeiro, 2006, p. 163).
O Brasil adentra no hall das nações republicanas em 1889. Sobre este momento é INCORRETO afirmar:
A) Quem fez a República no Brasil foi uma parcela da elite que estava descontente com os rumos tomados
pelo império.
B) A principal característica do Império foi a descentralização do poder político, já a Primeira República é
marcada pela ultracentralização do poder na esfera federal. Com esta mudança, o presidente tornou-se
um ditador eleito.
C) A situação social no país não muda muito com o advento da República.
D) As questões sociais são tratadas como caso de polícia, basta ver os exemplos de Canudos e da Guerra
do Contestado.
E) A política do “café com leite” é uma expressão simplista e enganadora, já que Minas Gerais também era
um importante produtor de café. Nesse sentido, a expressão mais correta seria: “café com café”.
30. Foi um conflito bélico mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.
A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917)
e Estados Unidos (a partir de1917) que derrotou a coligação formada pelas Potências Centrais (liderada
pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano)[1], e causou o colapso de quatro
impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.
31. Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior
havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a
partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam
ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas
colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e
da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os
países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou
vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados
numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro
próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava
se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia
perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco
Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para
retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa.
Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os
países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
32. O Assassinato do Príncipe Francisco Ferdinando (28/06/1914) – herdeiro do trono austríaco.
Foi assassinado por um fanático estudante bosníano, Gravilo Princip, na cidade de Serajevo. A
Áustria -Hungria exigiu uma satisfação da Sérvia, onde o crime fora tramado, por meio de um
ultimato. A Rússia, decidida a não admitir uma humilhação à Sérvia, rejeitou as propostas
conciliatórias da Alemanha e decretou a mobilização geral. A Alemanha, aliada da Áustria,
declarou guerra à Rússia no dia 1.o de agosto e, dois dias depois, à França. Tinha inicio a
Primeira Guerra Mundial.
33. A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos
desentendimentos entre as nações europeias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com
grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se
contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico
permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas
nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos.
No final do século do século XIX e começo do XX, as nações europeias passaram a investir
fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança,
fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de
conflito armado na região;
A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados
consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram
tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo);
34. A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades
(exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o
ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era
um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.
Disputas imperialistas entre a Inglaterra e a Alemanha.
Revanchismo francês – A França desejava recuperar os territórios Alsácia-Lorena, perdidos em 1871, na
Guerra Franco-prussiana.
Os Incidentes nos Bálcãs – A Áustria anexou as províncias turcas da Bósnia e da Herzegovina, provocando
reação da Rússia e da Sérvia.
Os Incidentes no Marrocos – O Marrocos, país semibárbaro governado por um sultão, era cobiçado pela
França que já conquistara a Argélia. Assinou acordo com a Inglaterra, dona de Gibraltar, e com a Espanha,
que dominava algumas praças ao Norte de Marrocos. O kaiser Guilherme II impediu a penetração francesa,
proclamando a liberdade do Marrocos. A Alemanha acabou reconhecendo o direito dos franceses de
estabelecer seu protetorado ao Marrocos. Franceses e alemães estavam descontentes com a situação.
35. A maioria dos principais países envolvidas na Primeira Guerra era do continente europeu.
Quando a Primeira Guerra começou, quem detinha maior influência mundial era a Europa (especialmente
a Inglaterra) e não os Estados Unidos, como acontece nos dias de hoje. Vale lembrar que, desde o início
da guerra, a Inglaterra recebeu o apoio de outros países de língua inglesa localizados fora da Europa
(com exceção dos Estados Unidos que entrou mais tarde), como o Canadá, na América do Norte, a
Austrália e a Nova Zelândia, esses últimos localizados na Oceania.
36. Uma das grandes diferenças em relação às guerras anteriores foi ouso de novas armas que
aumentaram em muito em capacidade de destruição: metralhadoras, gases venenosos, aviões
e submarinos. Um único soldado armado com uma metralhadora podia matar a distância mais
homens do que vários soldados armados com baionetas.
