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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS

Consolidação, pelo Conselheiro Ivan Fernandes Neves, do texto da Lei de Arquivos
(nº 8.159, de 1991) com a nova minuta de Projeto de Lei produzida a partir das
contribuições recebidas pela consulta pública realizada pelo Conselho, visando
subsidiar as discussões e deliberações das reuniões Plenárias do CONARQ dos
dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2013.

LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos
e privados e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a
documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao
desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação.
Parágrafo Único. Subordinam-se ao regime desta Lei, no âmbito da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I – os órgãos públicos integrantes da administração direta dos
Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e
Judiciário, e do Ministério Público; e
II - autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades
de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
[Proposta de inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ]
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de
documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter
público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas,
bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a
natureza dos documentos.

1
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e
operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e
arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.
Art. 3º A gestão de documentos é o conjunto de procedimentos
e operações técnicas referentes à produção, classificação,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento
para guarda permanente, garantindo o acesso às informações neles
contidas.
§ 1º Os procedimentos e operações técnicas mencionados no
caput deverão ser aplicados de modo a promover o controle
continuado do ciclo de vida dos documentos.
§ 2º A gestão de documentos deverá incidir sobre todos os
documentos, independentemente da forma ou do suporte, em
ambientes convencionais, digitais ou híbridos em que os
documentos e as informações são produzidos e armazenados.
[Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de
dispositivos pelo PL CONARQ]
Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de
arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da
imagem das pessoas.
Art. 5º A administração pública franqueará a consulta aos documentos
públicos na forma da Lei.
Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral
decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa.
CAPÍTULO II
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e
recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal,
estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções
administrativas, legislativas e judiciárias.
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos
produzidos, recebidos e acumulados pelos órgãos e entidades
referidos nos incisos I e II do parágrafo único do artigo 1º desta lei,
no exercício de suas atividades, em decorrência de suas funções
administrativas, legislativas e judiciárias.
2
[Proposta de modificação de redação do caput pelo PL
CONARQ]
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e
recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas
da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter público
implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a
sua transferência à instituição sucessora.
Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes,
intermediários e permanentes.
§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo
sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes.
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de
uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo,
aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor
histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados.
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de
caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística
pública, na sua específica esfera de competência.
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições
públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da
instituição arquivística pública, em sua específica esfera de
competência, em decorrência do trabalho de avaliação documental e
do estabelecido em tabela de temporalidade e destinação de
documentos.
§ 1º A autorização de que trata o caput dependerá da
aprovação de planos de classificação e de tabelas de temporalidade
e destinação de documentos pela instituição arquivística pública,
bem como da listagem de eliminação de documentos previamente à
publicação de edital de ciência da eliminação de documentos.
§ 2º Considera-se, para os fins desta lei, instituição arquivística
pública os Arquivos Públicos que têm por finalidade orientar,
coordenar e acompanhar as atividades de gestão, recolhimento,
preservação, acesso e divulgação dos documentos de arquivo,
qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos
documentos, produzidos, recebidos e acumulados pelos órgãos e
entidades do âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, no exercício de suas funções e atividades.

3
§ 3º As atividades de elaboração de planos de classificação e
de tabelas de temporalidade e destinação de documentos serão
reservadas para a execução direta pelos órgãos e entidades do
Poder Público, por serem atividades essenciais da gestão de
documentos.
I – Somente poderão ser contratados, para execução por
terceiros, serviços arquivísticos compreendidos por atividades
técnicas auxiliares, que serão planejadas, supervisionadas e
controladas por agentes públicos dos órgãos e entidades produtores
e acumuladores dos documentos.
§ 4º A guarda dos documentos públicos é exclusiva dos órgãos
e entidades do Poder Público, visando garantir o acesso e a
democratização da informação sem ônus adicionais tanto para a
administração quanto para o cidadão.
I – Excepcionalmente, é permitida a terceirização da guarda de
documentos públicos, desde que por prazo determinado e prévia
autorização das instituições arquivísticas públicas em suas
específicas esferas de competência.
[Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de
dispositivos pelo PL CONARQ)
Art. 10
imprescritíveis.

