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Publié le 25/05/2012 (Sud Quotidien ) par Babacar Justin NDIAYE

O DUELO MACKY-DOS SANTOS

Análise – Por trás das manobras diplomáticas e do baile dos contingentes militares, a Guiné-
Bissau torna-se, cada dia mais, um campo de colisão inevitável entre os interesses nevrálgicos
do Senegal de um lado e os designios estratégicos de Angola, do outro lado. O duplo
protagonismo da Comunidade dos Estados de Desenvolvimento da Africa Ocidental (CEDEAO)
e da Comunidade dos Paises de Lingua Portuguesa (CPLP), desembocara inevitavelmente num
choque frontal entre Dakar e Luanda. Duas capitais cujas intenções relativamente à Guiné-
Bissau ultrapassam os planos de saidas de crise oficialmente tornados publicos e as resoluções
publicamente votadas.



Os preparativos da batalha diplomatica falam por si. Os ganhos para o Senegal, na cimeira da
CEDEAO, tido em Dakar, o dia 3 de maio, foram contrabalançados pelos ganhos obtidos pela
posição Angolana e os paises da CPLP, perante o Conselho de Seguranca das Nações Unidas,
que votou, no 18 de maio a resolucao 2048. Mesmo assim, o Senegal ganhou a primeira parte
da disputa através do plano de saida de crise da CEDEAO, que crucificou as autoridades
derrubadas pelo Golpe de Estado do dia 12 de abril, excluindo assim a restauração do poder
legitimo.



Face a esse cenario de disputa, instaurou-se uma corrida contra o tempo. Un novo Primeiro
Ministro de Transição apoiado pelos Chefes de Estado da Africa Ocidental, foi designado na
pessoa de Rui Duarte de BARROS, ex-Ministro das Financas do antigo presidente Kumba YALLA,
derrubado num golpe e Estado en setembro 2003. O novo Chefe do Governo tem por Ministro
dos Negocios Estrangeiros, o pro-francofono Faustino EMBALI (refugiado em Dakar, depois do
assassinato de Nino Vieira). E como cereja em cima do suculento bolo servido a Macky SALL,
(un contingente militar senegales constituido por unidade de engenharia militar, uma
importante equipa médica e de Oficiais de contra-inteligência), serão enviados para Bissau,
sob a bandeira das forças africanas da CEDEAO.



Sem se dar conta e na maior das calmas, Macky Sall reedita, sorateiramente a Operação Gabu.
As tropas senegalesas chegaram em Bissau sem combater, nem ser combatido.
Estrategicamente, o Movimento das Forcas Democraticas da Casamance (MFDC) vão ser
cercadas - feitas sandwich- por oficias de seguranca em actividades no territorio da Guinée-
Bissau e por tropas de elite senegales em operacoes permanente na região de Ziguinchor.
Se os frequentes golpes na Guinée-Bissau são visto a justo titulo como inercia da Comunidade
Internacional, este do General Antonio Injai, representa indubitavelmente um valor
acrescentado para a seguranca da Casamanca.



Dai se explica o jogo individual do Senegal bem encapotado no processo colectivo de saida da
crise da CEDEAO. Dito de outra forma, uma preocupação e intenção aparentemente
dissimulada do Senegal, mas com a condescência do resto da restante comunidade. Posição
contraria é firmemente assumida contra os golpistas do Mali.



A subtil legitimação do Golpe, assim como a habilidosa aceitação do empossamento dos novos
orgãos de transição, colocarão Eduardo Dos Santos, numa má postura ? Seguramente que, a
resposta é não. Apoiado na CPLP, onde o seu pais assume a Presidência en exercicio, Angola
contra atacou, provocando no dia 7 maio, seja quatro dias depois, uma reunião do Conselho
de Segurança das Nações Unidas, no decurso da qual, o Representante Especial do Secretario
Geral das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Bissau (UNOGBIS), o Rwandês Joseph
Mutaboba apresentou um relatorio sucinto dos acontecimentos.