Os alemães foram os primeiros a utilizar armas químicas, entre as quais, estava o gás
mostarda que asfixiava as vítimas e tinha grande poder de corrosão. Para se proteger dos
ataques dessas armas químicas, os soldados ingleses foram os primeiros a usar máscaras de
proteção. No início, os aviões eram usados apenas para observação e espionagem, mas logo
passaram a ser usados também para ataques aéreos.
37. Os submarinos foram bastante utilizados pela marinha alemã para afundar tanto navios
inimigos quanto navios mercantes de nações neutras que comerciavam com os países
inimigos da Alemanha. Com essas novas armas, a cavalaria que era o orgulho dos
exércitos, tornou-se praticamente obsoleta.
O número de baixas (mortos e feridos) na Primeira Guerra Mundial foi muito superior
ao de guerras anteriores. Enquanto a Guerra franco-Prussiana (1870-1871) teve uma
média estimada de quase novecentas baixas por dia, a Primeira Guerra Mundial teve
uma média de pouco mais de cinco mil e quinhentas baixas por dia. Tudo isso contribuiu
para acabar com a imagem romântica e heroica que muita gente tinha da guerra.
38.
39. Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares
desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças
permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882
por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a
outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em
1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha
enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice
Entente.
40.
41. - Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de pessoas (entre civis e
militares). O número de feridos, entre civis e militares, ficou em cerca de 30 milhões.
- Desenvolvimento de vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques de guerra e aviões.
- Desintegração dos impérios Otomano e Austro-Húngaro.
- Fortalecimento dos Estados Unidos no cenário político e militar mundial.
- Criação da Liga das Nações, com o objetivo de garantir a paz mundial.
- Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades a derrotada Alemanha.
- Geração de crise econômica na Europa, em função da devastação causada pela Grande Guerra e
também dos elevadíssimos gastos militares.
- Fortalecimento e desenvolvimento da industrialização brasileira.
- Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das duras penalidades impostas
pelo Tratado de Versalhes.
42.
43. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) envolveu a participação de muitos países e o Brasil não
ficou de fora deste contexto.
Nos três primeiros anos da guerra, o Brasil permaneceu neutro. Porém, em 5 de abril de 1917,
um submarino alemão atacou um navio brasileiro (vapor Paraná da Marinha Mercante)
carregado de café. Neste ataque, próximo ao litoral francês, três brasileiros foram mortos. Em
20 de maio, outro navio brasileiro, agora o Tijuca, navegando em águas francesas, foi
torpedeado por um submarino alemão. Estes fatos foram o estopim para a entrada do Brasil
no conflito.
O Brasil declarou guerra aos países da Tríplice Aliança (Alemanha e Império Austro-Húngaro)
em 1 de junho de1917. Porém, o Brasil não enviou soldados para os campos de batalha na
Europa. Desta forma, nenhum militar brasileiro foi morto durante o conflito armado mundial.
O Brasil participou enviando medicamentos e equipes de assistência médica para ajudar os
feridos da Tríplice Entente (Reino Unido, França, Rússia e Estados Unidos)..Também participou
realizando missões de patrulhamento no Oceano Atlântico, utilizando embarcações militares.
44.
45.
46. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (19141918), o Brasil, cuja economia estava voltada para o
mercado externo, sofreu imediatamente suas consequências. Não só porque, a partir de 1917, participou
diretamente do conflito, mas sobretudo porque a guerra desorganizou o mercado internacional, trazendo
novas dificuldades para a exportação do café, que outra vez teve o seu preço em declínio.
Essa nova situação determinou a segunda valorização do café, entre 1917 e 1920, embora menor do que a
primeira, decidida no Convênio de Taubaté (1906).A crise cafeeira foi resolvida em 1918, com a geada e o
fim da guerra, quando então a economia internacional retomou o seu ritmo.
