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Olho Mágico - Vol. 8 - Nº 1 jan./abr.2001

Portfólio de avaliação do aluno: como desenvolvê-lo?
Otília Maria Lúcia Barbosa Seiffert
Doutora em Psicologia da Educação/PUC-SP,
Especialista em Avaliação Educacional/UnB/Cátedra UNESCO,
Docente do Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em SaúdeCEDESS da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

Na última década, a comunidade acadêmica e órgãos centrais de coordenação da
educação no Brasil vêm se envolvendo significativamente, de alguma forma, com a
avaliação educacional.
Se, por um lado, isso tem resultado em propostas de Avaliação Institucional e de
Sistema (Sistema de Avaliação da Educação Básica-SAEB; Exame Nacional de
Cursos-“Provão”; Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras-PAIUB;
Exame
nacional
do
Ensino
Médio-ENEM;
Comissão
Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico-CINAEM), por outro lado
tem contribuído para o avanço de reflexões teórico-metodológicas sobre o processo
avaliativo em suas diversas dimensões, provocando transformações, que buscam
substituir a cultura da prova pela cultura da avaliação. Ampliam-se os focos
avaliativos: além do rendimento do aluno, insiste-se no acompanhamento do
ensino, orientação da aprendizagem e obtenção de informações sobre o aluno, o
docente, o currículo, a instituição de ensino e o sistema.
Em se tratando da educação superior, há a preocupação de se compreender os
múltiplos aspectos relacionados às atividades desenvolvidas, tendo em vista a
consolidação de um padrão de qualidade, que legitime o papel da universidade
como lugar de excelência de produção e transmissão de conhecimentos e formação
profissional.
Neste sentido, quando se volta o olhar para o processo de formação acadêmica, é
indispensável considerar, como um dos pontos essenciais, a avaliação do aluno,
uma vez que pode favorecer a coleta de dados sobre a aprendizagem, o ensino, a
missão institucional e conseqüente transformação.
O quê, por quê, para quê, como e quando avaliar? Perguntas todas desafiadoras e
complexas de responder. Contudo, evidencia-se em debates e estudos um certo
consenso quanto a essas indagações, conforme nos assinala Souza (1995, p.25):
“A avaliação dever ser contínua”, ou seja “deve estar presente desde o início até o
final do trabalho que se desenvolve com o aluno;
- a avaliação deve ser compatível com os objetivos propostos;
- a avaliação deve ser ampla devendo considerar o domínio cognitivo, psicomotor e
afetivo;
- e deve haver diversidade de formas de proceder à avaliação (...) faz-se
necessário a utilização de procedimentos diversificados de avaliação”.
Ao assumirmos estes princípios básicos, elaboramos este texto tomando como eixo
provocativo a questão: como avaliar o aluno? Apresentamos como uma resposta
viável o portfólio enquanto instrumento que pode favorecer a reflexão contínua do
aluno e do professor sobre a qualidade das práticas educativas realizadas e em
realização no contexto escolar. Para tanto, recorremos a alguns autores nacionais e
estrangeiros, que têm tomado a avaliação da aprendizagem como objeto de
reflexão e pesquisas.
Dessa forma, esperamos estar contribuindo para o debate acerca da avaliação do
aluno, à medida que trazemos reflexões introdutórias sobre o portfólio como um
instrumento de avaliação formativa. Afinal, podemos detectar, através de pesquisas
e observações empíricas, que as práticas avaliativas no ensino superior ainda, em
sua maioria, privilegiam a “prova” como a única forma de avaliar “somativamente”
o aluno (para atribuir uma nota ao produto apresentado), perdendo de vista o
processo de aprendizagem e de auto-desenvolvimento do alunado.
O Portfólio do Aluno
A escolha de instrumentos avaliativos e sua forma de operacionalização são
fundamentais para a obtenção de dados confiáveis, que garantam a apreensão do
objeto da avaliação, a construção de síntese e a indicação da transformação
necessária. O portfólio é um desses instrumentos.
Na área da educação, o uso do portfólio é recente, cujo potencial começa a ser
explorado, principalmente em instituições de ensino superior nos Estados Unidos da
América.
Do levantamento bibliográfico realizado foi possível identificar algumas definições
relevantes:
“É, caracteristicamente, uma compilação de vários trabalhos produzidos e
colecionados durante a experiência universitária do estudante, juntamente com
ensaios auto-reflexivos escritos especialmente para o portfólio. Os trabalhos são
usados para demonstrar habilidades específicas, competências e valores que sejam
consistentes com as metas e objetivos do programa e da universidade” (Dey e
Fenty, 1997, p. 19).
“Um portfólio é muito mais que um arquivo cheio de coisas. É uma coleção
sistemática e organizada de evidências usadas pelos docentes e alunos para
acompanhar o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo do aluno numa área
específica” (Vaurus, 1990, apud Danielson e Abrutyn, 1997, p. vi).
“ Documento estruturado em que alunos estagiários descrevem e procuram analisar
experiências significativas que tenham tido antes e durante sua formação.
