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Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade Nova de Lisboa
Avaliação do potencial de exploração do
lagostim vermelho da Louisiana
(Procambarus clarkii) em Portugal
Paulo Ricardo Correia Mota de Almeida
Orientador: Prof. Dr. João Gomes Ferreira 4 de Dezembro de 2013
Fonte:flickriver.comFonte:portugalfotografiaaerea.blogspot.pt
Sumário da apresentação
Objetivos
Definição do problema
Metodologia
Resultados - Áreas de produção e modelo populacional
Conclusões e desenvolvimentos futuros
2
Objetivos
Determinar capacidade de produção a nível nacional;
Perceber se o lagostim pode ser aproveitado em Portugal como
nos EUA;
Propôr uma estratégia de gestão entre produção, valor
económico e conservação da natureza.
3
Definição do problema
Crustáceo de água doce originário do sul
dos EUA.
Introduzido em várias regiões do mundo
para produção alimentar.
Invadiu a Península Ibérica a partir do
sul de Espanha em 1973.
Temperaturas quentes levam a um crescimento
rápido e grandes populações.
Fonte:southernfood.org
Fonte:cryptobranchidae.tripod.com
Características ecológicas particulares:
Dieta variada
Grandes taxas reprodutivas
Tolera condições ambientais variadas
Ciclo de vida curto
4
Fonte:Ministerio de Agricultura Alimentación e Medio Ambiente
Impactos
Problemas económicos e ambientais.
Alterações significativas em vários ecossistemas.
5
Atividade escavadora.
Danos nas culturas de arroz.
Resistente a produtos
químicos.
Problemas para espécies
nativas.
Benefícios para espécies que
fazem dele dieta principal
(lontra, cegonha).
Fonte:bordadocampo.org Fonte:bordadocampo.org
Fonte:panoramio.comFonte:biogeoze.blogspot.pt
Situação atual
Classificada como espécie invasora de elevado risco
ecológico pelo DL 565/99.
Proíbe atividades relacionadas com a mesma.
6
Existência de pesca por todo o País.
Meio de subsistência para populações
pobres.
Exportado para Espanha.
Festival gastronómico em Ferreira do
Zêzere.
Fonte:FAO
Fonte:guiadacidade.pt
Práticas de cultura
Produzido em aquacultura integrada
com arrozais nos EUA, China e
Espanha.
Não resultam danos para os arrozais.
7
Fonte: FAO
Produção
8
Negocio rentável, considerável valor comercial. Alimento muito
apreciado.
Exportação para outras regiões do mundo.
Fonte: FAO
Metodologia
Seleção dos melhores locais para produção em Portugal -
Sistema de informação geográfica
Criação de um modelo populacional - Insightmaker
9
Metodologia – Seleção de áreas
10
Restrição de áreas de acordo com as características da espécie.
Bacias hidrográficasArrozais Áreas protegidas
Metodologia – Seleção de áreas
11
Temperaturas médias do ar Precipitação
Metodologia – Seleção de áreas
12
Fonte: IPMA (adaptado)
Temperaturas mínimas Temperaturas máximas Temperaturas médias
Metodologia – Modelo populacional
13
Simular uma população de lagostins num hectare de arrozal.
5 classes de peso. Crescimento depende apenas da temperatura.
Metodologia – Modelo populacional
14
Um modelo pretende simular a realidade de forma simples.
Não pode considerar todas as variáveis.
Metodologia - Temperatura e crescimento
15
Relacionar crescimento e temperatura.
Estudo efetuado na Louisiana em ambiente natural.
Fonte:McClain, 2010(adaptado)
Metodologia - Modelo para a temperatura
16
Fonte: IPMA (adaptado)
Temperaturas
Coimbra
Santarém
Setúbal
Fonte: IPMA (adaptado) Fonte: IPMA (adaptado)
Resultados - Áreas de produção
17
Área final de 23000 hectares.
Melhores zonas localizadas
nos arrozais do litoral.
Bacias dos rios Mondego, Tejo,
Sorraia e Sado.
Resultados - Temperatura e crescimento
18
Equação relaciona o aumento do peso em
função da temperatura.