A principal consequência da Primeira Guerra foi, entretanto, a alteração nas condições do comércio
cafeeiro, em virtude da formação de grandes organizações financeiras que passaram a atuar, cada qual
em seu setor, praticamente sem concorrência. O grupo Lazard Brothers Co. Ltd., de Londres, que apoiou
a segunda valorização, estabeleceu um domínio financeiro quase completo sobre a economia cafeeira do
Brasil.
Em resposta à nova situação, criou-se em São Paulo o Instituto do Café, destinado a controlar o comércio
exportador do produto, regulando as entregas ao mercado e mantendo o equilíbrio entre a oferta e a
procura.
Como o Brasil era responsável pelo fornecimento de cerca de 60% do consumo mundial, o Instituto do
Café tinha em mãos todos os recursos de que necessitava, não só para manter o preço, como também
para forçar altas artificiais. O instituto, que tinha como objetivo regular o escoamento do café, trans
formou-se num estocador cada vez maior do produto.
47.
48. O processo de industrialização, que vinha, desde o final do século XIX,
crescendo de acordo com a expansão das exportações, ganhou uma nova
direção a partir da Primeira Guerra.
O primeiro efeito da guerra foi a drástica redução dos investimentos
industriais. A produção, todavia, se expandiu em 1915-1916 com a utilização
plena da capacidade instalada, mas começou a declinar em 1917 e o seu
crescimento tornou-se negativo no ano seguinte, pela falta de matérias-primas,
máquinas e equipamentos importados.
O principal efeito da guerra sobre a indústria foi a mudança da atitude do
governo. Até então, não existia o que poderíamos chamar de política industrial.
A guerra, entretanto, evidenciou os limites e as inconveniências de um país
destituído de um parque industrial compatível. Por esse motivo, o governo
começou a adotar consciente e deliberadamente um incentivo para o
desenvolvimento industrial, a fim de promover a sua diversificação. E essa
atitude do governo manteve-se ao longo dos anos 20.
49.
50. No final dos anos 20, a economia capitalista internacional deparou com uma
profunda crise de depressão: a crise de 29. Conforme veremos mais adiante,
essa crise eclodiu nos Estados Unidos e teve importantes repercussões
internacionais, atingindo, inclusive, o Brasil, quando então a economia cafeeira
se desorganizou.
Nos anos que se seguiram à crise, com o apoio governamental, a
industrialização se intensificou e obedeceu ao objetivo de substituir as
importações. Porém, o processo de industrialização só se completaria na
década de 1950, com a implantação da indústria pesada - o importante setor em
que se concentram máquinas que fabricam máquinas para outras indústrias.
51.
52. A partir da abolição da escravatura em 1888, o desenvolvimento do Brasil segue um
padrão marcadamente capitalista, tanto no segmento agrícola (café) quanto no
urbano (industrialização). No plano internacional, o período que vai da Segunda
Revolução Industrial (final do século XIX) à crise de 29 representa a fase final de
uma era dominada pelo capitalismo liberal, caracterizado pela não-intervenção
estatal na economia e, portanto, na crença da auto-regulação da economia através
do livre jogo do mercado. Na década de vinte, esse capitalismo (liberal) entra em
crise.
Sintomas agudos dessa crise que anunciam as mudanças futuras serão
representados, no Brasil, pela Semana de Arte Moderna e pelo Tenentismo.
53. Quando a guerra acabou, Inglaterra, França e seus aliados foram
aparentemente os grandes vencedores. Mas se considerarmos as
condições em que a guerra terminou e o fato de que os tratados de
paz firmados após o final do conflito não evitaram uma nova guerra (a
Segunda Guerra Mundial), podemos afirmar que a médio e longo prazo
todos acabaram perdendo.