O peso dos paises lusofonos contou muito - nomeadamente o do Brasil -, os membros do
Conselho de Seguranca (entre os quais figura o Togo, portanto ligado pelas decisões da
CEDEAO) votaram unanimamente, a famosa resolução 2048 que diz o seguinte : « O Conselho
de Segurança solicita aos Estados membros da ONU no sentido de tomarem todas as medidas
necessarias para impedir a entrada e passagem nos seus territorios dos cinco reponsaveis do
Comando Militar, entre os quais o Chefe de Estado Maior, Antonio Injai e o seu adjunto o
General Mamadu Nkrumah Ture »



Propostado por Portugal, a resolução 2048 vai ao encontro das decisões da CEDEAO sobre a
Guiné-Bissau e, em termos firmes : « Os 15 Estados membros do Conselho ordenam o
Comando Militar a deixar o poder a fim de permitir o regresso à ordem constitucional ».
Sempre dirigido por Portugal e Angola, o Conselho de Segurança preconisa o envio duma forca
hibrida ONU-OU sob o modelo daquela enviada para o Darfou. Aqui esta uma prova da
habilidade diplomatica que permiterá a Angola manter a sua missao militar (Missang) na
Guiné-Bissau sob a bandeira da CPLP et com o aval das NU. Assim as tropas Angolanas, perto
da Casamanca não será já através de um acordo bilateral, assinada entre Bissau e Luanda ; mas
por uma decisão sob os auspicios das Nações Unidas, ou seja multilateral. Manobras subtis,
como só bem sabem fazer os diplomatas.
Mesmo se o Secretario Geral das NU, Ban Ki-Moon, descarta de momento, o envio duma tal
forca, o alerta esta esta lançado e serve de aviso para o Senegal. O Representante de Portugal
nas NU, o Embaixador Filipe Morais Cabral, fez uma leitura exaustiva da resolucao 2048 : “Essa
resolução monstra a imperiosa necessidade de uma coordenação eficaz entre as diferentes
organizações internacionais implicadas na resolução dos problemas da Guiné-Bissau A nossa
posição é invariável. A solução para a crise passa pelo restabelecimento das instituições
democraticamente eleitas e o regresso à ordem constitucional ». Isso demostra que Lisboa
quer o regresso dos seus protegidos Raimundo Pereira e Carlos Gomes Junior, homens de
confiança de Angola.



Na verdade, a vontade de Angola de fortelecer a sua posição na Guiné-Bissau permanece
intacta tanto militarmente como economicamente. Luanda comprou um hotel em Bissau para
alojar os seus oficiais da MISSANG, esperando a refecção e a construção de novas casernas. No
meio do mês de abril, o Ministro da Defesa, o General Van Dunem viajou para Bissau. No
capitulo politico, os Angolanos exploraram bem as falhas e fisuras no bloco pouco compacto
da CEDEAO, e desencadearam uma operação de charme para obterem o apoio do Presidente
Alfa Conde da Guiné Conakry que, recebeu calorosamente, no dia 16 de maio, o Secretario de
Estado dos Negocios Estrangeiros, Rui Manguerra, portador de uma mensagem pessoal de
Eduardo Dos Santos.



Ofensiva bem alvejada e positivamente conseguida, quando se sabe que, Conakry e Praia
foram intransigente no que toca ao regresso à ordem constitucional, sinonimo do regresso ao
poder de Raimundo Pereira e de Carlos Gomes Jr.