Incorpora uma série de tarefas reflexivas ao longo do período formativo, que pode
incluir um registro biográfico das experiências como estudantes, registros escritos
de suas experiências em diferentes cursos, diário de acontecimentos significativos
etc.” (Marcelo, 1998, p. 59)
As definições apontam três características básicas: a seleção intencional de
atividades de aprendizagem, a necessidade de estabelecer o propósito para sua
implementação e a oportunidade do aluno comentar ou refletir sobre o seu próprio
trabalho.
Danielson e Abrutyn (1997) distinguem três tipos de portfólio: o portfólio dos
trabalhos, o portfólio de apresentação ou dos melhores trabalhos e o portfólio de
avaliação.
O Portfólio de Trabalho é uma coleção dos trabalhos, cujo propósito é servir
como um arquivo das atividades do aluno, que poderão futuramente ser
selecionadas para compor outro tipo de portfólio. Pode ser usado para diagnosticar
as necessidades do aluno e reorientar o ensino, pois o aluno e o professor poderão
conhecer os pontos fortes e fracos do processo de aprendizagem em relação aos
objetivos alcançados. Ao elaborar o portfólio e avaliar seu conteúdo, o aluno tornase mais reflexivo e auto-orientado.
Este portfólio estrutura-se em torno de um conteúdo específico e documenta o
processo de aprendizagem do aluno em relação ao seu domínio de objetivos
esperados, o que pode ajudar no redimensionamento do ensino.
O Portfólio de Apresentação ou dos Melhores Trabalhos contém os melhores
trabalhos realizados pelo aluno, podendo incluir atividades extra-escolares. (ex:
participação em concurso ou evento científico, trabalho voluntário em Instituições
Sociais etc.) Como aprendiz o aluno seleciona o que acredita ser importante para
sua aprendizagem, o que valoriza e deseja mostrar a outros.
O Portfólio de Avaliação documenta o processo de aprendizagem do aluno: seus
comentários sobre pontos trabalhados de acordo com os objetivos curriculares.
O processo de elaboração deste tipo de portfólio envolve as seguintes ações:
• indicação dos objetivos curriculares a serem focalizados no portfólio;
• explicitação
sobre o uso das informações contidas no portfólio;
• estabelecimento das tarefas avaliativas em relação aos objetivos curriculares,
tendo sempre em vista as competências, habilidades e atitudes que se deseja
adquirir
e
seus
níveis
de
complexidade;
• definição de critérios de avaliação para cada atividade desenvolvida;
• determinação do avaliador do portfólio: apenas o(s) professor(es)? Os
professores e alunos? Avaliadores externos por área de especialização?;
•
Tomada
de
decisões
com
base
nas
avaliações
do
portfólio;
• Implementação de mudanças necessárias no processo ensino-aprendizagem.
Assim, ao demonstrar, diagnosticar e valorizar ou qualificar a aprendizagem, os
portfólios podem transformar o ambiente de sala de aula. Sua mágica não reside
em si mesmo (como produto final), mas no processo de elaboração e na cultura
escolar na qual se valoriza a aprendizagem documentada. (Danielson e Abrutyn,
1997)
Passos para a criação de um Portfólio de Avaliação
O portfólio é composto de duas importantes dimensões: o produto (um portfólio
completo) e o processo, que envolve um olhar seletivo e crítico sobre as atividades
de aprendizagem.
O processo de desenvolvimento de um portfólio consiste de quatro passos básicos:
coleção, seleção, reflexão e projeção (Danielson e Abrutyn, 1997).
A coleção das atividades realizadas pelo aluno exige planejamento de acordo com
os objetivos de aprendizagem que se deseja atingir, ilustrando e documentando o
que o aluno aprendeu e seu nível de domínio sobre a área em foco (ex. disciplina,
unidade de disciplina, iniciação científica, estágio supervisionado, etc.)
O segundo passo é a seleção, momento que o aluno (com a ajuda do professor, se
desejar ou se estabelecido) examina o que foi coletado para identificar quais
atividades melhor demonstram o seu processo de aprendizagem, no sentido de
sinalizar limites, recuos, possibilidades e avanços.
Esse é um processo dinâmico, pois clarifica e reforça os objetivos de ensino e
aprendizagem.
“Ao conduzir o aluno a julgar qual atividade vincula-se a determinado critério, o
papel da avaliação desloca-se do professor para o aluno, consolidando-se uma
avaliação formativa por redirecionar o ensino e informar sobre a aprendizagem
futura” (Danielson e Abrutyn, 1997, p. 15).
A reflexão constitui-se em um momento especial, pois o aluno articula (por escrito)
sua apreciação sobre cada trabalho selecionado para compor o portfólio, tomando
consciência de si mesmo como aprendiz para demonstrar e justificar o seu domínio
em relação a objetivos de aprendizagem previstos ou não.
Devido esta prática de reflexão ser pouco comum no âmbito da avaliação da
aprendizagem, é importante que sejam fornecidas instruções para o seu
desenvolvimento, que devem partir do professor e também dos alunos .
