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Bruno Alves
                          Um jovem militante do Democratas

Dia 12 de agosto de 2011, o Jornal Folha de São Paulo publica, na disputada coluna
“Poder”, a foto de um jovem negro sob o título “A esquerda não é dona da periferia,
diz garoto-propaganda do DEM”. A frase foi destacada das inserções do Partido
Democratas, veiculadas na televisão. Na foto da Folha de São Paulo, o garoto está
ao lado da família, em uma casa de um bairro popular de Salvador. No vídeo, que
teve milhares de acessos no Youtube, a estrela do filme fala com naturalidade,
caminha à vontade e informa: “Só porque sou jovem e moro na periferia, alguns
políticos pensam que eu tenho que ser de esquerda”!

Ao contrário do que muitos acharam, a campanha não era estrelada por um ator. O
protagonista é Bruno Alves: protagonista da propaganda do DEM e protagonista
das mudanças que quer ver na sociedade... Bruno é filiado ao Partido Democratas e
não precisa que demagogos expliquem o que é trabalhar desde o final da infância,
lutar para vencer obstáculos e viver num bairro da periferia de um dos Estados
mais violentos do país. Essa é uma realidade que ele conhece de perto, em seus 27
anos vivenciando o bairro do Pau Miúdo e o Pelourinho – por onde caminha com
seu tio Clarindo Silva, conhecido como “síndico do Pelourinho”, tamanha a devoção
e zelo pelo patrimônio histórico e cultural!

Bruno é o segundo entrevistado da série “A Juventude Politizada!”, da
coluna “Política à Flor da Pele”.

Daniele Barreto, “Política À Flor da Pele”: Bruno, quem é você e como iniciou
a trajetória política?
Bruno Alves – Partido Democratas: Sou um jovem de 27 anos, morador do
Bairro do Pau Miúdo, formado em Administração de Empresas pela Faculdade da
Cidade do Salvador e que observa as barreiras como oportunidades de mostrar a
capacidade de superá-las! Sou comerciante do centro histórico de Salvador, na
Praça da Sé – onde comecei a trabalhar aos 13 anos com meu pai, falecido há 05
anos. A primeira forma de manifestar minhas opiniões políticas foi um blog*. Fiz
um artigo sobre a tentativa de retornar a CPMF; o deputado federal ACM Neto
gostou e publicou, em 2009.

Colunista: Foi seu primeiro contato direto com o Partido Democratas?
Bruno Alves – DEM: O primeiro contato foi em 2008, na campanha de ACM Neto,
mas eu não fazia parte da Juventude do DEM. Neto também publicou outro artigo
que escrevi sobre o Pelourinho.

Colunista: Você conhece bem os problemas do centro histórico de Salvador e
bairros periféricos...
Bruno Alves – DEM: Conheço o abandono. Acompanhei a revitalização do
Pelourinho promovida por ACM e vi entrar em decadência, no governo atual. Na
época de ACM, os partidos de oposição (PT, PCdoB) disseram que era um projeto
de fachada; logo, achei que, uma vez no governo, o PT criaria algo melhor... Isso não
aconteceu. Eu acompanhava meu tio Clarindo Silva, um grande defensor da
revitalização do Pelourinho, nas reuniões com comerciantes e moradores; foi
quando percebi que poderia ajudar de forma mais direta e não ficar apenas no
debate político.

Colunista: Porque um rapaz de um bairro popular escolhe o DEM – conhecido
pelo comando “truculento”, na Bahia?
Bruno Alves – DEM: Porque o DEM tem como marcas a meritocracia e a gestão
eficiente - importantes na política. O político não pode se nortear apenas pelos
desejos da população, tem que adotar ações impopulares, pensando no futuro. O
DEM tem essa conduta!

Colunista: Porque não um partido de esquerda, mais próximo dos
movimentos sociais?
Bruno Alves – DEM: Sempre observei com ar duvidoso os partidos de esquerda...
Eles utilizam de forma demagógica as questões racial, social, homossexualismo
etc. Os partidos de esquerda usam a segregação para se inserir. O DEM não
segrega; observamos a sociedade como um conjunto único de pessoas que a
transformam.

Colunista: E o que representa o controverso ACM para um jovem político
democrata?
Bruno Alves – DEM: ACM poderia ter vários defeitos, mas o importante é que
era um gestor exemplar - tinha como primazia o planejamento e a gestão! Hoje
não... O governo do PT tem como primazia o discurso populista e demagogo – a
gestão fica em segundo plano.

Colunista: ACM Neto libertou-se politicamente do nome do avô?
Bruno Alves – DEM: Neto tem sua própria história. Dizer que ele apenas dá
continuidade ao poder político do avô é engodo. As críticas são reverberações de
quem não o conhece e prolonga discursos alheios por não buscar informações. Se
ACM Neto está na Câmara dos Deputados - representando a juventude do Brasil,
não só a Juventude Democratas – é porque teve oportunidade de estudar, de se
preparar... É isso que defendemos: que o povo brasileiro tenha oportunidade de
alavancar socialmente e buscar seu espaço. É por isso que eu estou no DEM!