Efectivamente, na cimeira de Abidjan do dia 26 de abril, o huis clos dos Chefes dos Estados foi
marcado pela clivagem, onde o Presidente Alfa Conde e Jorge Carlos Fonseca, excluiram
quaisquer tipos de concessões ou compreensões vis-a-vis aos autores do golpe de Estado e dos
civis que estavam a apoiar os golpistas que fizeram interroper o curso do processo eleitoral,
entre as duas voltas das eleições presidenciais. Vitima duma recem tentativa de golpe de
Estado, o Presidente Conde manteve-se firme na sua posição mesmo se não esteve presente
na reunião de Dakar, sendo ele proprio o facilitador da CEDEAO na crise da Guine. Militante da
Federacao dos Estudantes da Africa Negra em Franca, o Chefe de Estado da Guinée-Conakry,
mostra abertamente as suas afinidades ideologicas com o MPLA no poder em Angola. Numa
palavra, isso quer dizer, que Angola tem mais do que um cavalo de Troia na CEDEAO.



O duelo Macky-Dos Santos será duro na Guiné-Bissau (fronteira da Casamance), onde Macky
Sall joga o destino unitário do seu pais ; e, Eduardo Dos Santos, por seu turno, tenta confortar
os interesses duma potencia da Africa Austral (Angola) com objectivos expansionista na zona.
O confronto está à vista, mas será que os protagonistas têm armas iguais nesse confronto ? Ao
Senegal não faltam vantagens (proximidade e motivações), mas melhor ganharia a seguir
prospectivamente esse pais tão perto, mas muito complicado, mobilizando equipas de
«seguimento»... e de trabalho sobre esse seu vizinho que se dedica à anarquia politico-militar
como principio. Do lado dos Negocios Estrangeiros, capacidades não faltam, tais como, Sua
Exca Omar Benkhtab Sokhna, o inamovivel Embaixador do Senegal em Bissau durante os anos
90. E, a este titulo obreiro da vertente diplomatica da operação Gabu decidido pelo presidente
Abdou Diouf. As suas notas e testemunhos podem inspirar e orientar as melhores decisões do
Governo.



Quanto à Angola – mesmo diplomaticamente pressionado e militarmente em retirada - ela nao
vai deixar as coisas ir por àgua abaixo. Angola dispõem em Bissau de laços e redes locais
capazes de ajudar rasgar (sabotear) o mapa de saida de crise da CEDEAO. Uma margem de
manobra herdada não apenas duma colonização em comum, mais também de uma
camaradagem baseada numa osmose politica entre os quadros do MPLA e do PAIGC. Recorde-
se que, os dirigentes do nacionalismo Angolano tais como Lucio Lara, Luis de Almeida e o
escritor Mario de Andrade davam aulas ou animavam regularmente seminarios na Escola dos
quadros doPAIGC baseado na época na Guiné-Conakry. Por outro lado, até ao derrube do
Presidente Luis Cabral, en novembro 1980, o Angolano Mario de Andrade, era Ministro da
Cultura na Guine-Bissau. Junta-se a todos esses factos uma fraternidade de armas concretisada
pelo engajamento em solo Angolano de uma unidade militar da Guiné-Bissau (ao lado dos
cubanos) durante a guerra entre MPLA contra UNITA e o FNLA.



Em outros termos, o Presidente Macky Sall tem pela frente um adversario consistente e
coréaceo, na pessoa de Jose Eduardo Dos Santos. Esta na poder desde 1979, (substituindo
Agostinho Neto),o mestre de Angola é o mais enigmatico Chefe de Estado do continente
africano. Rico com os seus barris de petroleo, mestre na arte do poker geopolitico e dotado de
reflexos bismarquanos, Dos Santos, derrubou o diabo de Savimbi. Fora das fronteiras de
Angola, ele acabou com a guerra entre Sasson Nguesso e Pascal Lissouba em Brazzaville,
salvou a cadeira do poder de Kabila pai em Kinshasa e livrou a RDC, de uma eminente
colonização rwandesa en 1998. Em 2008, Angola estendeu a sua influência até à Costa do
Marfim apoiando Laurent GBAGBO onde a Sociedade de Estado dos Petroleos, SONANGO
detinha 22% das acções da principal rafinaria de Abidjan.



