1. A Tecnologia Assistiva (TA) consiste em recursos que
proporcionam acessibilidade a pessoas com
necessidades especiais.
2. CONCEITUAÇÃO
No Brasil, o Comitê de Ajudas
Técnicas(CAT), propõe o seguinte
conceito para a Tecnologia
Assistiva:
“Tecnologia Assistiva é uma área
do conhecimento, de
característica interdisciplinar, que
engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam
promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e
participação de pessoas com
deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão
social".
3. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Recursos
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema
computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas,
computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de
acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para
mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa,
chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais,
materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis
comercialmente.
Serviços
São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando
selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia Assistiva. Como
exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos
equipamentos.
4. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Deficiência Visual(DV):
Deficiência visual é a perda ou redução
da capacidade visual em ambos os
olhos, com carácter definitivo, não
sendo susceptível de ser melhorada ou
corrigida com o uso de lentes e/ou
tratamento clínico ou cirúrgico. Dentre
os deficientes visuais, podemos ainda
distinguir os portadores de cegueira e
os de visão subnormal.
5. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Não é difícil perceber que o deficiente visual enfrenta muitas dificuldades
em nossa sociedade e, a principal delas, é o preconceito. Além disso, é
importante que ele tenha em sua educação o aprendizado do alfabeto
Braille, Orientação e Mobilidade necessários para que ele exerça a sua
cidadania.
6. TECNOLOGIA ASSISTIVA
O deficiente visual precisa se tornar auto suficiente
para alimentar-se, vestir-se, executar as tarefas
rotineiras do lar, conviver adequadamente e
participar em sua comunidade.
São muitas as barreiras: calçadas esburacadas, locais
públicos sem rampas, falta de sinalização, acesso ao
transporte público, poucos livros em Braille entre
outras que dificultam a vida do deficiente visual.
7. TECNOLOGIA ASSISTIVA
O desenvolvimento das habilidades necessárias para realização das
atividades cotidianas constitui um dos aspectos mais importantes para a
vida de um deficiente visual.
8. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Sistema de Leitura ampliada
Ampliadores de Tela
É um software que amplia o
conteúdo da página para facilitar
a leitura. Para alguns casos da
visão subnormal, pode ser
utilizada uma ampliação da tela
do computador ou um monitor
de vídeo com dimensões
maiores.
9. TECNOLOGIA ASSISTIVA
ALFABETO EM BRAILLE
O sistema Braille foi criado em 1825 pelo jovem
francês Louis Braille (foto), nascido em 4 de
janeiro (Dia Mundial do Braille) de 1809. É um
código universal que permite às pessoas cegas
beneficiar-se da escrita e da leitura, dando-lhes
acesso ao conhecimento, favorecendo sua
inclusão na sociedade e o pleno exercício da
cidadania. Baseado na combinação de seis pontos
dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema
Braille compõe 63 caracteres diferentes, que
representam as letras do alfabeto, os números,
sinais de pontuação e acentuação, a simbologia
científica, musicográfica, fonética e informática.
O sistema Braille adapta-se perfeitamente à
leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem
ser percebidos pela parte mais sensível do dedo
com apenas um toque.
10. TECNOLOGIA ASSISTIVA
PAUTAS E PUNÇÕES
O Braille escreve-se com pautas e punções, e
também em máquinas datilográficas especiais.
A reglete (ou pauta) e o punção foram os
primeiros instrumentos utilizados para
escrever em Braille. A reglete é um pequeno
artefato articulado com orifícios na parte
superior e reentrâncias na parte inferior. O
punção é um tipo de caneta que permite
perfurar os pontos em uma folha de papel.
11. TECNOLOGIA ASSISTIVA
MÁQUINA DE ESCREVER EM
BRAILLE
A evolução dos instrumentos
utilizados para a escrita em Braille
resultou na máquina de escrever em
Braille. Semelhante a uma máquina
de escrever comum, a máquina
Braille tem um teclado com apenas
seis teclas e uma barra de espaço.