Colunista: Como gerar oportunidades?
Bruno Alves – DEM: É importante avaliar que igualdade social é diferente de
igualdade de oportunidades. Se investirmos na igualdade de oportunidades, o
indivíduo vai crescer e conquistar seu espaço. Enquanto buscarmos a igualdade
social - através do assistencialismo - o oprimido continuará na condição de
oprimido e sempre necessitará de ajuda.

Colunista: Como negro, considera que as cotas geram oportunidades?
Bruno Alves – DEM: Sou contra cota racial porque ela segrega. As
desigualdades econômicas e sociais no Brasil atingem brancos, negros,
independentemente de cor. Sou favorável à cota social, porque infelizmente
existe uma demanda – desde que não seja eterna. Na realidade, o que falta no
Brasil é um projeto de educação – no período de implementação, existiria a cota;
mas, a cota iria se diluindo a medida que esse processo avançasse. Hoje, os
investimentos voltados para a educação são realizados de forma fracamente
eleitoreira e sem nexo e nem ordem.

Colunista: E o PROUNI?
Bruno Alves – DEM: O PROUNI é bom; mas, levados pela emoção de conseguir
ingressar em um curso universitário, não observamos que o nível da educação
superior no Brasil é muito baixo. Essa cota social só vai atender ao jovem que,
durante o ensino público, manteve suas perspectivas, apesar da deficiência... mas,
no meio do caminho milhões de jovens já se perderam.

Colunista: E a cota racial?
Bruno Alves – DEM: É pior, porque além de perder esses milhões, você divide.
Numa escola pública que estudam brancos e negros, segrega-se, dando
oportunidade maior para um grupo. Conhecemos a história da construção do
Brasil, mas a mudança que almejamos não será construída através da
segregação – se isso continuar, os nossos filhos, netos e bisnetos necessitarão
de cotas.

Colunista: No governo Lula, milhares de pessoas saíram da miséria – que
Dilma quer erradicar. Você percebe essa mudança nos bairros populares de
Salvador?
Bruno Alves – DEM: Ouve avanços; principalmente por que antes do PT chegar ao
governo, nossas ideias foram implantadas por Itamar Franco e FHC: combatemos a
inflação, tornamos a economia mais livre; o que gerou empregos e ajudou a
combater a pobreza. O Bolsa Família perdeu um dos seus objetivos: o compromisso
em preparar os assistidos para retornar ao mercado de trabalho. O governo
comemora o aumento de famílias assistidas: se o programa fosse gerido de forma
correta, esse número iria diminuir. Sem as ações de cunho liberal, o governo
sabe que não teria o que comemorar. Mas, o governo não tem tomado medidas
importantes para o Brasil continuar avançando.

Colunista: Você se envolveu recentemente em uma polêmica. Afirmou, em
uma reunião partidária, que o DEM “não é um partido de mauricinhos:”.
Explique melhor...
Bruno Alves – DEM: Os partidos adversários tentam dificultar o acesso da
Juventude Democratas a determinados segmentos populares, colocando nossa
imagem como elitista. Durante o seminário de formação de novas lideranças do
DEM, combati a ideia de que o DEM é um partido de elite.

Colunista: O pré-candidato a prefeitura de Salvador, deputado federal Nelson
Pelegrino, acusou o DEM de usar um “negro de periferia” para dar aparência
“menos elitista”... Foi preconceito?
Bruno Alves – DEM: O deputado emitiu uma nota afirmando que eu estaria sendo
usado, o que não me surpreendeu, pois apesar do discurso de respeito às
diversidades, os partidos de esquerda são totalmente intolerantes a quem
pensa de forma diferente e não obedece a velha cartilha. A declaração deixou
exposto o preconceito ideológico e partidário, no aspecto racial. Foi uma colocação
infeliz. Não gostei.
Colunista: Daí você se transformou no garoto propaganda * do DEM...
Bruno Alves – DEM: Após a polêmica com o deputado, escrevi um artigo no jornal
A Tarde: “A esquerda não é dona da juventude”. O debate invadiu as discussões
políticas e o marqueteiro José Fernandes me convidou para a inserção partidária.*

Colunista: O ex-deputado federal José Carlos Aleluia se envolveu no debate,
afirmando: “O sonho acabou. A juventude acordou para o PT. O paraíso prometido
tornou-se uma infindável sucessão de casos de corrupção. Os jovens buscam novos
caminhos”.
Bruno Alves – DEM: Existem muitos jovens desiludidos com a esquerda; enquanto
oposição, o PT se colocava como paladino da justiça e da moralidade - o que nunca
foi -, ao chegar ao poder, a corrupção vira a maior marcar do governo. A juventude
do PT não queria isso. A juventude do PCdoB não queria ver seu maior líder
envolvido em corrupção – frustrando e afastando uma parcela do engajamento
partidário.

Colunista: Claro que foi uma “sacada” muito boa do marqueteiro...
Bruno Alves – DEM: É certo que foi uma sacada muito boa, mas tudo isso foi construído
de forma natural. Não fui usado pelo partido. Assim como o Deputado Nelson Pelegrino,
existem outros intolerantes; mas a grande maioria das manifestações foram positivos –
inclusive de militantes de partidos de esquerda.