A projeção, estágio final da elaboração do portfólio, consiste em definir objetivos
para o futuro. O aluno analisa os trabalhos realizados como um todo, avalia e
projeta ações para melhoria e aprofundamento.
A auto-reflexão, que envolve a construção deste tipo de portólio, leva o aluno a
novas descobertas sobre si mesmo, como sujeito interativo do processo de ensinoaprendizagem, e o professor a perceber os rumos e impactos de sua atuação,
principalmente quando se considera três indagações fundamentais:
• onde estamos?: saber onde e como estamos, ou seja como chegamos aqui;
• para onde queremos ir?: saber o que buscamos com a educação escolar e o que
queremos
com
a
avaliação;
• que fazer?: estabelecer um plano de ação e tomada de decisão sobre as
necessárias transformações. (Vasconcelos, 1995)
Ao se tomar estes eixos orientadores no processo de reflexão, será possível
entrelaçar o ensino, a aprendizagem e a avaliação em cada momento da
construção do portfólio. Isso porque, o professor articula os objetivos da
aprendizagem e orienta como demonstrar no portfólio o domínio de várias
competências e habilidades. O aluno examina seu trabalho face aos critérios
estabelecidos pelo professor (de preferência com a participação dos alunos). E
mais, o professor deixa de ser o único a fazer julgamento sobre aluno. Os alunos
avaliam seus trabalhos e buscam o aperfeiçoamento, a partir das necessidades
identificadas, tornando-se conscientes de sua aprendizagem como sujeitos capazes
de produzir diferentes trabalhos para sua formação acadêmica.
A Estrutura de um Portfólio de Avaliação do Aluno – indicando uma
proposta
Ao considerar discussões e sugestões de alguns educadores (Seldin, 1997;
Danielson e Abrutyn, 1997), fundamentados em estudos sobre o uso de portfólio, e
a intenção de trazer contribuições para que se enfrente o desafio de integrar o
portfólio como uma técnica de avaliação do desempenho do aluno de ensino
superior no Brasil, apresentamos uma proposta para a construção do portfólio de
avaliação do aluno.
É importante ressaltar que o portfólio é um instrumento de avaliação personalizado,
cuja estrutura e conteúdo diferem, mesmo quando produzido num mesmo contexto
escolar. No entanto, entendemos que sua composição deve incorporar os seguintes
requisitos:
• Capa identificação do aluno, atividade curricular e instituição;
• Sumário – indicação do conteúdo em sequência lógica, expressando a trajetória
do
processo
de
aprendizagem
do
aluno;
• Introdução – apresentação da atividade curricular (disciplina, unidade de
disciplina, projeto de pesquisa ou extensão, estágio supervisionado, etc.) a que se
refere o portfólio, critérios de organização do documento, objetivos de
aprendizagem previstos, e comentários gerais sobre o desenvolvimento do aluno,
os produtos da aprendizagem e o período no qual se desenvolveram os trabalhos
apresentados;
• O processo e produtos da aprendizagem – descrição dos momentos e produtos da
aprendizagem em sequência cronológica, a fim de ilustrar o desenvolvimento e
aperfeiçoamento do aluno. Cada atividade ou conjunto de atividades deve ser
explicada e acompanhada de uma “auto-reflexão”, sinalizando as dificuldades,
recuos, possibilidades e avanços do processo de aprendizagem vivido pelo aluno.
Cabe também ao aluno comentar sobre as condições em que se concretizaram as
práticas educativas e as relações pessoais que foram estabelecidas durante sua
aprendizagem;
• Plano de Ação – indicação de atividades a serem desenvolvidas, relacionando-as
com as evidências que apontam a necessidade de revisão e aprofundamento de
conteúdos, aquisição de habilidades e atitudes. É o momento que o aluno assume,
de uma forma mais explícita, a responsabilidade pela sua trajetória de formação,
uma vez que toma decisões sobre “o que fazer” para superar dificuldades, por ele
identificadas,
no
processo
de
concretização
dos
objetivos
previstos;
• Parecer do Professor – apreciação crítica sobre o desempenho do aluno, sua
seleção, reflexão e projeção e a relação entre o aprendizado e o ensino (intenções
e realizações). É oportuno dar orientações, sugerindo estudos e práticas de revisão
e aprofundamento, que possam promover a aprendizagem do aluno.
Esta
caminhada,
alicerçada
numa
perspectiva
formativa,
exige
um
acompanhamento contínuo pelo professor - desde o início até o final do(s)
trabalho(s) que é(são) realizado(s) pelo aluno -, objetivando o desenvolvimento de
competências, habilidades e atitudes relacionadas à uma determinada etapa do
programa curricular. Portanto, essa exigência deve orientar a definição do
cronograma de entrega do portfólio e apreciação do professor ao longo de um
semestre ou ano letivo.
Assim, organizado e integrado à cultura escolar, o portfólio poderá trazer
contribuições significativas para o envolvimento consciente do aluno em seu
processo de formação e possibilitar o conhecimento da complexidade e
particularidade do ensino e da própria missão institucional.