54. O Tratado de Versalhes, firmado em 1919, impôs duras condições à Alemanha, que foi
obrigada a pagar altas indenizações à França. A própria escolha do local onde foi assinado o
tratado era um indício do desejo de vingança dos franceses em relação aos alemães: a Sala
dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em Paris, o mesmo em que Bismarck, o responsável
pela unificação da Alemanha, havia proclamado em 1871 o Segundo Reich (Segundo Império)
alemão, após a derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana. Entre os vencedores, a
França foi a principal responsável pelo Tratado de Versalhes. A própria Inglaterra chegou
mesmo a defender a revisão do tratado, para aliviar as condições impostas à Alemanha. Os
Estados Unidos não ratificaram o tratado.
Vários militares alemães jamais reconheceram a derrota alemã e sentiram-se traídos pelas
condições impostas no Tratado de Versalhes. Na visão desses militares alemães, como a
guerra havia acabado com um armistício, isto é uma trégua, era impossível reconhecer a
derrota. Os italianos também sentiram-se traídos, porque apesar de terem lutado do lado
dos vencedores, a Itália não recebeu os novos territórios prometidos. Esses
ressentimentos iriam favorecer o surgimento de duas ditaduras: na Itália, o fascismo de
Benito Mussolini, na Alemanha, o nazismo de Hitler. Uma nova guerra estava a caminho...
55.
56. 1. (Puccamp) Planos, metas e Brasília
O "planejamento econômico" estava no ar desde os anos 30, influenciado principalmente pelo sucesso da política
do New Deal, aplicada por Franklin Delano Roosevelt à Depressão norte-americana. Como governador de Minas
(1945-51), JK adotara o binômio energia/transportes como metas de desenvolvimento. O Plano de Metas foi a
primeira medida de planejamento econômico 'stricto sensu', no Brasil.
Constava de 31 metas, agrupadas em cinco setores básicos, para os quais deveriam ser encaminhados todos os
investimentos públicos e privados do país: energia, transportes, indústrias de base, alimentação e educação (...).
A meta 31, denominada meta síntese, era a construção de Brasília, que foi inaugurada em 21 de abril de 1960.
Entre 1956 e 1961, a economia brasileira cresceu, em média, 8,1% ao ano (...). A fabricação de automóveis e de
material elétrico ultrapassou 25% ao ano. Vários outros setores, como siderurgia, álcalis, celulose e papel,
construção e pavimentação de rodovias, ultrapassaram as metas estabelecidas.
(Revista "Problemas Brasileiros". n. 352. julho/ago/2002. p. 22)
O texto identifica dois momentos da história contemporânea associados, respectivamente, à
a) Revolução Francesa, que pôs em prática os ideais de liberdade e fraternidade e à Revolução Socialista, que se
inspirou no princípio de igualdade social.
b) Primeira Guerra Mundial, que acabou por ressaltar as contradições do capitalismo e à Segunda Grande Guerra, que
dividiu o mundo em dois blocos antagônicos.
c) Guerra do Oriente Médio, que provocou a crise econômica do mundo capitalista e à Primeira Grande Guerra, que
enfraqueceu os países com regimes democráticos.
d) Primeira Guerra Mundial, que criou condições para o desenvolvimento do capitalismo moderno e à Revolução Russa,
que desmantelou a ordem capitalista e burguesa.
e) Segunda Guerra Mundial, que combateu os regimes políticos totalitários na Europa e à Revolução Russa, que
promoveu o desenvolvimento econômico dos países pobres.
57. 2. (Puccamp) Uma ameaça que não se cumpriu
Em 1937, em Genebra, no plenário da Sociedade das Nações, o embaixador japonês barão Shudo levantou a tese de
que as regiões inexploradas de vários países deveriam ser cedidas a nações ricas e populosas, como o Japão,
naturalmente. Nesse caso o Brasil Central desértico era uma preocupação crescente. (...) Os estrategistas
brasileiros concluíram que a Amazônia se autodefendia do colonizador branco com suas doenças, suas selvas e seu
calor. Não havia porquê recear ali uma investida do Eixo. A mortandade provocada nos estrangeiros pela construção
da ferrovia Madeira-Mamoré, na atual Rondônia, também corroborava essa tese.