Colunista: Quais as referências dos jovens democratas?
Bruno Alves – DEM: O senador Demóstenes Torres - que se posiciona sem medo
das críticas e mostra veemência às posturas do DEM. É o nome para a Presidência
da República! Há também o senador José Agripino, um intelectual nato que criou
uma visão nova da oposição. Antes, desmereciam a oposição como “aqueles que
perderam nas urnas”. A oposição é uma posição tão salutar quanto a situação.
O poder é do povo... E o povo escolheu que desempenhássemos essa função.

Colunista: Como o DEM desempenha essa função?
Bruno Alves – DEM: Não somos oposição “ao Brasil”; mas uma oposição
construtiva ao governo. Se o PT desempenhar uma função satisfatória, o DEM
estará ajudando. E naquilo que formos contrários – não nas questões ideológicas,
mas às necessidades da população - iremos nos opor.

Colunista: O PFL virou DEM e trouxe o slogan “O partido das novas ideias”!
Como podem surgir novas ideias em uma agremiação comandada por velhos
caudilhos (José Agripino, Ronaldo Caiado, Efraim Morais, Heráclito Fortes,
João Alves Filho, Marcos Maciel, o clã Maia), de extrema direita e que defende
o posicionamento ideológico mais retrógrado na política partidária e
concepção de Estado (liberalismo)?
Bruno Alves – DEM: É um processo gradual. O DEM está aberto à juventude e a
juventude é protagonista no DEM - temos trânsito livre e voz ativa. Mas, esse
processo não acontece de uma hora para outra, colocando uma pessoa na
presidência do partido só porque é jovem... A Juventude tem que se preparar.

Colunista: Como assim?
Bruno Alves – DEM: A juventude do DEM não fica apenas segurando bandeira,
entregando cartazes e trabalhando prá que determinados políticos se
mantenham no poder. Aqui, nós somos preparados. Não estamos presos a dar
continuidade ao que já existe.

Colunista: Isso acontece com você?
Bruno Alves – DEM: Sou um exemplo em relação a isso. Entrei no DEM em 2010 e
hoje sou o Presidente da Juventude Democratas da Bahia. Não é a juventude que
me credencia, mas o comprometimento e a busca pelo conhecimento, para almejar
e alcançar vôos maiores.

Colunista: Políticos usam os jovens como massa de manobra e as
universidades como palanques. Como está a relação dos movimentos
estudantis com o governo?
Bruno Alves – DEM: A UNE, para vergonha das entidades estudantis, é um
braço do governo. Desde 1979 é ligada ao PCdoB; os estudantes com posição
política e partidária diferente não são bem vindos e dificilmente crescerão na
entidade. A UNE não faz mais mobilizações, mesmo vendo que a educação
brasileira está em crise. A UNE está sendo financiada pelo Governo!

Colunista: Financiada?!?!
Bruno Alves – DEM: Antes de manifestar apoio oficial à campanha de Dilma, a
UNE recebeu R$ 30 milhões de indenização por danos sofridos durante a Ditadura
Militar, para construir um prédio de 12 andares no Rio de Janeiro que não foi
construído – apenas foi lançada a pedra fundamental por Lula. É assim que o PT
trabalha: os movimentos sociais, os sindicatos, fazem parte do governo – e
seus membros estão espalhados em diversas esferas da Administração
Pública.

Colunista: Mesmo com o cenário negativo, aumenta o número de jovens
interessados por política?
Bruno Alves – DEM: Sim, mas não partidária. A juventude se mobiliza muito de
forma apartidária. As redes sociais, por exemplo, caíram no gosto da juventude e
viraram um espaço extremamente democrático para expressar opiniões. Isso não
significa dizer que os partidos não estejam de portas abertas. Mas, devido à falta de
oportunidade para o protagonismo nos partidos, a juventude se frustra e se afasta.

Colunista: Essa intolerância às vozes contrárias ao governo é o que move à
“regulamentação da mídia”?
Bruno Alves – DEM: A liberdade de expressão é primazia. Só governos
totalitários desejam regulamentar conteúdo. Vários governos começaram com
uma regulamentação que a sociedade não via como censura e, ao passar dos anos,
perceberam que já estavam amordaçados. A liberdade de expressar sua opinião é
que levará a sociedade a vivenciar uma verdadeira democracia. Vivemos a ‘Jovem
Democracia’. Caminhamos lentamente e, com a postura do governo do PT –
ditatorial -, não chegamos a um patamar de Democracia plena.

Colunista: Como fica a oposição?
Bruno Alves – DEM: Tentam esmagar a oposição; mas para que uma Democracia
seja vivenciada em sua plenitude tem que haver um equilíbrio de forças. O governo
vem cooptando políticos e partidos; ainda que estes não estejam de acordo com a
ideologia do governo - para ter uma base aliada muito superior ao necessário. Isso
gera os casos de corrupção.