Apontamentos Finais
Atualmente, há uma pressão crescente, por parte da comunidade acadêmica, da
sociedade e de órgãos centrais da educação, para que as instituições de ensino
superior reflitam sobre suas práticas pedagógicas, no sentido de fornecer respostas
às questões: Como estão formando seus alunos? Que tipo de ensino estão
concretizando? Qual a relevância social de sua missão institucional?”
Embora estudos e pesquisas nos respondam estas indagações, tem sido explicitado
a necessidade de se utilizar técnicas avaliativas que tornem o professor e o aluno
observadores sistemáticos e críticos das práticas cotidianas de sala de aula e outros
cenários de formação.
O objetivo das instituições de ensino superior é contribuir para a formação integral
do aluno. Entretanto, há consenso de que o ensino não está bem; a aprendizagem
está insatisfatória e a função social das instituições está distante das reais
necessidades da comunidade na qual estão inseridas.
Este trabalho sobre o portfólio visa contribuir para se pensar a formação acadêmica
no contexto da avaliação formativa, na qual há espaço para a reflexão, autoavaliação e redirecionamento das práticas educativas no ensino superior.
O portfólio é um instrumento
transformador porque:

relevante

para

um

processo

de

avaliação

• a seleção dos trabalhos, que melhor ilustram o processo de aprendizagem,
conduz o aluno à auto-avaliação ao invés da avaliação exclusiva do professor,
favorecendo
a
função
formativa
da
avaliação;
• os alunos, através da seleção e reflexão, assumem a responsabilidade por sua
aprendizagem e estabelecem uma relação diferente com o conhecimento, os
professores
e
seus
pares;
• ao selecionar os produtos da sua aprendizagem, o aluno participa efetivamente
da indicação de “critérios” de qualidade e de “parâmetros” para a crítica sobre o
seu
próprio
trabalho;
• a reflexão contínua sobre as atividades desenvolvidas possibilita identificar
características, padrões e tendências sobre o processo de formação do aluno como
um
todo;
• os professores passam a conhecer mais sobre o processo de aprendizagem do
aluno, através de atividades que exigem o uso de diferentes atitudes, habilidades e
conhecimentos sobre os quais o próprio aluno elabora sua avaliação;
• rever o trabalho, comentar sua qualidade e justificá-lo contribui para consolidar
uma
cultura
avaliativa
reflexiva
e
questionadora;
• a avaliação do aluno fornece ao professor "feedbacks" relevantes sobre o seu
ensino que poderão levar a mudanças para atingir o padrão de qualidade esperado;
• a técnica do portfólio demanda encontros regulares entre professor e aluno para
diálogo
e
análise
conjunta
do
processo
ensino-aprendizagem;
• o portfólio oportuniza aos professores o trabalho coletivo, ao apontar evidências
sobre as expectactivas em relação aos alunos, os objetivos de aprendizagem
previstos e realizados, levando-os a repensarem as práticas de ensino e
aprendizagem e a missão institucional;
Podemos assim concluir, que os portfólios são autênticas janelas à aprendizagem e
ao pensamento dos alunos, cenários para questionar e explorar as práticas de sala
de aula, além de fontes fecundas para debates, estudos e pesquisas no campo da
educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) BLACK, L.C. Portfolio Assessment. In: BANTA, Trudy W. and Associates. Making
a Difference – outcomes of a decade of assessment in higher educacion.
San Francisco: Jossey –Bass publishers, 1993.
2) CENTRA, J.A. A utilização do portfólio de ensino e avaliações dos estudantes na
avaliação somativa. Journal of Higher Education, n. 65, p. 555-70, 1994.
(Tradução de Beatriz Lobo da Costa).
3) CUNHA, M.I. O professor universitário na transição de paradigmas.
Araraquara: JM Editora, 1998.
4) DANIELSON, C.; ABRUTYN, L. An introduction to using portfolios in the
classroom. Alexandria, VA: ASCD, 1997.
5) DEY, E.L.; FENTY, J.M. Avaliação em Educação Superior: técnicas e
instrumentos de avaliação. In: MACHADO, E. C.B.S. Técnicas e instrumentos de
avaliação. Brasília: UnB/Cátedra UNESCO, 1997.
6) FETTERMAN, D.M. Empowerment evolution: knowledge and tools for selfassessment and accountability. Fetterman & Kaftarian Editors, 1996.
7) LUCKESI, C.C.
1995.

Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,

8) MACHADO, E.C.B.S. (org.). Acompanhamento e avaliação de alunos. Brasília:
UnB/Cátedra UNESCO, 1998.
9) ________. Técnicas e instrumentos de avaliação. Brasília: UnB/Cátedra
UNESCO, 1997.
10) MARCELO, C. Pesquisa sobre a formação de professores – o conhecimento
sobre aprender a ensinar. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 9, p.5175, set/out/dez, 1998.
11) SELDIN, P. O portfólio de ensino. Boston, MA: Anker. Publishing Company,
1997. (Tradução de Adriano Farah e Renato de Azevedo Rezende Neto).
