2. O plágio é o ato de assinar ou apresentar
uma obra intelectual de qualquer natureza
(texto, música, obra pictórica, fotografia,
obra audiovisual, etc) contendo partes de uma
obra que pertença a outra pessoa sem colocar os
créditos para o autor original. No acto de plágio, o
plagiador apropria-se indevidamente da obra
intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria
da mesma.
3. A origem etimológica da palavra demonstra a conotação de má intenção no
acto de plagiar; o termo tem origem do latim plagiu que
significa oblíquo, indirecto, astucioso.1 O plágio é considerado antiético (ou
mesmo imoral) em várias culturas, e é qualificado como crime de violação
de direito autoral em vários países.
Plágio não é a mesma coisa que paródia. Na paródia, há uma intenção clara
de homenagem, crítica ou de sátira, não existe a intenção de enganar
o leitor ou o espectador quanto à identidade do autor da obra. Plágio é, por
exemplo, pegar uma música de algum cantor famoso, exemplo: Adam
Gontier, e dizer que a música foi escrita por você e não colocar créditos
Para evitar acusação de plágio quando se utilizar parte de uma obra
intelectual na criação de uma nova obra, recomenda-se colocar sempre
créditos completos para o autor, seguindo as normas da ABNT,
especialmente no caso de trabalhos acadêmicos onde normalmente se utiliza
a citação bibliográfica.
4. No Brasil o plágio é considerado crime e sua principal
referência é a lei 9.610. Todavia, a lei 9.610 é voltada para a
proteção de obras comerciais. Segundo essa lei seria
possível copias "pequenos trechos", o que é inadmissível
em um trabalho acadêmico. Para fins de trabalho acadêmico
é mais adequado seguir-se as normas da ABNT, que não
admitem exceções para textos copiados.
5. O que pode fazer o autor quando é vítima de plágio? Erwin Theodor Rosenthal,
eminente germanista, ensaísta e tradutor, que, em 2005, foi vítima de um notório
caso de plágio da sua tradução deA Origem da Tragédia (publicada em 1948),
relata um outro caso, ocorrido em 1931, em Viena, quando o
escritor austríaco Egon Friedell (1878 - 1938) escreveu ao seu plagiador, um certo
Anton Kuh, uma memorável carta aberta, com o seguinte teor:
Prezado Senhor,
Foi surpresa verificar que resolveu publicar a minha humilde estória, "O imperador
José e a Prostituta", tal como a escrevi, com o acréscimo das três palavras: "Por
Anton Kuh" , na publicação Querschnitt. Honra-me sem dúvida o fato de sua
escolha ter recaído na minha estorinha, quando toda a literatura mundial
desde Homero se encontrava à sua disposição. Teria gostado de retribuir na
mesma moeda, mas depois de examinar toda a sua obra, não encontrei nada que
tivesse vontade de subscrever. (ass) Egon Friedell.