Colunista: Qual a intenção do PT?
Bruno Alves – DEM: Quem estudou a forma como o PT foi construído não se
surpreende. Desde a fundação, o partido tinha um projeto de chegar ao poder e
nunca mediu esforços. Como oposição, foi contra tudo que se fazia para melhorar a
vida do povo brasileiro e que criou essa onda que hoje ele surfa! A corrupção neste
governo é epidêmica. Na gestão Lula, você teve o Mensalão: pagamento em
dinheiro aos políticos que aderiam à base de apoio ao governo. Na gestão
Dilma, é o arrendamento dos Ministérios: dando aos partidos políticos
autonomia para fazer e desfazer no órgão; inclusive autonomia para
corromper. Com o loteamento e arrendamento, a corrupção vem em seguida...

Colunista: Mas a presidente exonerou os acusados...
Bruno Alves – DEM: Dilma, que na campanha e na Casa Civil se colocava como
gestora exemplar, mas em nenhum dos casos de corrupção mostrou vontade em
investigar e descobrir se os indícios eram verdadeiros. Seis ministros caíram por
corrupção e nenhum foi por iniciativa do governo, mas por denúncias da imprensa.
Por isso, a perseguição com a impressa. Temos que tomar cuidado: o modelo do PT
governar é retrógrado!

Colunista: A criação do PSD foi um golpe no DEM?
Bruno Alves – DEM: A fundação do PSD tirou muitos políticos do DEM; mas
apenas aqueles que não possuíam identidade ideológica e nem compromisso com
os votos que receberam... Eles foram eleitos para ser oposição e não situação. O
PSD nasceu pelo desejo de ficar no poder – interesse individual de seus membros.

Colunista: O senador José Agripino disse que o DEM perdeu em número, mas
não na essência. Dizer que os políticos que saíram “não fazem falta” é
assumir que o partido foi irresponsável em indicar gente sem qualidade para
relevantes funções (inclusive de Vice-Presidente, porque Índio da Costa foi
embora do DEM)?
Bruno Alves – DEM: De forma alguma. A frase do senador é perfeita. Fomos
escolhidos para ser oposição. A partir do momento que grupos dentro do partido
vão para a situação, eles deixaram de ser aquilo que o partido esperava deles:
respeitar a vontade do povo. Saíram porque estavam apenas acometidos pela
expectativa de situação; mas somos um partido com homens públicos aptos para
atuar em ambas as esferas – na situação e na oposição. Essência: é a palavra no
Democratas hoje. O DEM tem unidade. Os partidos brasileiros vão passar por uma
renovação. O DEM saiu na frente. O PSDB vai ter que se reorganizar: há o grupo de
Alckimin, de Serra. O PMDB se fortalece em cima de pseudos grupos regionais.

Colunista: Ou tudo isso é só uma desculpa porque o DEM está morrendo?
Bruno Alves – DEM: A melhor resposta aos que pensam que o DEM vai morrer será
nas eleições de 2012: não será uma resposta do partido, será uma resposta da população!
O eleitor de oposição busca uma perspectiva diferente e reconhece o DEM como a
oposição no país.
Colunista: Em 2010, o DEM realizou a maior confusão eleitoral da história e
indicou um neófito para a Vice-Presidência: Índio da Costa - indivíduo sem
relevância política, que não agregou e já caiu no ostracismo. O DEM colocou a
vaidade acima do projeto de nação e bateu o pé: se não indicasse o vice, não
apoiaria Serra. Pergunto: apoiaria quem? O PT? Plínio? O DEM valia pouco,
mas ganhou no grito...
Bruno Alves – DEM: Hoje, com um quadro menor, somos mais fortes do que na
eleição passada. Quando não há unidade, cada um defende o grupo que faz parte.
Hoje o diálogo é mais fácil dentro do DEM: o pensamento de grupos não existe. O
problema citado não ocorreu só no DEM, foi um problema “de oposição”. O PSDB
não se encontrou entre José Serra, Aécio e Alckimin. A oposição se deixou ser
pautada e perdeu o seu caminho. O DEM tinha um peso importante nas eleições.

Colunista: Senador José Agripino disse que o apoio ao PSDB em 2014 não é
compulsório. Demóstenes Torres sinalizou candidatura própria. Mas, o nome
de Aécio Neves é mais viável. Dividida, a oposição perde! O DEM está
empenhado em acabar com qualquer possibilidade de tirar o PT do governo
– e destruir de vez a oposição no Brasil?
Bruno Alves – DEM: Os partidos de oposição necessitam abrir mão de projetos
partidários. Vamos caminhar para essa unidade. Mas é importante ouvir a
população. Será que a população está satisfeita com a polarização entre PT e PSDB?
Será que a população não quer conhecer a agenda do DEM? É importante ouvir a
população, o que não significa dizer que inexistirá aliança com o PSDB. Estou
convicto: se você questionar para qualquer brasileiro qual é o partido que mais
representa a oposição no Brasil, esse partido é o DEM.