Os

documentos

de

valor

permanente

são

inalienáveis

e

§ 1° Os documentos de valor permanente não poderão ser
eliminados após a microfilmagem, digitalização ou qualquer outra
forma de reprodução, devendo ser preservados pelo próprio órgão
produtor ou recolhidos à instituição arquivística pública de sua
específica esfera de competência.
§ 2° Fica sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa,
na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir
documentos de valor permanente ou considerado como de interesse
público e social.
[Proposta de inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ)
CAPÍTULO III
DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Art. 11 Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos
produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas
atividades.
Art. 12 Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público
como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos
de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional.
Art. 13 Os arquivos privados identificados como de interesse público e social
4
não poderão ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem
transferidos para o exterior.
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá
preferência na aquisição.
Art. 14 O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de
interesse público e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu
proprietário ou possuidor.
Parágrafo Único. O Poder Público estimulará os proprietários
desses documentos, a garantir o acesso às informações neles
contidas, por meio de acordos ou ajustes para o desenvolvimento de
atividades relacionadas a sua organização e preservação.
[Proposta de inclusão de dispositivo pelo PL CONARQ]
Art. 15 Os arquivos privados identificados como de interesse público e social
poderão ser depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas
públicas.
Art. 16 Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos
anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse
público e social.
CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES
ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
Art. 17 A administração da documentação pública ou de caráter público
compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e
municipais.
§ 1º São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo, e os
arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do
Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações
Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica.
§ 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do
Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
§ 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o arquivo
do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
§ 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do
Poder Legislativo.
§ 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua
estrutura político-jurídica.

5
Art. 17 Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios devem definir em legislação própria
a organização e administração das suas respectivas instituições
arquivísticas públicas, bem como estabelecer regras para a
realização de ações e procedimentos referentes à gestão de
documentos, ao recolhimento, à preservação, à difusão e ao acesso
dos documentos arquivísticos públicos ou de caráter público,
observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei.
§ 1° As instituições arquivísticas públicas, no âmbito do Poder
Executivo são o Arquivo Nacional, os arquivos públicos dos Estados,
o arquivo público do Distrito Federal e os arquivos públicos dos
Municípios.
§ 2º As instituições arquivísticas públicas, em suas específicas
esferas de competência, deverão ser instituídas em nível estratégico
da Administração Pública.
§ 3º A Administração Pública deverá assegurar às instituições
arquivísticas públicas, para desenvolvimento de suas competências:
I – Recursos orçamentários e financeiros para a implementação
e manutenção das políticas arquivísticas estabelecidas;
II – Infraestrutura física, material e tecnológica adequadas para
a guarda, armazenamento e preservação de documentos;
III – Recursos humanos qualificados para o desenvolvimento
das políticas de arquivo.
§ 4º Compete às instituições arquivísticas públicas:
I – Regular, orientar e acompanhar as ações, programas e
atividades de gestão de documentos dos órgãos e entidades públicos
na sua específica esfera de competência, de forma a assegurar a
adequada produção, manutenção, avaliação e destinação de
documentos arquivísticos;
II - Aprovar os planos de classificação e tabelas de
temporalidade e destinação dos documentos dos órgãos e entidades
públicos de forma a assegurar que os documentos correntes e
intermediários sejam mantidos somente pelo tempo necessário e, os
de valor permanente, sejam definitivamente preservados.
III – Coordenar o funcionamento do seu respectivo sistema de
arquivos, que terá como finalidade:
a) a harmonização das diversas fases da administração dos
documentos públicos;
b) a integração das atividades de protocolo e arquivo;
c) a articulação entre os demais órgãos envolvidos.
IV - Recolher os documentos de valor permanente dos órgãos
e entidades públicos na sua específica esfera de competência;
V- Assegurar a preservação dos documentos arquivísticos sob
sua guarda de forma que estes permaneçam autênticos e
compreensíveis;
6
VI - Garantir o acesso aos documentos arquivísticos sob sua
guarda;
VII - Promover a divulgação dos documentos arquivísticos de
valor permanente, propiciando amplo acesso às informações neles
contidas;
VIII – Manifestar-se sobre propostas, para serem declarados de
interesse público e social, de arquivos privados de pessoas físicas
ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a história, a
cultura e o desenvolvimento nacional.
§ 5º As instituições arquivísticas públicas devem observar, em
sua específica esfera de competência, as deliberações aprovadas
pelo Conselho Nacional de Arquivos.
§ 6º As instituições arquivísticas públicas poderão,
excepcionalmente, delegar a guarda e o acesso a documentos
públicos de valor permanente aos órgãos e entidades produtores, os
quais estarão sujeitos à normatização e fiscalização da instituição
arquivística pública em sua específica esfera de competência.
[Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de
dispositivos pelo PL CONARQ)
Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como
preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
implementar a política nacional de arquivos.
Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema
de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da Administração
Pública Federal, orientar, coordenar e acompanhar a gestão dos
documentos e normatizar as atividades de protocolo e arquivo dos
órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, bem como recolher,
tratar, preservar, garantir o acesso aos documentos e divulgar o
patrimônio documental sob sua custódia, em consonância com a
política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de
Arquivos - órgão central do Sistema Nacional de Arquivos.
[Proposta de modificação de redação do caput pelo PL
CONARQ]

Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional
poderá criar unidades regionais.
Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal
no exercício de suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos
documentos sob sua guarda.

7
Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a gestão e o
recolhimento dos documentos por ele produzidos e recebidos no
exercício das suas funções, bem como preservar e garantir o acesso
aos documentos sob sua guarda.
Parágrafo Único. Cabe também aos arquivos referidos no
caput propor, executar e avaliar a política arquivística na sua
específica esfera de competência, em consonância com a política
nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos órgão central do Sistema Nacional de Arquivos.
[Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de
dispositivo pelo PL CONARQ]
Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal
no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e
secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua
guarda.
Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário da União,
dos Estados e do Distrito Federal a gestão e o recolhimento dos
documentos por ele produzidos e recebidos no exercício das suas
funções, bem como preservar e garantir o acesso aos documentos
sob sua guarda.
Parágrafo Único. Cabe também aos arquivos referidos no
caput propor, executar e avaliar a política arquivística na sua
específica esfera de competência, em consonância com a política
nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos órgão central do Sistema Nacional de Arquivos.
[Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de
dispositivo pelo PL CONARQ]
Art. 21 Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os
critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem
como a gestão e o acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição
Federal, e nesta Lei.
CAPÍTULO V
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
Art. 22 É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos públicos.
Art. 23 Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser obedecidas
pelos órgãos públicos na classificação dos documentos por eles produzidos.
§ 1º Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da
sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
são originalmente sigilosos.
8
§ 2º O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da sociedade
e do Estado será restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data
de sua produção, podendo esse prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual
período.
§ 3º O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a imagem das
pessoas será restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da data de
sua produção.
Art. 24 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a
exibição reservada de qualquer documento sigiloso, sempre que indispensável à
defesa de direito próprio ou esclarecimento de situação pessoal da parte.
Parágrafo único Nenhuma norma de organização administrativa será
interpretada de modo a, por qualquer forma, restringir o disposto neste artigo.
[Os artigos de nº 22 a 24 foram revogados pela Lei nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011]
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 25 Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma
da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor
permanente ou considerado como de interesse público e social.
Art. 26 Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão
vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como
órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.
§ 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do
Arquivo Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e
acadêmicas, públicas e privadas.
§ 2º A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo serão
estabelecidos em regulamento.
[Proposta de revogação pelo PL CONARQ]
CAPÍTULO VI
Do Conselho Nacional de Arquivos e do Fundo Nacional de
Arquivos Públicos
Art. 27. O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, criado
pela Lei nº 8.159, de 1991, órgão central do Sistema Nacional de
Arquivos – SINAR, tem por finalidade a formulação, o
monitoramento, a avaliação e a orientação normativa da política
nacional de arquivos.
§ 1º Considera-se, para os fins desta lei, por política nacional
de arquivos o conjunto de premissas, decisões e ações produzidas,
implementadas, monitoradas e avaliadas em benefício do Estado e
da Sociedade com os objetivos de promover a gestão, a
9
preservação e o acesso a documentos públicos e privados de
interesse público e social do país, assim como o fortalecimento da
atuação das instituições arquivísticas públicas.
§ 2º O CONARQ será presidido pelo Ministro do órgão do
Poder Executivo Federal que vincular o Arquivo Nacional ou por
representante por ele designado e será integrado por representantes
de órgãos e entidades do Poder Público, de entidades que
congreguem profissionais que atuem nas áreas de ensino, pesquisa,
preservação ou acesso a fontes documentais, além de
representantes da sociedade civil organizada e do Arquivo Nacional.
§ 3º A estrutura e o funcionamento do Conselho serão
estabelecidos em regulamento próprio.
Art. 28 O órgão do Poder Executivo Federal que vincula o
CONARQ deverá prever dotação orçamentária, infraestrutura e
recursos financeiros necessários para o cumprimento das suas
atribuições.
Art. 29 Fica autorizada a criação do Fundo Nacional de
Arquivos Públicos, visando à implementação de projetos especiais e
específicos de organização, preservação e acesso de acervos
arquivísticos, de capacitação técnica de recursos humanos e de
modernização de infraestrutura tecnológica de instituições
arquivísticas públicas.
Parágrafo Único. Decreto disporá sobre a composição,
competência e fontes de recursos do referido Fundo.
[Proposta de inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ]
Art. 27 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 30 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
[Proposta de renumeração de dispositivo pelo PL CONARQ]
Art. 28 Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 31 Revogam-se os artigos 21, 25 e 26 e seus parágrafos da
Lei nº 8.159, de 1991.
[Proposta de renumeração e nova redação de dispositivos pelo
PL CONARQ]
Brasília, em 08 de janeiro de 1991; 170º da Independência e 103º da
República.
FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
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1991]
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Política nacional de arquivos públicos e privados