12) SGUISSARDI, V. (org.). Avaliação universitária em questão – reformas do
Estado e da educação superior. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
13) SOUSA, C. P. (org.). Avaliação do rendimento escolar. São Paulo: Papirus,
1995.
14) VASCONCELLOS, C.S. Avaliação – concepção dialética – libertadora do
processo de avaliação escolar. 8ª ed. São Paulo: Libertad, 1995.

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  • 1. Olho Mágico - Vol. 8 - Nº 1 jan./abr.2001 Portfólio de avaliação do aluno: como desenvolvê-lo? Otília Maria Lúcia Barbosa Seiffert Doutora em Psicologia da Educação/PUC-SP, Especialista em Avaliação Educacional/UnB/Cátedra UNESCO, Docente do Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em SaúdeCEDESS da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Na última década, a comunidade acadêmica e órgãos centrais de coordenação da educação no Brasil vêm se envolvendo significativamente, de alguma forma, com a avaliação educacional. Se, por um lado, isso tem resultado em propostas de Avaliação Institucional e de Sistema (Sistema de Avaliação da Educação Básica-SAEB; Exame Nacional de Cursos-“Provão”; Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras-PAIUB; Exame nacional do Ensino Médio-ENEM; Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico-CINAEM), por outro lado tem contribuído para o avanço de reflexões teórico-metodológicas sobre o processo avaliativo em suas diversas dimensões, provocando transformações, que buscam substituir a cultura da prova pela cultura da avaliação. Ampliam-se os focos avaliativos: além do rendimento do aluno, insiste-se no acompanhamento do ensino, orientação da aprendizagem e obtenção de informações sobre o aluno, o docente, o currículo, a instituição de ensino e o sistema. Em se tratando da educação superior, há a preocupação de se compreender os múltiplos aspectos relacionados às atividades desenvolvidas, tendo em vista a consolidação de um padrão de qualidade, que legitime o papel da universidade como lugar de excelência de produção e transmissão de conhecimentos e formação profissional. Neste sentido, quando se volta o olhar para o processo de formação acadêmica, é indispensável considerar, como um dos pontos essenciais, a avaliação do aluno, uma vez que pode favorecer a coleta de dados sobre a aprendizagem, o ensino, a missão institucional e conseqüente transformação. O quê, por quê, para quê, como e quando avaliar? Perguntas todas desafiadoras e complexas de responder. Contudo, evidencia-se em debates e estudos um certo consenso quanto a essas indagações, conforme nos assinala Souza (1995, p.25): “A avaliação dever ser contínua”, ou seja “deve estar presente desde o início até o final do trabalho que se desenvolve com o aluno; - a avaliação deve ser compatível com os objetivos propostos; - a avaliação deve ser ampla devendo considerar o domínio cognitivo, psicomotor e afetivo; - e deve haver diversidade de formas de proceder à avaliação (...) faz-se necessário a utilização de procedimentos diversificados de avaliação”. Ao assumirmos estes princípios básicos, elaboramos este texto tomando como eixo provocativo a questão: como avaliar o aluno? Apresentamos como uma resposta viável o portfólio enquanto instrumento que pode favorecer a reflexão contínua do aluno e do professor sobre a qualidade das práticas educativas realizadas e em realização no contexto escolar. Para tanto, recorremos a alguns autores nacionais e
  • 2. estrangeiros, que têm tomado a avaliação da aprendizagem como objeto de reflexão e pesquisas. Dessa forma, esperamos estar contribuindo para o debate acerca da avaliação do aluno, à medida que trazemos reflexões introdutórias sobre o portfólio como um instrumento de avaliação formativa. Afinal, podemos detectar, através de pesquisas e observações empíricas, que as práticas avaliativas no ensino superior ainda, em sua maioria, privilegiam a “prova” como a única forma de avaliar “somativamente” o aluno (para atribuir uma nota ao produto apresentado), perdendo de vista o processo de aprendizagem e de auto-desenvolvimento do alunado. O Portfólio do Aluno A escolha de instrumentos avaliativos e sua forma de operacionalização são fundamentais para a obtenção de dados confiáveis, que garantam a apreensão do objeto da avaliação, a construção de síntese e a indicação da transformação necessária. O portfólio é um desses instrumentos. Na área da educação, o uso do portfólio é recente, cujo potencial começa a ser explorado, principalmente em instituições de ensino superior nos Estados Unidos da América. Do levantamento bibliográfico realizado foi possível identificar algumas definições relevantes: “É, caracteristicamente, uma compilação de vários trabalhos produzidos e colecionados durante a experiência universitária do estudante, juntamente com ensaios auto-reflexivos escritos especialmente para o portfólio. Os trabalhos são usados para demonstrar habilidades específicas, competências e valores que sejam consistentes com as metas e objetivos do programa e da universidade” (Dey e Fenty, 1997, p. 19). “Um portfólio é muito mais que um arquivo cheio de coisas. É