Colunista: Qual a mensagem que você deixa aos jovens que não se interessam
por política?
Bruno Alves – DEM: A indiferença e o silêncio daqueles que não se interessam por
política, alimentam aqueles que não desejam a mudança. É fundamental nossa
participação, nós somos protagonistas da mudança que tanto almejamos, não
apenas por sermos jovens, mas principalmente por termos novas ideias. O caminho
da mudança almejada passa pela renovação e essa renovação é muito importante
para nossa jovem democracia.

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Juventude politizada 2

  • 1. Bruno Alves Um jovem militante do Democratas Dia 12 de agosto de 2011, o Jornal Folha de São Paulo publica, na disputada coluna “Poder”, a foto de um jovem negro sob o título “A esquerda não é dona da periferia, diz garoto-propaganda do DEM”. A frase foi destacada das inserções do Partido Democratas, veiculadas na televisão. Na foto da Folha de São Paulo, o garoto está ao lado da família, em uma casa de um bairro popular de Salvador. No vídeo, que teve milhares de acessos no Youtube, a estrela do filme fala com naturalidade, caminha à vontade e informa: “Só porque sou jovem e moro na periferia, alguns políticos pensam que eu tenho que ser de esquerda”! Ao contrário do que muitos acharam, a campanha não era estrelada por um ator. O protagonista é Bruno Alves: protagonista da propaganda do DEM e protagonista das mudanças que quer ver na sociedade... Bruno é filiado ao Partido Democratas e não precisa que demagogos expliquem o que é trabalhar desde o final da infância, lutar para vencer obstáculos e viver num bairro da periferia de um dos Estados mais violentos do país. Essa é uma realidade que ele conhece de perto, em seus 27 anos vivenciando o bairro do Pau Miúdo e o Pelourinho – por onde caminha com seu tio Clarindo Silva, conhecido como “síndico do Pelourinho”, tamanha a devoção e zelo pelo patrimônio histórico e cultural! Bruno é o segundo entrevistado da série “A Juventude Politizada!”, da coluna “Política à Flor da Pele”. Daniele Barreto, “Política À Flor da Pele”: Bruno, quem é você e como iniciou a trajetória política? Bruno Alves – Partido Democratas: Sou um jovem de 27 anos, morador do Bairro do Pau Miúdo, formado em Administração de Empresas pela Faculdade da Cidade do Salvador e que observa as barreiras como oportunidades de mostrar a capacidade de superá-las! Sou comerciante do centro histórico de Salvador, na Praça da Sé – onde comecei a trabalhar aos 13 anos com meu pai, falecido há 05 anos. A primeira forma de manifestar minhas opiniões políticas foi um blog*. Fiz um artigo sobre a tentativa de retornar a CPMF; o deputado federal ACM Neto gostou e publicou, em 2009. Colunista: Foi seu primeiro contato direto com o Partido Democratas? Bruno Alves – DEM: O primeiro contato foi em 2008, na campanha de ACM Neto, mas eu não fazia parte da Juventude do DEM. Neto também publicou outro artigo que escrevi sobre o Pelourinho. Colunista: Você conhece bem os problemas do centro histórico de Salvador e bairros periféricos... Bruno Alves – DEM: Conheço o abandono. Acompanhei a revitalização do Pelourinho promovida por ACM e vi entrar em decadência, no governo atual. Na época de ACM, os partidos de oposição (PT, PCdoB) disseram que era um projeto de fachada; logo, achei que, uma vez no governo, o PT criaria algo melhor... Isso não aconteceu. Eu acompanhava meu tio Clarindo Silva, um grande defensor da
  • 2. revitalização do Pelourinho, nas reuniões com comerciantes e moradores; foi quando percebi que poderia ajudar de forma mais direta e não ficar apenas no debate político. Colunista: Porque um rapaz de um bairro popular escolhe o DEM – conhecido pelo comando “truculento”, na Bahia? Bruno Alves – DEM: Porque o DEM tem como marcas a meritocracia e a gestão eficiente - importantes na política. O político não pode se nortear apenas pelos desejos da população, tem que adotar ações impopulares, pensando no futuro. O DEM tem essa conduta! Colunista: Porque não um partido de esquerda, mais próximo dos movimentos sociais? Bruno Alves – DEM: Sempre observei com ar duvidoso os partidos de esquerda... Eles utilizam de forma demagógica as questões racial, social, homossexualismo etc. Os partidos de esquerda usam a segregação para se inserir. O DEM não segrega; observamos a sociedade como um conjunto único de pessoas que a transformam. Colunista: E o que representa o controverso ACM para um jovem político democrata? Bruno Alves – DEM: ACM poderia ter vários defeitos, mas o importante é que era um gestor exemplar - tinha como primazia o planejamento e a gestão! Hoje não... O governo do PT tem como primazia o discurso populista e demagogo – a gestão fica em segundo plano. Colunista: ACM Neto libertou-se politicamente do nome do avô? Bruno Alves – DEM: Neto tem sua própria história. Dizer que ele apenas dá continuidade ao poder político do avô é engodo. As críticas são reverberações de quem não o conhece e prolonga discursos alheios por não buscar