Entretantto, sufocado pela a sua memoria, o lider da MPLA nunca esqueceu do apoio sem
reservas do Presidente Senghor ao Chefe da UNITA, Jonas Savimbi. Mesmo com o fecho do
Escritorio da UNITA em Dakar, e um encontro na Ilha de Sal (Cabo Verde) com Abdou Diouf, en
1981, Eduardo Dos Santos nunca visitou o Senegal, em 33 anos de poder. Isso e uma prova
bastante do barômetro da sua posição.



Isso quer dizer, que a vigilancia deve impor-se a partir de agora em torno da Casamanca.
Porque é um jogo de crianças para os serviços secretos angolanos bem organizado pelo
General Fernando Garcia Miala - de iinstigar o PAIGC à insureição politica, preludio de uma
guerra civil que seria uma benedicção para o MFDC proporcionando o reforço do seu
separatismo armado. Um outro pais em sintonia com Dos Santos é Portugal que nunca
perduou ao Senegal de ter aliciado/rebocado a sua ex-colonia para integrar a companhia aerea
Air Afrique (agora extinta) e a zona do Franco CFA, através a sua adesão à UEMOA. Durante a
intervenção dos Djambar's (forças especiais senegalesas) em Bissau, as movimentações de
cariz militar de Lisboa foram excessivamente incômodos, a tal ponto que o Ministro senegalês
dos Negocios Estrangeiros na altura, Jacques Baudim, fez convocar o Embaixador de Portugal à
Dakar.



Curiosamente, no momento em que se esta se desenhar o duelo Macky-Dos Santos, o
Governo, a classe politica senegalesa e os cidadãos debatem em torno de juridições a criar a
fim de limpar as cavalariças d'Augias. Enfim, dificil de listar as prioridades numa densa floresta
de prioridades…



PS: Os três paises africanos membros do Conselho de Seguranca das NU (Africa do Sul,
Marrocos e Togo) votaram em favor da resolução inspirida por Angola e propostada por
Portugal que vai em contracorrente às decisões da CEDEAO. Dificuldades à vista para Alioune
Badara CISSE.



Tradução > Babacar Justin NDIAYE



Publié le 25/05/2012 (Sud Quotidien 25/05/2012)| 01H37 GMT par Babacar Justin NDIAYE