uma coleção sistemática e organizada de evidências usadas pelos docentes e alunos para acompanhar o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo do aluno numa área específica” (Vaurus, 1990, apud Danielson e Abrutyn, 1997, p. vi). “ Documento estruturado em que alunos estagiários descrevem e procuram analisar experiências significativas que tenham tido antes e durante sua formação. Incorpora uma série de tarefas reflexivas ao longo do período formativo, que pode incluir um registro biográfico das experiências como estudantes, registros escritos de suas experiências em diferentes cursos, diário de acontecimentos significativos etc.” (Marcelo, 1998, p. 59) As definições apontam três características básicas: a seleção intencional de atividades de aprendizagem, a necessidade de estabelecer o propósito para sua implementação e a oportunidade do aluno comentar ou refletir sobre o seu próprio trabalho. Danielson e Abrutyn (1997) distinguem três tipos de portfólio: o portfólio dos trabalhos, o portfólio de apresentação ou dos melhores trabalhos e o portfólio de avaliação. O Portfólio de Trabalho é uma coleção dos trabalhos, cujo propósito é servir como um arquivo das atividades do aluno, que poderão futuramente ser
  • 3. selecionadas para compor outro tipo de portfólio. Pode ser usado para diagnosticar as necessidades do aluno e reorientar o ensino, pois o aluno e o professor poderão conhecer os pontos fortes e fracos do processo de aprendizagem em relação aos objetivos alcançados. Ao elaborar o portfólio e avaliar seu conteúdo, o aluno tornase mais reflexivo e auto-orientado. Este portfólio estrutura-se em torno de um conteúdo específico e documenta o processo de aprendizagem do aluno em relação ao seu domínio de objetivos esperados, o que pode ajudar no redimensionamento do ensino. O Portfólio de Apresentação ou dos Melhores Trabalhos contém os melhores trabalhos realizados pelo aluno, podendo incluir atividades extra-escolares. (ex: participação em concurso ou evento científico, trabalho voluntário em Instituições Sociais etc.) Como aprendiz o aluno seleciona o que acredita ser importante para sua aprendizagem, o que valoriza e deseja mostrar a outros. O Portfólio de Avaliação documenta o processo de aprendizagem do aluno: seus comentários sobre pontos trabalhados de acordo com os objetivos curriculares. O processo de elaboração deste tipo de portfólio envolve as seguintes ações: • indicação dos objetivos curriculares a serem focalizados no portfólio; • explicitação sobre o uso das informações contidas no portfólio; • estabelecimento das tarefas avaliativas em relação aos objetivos curriculares, tendo sempre em vista as competências, habilidades e atitudes que se deseja adquirir e seus níveis de complexidade; • definição de critérios de avaliação para cada atividade desenvolvida; • determinação do avaliador do portfólio: apenas o(s) professor(es)? Os professores e alunos? Avaliadores externos por área de especialização?; • Tomada de decisões com base nas avaliações do portfólio; • Implementação de mudanças necessárias no processo ensino-aprendizagem. Assim, ao demonstrar, diagnosticar e valorizar ou qualificar a aprendizagem, os portfólios podem transformar o ambiente de sala de aula. Sua mágica não reside em si mesmo (como produto final), mas no processo de elaboração e na cultura escolar na qual se valoriza a aprendizagem documentada. (Danielson e Abrutyn, 1997) Passos para a criação de um Portfólio de Avaliação O portfólio é composto de duas importantes dimensões: o produto (um portfólio completo) e o processo, que envolve um olhar seletivo e crítico sobre as atividades de aprendizagem. O processo de desenvolvimento de um portfólio consiste de quatro passos básicos: coleção, seleção, reflexão e projeção (Danielson e Abrutyn, 1997). A coleção das atividades realizadas pelo aluno exige planejamento de acordo com os objetivos de aprendizagem que se deseja atingir, ilustrando e documentando o que o aluno aprendeu e seu nível de domínio sobre a área em foco (ex. disciplina, unidade de disciplina, iniciação científica, estágio supervisionado, etc.) O segundo passo é a seleção, momento que o aluno (com a ajuda do professor, se desejar ou se estabelecido) examina o que foi coletado para identificar quais
  • 4. atividades melhor demonstram o seu processo de aprendizagem, no sentido de sinalizar limites, recuos, possibilidades e avanços. Esse é um processo dinâmico, pois clarifica e reforça os objetivos de ensino e aprendizagem. “Ao conduzir o aluno a julgar qual atividade vincula-se a determinado critério, o papel da avaliação desloca-se do professor para o aluno, consolidando-se uma avaliação formativa por redirecionar o ensino e informar sobre a aprendizagem futura” (Danielson e Abrutyn, 1997, p. 15). A reflexão constitui-se em um momento especial, pois o aluno articula (por escrito) sua apreciação sobre cada trabalho selecionado para compor o portfólio, tomando consciência de si mesmo como aprendiz para demonstrar e justificar o seu domínio em relação a objetivos de aprendizagem previstos ou não. Devido esta prática de reflexão ser pouco comum