Resultados - Modelo para a temperatura
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Modelo único de variação da temperatura em Portugal ao longo do
ano para todos os arrozais.
Temperatura máxima da cidade mais quente.
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Resultados - Temperatura e crescimento em Portugal
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Crescimento do lagostim ao longo do ano função da
variação da temperatura.
Aplicação da equação ao modelo de temperatura
para Portugal.
gdia-1
Resultados - Crescimento individual
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Permite comparar o crescimento
individual no modelo com outros
estudos.
g
Resultados - Modelo populacional
22
Permite separar a
população por classes,
número de indivíduos e
biomassa.
Retirar a melhor
forma de
aproveitamento
pelo homem
Resultados - Modelo populacional
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Início do modelo - introdução de 45 kg de
lagostins dia 1 de Junho.
Resultados - Modelo populacional
24
Apanha decorre entre 1 de Dezembro e 31 de Março.
Modelo sugere que é possível produzir até 870 kg ha-1 ano-1.
Resultados - Benefícios
25
Benefícios ambientais:
•Remoção de 1000 toneladas
ano-1 de populações selvagens
•Controlo de uma espécie
invasora
•Melhoria dos ecossistemas
Resultados - Benefícios
26
Benefícios ambientais:
•Remoção de 1000 toneladas
ano-1 de populações selvagens
•Controlo de uma espécie
invasora
•Melhoria dos ecossistemas
Benefícios económicos:
•Redução de importações
•Aumento de exportações e consequente
aumento das receitas
•Aumento de produção nacional de bens
alimentares
•Criação de empregos (cerca de 56 na
pesca, transformação e transporte)
•Lucros de 35 milhões euro ano-1
Conclusões
27
• Período de problemas económicos. Interessa potenciar os
recursos. Lagostim pode ser uma espécie útil. Já se encontra
disperso por todo o território.
• Segunda cultura anual viável. Campos em pousio entre Novembro
e Abril. Lucro extra para os produtores de arroz.
• Dados provêm dos EUA. As condições portuguesas podem ser
diferentes. Resultados coincidem com quantidades produzidas nos
EUA e Espanha.
Conclusões – Cumprimento de objetivos
28
• Capacidade de produção a nível nacional 20000 toneladas ano-1.
• A cultura do arroz é semelhante em Portugal e nos EUA. A espécie
pode ser aproveitada com o mesmo método de cultura como é
feito em Espanha.
• A estratégia de gestão e produção da espécie traz benefícios
económicos e ambientais. A simulação sugere lucros de 35 milhões
de euros e criação de 56 empregos diretos.
Desenvolvimentos futuros
29
• Importante estudar crescimento e mortalidade das populações
portuguesas atualmente. Dados de campo reais permitirão uma
simulação mais realista e facilitarão o processo de aquacultura.
•O lagostim é um problema relevante que pode ser aproveitado
em Portugal. A alteração da legislação seria benéfica para o
aproveitamento da espécie como é feito em Espanha, onde
existem medidas de controlo mas a legislação permite a cultura
em certas zonas.
30
Obrigado pela atenção !