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  • 1. Publié le 25/05/2012 (Sud Quotidien ) par Babacar Justin NDIAYE O DUELO MACKY-DOS SANTOS Análise – Por trás das manobras diplomáticas e do baile dos contingentes militares, a Guiné- Bissau torna-se, cada dia mais, um campo de colisão inevitável entre os interesses nevrálgicos do Senegal de um lado e os designios estratégicos de Angola, do outro lado. O duplo protagonismo da Comunidade dos Estados de Desenvolvimento da Africa Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Paises de Lingua Portuguesa (CPLP), desembocara inevitavelmente num choque frontal entre Dakar e Luanda. Duas capitais cujas intenções relativamente à Guiné- Bissau ultrapassam os planos de saidas de crise oficialmente tornados publicos e as resoluções publicamente votadas. Os preparativos da batalha diplomatica falam por si. Os ganhos para o Senegal, na cimeira da CEDEAO, tido em Dakar, o dia 3 de maio, foram contrabalançados pelos ganhos obtidos pela posição Angolana e os paises da CPLP, perante o Conselho de Seguranca das Nações Unidas, que votou, no 18 de maio a resolucao 2048. Mesmo assim, o Senegal ganhou a primeira parte da disputa através do plano de saida de crise da CEDEAO, que crucificou as autoridades derrubadas pelo Golpe de Estado do dia 12 de abril, excluindo assim a restauração do poder legitimo. Face a esse cenario de disputa, instaurou-se uma corrida contra o tempo. Un novo Primeiro Ministro de Transição apoiado pelos Chefes de Estado da Africa Ocidental, foi designado na pessoa de Rui Duarte de BARROS, ex-Ministro das Financas do antigo presidente Kumba YALLA, derrubado num golpe e Estado en setembro 2003. O novo Chefe do Governo tem por Ministro dos Negocios Estrangeiros, o pro-francofono Faustino EMBALI (refugiado em Dakar, depois do assassinato de Nino Vieira). E como cereja em cima do suculento bolo servido a Macky SALL, (un contingente militar senegales constituido por unidade de engenharia militar, uma importante equipa médica e de Oficiais de contra-inteligência), serão enviados para Bissau, sob a bandeira das forças africanas da CEDEAO. Sem se dar conta e na maior das calmas, Macky Sall reedita, sorateiramente a Operação Gabu. As tropas senegalesas chegaram em Bissau sem combater, nem ser combatido. Estrategicamente, o Movimento das Forcas Democraticas da Casamance (MFDC) vão ser cercadas - feitas sandwich- por oficias de seguranca em actividades no territorio da Guinée- Bissau e por tropas de elite senegales em operacoes permanente na região de Ziguinchor.
  • 2. Se os frequentes golpes na Guinée-Bissau são visto a justo titulo como inercia da Comunidade Internacional, este do General Antonio Injai, representa indubitavelmente um valor acrescentado para a seguranca da Casamanca. Dai se explica o jogo individual do Senegal bem encapotado no processo colectivo de saida da crise da CEDEAO. Dito de outra forma, uma preocupação e intenção aparentemente dissimulada do Senegal, mas com a condescência do resto da restante comunidade. Posição contraria é firmemente assumida contra os golpistas do Mali. A subtil legitimação do Golpe, assim como a habilidosa aceitação do empossamento dos novos orgãos de transição, colocarão Eduardo Dos Santos, numa má postura ? Seguramente que, a resposta é não. Apoiado na CPLP, onde o seu pais assume a Presidência en exercicio, Angola contra atacou, provocando no dia 7 maio, seja quatro dias depois, uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no decurso da qual, o Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Bissau (UNOGBIS), o Rwandês Joseph Mutaboba apresentou um relatorio sucinto dos acontecimentos. O peso dos paises lusofonos contou muito - nomeadamente o do Brasil -, os membros do Conselho de Seguranca (entre os quais figura o Togo, portanto ligado pelas decisões da CEDEAO) votaram unanimamente, a famosa resolução 2048 que diz o seguinte : « O Conselho de Segurança solicita aos Estados membros da ONU no sentido de tomarem todas as medidas necessarias para impedir a entrada e passagem nos seus territorios dos cinco reponsaveis do Comando Militar, entre os quais o Chefe de Estado Maior, Antonio