no âmbito da avaliação da aprendizagem, é importante que sejam fornecidas instruções para o seu desenvolvimento, que devem partir do professor e também dos alunos . A projeção, estágio final da elaboração do portfólio, consiste em definir objetivos para o futuro. O aluno analisa os trabalhos realizados como um todo, avalia e projeta ações para melhoria e aprofundamento. A auto-reflexão, que envolve a construção deste tipo de portólio, leva o aluno a novas descobertas sobre si mesmo, como sujeito interativo do processo de ensinoaprendizagem, e o professor a perceber os rumos e impactos de sua atuação, principalmente quando se considera três indagações fundamentais: • onde estamos?: saber onde e como estamos, ou seja como chegamos aqui; • para onde queremos ir?: saber o que buscamos com a educação escolar e o que queremos com a avaliação; • que fazer?: estabelecer um plano de ação e tomada de decisão sobre as necessárias transformações. (Vasconcelos, 1995) Ao se tomar estes eixos orientadores no processo de reflexão, será possível entrelaçar o ensino, a aprendizagem e a avaliação em cada momento da construção do portfólio. Isso porque, o professor articula os objetivos da aprendizagem e orienta como demonstrar no portfólio o domínio de várias competências e habilidades. O aluno examina seu trabalho face aos critérios estabelecidos pelo professor (de preferência com a participação dos alunos). E mais, o professor deixa de ser o único a fazer julgamento sobre aluno. Os alunos avaliam seus trabalhos e buscam o aperfeiçoamento, a partir das necessidades identificadas, tornando-se conscientes de sua aprendizagem como sujeitos capazes de produzir diferentes trabalhos para sua formação acadêmica. A Estrutura de um Portfólio de Avaliação do Aluno – indicando uma proposta Ao considerar discussões e sugestões de alguns educadores (Seldin, 1997; Danielson e Abrutyn, 1997), fundamentados em estudos sobre o uso de portfólio, e a intenção de trazer contribuições para que se enfrente o desafio de integrar o portfólio como uma técnica de avaliação do desempenho do aluno de ensino superior no Brasil, apresentamos uma proposta para a construção do portfólio de avaliação do aluno.
  • 5. É importante ressaltar que o portfólio é um instrumento de avaliação personalizado, cuja estrutura e conteúdo diferem, mesmo quando produzido num mesmo contexto escolar. No entanto, entendemos que sua composição deve incorporar os seguintes requisitos: • Capa identificação do aluno, atividade curricular e instituição; • Sumário – indicação do conteúdo em sequência lógica, expressando a trajetória do processo de aprendizagem do aluno; • Introdução – apresentação da atividade curricular (disciplina, unidade de disciplina, projeto de pesquisa ou extensão, estágio supervisionado, etc.) a que se refere o portfólio, critérios de organização do documento, objetivos de aprendizagem previstos, e comentários gerais sobre o desenvolvimento do aluno, os produtos da aprendizagem e o período no qual se desenvolveram os trabalhos apresentados; • O processo e produtos da aprendizagem – descrição dos momentos e produtos da aprendizagem em sequência cronológica, a fim de ilustrar o desenvolvimento e aperfeiçoamento do aluno. Cada atividade ou conjunto de atividades deve ser explicada e acompanhada de uma “auto-reflexão”, sinalizando as dificuldades, recuos, possibilidades e avanços do processo de aprendizagem vivido pelo aluno. Cabe também ao aluno comentar sobre as condições em que se concretizaram as práticas educativas e as relações pessoais que foram estabelecidas durante sua aprendizagem; • Plano de Ação – indicação de atividades a serem desenvolvidas, relacionando-as com as evidências que apontam a necessidade de revisão e aprofundamento de conteúdos, aquisição de habilidades e atitudes. É o momento que o aluno assume, de uma forma mais explícita, a responsabilidade pela sua trajetória de formação, uma vez que toma decisões sobre “o que fazer” para superar dificuldades, por ele identificadas, no processo de concretização dos objetivos previstos; • Parecer do Professor – apreciação crítica sobre o desempenho do aluno, sua seleção, reflexão e projeção e a relação entre o aprendizado e o ensino (intenções e realizações). É oportuno dar orientações, sugerindo estudos e práticas de revisão e aprofundamento, que possam promover a aprendizagem do aluno. Esta caminhada, alicerçada numa perspectiva formativa, exige um acompanhamento contínuo pelo professor - desde o início até o final do(s) trabalho(s) que é(são) realizado(s) pelo aluno -, objetivando o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes relacionadas à uma determinada etapa do programa curricular. Portanto, essa exigência deve orientar a definição do cronograma de entrega do portfólio e apreciação do professor ao longo de um semestre ou ano letivo. Assim, organizado e integrado à cultura escolar, o portfólio poderá trazer contribuições significativas para o envolvimento consciente do aluno em seu processo de formação e possibilitar o conhecimento da complexidade e particularidade do ensino e da própria missão institucional. Apontamentos Finais Atualmente, há uma pressão crescente, por parte da comunidade acadêmica, da sociedade e de órgãos centrais da educação, para que as instituições de ensino superior reflitam sobre suas práticas pedagógicas, no sentido de fornecer respostas às questões: Como estão formando seus alunos? Que tipo de ensino estão concretizando? Qual a relevância social de sua missão institucional?” Embora estudos e pesquisas nos respondam estas indagações, tem sido explicitado a necessidade de se utilizar técnicas avaliativas que tornem o professor e o aluno