Muito diferente, no entanto, era a situação da pré-Amazônia mato-grossense e goiana, com suas extensas faixas de
campos e cerrados habitáveis, colonizáveis sem maiores esforços. Era o caso típico da região do Araguaia-Xingu,
que continha a Serra do Roncador e seus prodígios, além dos garimpos de diamantes do alto Araguaia, em parte
contrabandeados para a Alemanha.
(Adaptado da Revista "Especial Temática". O Brasil que Getúlio sonhou. n.4. São Paulo: Duetto, 2004. p.71)
A Sociedade das Nações mencionada no texto, também conhecida como Liga das Nações, foi criada em 1919 com o
objetivo de
a) promover a paz armada, após o Tratado de Versalhes, através da liderança do governo dos Estados Unidos, que presidiu
essa organização.
b) unir as nações democráticas e economicamente mais poderosas, para impedir a volta do nazi-fascismo, cuja expansão
causara a Primeira Guerra Mundial.
c) executar as determinações previstas pelo documento conhecido como "14 pontos de Wilson" e que favoreciam os países
da Tríplice Aliança.
d) promover o neocolonialismo na África, Ásia e Oceania, condição fundamental para a expansão mundial do capitalismo
monopolista.
e) intermediar conflitos internacionais a fim de preservar a paz mundial, fiscalizando o cumprimento dos tratados pós-
guerra.
58. 3. (Fatec) Segundo as teorias desenvolvimentistas, a guerra era concebida como:
a) uma necessidade de ampliar o mercado interno substituindo as importações.
b) uma política econômica tendendo a desvalorizar a produção agrícola.
c) uma forma de criar condições para a importação de tecnologia estrangeira.
d) um recurso complementar e necessário à importação de produtos primários.
e) uma política econômica que necessitava do apoio de todas as classes sociais para ser implementada.
4. (Cesgranrio) O clima de tensão oriundo da expansão imperialista na Ásia e determinador do 1Ž
Conflito Mundial pode ser avaliado pelas:
a) rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina, entre ingleses e russos na Ásia Central e entre russos e
japoneses na Mandchúria e Coréia.
b) políticas de alianças entre russos e japoneses para bloquear as pretensões inglesas e francesas no sudeste
asiático.
c) tensões entre o Império Inglês e o Império Chinês em torno da Coréia e da Mandchúria com o apoio da França
à Inglaterra.
d) rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste asiático, entre belgas e alemães em Port-Arthur e entre
russos e poloneses na Ásia Européia.
e) tensões entre o Império Austro-Húngaro e a Grécia na região do sudeste asiático com o apoio da Inglaterra
aos gregos.
59. 5. (Fuvest) Os Tratados de Paz assinados ao fim da Primeira Guerra Mundial "aglutinaram vários povos num só Estado,
outorgaram a alguns o status de 'povos estatais' e lhes confiaram o governo, supuseram silenciosamente que os outros
povos nacionalmente compactos (como os eslovacos na Tchecoslováquia ou os croatas e eslovenos na Iugoslávia)
chegassem a ser parceiros no governo, o que naturalmente não aconteceu e, com igual arbitrariedade, criaram com os
povos que sobraram um terceiro grupo de nacionalidades chamadas minorias, acrescentando assim aos muitos encargos
dos novos Estados o problema de observar regulamentos especiais, impostos de fora, para uma parte de sua população.
(... ) Os Estados recém-criados, por sua vez, que haviam recebido a independência com a promessa de plena soberania
nacional, acatada em igualdade de condições com as nações ocidentais, olhavam os Tratados das Minorias como óbvia
quebra de promessa e como prova de discriminação."