Injai e o seu adjunto o General Mamadu Nkrumah Ture » Propostado por Portugal, a resolução 2048 vai ao encontro das decisões da CEDEAO sobre a Guiné-Bissau e, em termos firmes : « Os 15 Estados membros do Conselho ordenam o Comando Militar a deixar o poder a fim de permitir o regresso à ordem constitucional ». Sempre dirigido por Portugal e Angola, o Conselho de Segurança preconisa o envio duma forca hibrida ONU-OU sob o modelo daquela enviada para o Darfou. Aqui esta uma prova da habilidade diplomatica que permiterá a Angola manter a sua missao militar (Missang) na Guiné-Bissau sob a bandeira da CPLP et com o aval das NU. Assim as tropas Angolanas, perto da Casamanca não será já através de um acordo bilateral, assinada entre Bissau e Luanda ; mas por uma decisão sob os auspicios das Nações Unidas, ou seja multilateral. Manobras subtis, como só bem sabem fazer os diplomatas.
  • 3. Mesmo se o Secretario Geral das NU, Ban Ki-Moon, descarta de momento, o envio duma tal forca, o alerta esta esta lançado e serve de aviso para o Senegal. O Representante de Portugal nas NU, o Embaixador Filipe Morais Cabral, fez uma leitura exaustiva da resolucao 2048 : “Essa resolução monstra a imperiosa necessidade de uma coordenação eficaz entre as diferentes organizações internacionais implicadas na resolução dos problemas da Guiné-Bissau A nossa posição é invariável. A solução para a crise passa pelo restabelecimento das instituições democraticamente eleitas e o regresso à ordem constitucional ». Isso demostra que Lisboa quer o regresso dos seus protegidos Raimundo Pereira e Carlos Gomes Junior, homens de confiança de Angola. Na verdade, a vontade de Angola de fortelecer a sua posição na Guiné-Bissau permanece intacta tanto militarmente como economicamente. Luanda comprou um hotel em Bissau para alojar os seus oficiais da MISSANG, esperando a refecção e a construção de novas casernas. No meio do mês de abril, o Ministro da Defesa, o General Van Dunem viajou para Bissau. No capitulo politico, os Angolanos exploraram bem as falhas e fisuras no bloco pouco compacto da CEDEAO, e desencadearam uma operação de charme para obterem o apoio do Presidente Alfa Conde da Guiné Conakry que, recebeu calorosamente, no dia 16 de maio, o Secretario de Estado dos Negocios Estrangeiros, Rui Manguerra, portador de uma mensagem pessoal de Eduardo Dos Santos. Ofensiva bem alvejada e positivamente conseguida, quando se sabe que, Conakry e Praia foram intransigente no que toca ao regresso à ordem constitucional, sinonimo do regresso ao poder de Raimundo Pereira e de Carlos Gomes Jr. Efectivamente, na cimeira de Abidjan do dia 26 de abril, o huis clos dos Chefes dos Estados foi marcado pela clivagem, onde o Presidente Alfa Conde e Jorge Carlos Fonseca, excluiram quaisquer tipos de concessões ou compreensões vis-a-vis aos autores do golpe de Estado e dos civis que estavam a apoiar os golpistas que fizeram interroper o curso do processo eleitoral, entre as duas voltas das eleições presidenciais. Vitima duma recem tentativa de golpe de Estado, o Presidente Conde manteve-se firme na sua posição mesmo se não esteve presente na reunião de Dakar, sendo ele proprio o facilitador da CEDEAO na crise da Guine. Militante da Federacao dos Estudantes da Africa Negra em Franca, o Chefe de Estado da Guinée-Conakry, mostra abertamente as suas afinidades ideologicas com o MPLA no poder em Angola. Numa palavra, isso quer dizer, que Angola tem mais do que um cavalo de Troia na CEDEAO. O duelo Macky-Dos Santos será duro na Guiné-Bissau (fronteira da Casamance), onde Macky Sall joga o destino unitário do seu pais ; e, Eduardo Dos Santos, por seu turno, tenta confortar os interesses duma potencia da Africa Austral (Angola) com objectivos expansionista na zona. O confronto está à vista, mas será que os protagonistas têm armas iguais nesse confronto ? Ao Senegal não faltam vantagens (proximidade e motivações), mas melhor ganharia a seguir