  • 1. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS Consolidação, pelo Conselheiro Ivan Fernandes Neves, do texto da Lei de Arquivos (nº 8.159, de 1991) com a nova minuta de Projeto de Lei produzida a partir das contribuições recebidas pela consulta pública realizada pelo Conselho, visando subsidiar as discussões e deliberações das reuniões Plenárias do CONARQ dos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2013. LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. Parágrafo Único. Subordinam-se ao regime desta Lei, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I – os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário, e do Ministério Público; e II - autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. [Proposta de inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ] Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. 1
  • 2. Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Art. 3º A gestão de documentos é o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, classificação, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente, garantindo o acesso às informações neles contidas. § 1º Os procedimentos e operações técnicas mencionados no caput deverão ser aplicados de modo a promover o controle continuado do ciclo de vida dos documentos. § 2º A gestão de documentos deverá incidir sobre todos os documentos, independentemente da forma ou do suporte, em ambientes convencionais, digitais ou híbridos em que os documentos e as informações são produzidos e armazenados. [Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ] Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Art. 5º A administração pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma da Lei. Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa. CAPÍTULO II DOS ARQUIVOS PÚBLICOS Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos, recebidos e acumulados pelos órgãos e entidades referidos nos incisos I e II do parágrafo único do artigo 1º desta lei, no exercício de suas atividades, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. 2
  • 3. [Proposta de modificação de redação do caput pelo PL CONARQ] § 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. § 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora. Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes. § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes. § 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência. Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, em sua específica esfera de competência, em decorrência do trabalho de avaliação documental e do estabelecido em tabela de temporalidade e destinação de documentos. § 1º A autorização de que trata o caput dependerá da aprovação de planos de classificação e de tabelas de temporalidade e destinação de documentos pela instituição arquivística pública, bem como da listagem de eliminação de documentos previamente à publicação de edital de ciência da eliminação de documentos. § 2º Considera-se, para os fins desta lei, instituição arquivística pública os Arquivos Públicos que têm por finalidade orientar, coordenar e acompanhar as atividades de gestão, recolhimento, preservação, acesso e divulgação dos documentos de arquivo, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos, produzidos, recebidos e acumulados pelos órgãos e entidades do âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no exercício de suas funções e atividades. 3
  • 4. § 3º As atividades de elaboração de planos de classificação e de tabelas de temporalidade e destinação de documentos serão reservadas para a execução direta pelos órgãos e entidades do Poder Público, por serem atividades essenciais da gestão de documentos. I – Somente poderão ser contratados, para execução por terceiros, serviços arquivísticos compreendidos por atividades técnicas auxiliares, que serão planejadas, supervisionadas e controladas por agentes públicos dos órgãos e entidades produtores e acumuladores dos documentos. § 4º A guarda dos documentos públicos é exclusiva dos órgãos e entidades do Poder Público, visando garantir o acesso e a democratização da informação sem ônus adicionais tanto para a administração quanto para o cidadão. I – Excepcionalmente, é permitida a terceirização da guarda de documentos públicos, desde que por prazo determinado e prévia autorização das instituições arquivísticas públicas em suas específicas esferas de competência. [Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ) Art. 10 imprescritíveis. Os documentos de valor permanente são inalienáveis e § 1° Os documentos de valor permanente não poderão ser eliminados após a microfilmagem, digitalização ou qualquer outra forma de reprodução, devendo ser preservados pelo próprio órgão produtor ou recolhidos à instituição arquivística pública de sua específica esfera de competência. § 2° Fica sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. [Proposta de inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ) CAPÍTULO III DOS ARQUIVOS PRIVADOS Art. 11 Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Art. 12 Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. Art. 13 Os arquivos privados identificados como de interesse público e social 4