(Hannah Arendt, AS ORIGENS DO TOTALITARISMO)
A alternativa mais condizente com o texto é:
a) após a Primeira Guerra, os Tratados de Paz estabelecidos solaparam a soberania e estabeleceram condicionamentos aos novos
Estados do Leste europeu através dos Tratados das Minorias, o que criou condições de conflitos entre diferentes povos reunidos
em um mesmo Estado.
b) o surgimento de novos Estados-nações se fez respeitando as tradições e instituições dos povos antes reunidos nos impérios que
desapareceram com a Primeira Guerra Mundial.
c) os Tratados de Paz e os Tratados das Minorias restabeleceram, no mundo contemporâneo, o sistema de dominação
característico da Idade Média.
d) apesar dos Tratados de Paz estabelecidos depois da Primeira Guerra terem tido algumas características arbitrárias em relação
aos novos Estados-nações do Leste europeu, o desenvolvimento histórico destas regiões demonstra que foi possível uma
convivência harmoniosa e gradativamente ocorreu a integração entre as minorias e as maiorias nacionais.
e) os Tratados de Paz depois da Primeira Guerra conseguiram satisfazer os vários povos do Leste europeu. O que perturbou a
convivência harmoniosa foi o movimento de refugiados das revoluções comunistas.
60. 6. (G1) "Foi em 1994 que acabou o século XIX (...) De 1815 a 1914, a Europa (...) desfrutara um século de paz (...)
Nesse século, a burguesia pôde consolidar o seu poder (...) E o imperialismo colonialista ia bem, obrigado, na
África e Ásia. A guerra de 1914 caiu como uma bomba NESTE (PARAÍSO)."
A 1 Guerra Mundial descortinou uma série de conflitos camuflados neste "paraíso" tais como:
a) a luta pelas terras conquistadas na América e a manutenção do tráfico de escravos.
b) a disputa de mercados mundiais pelas nações européias imperialistas como a Inglaterra, Alemanha e França e a
opressão aos movimentos nacionalistas na África e na Ásia.
c) a difusão do movimento socialista em países como a Inglaterra e França com o advento da Revolução Russa.
d) a disputa dos mercados consumidores europeus pelas nações independentes da África e da Ásia.
e) a luta dos americanos e brasileiros pelo controle dos mercados fornecedores de matérias-primas japoneses e
africanos.
7. (G1) Sarajevo é atualmente palco de guerra. Nos tempos passados também foi o estopim de um conflito
conhecido por:
a) Revolução Russa.
b) I Guerra Mundial.
c) Revolução Francesa.
d) Guerra entre os Aliados e o Eixo.
e) Guerra civil do Império Austro-Húngaro.
61. 8. (G1) Os Estados Unidos emergiram como grande potência econômica mundial após a Primeira Guerra
Mundial porque:
a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a Inglaterra.
b) liderou a criação da ONU (Organização das Nações Unidas).
c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e suprimentos à Entente, enquanto as potências européias
tiveram suas economias arrasadas após o conflito.
d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para enfraquecer a Alemanha, a grande potência industrial do
início do século.
e) se manteve afastado do conflito direto com as potências européias, concentrando seus esforços no
desenvolvimento interno.
9. (Mackenzie) A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar que:
a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o México, prometendo-lhe ajuda na reconquista de territórios
perdidos para os E.U.A.
b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica franco-inglesa e enviaram um grande contingente de soldados
ao fronte.
c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria em risco os investimentos norte-americanos na Europa.
d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A. rompeu a neutralidade, declarando guerra às forças do Eixo.
e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta, dando um novo alento à Entente.