  • 6. observadores sistemáticos e críticos das práticas cotidianas de sala de aula e outros cenários de formação. O objetivo das instituições de ensino superior é contribuir para a formação integral do aluno. Entretanto, há consenso de que o ensino não está bem; a aprendizagem está insatisfatória e a função social das instituições está distante das reais necessidades da comunidade na qual estão inseridas. Este trabalho sobre o portfólio visa contribuir para se pensar a formação acadêmica no contexto da avaliação formativa, na qual há espaço para a reflexão, autoavaliação e redirecionamento das práticas educativas no ensino superior. O portfólio é um instrumento transformador porque: relevante para um processo de avaliação • a seleção dos trabalhos, que melhor ilustram o processo de aprendizagem, conduz o aluno à auto-avaliação ao invés da avaliação exclusiva do professor, favorecendo a função formativa da avaliação; • os alunos, através da seleção e reflexão, assumem a responsabilidade por sua aprendizagem e estabelecem uma relação diferente com o conhecimento, os professores e seus pares; • ao selecionar os produtos da sua aprendizagem, o aluno participa efetivamente da indicação de “critérios” de qualidade e de “parâmetros” para a crítica sobre o seu próprio trabalho; • a reflexão contínua sobre as atividades desenvolvidas possibilita identificar características, padrões e tendências sobre o processo de formação do aluno como um todo; • os professores passam a conhecer mais sobre o processo de aprendizagem do aluno, através de atividades que exigem o uso de diferentes atitudes, habilidades e conhecimentos sobre os quais o próprio aluno elabora sua avaliação; • rever o trabalho, comentar sua qualidade e justificá-lo contribui para consolidar uma cultura avaliativa reflexiva e questionadora; • a avaliação do aluno fornece ao professor "feedbacks" relevantes sobre o seu ensino que poderão levar a mudanças para atingir o padrão de qualidade esperado; • a técnica do portfólio demanda encontros regulares entre professor e aluno para diálogo e análise conjunta do processo ensino-aprendizagem; • o portfólio oportuniza aos professores o trabalho coletivo, ao apontar evidências sobre as expectactivas em relação aos alunos, os objetivos de aprendizagem previstos e realizados, levando-os a repensarem as práticas de ensino e aprendizagem e a missão institucional; Podemos assim concluir, que os portfólios são autênticas janelas à aprendizagem e ao pensamento dos alunos, cenários para questionar e explorar as práticas de sala de aula, além de fontes fecundas para debates, estudos e pesquisas no campo da educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) BLACK, L.C. Portfolio Assessment. In: BANTA, Trudy W. and Associates. Making a Difference – outcomes of a decade of assessment in higher educacion. San Francisco: Jossey –Bass publishers, 1993. 2) CENTRA, J.A. A utilização do portfólio de ensino e avaliações dos estudantes na avaliação somativa. Journal of Higher Education, n. 65, p. 555-70, 1994. (Tradução de Beatriz Lobo da Costa).
  • 7. 3) CUNHA, M.I. O professor universitário na transição de paradigmas. Araraquara: JM Editora, 1998. 4) DANIELSON, C.; ABRUTYN, L. An introduction to using portfolios in the classroom. Alexandria, VA: ASCD, 1997. 5) DEY, E.L.; FENTY, J.M. Avaliação em Educação Superior: técnicas e instrumentos de avaliação. In: MACHADO, E. C.B.S. Técnicas e instrumentos de avaliação. Brasília: UnB/Cátedra UNESCO, 1997. 6) FETTERMAN, D.M. Empowerment evolution: knowledge and tools for selfassessment and accountability. Fetterman & Kaftarian Editors, 1996. 7) LUCKESI, C.C. 1995. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 8) MACHADO, E.C.B.S. (org.). Acompanhamento e avaliação de alunos. Brasília: UnB/Cátedra UNESCO, 1998. 9) ________. Técnicas e instrumentos de avaliação. Brasília: UnB/Cátedra UNESCO, 1997. 10) MARCELO, C. Pesquisa sobre a formação de professores – o conhecimento sobre aprender a ensinar. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 9, p.5175, set/out/dez, 1998. 11) SELDIN, P. O portfólio de ensino. Boston, MA: Anker. Publishing Company, 1997. (Tradução de Adriano Farah e Renato de Azevedo Rezende Neto). 12) SGUISSARDI, V. (org.). Avaliação universitária em questão – reformas do Estado e da educação superior. Campinas, SP: Autores Associados, 1997. 13) SOUSA, C. P. (org.). Avaliação do rendimento escolar. São Paulo: Papirus, 1995. 14) VASCONCELLOS, C.S. Avaliação – concepção dialética – libertadora do processo de avaliação escolar. 8ª ed. São Paulo: Libertad, 1995.