  • 5. não poderão ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior. Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na aquisição. Art. 14 O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor. Parágrafo Único. O Poder Público estimulará os proprietários desses documentos, a garantir o acesso às informações neles contidas, por meio de acordos ou ajustes para o desenvolvimento de atividades relacionadas a sua organização e preservação. [Proposta de inclusão de dispositivo pelo PL CONARQ] Art. 15 Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas. Art. 16 Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social. CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS Art. 17 A administração da documentação pública ou de caráter público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais. § 1º São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica. § 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder Legislativo. § 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura político-jurídica. 5
  • 6. Art. 17 Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios devem definir em legislação própria a organização e administração das suas respectivas instituições arquivísticas públicas, bem como estabelecer regras para a realização de ações e procedimentos referentes à gestão de documentos, ao recolhimento, à preservação, à difusão e ao acesso dos documentos arquivísticos públicos ou de caráter público, observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei. § 1° As instituições arquivísticas públicas, no âmbito do Poder Executivo são o Arquivo Nacional, os arquivos públicos dos Estados, o arquivo público do Distrito Federal e os arquivos públicos dos Municípios. § 2º As instituições arquivísticas públicas, em suas específicas esferas de competência, deverão ser instituídas em nível estratégico da Administração Pública. § 3º A Administração Pública deverá assegurar às instituições arquivísticas públicas, para desenvolvimento de suas competências: I – Recursos orçamentários e financeiros para a implementação e manutenção das políticas arquivísticas estabelecidas; II – Infraestrutura física, material e tecnológica adequadas para a guarda, armazenamento e preservação de documentos; III – Recursos humanos qualificados para o desenvolvimento das políticas de arquivo. § 4º Compete às instituições arquivísticas públicas: I – Regular, orientar e acompanhar as ações, programas e atividades de gestão de documentos dos órgãos e entidades públicos na sua específica esfera de competência, de forma a assegurar a adequada produção, manutenção, avaliação e destinação de documentos arquivísticos; II - Aprovar os planos de classificação e tabelas de temporalidade e destinação dos documentos dos órgãos e entidades públicos de forma a assegurar que os documentos correntes e intermediários sejam mantidos somente pelo tempo necessário e, os de valor permanente, sejam definitivamente preservados. III – Coordenar o funcionamento do seu respectivo sistema de arquivos, que terá como finalidade: a) a harmonização das diversas fases da administração dos documentos públicos; b) a integração das atividades de protocolo e arquivo; c) a articulação entre os demais órgãos envolvidos. IV - Recolher os documentos de valor permanente dos órgãos e entidades públicos na sua específica esfera de competência; V- Assegurar a preservação dos documentos arquivísticos sob sua guarda de forma que estes permaneçam autênticos e compreensíveis; 6
  • 7. VI - Garantir o acesso aos documentos arquivísticos sob sua guarda; VII - Promover a divulgação dos documentos arquivísticos de valor permanente, propiciando amplo acesso às informações neles contidas; VIII – Manifestar-se sobre propostas, para serem declarados de interesse público e social, de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional. § 5º As instituições arquivísticas públicas devem observar, em sua específica esfera de competência, as deliberações aprovadas pelo Conselho Nacional de Arquivos. § 6º As instituições arquivísticas públicas poderão, excepcionalmente, delegar a guarda e o acesso a documentos públicos de valor permanente aos órgãos e entidades produtores, os quais estarão sujeitos à normatização e fiscalização da instituição arquivística pública em sua específica esfera de competência. [Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ) Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da Administração Pública Federal, orientar, coordenar e acompanhar a gestão dos documentos e normatizar as atividades de protocolo e arquivo dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, bem como recolher, tratar, preservar, garantir o acesso aos documentos e divulgar o patrimônio documental sob sua custódia, em consonância com a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos - órgão central do Sistema Nacional de Arquivos. [Proposta de modificação de redação do caput pelo PL CONARQ] Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais. Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 7