Fonte:colourbox.com

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Potencial da cultura do lagostim vermelho em Portugal

  • 1. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Avaliação do potencial de exploração do lagostim vermelho da Louisiana (Procambarus clarkii) em Portugal Paulo Ricardo Correia Mota de Almeida Orientador: Prof. Dr. João Gomes Ferreira 4 de Dezembro de 2013 Fonte:flickriver.comFonte:portugalfotografiaaerea.blogspot.pt
  • 2. Sumário da apresentação Objetivos Definição do problema Metodologia Resultados - Áreas de produção e modelo populacional Conclusões e desenvolvimentos futuros 2
  • 3. Objetivos Determinar capacidade de produção a nível nacional; Perceber se o lagostim pode ser aproveitado em Portugal como nos EUA; Propôr uma estratégia de gestão entre produção, valor económico e conservação da natureza. 3
  • 4. Definição do problema Crustáceo de água doce originário do sul dos EUA. Introduzido em várias regiões do mundo para produção alimentar. Invadiu a Península Ibérica a partir do sul de Espanha em 1973. Temperaturas quentes levam a um crescimento rápido e grandes populações. Fonte:southernfood.org Fonte:cryptobranchidae.tripod.com Características ecológicas particulares: Dieta variada Grandes taxas reprodutivas Tolera condições ambientais variadas Ciclo de vida curto 4 Fonte:Ministerio de Agricultura Alimentación e Medio Ambiente
  • 5. Impactos Problemas económicos e ambientais. Alterações significativas em vários ecossistemas. 5 Atividade escavadora. Danos nas culturas de arroz. Resistente a produtos químicos. Problemas para espécies nativas. Benefícios para espécies que fazem dele dieta principal (lontra, cegonha). Fonte:bordadocampo.org Fonte:bordadocampo.org Fonte:panoramio.comFonte:biogeoze.blogspot.pt
  • 6. Situação atual Classificada como espécie invasora de elevado risco ecológico pelo DL 565/99. Proíbe atividades relacionadas com a mesma. 6 Existência de pesca por todo o País. Meio de subsistência para populações pobres. Exportado para Espanha. Festival gastronómico em Ferreira do Zêzere. Fonte:FAO Fonte:guiadacidade.pt
  • 7. Práticas de cultura Produzido em aquacultura integrada com arrozais nos EUA, China e Espanha. Não resultam danos para os arrozais. 7 Fonte: FAO
  • 8. Produção 8 Negocio rentável, considerável valor comercial. Alimento muito apreciado. Exportação para outras regiões do mundo. Fonte: FAO
  • 9. Metodologia Seleção dos melhores locais para produção em Portugal - Sistema de informação geográfica Criação de um modelo populacional - Insightmaker 9
  • 10. Metodologia – Seleção de áreas 10 Restrição de áreas de acordo com as características da espécie. Bacias hidrográficasArrozais Áreas protegidas
  • 11. Metodologia – Seleção de áreas 11 Temperaturas médias do ar Precipitação
  • 12. Metodologia – Seleção de áreas 12 Fonte: IPMA (adaptado) Temperaturas mínimas Temperaturas máximas Temperaturas médias
  • 13. Metodologia – Modelo populacional 13 Simular uma população de lagostins num hectare de arrozal. 5 classes de peso. Crescimento depende apenas da temperatura.
  • 14. Metodologia – Modelo populacional 14 Um modelo pretende simular a realidade de forma simples. Não pode considerar todas as variáveis.
  • 15. Metodologia - Temperatura e crescimento 15 Relacionar crescimento e temperatura. Estudo efetuado na Louisiana em ambiente natural. Fonte:McClain, 2010(adaptado)
  • 16. Metodologia - Modelo para a temperatura 16 Fonte: IPMA (adaptado) Temperaturas Coimbra Santarém Setúbal Fonte: IPMA (adaptado) Fonte: IPMA (adaptado)
  • 17. Resultados - Áreas de produção 17 Área final de 23000 hectares. Melhores zonas localizadas nos arrozais do litoral. Bacias dos rios Mondego, Tejo, Sorraia e Sado.
  • 18. Resultados - Temperatura e crescimento 18 Equação relaciona o aumento do peso em função da temperatura.
  • 19. Resultados - Modelo para a temperatura 19 Modelo único de variação da temperatura em Portugal ao longo do ano para todos os arrozais. Temperatura máxima da cidade mais quente. Temperatura mínima da cidade mais fria. Função trigonométrica. ºC
  • 20. Resultados - Temperatura e crescimento em Portugal 20 Crescimento do lagostim ao longo do ano função da variação da temperatura. Aplicação da equação ao modelo de temperatura para Portugal. gdia-1
  • 21. Resultados - Crescimento individual 21 Permite comparar o crescimento individual no modelo com outros estudos. g
  • 22. Resultados - Modelo populacional 22 Permite separar a população por classes, número de indivíduos e biomassa. Retirar a melhor forma de aproveitamento pelo homem
  • 23. Resultados - Modelo populacional 23 Início do modelo - introdução de 45 kg de lagostins dia 1 de Junho.
  • 24. Resultados - Modelo populacional 24 Apanha decorre entre 1 de Dezembro e 31 de Março. Modelo sugere que é possível produzir até 870 kg ha-1 ano-1.