informações. Se ACM Neto está na Câmara dos Deputados - representando a juventude do Brasil, não só a Juventude Democratas – é porque teve oportunidade de estudar, de se preparar... É isso que defendemos: que o povo brasileiro tenha oportunidade de alavancar socialmente e buscar seu espaço. É por isso que eu estou no DEM! Colunista: Como gerar oportunidades? Bruno Alves – DEM: É importante avaliar que igualdade social é diferente de igualdade de oportunidades. Se investirmos na igualdade de oportunidades, o indivíduo vai crescer e conquistar seu espaço. Enquanto buscarmos a igualdade social - através do assistencialismo - o oprimido continuará na condição de oprimido e sempre necessitará de ajuda. Colunista: Como negro, considera que as cotas geram oportunidades? Bruno Alves – DEM: Sou contra cota racial porque ela segrega. As desigualdades econômicas e sociais no Brasil atingem brancos, negros, independentemente de cor. Sou favorável à cota social, porque infelizmente existe uma demanda – desde que não seja eterna. Na realidade, o que falta no Brasil é um projeto de educação – no período de implementação, existiria a cota; mas, a cota iria se diluindo a medida que esse processo avançasse. Hoje, os
  • 3. investimentos voltados para a educação são realizados de forma fracamente eleitoreira e sem nexo e nem ordem. Colunista: E o PROUNI? Bruno Alves – DEM: O PROUNI é bom; mas, levados pela emoção de conseguir ingressar em um curso universitário, não observamos que o nível da educação superior no Brasil é muito baixo. Essa cota social só vai atender ao jovem que, durante o ensino público, manteve suas perspectivas, apesar da deficiência... mas, no meio do caminho milhões de jovens já se perderam. Colunista: E a cota racial? Bruno Alves – DEM: É pior, porque além de perder esses milhões, você divide. Numa escola pública que estudam brancos e negros, segrega-se, dando oportunidade maior para um grupo. Conhecemos a história da construção do Brasil, mas a mudança que almejamos não será construída através da segregação – se isso continuar, os nossos filhos, netos e bisnetos necessitarão de cotas. Colunista: No governo Lula, milhares de pessoas saíram da miséria – que Dilma quer erradicar. Você percebe essa mudança nos bairros populares de Salvador? Bruno Alves – DEM: Ouve avanços; principalmente por que antes do PT chegar ao governo, nossas ideias foram implantadas por Itamar Franco e FHC: combatemos a inflação, tornamos a economia mais livre; o que gerou empregos e ajudou a combater a pobreza. O Bolsa Família perdeu um dos seus objetivos: o compromisso em preparar os assistidos para retornar ao mercado de trabalho. O governo comemora o aumento de famílias assistidas: se o programa fosse gerido de forma correta, esse número iria diminuir. Sem as ações de cunho liberal, o governo sabe que não teria o que comemorar. Mas, o governo não tem tomado medidas importantes para o Brasil continuar avançando. Colunista: Você se envolveu recentemente em uma polêmica. Afirmou, em uma reunião partidária, que o DEM “não é um partido de mauricinhos:”. Explique melhor... Bruno Alves – DEM: Os partidos adversários tentam dificultar o acesso da Juventude Democratas a determinados segmentos populares, colocando nossa imagem como elitista. Durante o seminário de formação de novas lideranças do DEM, combati a ideia de que o DEM é um partido de elite. Colunista: O pré-candidato a prefeitura de Salvador, deputado federal Nelson Pelegrino, acusou o DEM de usar um “negro de periferia” para dar aparência “menos elitista”... Foi preconceito? Bruno Alves – DEM: O deputado emitiu uma nota afirmando que eu estaria sendo usado, o que não me surpreendeu, pois apesar do discurso de respeito às diversidades, os partidos de esquerda são totalmente intolerantes a quem pensa de forma diferente e não obedece a velha cartilha. A declaração deixou exposto o preconceito ideológico e partidário, no aspecto racial. Foi uma colocação infeliz. Não gostei.
  • 4. Colunista: Daí você se transformou no garoto propaganda * do DEM... Bruno Alves – DEM: Após a polêmica com o deputado, escrevi um artigo no jornal A Tarde: “A esquerda não é dona da juventude”. O debate invadiu as discussões políticas e o marqueteiro José Fernandes me convidou para a inserção partidária.