  • 8. Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a gestão e o recolhimento dos documentos por ele produzidos e recebidos no exercício das suas funções, bem como preservar e garantir o acesso aos documentos sob sua guarda. Parágrafo Único. Cabe também aos arquivos referidos no caput propor, executar e avaliar a política arquivística na sua específica esfera de competência, em consonância com a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos órgão central do Sistema Nacional de Arquivos. [Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de dispositivo pelo PL CONARQ] Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal a gestão e o recolhimento dos documentos por ele produzidos e recebidos no exercício das suas funções, bem como preservar e garantir o acesso aos documentos sob sua guarda. Parágrafo Único. Cabe também aos arquivos referidos no caput propor, executar e avaliar a política arquivística na sua específica esfera de competência, em consonância com a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos órgão central do Sistema Nacional de Arquivos. [Proposta de modificação de redação do caput e inclusão de dispositivo pelo PL CONARQ] Art. 21 Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição Federal, e nesta Lei. CAPÍTULO V DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS Art. 22 É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos públicos. Art. 23 Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser obedecidas pelos órgãos públicos na classificação dos documentos por eles produzidos. § 1º Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas são originalmente sigilosos. 8
  • 9. § 2º O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da sociedade e do Estado será restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo esse prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual período. § 3º O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a imagem das pessoas será restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da data de sua produção. Art. 24 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a exibição reservada de qualquer documento sigiloso, sempre que indispensável à defesa de direito próprio ou esclarecimento de situação pessoal da parte. Parágrafo único Nenhuma norma de organização administrativa será interpretada de modo a, por qualquer forma, restringir o disposto neste artigo. [Os artigos de nº 22 a 24 foram revogados pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011] DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 25 Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. Art. 26 Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. § 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. § 2º A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo serão estabelecidos em regulamento. [Proposta de revogação pelo PL CONARQ] CAPÍTULO VI Do Conselho Nacional de Arquivos e do Fundo Nacional de Arquivos Públicos Art. 27. O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, criado pela Lei nº 8.159, de 1991, órgão central do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR, tem por finalidade a formulação, o monitoramento, a avaliação e a orientação normativa da política nacional de arquivos. § 1º Considera-se, para os fins desta lei, por política nacional de arquivos o conjunto de premissas, decisões e ações produzidas, implementadas, monitoradas e avaliadas em benefício do Estado e da Sociedade com os objetivos de promover a gestão, a 9
  • 10. preservação e o acesso a documentos públicos e privados de interesse público e social do país, assim como o fortalecimento da atuação das instituições arquivísticas públicas. § 2º O CONARQ será presidido pelo Ministro do órgão do Poder Executivo Federal que vincular o Arquivo Nacional ou por representante por ele designado e será integrado por representantes de órgãos e entidades do Poder Público, de entidades que congreguem profissionais que atuem nas áreas de ensino, pesquisa, preservação ou acesso a fontes documentais, além de representantes da sociedade civil organizada e do Arquivo Nacional. § 3º A estrutura e o funcionamento do Conselho serão estabelecidos em regulamento próprio. Art. 28 O órgão do Poder Executivo Federal que vincula o CONARQ deverá prever dotação orçamentária, infraestrutura e recursos financeiros necessários para o cumprimento das suas atribuições. Art. 29 Fica autorizada a criação do Fundo Nacional de Arquivos Públicos, visando à implementação de projetos especiais e específicos de organização, preservação e acesso de acervos arquivísticos, de capacitação técnica de recursos humanos e de modernização de infraestrutura tecnológica de instituições arquivísticas públicas. Parágrafo Único. Decreto disporá sobre a composição, competência e fontes de recursos do referido Fundo. [Proposta de inclusão de dispositivos pelo PL CONARQ] Art. 27 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 30 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. [Proposta de renumeração de dispositivo pelo PL CONARQ] Art. 28 Revogam-se as disposições em contrário. Art. 31 Revogam-se os artigos 21, 25 e 26 e seus parágrafos da Lei nº 8.159, de 1991. [Proposta de renumeração e nova redação de dispositivos pelo PL CONARQ] Brasília, em 08 de janeiro de 1991; 170º da Independência e 103º da República. FERNANDO COLLOR Jarbas Passarinho [Diário Oficial da União, de 09 de janeiro de 1991, e pub. ret. em 28 de janeiro de 1991] 10