Como única função, produz as
células em relevo sobre o papel.
12. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Impressoras Braille
Seguem o mesmo
conceito das impressoras
de impacto comuns e
podem ser ligadas ao
computador através das
portas paralelas e seriais.
13. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Scanner de mesa para cegos
Na década de 80, foi
desenvolvido um software de
computador para Braille.
Recursos adicionais incluem
software de reconhecimento de
voz, teclados especiais para
computador e scanners ópticos.
Esses dispositivos são capazes
de processar e traduzir
documentos para o Braille.
14. TECNOLOGIA ASSISTIVA
TERMINAL BRAILLE
(display Braille)
Representa em uma ou duas linhas
caracteres correspondentes às
informações exibidas em um
monitor. Através da movimentação
vertical em celas, dispostas em
uma placa, os caracteres Braille são
produzidos;
15. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Braille falado
Trata-se de um minicomputador que
dispõe de 7 teclas através das quais o
aparelho pode ser operado, para edição
de textos a serem impressos no sistema
comum ou em Braille. O Braille falado,
quando conectado a um
microcomputador pode ser utilizado
como sintetizador de voz, transferir ou
receber arquivos, funcionando ainda
como uma agenda eletrônica,
calculadora ou cronômetro.
16. TECNOLOGIA ASSISTIVA
SOROBAN
A origem do soroban é tão antiga
quanto a história da humanidade.
O certo é que se originou da tábua
de calcular, o mais antigo dos
ábacos, diante da necessidade da
humanidade de negociar. o
Soroban é utilizado no Japão, em
vez de uma calculadora, por
diversos profissionais. Depois de
dominada a técnica Shuzan, seu
uso pode ser tão rápido quanto o
de uma calculadora. Toda criança
japonesa estuda seu uso dos 5 aos 8
anos. Pessoas com deficiência
visual que passam por ensino
especializado a utilizam em todo o
mundo.
17. TECNOLOGIA ASSISTIVA
DOSVOX
O DOSVOX é um sistema computacional,
baseado no uso intensivo de síntese de voz,
desenvolvido pelo Núcleo de Computação
Eletrônica(NCE) da Universidade Federal do
Rio de janeiro(UFRJ), que se destina a facilitar o
acesso de deficientes visuais a
microcomputadores. Através de seu uso é
possível observar um aumento muito
significativo no índice de independência e
motivação das pessoas com deficiência visual,
tanto no estudo, trabalho ou interação com
outras pessoas. Com o Dosvox, o deficiente
visual pode acessar a internet.
18. TECNOLOGIA ASSISTIVA
BENGALA DOBRÁVEL
A bengala é muito útil para o deficiente visual.
Ela serve para ajudar a pessoa a se locomover em
ambientes desconhecidos ou em ruas e calçadas.
Faz com que a pessoa "perceba" os obstáculos
que estão à sua volta. Existem muitos modelos
de bengalas. A mais comum é a dobrável. A
bengala dobrável é dividida nas seguintes partes:
Luva, Gomos, Ponteira e o elástico. A luva serve
para a pessoa segurar a bengala. Os gomos
constituem o corpo da bengala. Eles são unidos
por meio de um elástico. O elástico fica preso na
luva e na ponteira. A ponteira é a parte que fica
em contato com o chão. Quando a bengala não
está em uso, basta ir puxando os gomos, que ela
se dobra. Quando vai usar, basta soltar que ela
se abre rapidamente.
19. TECNOLOGIA ASSISTIVA
BENGALAS COM SENSORES
A Ultra Cane é a primeira
bengala eletrônica que detecta
objetos ao nível dos pés, pernas,
tronco e cabeça. Faz com que a
pessoa "perceba" os obstáculos
que estão à sua volta.