* Colunista: O ex-deputado federal José Carlos Aleluia se envolveu no debate, afirmando: “O sonho acabou. A juventude acordou para o PT. O paraíso prometido tornou-se uma infindável sucessão de casos de corrupção. Os jovens buscam novos caminhos”. Bruno Alves – DEM: Existem muitos jovens desiludidos com a esquerda; enquanto oposição, o PT se colocava como paladino da justiça e da moralidade - o que nunca foi -, ao chegar ao poder, a corrupção vira a maior marcar do governo. A juventude do PT não queria isso. A juventude do PCdoB não queria ver seu maior líder envolvido em corrupção – frustrando e afastando uma parcela do engajamento partidário. Colunista: Claro que foi uma “sacada” muito boa do marqueteiro... Bruno Alves – DEM: É certo que foi uma sacada muito boa, mas tudo isso foi construído de forma natural. Não fui usado pelo partido. Assim como o Deputado Nelson Pelegrino, existem outros intolerantes; mas a grande maioria das manifestações foram positivos – inclusive de militantes de partidos de esquerda. Colunista: Quais as referências dos jovens democratas? Bruno Alves – DEM: O senador Demóstenes Torres - que se posiciona sem medo das críticas e mostra veemência às posturas do DEM. É o nome para a Presidência da República! Há também o senador José Agripino, um intelectual nato que criou uma visão nova da oposição. Antes, desmereciam a oposição como “aqueles que perderam nas urnas”. A oposição é uma posição tão salutar quanto a situação. O poder é do povo... E o povo escolheu que desempenhássemos essa função. Colunista: Como o DEM desempenha essa função? Bruno Alves – DEM: Não somos oposição “ao Brasil”; mas uma oposição construtiva ao governo. Se o PT desempenhar uma função satisfatória, o DEM estará ajudando. E naquilo que formos contrários – não nas questões ideológicas, mas às necessidades da população - iremos nos opor. Colunista: O PFL virou DEM e trouxe o slogan “O partido das novas ideias”! Como podem surgir novas ideias em uma agremiação comandada por velhos caudilhos (José Agripino, Ronaldo Caiado, Efraim Morais, Heráclito Fortes, João Alves Filho, Marcos Maciel, o clã Maia), de extrema direita e que defende o posicionamento ideológico mais retrógrado na política partidária e concepção de Estado (liberalismo)? Bruno Alves – DEM: É um processo gradual. O DEM está aberto à juventude e a juventude é protagonista no DEM - temos trânsito livre e voz ativa. Mas, esse processo não acontece de uma hora para outra, colocando uma pessoa na presidência do partido só porque é jovem... A Juventude tem que se preparar. Colunista: Como assim? Bruno Alves – DEM: A juventude do DEM não fica apenas segurando bandeira, entregando cartazes e trabalhando prá que determinados políticos se
  • 5. mantenham no poder. Aqui, nós somos preparados. Não estamos presos a dar continuidade ao que já existe. Colunista: Isso acontece com você? Bruno Alves – DEM: Sou um exemplo em relação a isso. Entrei no DEM em 2010 e hoje sou o Presidente da Juventude Democratas da Bahia. Não é a juventude que me credencia, mas o comprometimento e a busca pelo conhecimento, para almejar e alcançar vôos maiores. Colunista: Políticos usam os jovens como massa de manobra e as universidades como palanques. Como está a relação dos movimentos estudantis com o governo? Bruno Alves – DEM: A UNE, para vergonha das entidades estudantis, é um braço do governo. Desde 1979 é ligada ao PCdoB; os estudantes com posição política e partidária diferente não são bem vindos e dificilmente crescerão na entidade. A UNE não faz mais mobilizações, mesmo vendo que a educação brasileira está em crise. A UNE está sendo financiada pelo Governo! Colunista: Financiada?!?! Bruno Alves – DEM: Antes de manifestar apoio oficial à campanha de Dilma, a UNE recebeu R$ 30 milhões de indenização por danos sofridos durante a Ditadura Militar, para construir um prédio de 12 andares no Rio de Janeiro que não foi construído – apenas foi lançada a pedra fundamental por Lula. É assim que o PT trabalha: os movimentos sociais, os sindicatos, fazem parte do governo – e seus membros estão espalhados em diversas esferas da Administração Pública. Colunista: Mesmo com o cenário negativo, aumenta o número de jovens interessados por política? Bruno Alves – DEM: Sim, mas não partidária. A juventude se mobiliza muito de forma apartidária. As redes sociais, por exemplo, caíram no gosto da juventude e viraram um espaço extremamente democrático para expressar opiniões. Isso não significa dizer que os partidos não estejam de portas abertas. Mas, devido à falta de oportunidade para o protagonismo nos partidos, a juventude se frustra e se afasta. Colunista: Essa intolerância às vozes contrárias ao governo é o que move à “regulamentação da mídia”? Bruno Alves – DEM: A liberdade de expressão é primazia. Só governos totalitários desejam regulamentar conteúdo. Vários governos começaram com uma regulamentação que a sociedade não via como censura e, ao passar dos anos, perceberam que já estavam amordaçados. A liberdade de expressar sua opinião é que levará a sociedade a vivenciar uma verdadeira democracia. Vivemos a ‘Jovem Democracia’. Caminhamos lentamente e, com a postura do governo do PT – ditatorial -, não chegamos a um patamar de Democracia plena. Colunista: Como fica a oposição? Bruno Alves – DEM: Tentam esmagar a oposição; mas para que uma Democracia seja vivenciada em sua plenitude tem que haver um equilíbrio de forças. O governo vem cooptando políticos e partidos; ainda que estes não estejam de acordo com a