  • 4. prospectivamente esse pais tão perto, mas muito complicado, mobilizando equipas de «seguimento»... e de trabalho sobre esse seu vizinho que se dedica à anarquia politico-militar como principio. Do lado dos Negocios Estrangeiros, capacidades não faltam, tais como, Sua Exca Omar Benkhtab Sokhna, o inamovivel Embaixador do Senegal em Bissau durante os anos 90. E, a este titulo obreiro da vertente diplomatica da operação Gabu decidido pelo presidente Abdou Diouf. As suas notas e testemunhos podem inspirar e orientar as melhores decisões do Governo. Quanto à Angola – mesmo diplomaticamente pressionado e militarmente em retirada - ela nao vai deixar as coisas ir por àgua abaixo. Angola dispõem em Bissau de laços e redes locais capazes de ajudar rasgar (sabotear) o mapa de saida de crise da CEDEAO. Uma margem de manobra herdada não apenas duma colonização em comum, mais também de uma camaradagem baseada numa osmose politica entre os quadros do MPLA e do PAIGC. Recorde- se que, os dirigentes do nacionalismo Angolano tais como Lucio Lara, Luis de Almeida e o escritor Mario de Andrade davam aulas ou animavam regularmente seminarios na Escola dos quadros doPAIGC baseado na época na Guiné-Conakry. Por outro lado, até ao derrube do Presidente Luis Cabral, en novembro 1980, o Angolano Mario de Andrade, era Ministro da Cultura na Guine-Bissau. Junta-se a todos esses factos uma fraternidade de armas concretisada pelo engajamento em solo Angolano de uma unidade militar da Guiné-Bissau (ao lado dos cubanos) durante a guerra entre MPLA contra UNITA e o FNLA. Em outros termos, o Presidente Macky Sall tem pela frente um adversario consistente e coréaceo, na pessoa de Jose Eduardo Dos Santos. Esta na poder desde 1979, (substituindo Agostinho Neto),o mestre de Angola é o mais enigmatico Chefe de Estado do continente africano. Rico com os seus barris de petroleo, mestre na arte do poker geopolitico e dotado de reflexos bismarquanos, Dos Santos, derrubou o diabo de Savimbi. Fora das fronteiras de Angola, ele acabou com a guerra entre Sasson Nguesso e Pascal Lissouba em Brazzaville, salvou a cadeira do poder de Kabila pai em Kinshasa e livrou a RDC, de uma eminente colonização rwandesa en 1998. Em 2008, Angola estendeu a sua influência até à Costa do Marfim apoiando Laurent GBAGBO onde a Sociedade de Estado dos Petroleos, SONANGO detinha 22% das acções da principal rafinaria de Abidjan. Entretantto, sufocado pela a sua memoria, o lider da MPLA nunca esqueceu do apoio sem reservas do Presidente Senghor ao Chefe da UNITA, Jonas Savimbi. Mesmo com o fecho do Escritorio da UNITA em Dakar, e um encontro na Ilha de Sal (Cabo Verde) com Abdou Diouf, en 1981, Eduardo Dos Santos nunca visitou o Senegal, em 33 anos de poder. Isso e uma prova bastante do barômetro da sua posição. Isso quer dizer, que a vigilancia deve impor-se a partir de agora em torno da Casamanca. Porque é um jogo de crianças para os serviços secretos angolanos bem organizado pelo
  • 5. General Fernando Garcia Miala - de iinstigar o PAIGC à insureição politica, preludio de uma guerra civil que seria uma benedicção para o MFDC proporcionando o reforço do seu separatismo armado. Um outro pais em sintonia com Dos Santos é Portugal que nunca perduou ao Senegal de ter aliciado/rebocado a sua ex-colonia para integrar a companhia aerea Air Afrique (agora extinta) e a zona do Franco CFA, através a sua adesão à UEMOA. Durante a intervenção dos Djambar's (forças especiais senegalesas) em Bissau, as movimentações de cariz militar de Lisboa foram excessivamente incômodos, a tal ponto que o Ministro senegalês dos Negocios Estrangeiros na altura, Jacques Baudim, fez convocar o Embaixador de Portugal à Dakar. Curiosamente, no momento em que se esta se desenhar o duelo Macky-Dos Santos, o Governo, a classe politica senegalesa e os cidadãos debatem em torno de juridições a criar a fim de limpar as cavalariças d'Augias. Enfim, dificil de listar as prioridades numa densa floresta de prioridades… PS: Os três paises africanos membros do Conselho de Seguranca das NU (Africa do Sul, Marrocos e Togo) votaram em favor da resolução inspirida por Angola e propostada por Portugal que vai em contracorrente às decisões da CEDEAO. Dificuldades à vista para Alioune Badara CISSE. Tradução > Babacar Justin NDIAYE Publié le 25/05/2012 (Sud Quotidien 25/05/2012)| 01H37 GMT par Babacar Justin NDIAYE