62. 10. (Mackenzie) Ao término da Primeira Grande Guerra, as potências vencedoras responsabilizaram a Alemanha
pela guerra e foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de Versailles, que teve como conseqüências:
a) degradação dos ideais liberais e democráticos, agitações políticas de esquerda - como o movimento espartaquista -
crise econômica e desemprego.
b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais, militarização do Estado Alemão, recuperação econômica e incorporação
de Gdansk.
c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a afirmação dos ideais liberais e democráticos e a valorização do marco
alemão.
d) prosperidade econômica, rearmamento alemão, desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos partidos
liberais.
e) surgimento da República Democrática Alemã e da República Federal Alemã, fortalecimento do nazismo, militarismo e
diminuição do desemprego.
11. (Mackenzie) Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a questão balcânica, que pode ser
associada:
a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.
b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra.
c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, o nacionalismo eslavo e ao temor austríaco
quanto à formação da Grande Sérvia.
d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da Bósnia-Herzegovina.
e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões pendentes relacionadas ao Tratado de
Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.
63. 12. (Puccamp) A Primeira Guerra Mundial, que enfraqueceu a Europa em população e importância
econômica,
a) acarretou a criação da Liga Pan-Germânica encarregada de efetivar o "Anschluss".
b) contribuiu para a concretização do Pacto Germânico-Soviético de não agressão, firmado entre
Guilherme II e Nicolau II.
c) contribuiu para a formação, dentro da Sérvia de sociedades secretas, tais como a Mão Negra fundada
em 1921.
d) contribuiu para a criação de um clima favorável para a aceitação dos princípios do socialismo utópico.
e) acarretou a difusão das ideias que apontavam as contradições do liberalismo.
13. (Pucrs) Dentre os desdobramentos político-econômicos imediatos na ordem internacional
produzidos pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é correto apontar
a) o fim dos privilégios aduaneiros da França no comércio com a Alemanha.
b) o surgimento da Organização das Nações Unidas, por meio do Tratado de Sevres.
c) a criação da Iugoslávia, como decorrência das questões políticas dos Balcãs.
d) a anexação da Palestina, da Síria e do Iraque ao Império Otomano.
e) a incorporação da Hungria e da Tchecoslováquia aos domínios austríacos
64. 14. (Pucrs) Dentre as características e tendências da ordem internacional conformada após o fim da Primeira Guerra
(1914-1918), NÃO é correto apontar
a) o fortalecimento progressivo da Liga das Nações, a organização supranacional criada pelo Tratado de Versalhes.
b) a intensificação dos antagonismos entre as potências capitalistas, devido às duras condições impostas aos vencidos.
c) a reformulação política radical da região balcânica mediante a aplicação do princípio de reconhecimento das
nacionalidades.
d) o declínio da hegemonia européia sobre o mundo, com o crescimento do poderio dos Estados Unidos e do Japão.
e) a internacionalização crescente da questão operária devido à repercussão mundial da revolução socialista na Rússia.
15. (Uff) Muitos historiadores consideram a Primeira Guerra Mundial como fator de peso na crise das sociedades
liberais contemporâneas. Assinale a opção que contém argumentos todos corretos a favor de tal opinião.
a) A economia de guerra levou a um intervencionismo de Estado sem precedentes; a "união sagrada" foi invocada em favor de
sérias restrições às liberdades civis e políticas e, em função da guerra recém-terminada, eclodiram em 1920 graves
dificuldades econômicas que abalaram os países liberais sobretudo através da inflação.
b) Em todos os países, a economia de guerra forçou a abolir os sindicatos operários, a confiscar as fortunas privadas e a
fechar os Parlamentos, pondo assim em cheque os pilares básicos da sociedade liberal.
c) Durante a guerra foi preciso instaurar regimes autoritários e ditatoriais em países antes liberais como a França e a
Inglaterra, num prenúncio do fascismo ainda por vir.
d) A guerra transformou Estados antes liberais em gestores de uma economia militarizada que utilizou de novo o trabalho
servil para a confecção de armas e munições, em flagrante desrespeito às liberdades individuais.
e) Derrotadas na Primeira Guerra Mundial, as grandes potências liberais foram, por tal razão, impotentes para conter, a
seguir, o desafio comunista e o fascismo.