  • 6. ideologia do governo - para ter uma base aliada muito superior ao necessário. Isso gera os casos de corrupção. Colunista: Qual a intenção do PT? Bruno Alves – DEM: Quem estudou a forma como o PT foi construído não se surpreende. Desde a fundação, o partido tinha um projeto de chegar ao poder e nunca mediu esforços. Como oposição, foi contra tudo que se fazia para melhorar a vida do povo brasileiro e que criou essa onda que hoje ele surfa! A corrupção neste governo é epidêmica. Na gestão Lula, você teve o Mensalão: pagamento em dinheiro aos políticos que aderiam à base de apoio ao governo. Na gestão Dilma, é o arrendamento dos Ministérios: dando aos partidos políticos autonomia para fazer e desfazer no órgão; inclusive autonomia para corromper. Com o loteamento e arrendamento, a corrupção vem em seguida... Colunista: Mas a presidente exonerou os acusados... Bruno Alves – DEM: Dilma, que na campanha e na Casa Civil se colocava como gestora exemplar, mas em nenhum dos casos de corrupção mostrou vontade em investigar e descobrir se os indícios eram verdadeiros. Seis ministros caíram por corrupção e nenhum foi por iniciativa do governo, mas por denúncias da imprensa. Por isso, a perseguição com a impressa. Temos que tomar cuidado: o modelo do PT governar é retrógrado! Colunista: A criação do PSD foi um golpe no DEM? Bruno Alves – DEM: A fundação do PSD tirou muitos políticos do DEM; mas apenas aqueles que não possuíam identidade ideológica e nem compromisso com os votos que receberam... Eles foram eleitos para ser oposição e não situação. O PSD nasceu pelo desejo de ficar no poder – interesse individual de seus membros. Colunista: O senador José Agripino disse que o DEM perdeu em número, mas não na essência. Dizer que os políticos que saíram “não fazem falta” é assumir que o partido foi irresponsável em indicar gente sem qualidade para relevantes funções (inclusive de Vice-Presidente, porque Índio da Costa foi embora do DEM)? Bruno Alves – DEM: De forma alguma. A frase do senador é perfeita. Fomos escolhidos para ser oposição. A partir do momento que grupos dentro do partido vão para a situação, eles deixaram de ser aquilo que o partido esperava deles: respeitar a vontade do povo. Saíram porque estavam apenas acometidos pela expectativa de situação; mas somos um partido com homens públicos aptos para atuar em ambas as esferas – na situação e na oposição. Essência: é a palavra no Democratas hoje. O DEM tem unidade. Os partidos brasileiros vão passar por uma renovação. O DEM saiu na frente. O PSDB vai ter que se reorganizar: há o grupo de Alckimin, de Serra. O PMDB se fortalece em cima de pseudos grupos regionais. Colunista: Ou tudo isso é só uma desculpa porque o DEM está morrendo? Bruno Alves – DEM: A melhor resposta aos que pensam que o DEM vai morrer será nas eleições de 2012: não será uma resposta do partido, será uma resposta da população! O eleitor de oposição busca uma perspectiva diferente e reconhece o DEM como a oposição no país. Colunista: Em 2010, o DEM realizou a maior confusão eleitoral da história e indicou um neófito para a Vice-Presidência: Índio da Costa - indivíduo sem
  • 7. relevância política, que não agregou e já caiu no ostracismo. O DEM colocou a vaidade acima do projeto de nação e bateu o pé: se não indicasse o vice, não apoiaria Serra. Pergunto: apoiaria quem? O PT? Plínio? O DEM valia pouco, mas ganhou no grito... Bruno Alves – DEM: Hoje, com um quadro menor, somos mais fortes do que na eleição passada. Quando não há unidade, cada um defende o grupo que faz parte. Hoje o diálogo é mais fácil dentro do DEM: o pensamento de grupos não existe. O problema citado não ocorreu só no DEM, foi um problema “de oposição”. O PSDB não se encontrou entre José Serra, Aécio e Alckimin. A oposição se deixou ser pautada e perdeu o seu caminho. O DEM tinha um peso importante nas eleições. Colunista: Senador José Agripino disse que o apoio ao PSDB em 2014 não é compulsório. Demóstenes Torres sinalizou candidatura própria. Mas, o nome de Aécio Neves é mais viável. Dividida, a oposição perde! O DEM está empenhado em acabar com qualquer possibilidade de tirar o PT do governo – e destruir de vez a oposição no Brasil? Bruno Alves – DEM: Os partidos de oposição necessitam abrir mão de projetos partidários. Vamos caminhar para essa unidade. Mas é importante ouvir a população. Será que a população está satisfeita com a polarização entre PT e PSDB? Será que a população não quer conhecer a agenda do DEM? É importante ouvir a população, o que não significa dizer que inexistirá aliança com o PSDB. Estou convicto: se você questionar para qualquer brasileiro qual é o partido que mais representa a oposição no Brasil, esse partido é o DEM. Colunista: Qual a mensagem que você deixa aos jovens que não se interessam por política? Bruno Alves – DEM: A indiferença e o silêncio daqueles que não se interessam por política, alimentam aqueles que não desejam a mudança. É fundamental nossa participação, nós somos protagonistas da mudança que tanto almejamos, não apenas por sermos jovens, mas principalmente por termos novas ideias. O caminho da mudança almejada passa pela renovação e essa renovação é muito importante para nossa jovem democracia.