20. TECNOLOGIA ASSISTIVA
CÃO-GUIA
Para auxiliar quem precisa, existem os chamados
‘cães-guias’. São animais muito bem adestrados,
que conduzem seus donos – pessoas com
problemas de visão e evitam acidentes causados
por diversos motivos. No Brasil quase não
observamos deficientes visuais com cão-guia,
porém nas Regiões do Sul e Sudeste temos
notícias da presença de alguns destes belos
animais usados como auxílio da mobilidade dos
deficientes. Os cães utilizados para serem guias
de deficientes visuais são geralmente pastores
alemães, labradores e golden retrievers. Segundo
a legislação federal, ambos tem o direito de
ingressar e permanecer nos locais e veículos
públicos e privados de uso coletivo. Quem
desrespeitar tentando impedir ou dificultar,
segundo a constituição, pode ser multado.
22. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Pesquisadores de Israel podem estar levando
a tecnologia da vida real para perto da ficção
científica e revolucionando a medicina. Eles
apresentaram um dispositivo surpreendente
que pode usar o som para formular imagens
no córtex visual das pessoas cegas. O
aparelho é bastante similar ao usado por um
personagem em Star Trek: The Next
Generation. O “Dispositivo de substituição
sensorial”, foi criado por pesquisadores da
Universidade Hebraica de Jerusalém,
liderados pelo Dr. Amir Amedi, e usa um
algoritmo para traduzir dados visuais em
som. Basta apenas um pouco de treinamento
para que os usuários possam aprender a
interpretar esses sons para mostrar-lhes
forma, localização, posição dos objetos e
pessoas e até mesmo ler palavras escritas.
23. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Sensores
Estes aparelhos, desenvolvidos pelo oftalmologista e professor de faculdade de
medicina, Leonardo Gontijo, têm o propósito de possibilitar invisuais a
movimentarem-se sozinhos sem auxílio da bengala. Os sensores são presos aos joelhos,
peito e cintura que vibram ao detectar objetos a 1,5m de distância, aumentando a
intensidade com a proximidade. Os sensores ainda não se encontram disponíveis para
venda nem existe uma estimativa para o preço, pois ainda se encontra em fase de testes.
24. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Celular que identifica pontos de ônibus
Até o fim do ano estará disponível aplicativo no celular que ajuda os deficientes visuais a localizar o
ponto de ônibus e a linha mais próxima de onde estão. Com poucos cliques no aparelho, eles são
informados, via comando de voz, da linha, dos horários dos ônibus e do caminho para seguir até o
ponto, semelhante a um GPS. Há pelo menos quatro meses, três deficientes visuais do Instituto
Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas (Ismac) testam o sistema.
25. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Um casal de deficientes visuais, Roger e Margaret, deu um passo em favor da acessibilidade e adaptou o
sistema portátil Android para que ele seja mais acessível aos cegos. A adaptação recebeu o nome de
Georgie, em homenagem ao cão guia de Margaret, e possui recursos de leitura de tela e aplicativos que
ajudam em tarefas básicas como pegar ônibus, ler textos e localizar endereços. O diferencial do telefone é
que ele se baseia quase por completo no uso de comandos de voz. O sistema está sendo vendido no Reino
Unido em aparelhos como o Samsung XCover e Galaxy Ace 2 por US$ 460, mas uma versão do sistema
pode ser comprada pelo Google Play por US$230.
26. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Luvas falantes
Para ajudar na localização e a identificação de objetos uma equipa de cientistas americanos
trabalha há uns anos numa luva que pode reconhecer diversos produtos e que identifica em
alta voz o objeto com que entra em contato. Cada objeto foi previamente marcado e
associado a um ficheiro áudio com o seu nome.
27. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Uma tecnologia assistiva desenvolvida recentemente por brasileiros é o
Livox, o primeiro sistema de comunicação alternativa para tablets
totalmente em português. A ideia é do analista de sistemas Carlos Pereira
e de sua esposa Aline, que buscavam um dispositivo capaz de melhorar a
comunicação com a filha, que tem dificuldades de fala.