  • 25. Resultados - Benefícios 25 Benefícios ambientais: •Remoção de 1000 toneladas ano-1 de populações selvagens •Controlo de uma espécie invasora •Melhoria dos ecossistemas
  • 26. Resultados - Benefícios 26 Benefícios ambientais: •Remoção de 1000 toneladas ano-1 de populações selvagens •Controlo de uma espécie invasora •Melhoria dos ecossistemas Benefícios económicos: •Redução de importações •Aumento de exportações e consequente aumento das receitas •Aumento de produção nacional de bens alimentares •Criação de empregos (cerca de 56 na pesca, transformação e transporte) •Lucros de 35 milhões euro ano-1
  • 27. Conclusões 27 • Período de problemas económicos. Interessa potenciar os recursos. Lagostim pode ser uma espécie útil. Já se encontra disperso por todo o território. • Segunda cultura anual viável. Campos em pousio entre Novembro e Abril. Lucro extra para os produtores de arroz. • Dados provêm dos EUA. As condições portuguesas podem ser diferentes. Resultados coincidem com quantidades produzidas nos EUA e Espanha.
  • 28. Conclusões – Cumprimento de objetivos 28 • Capacidade de produção a nível nacional 20000 toneladas ano-1. • A cultura do arroz é semelhante em Portugal e nos EUA. A espécie pode ser aproveitada com o mesmo método de cultura como é feito em Espanha. • A estratégia de gestão e produção da espécie traz benefícios económicos e ambientais. A simulação sugere lucros de 35 milhões de euros e criação de 56 empregos diretos.
  • 29. Desenvolvimentos futuros 29 • Importante estudar crescimento e mortalidade das populações portuguesas atualmente. Dados de campo reais permitirão uma simulação mais realista e facilitarão o processo de aquacultura. •O lagostim é um problema relevante que pode ser aproveitado em Portugal. A alteração da legislação seria benéfica para o aproveitamento da espécie como é feito em Espanha, onde existem medidas de controlo mas a legislação permite a cultura em certas zonas.
  • 30. 30 Obrigado pela atenção ! Fonte:colourbox.com

Notes de l'éditeur

  1. Através apenas do método de produção integrada com arrozais. Que permita concluir acerca do potencial de controlo da mesma enquanto espécie invasora.
  2. Tentou-se combater a espécie usando produtos químicos mas estes revelaram-se ineficazes. Acabaram por passar para o meio ambiente e matar outras espécies, causando danos ecológicos graves.
  3. (exploração económica, transporte, reintrodução na natureza, comércio, venda, reprodução). No entanto o lagostim está presente em todo o lado e não há forma do erradicar a não ser a remoção manual. È um contrassenso limitar a remoção de algo que se quer eliminar.
  4. Descrever método cultura arroz e lagostim. Quando acaba a colheita de arroz os campos são inundados artificialmente e as fêmeas saem das tocas com os bebés. O crescimento rápido da espécie faz com que no Inverno já tenham tamanho suficiente para serem apanhados para consumo.
  5. ArcMap, Google Earth e Corine Land Cover 2006. Estado da arte e características da espécie levam à seleção dos melhores locais e à criação de um modelo para simulação num arrozal. Modelo permite concluir acerca de quantidades diretamente utilizáveis pelo Homem
  6. A cultura do arroz é importante em Portugal, com uma área de cerca de 27000 hectares. Áreas pequenas levam a problemas de mortalidade e crescimento nas populações de lagostins. Arrozais > 100 hectares Áreas protegidas são mais sensíveis e possuem mais valores naturais pelo que ficaram de fora BH maiores rios mais água escoada e maior disponibilidade de água, essencial para o ciclo de vida e aquacultura dos lagostins.
  7. Mais agua disponível com maior precipitação
  8. afetam o crescimento do lagostim e relacionam-se com a taxa de mortalidade. De forma geral litoral temperaturas mais amenas
  9. Falar na mortalidade igual de cada classe 2 períodos de apanha diferentes, apanha apenas nas classes mais pesadas Reprodução simples, todas as fêmeas se reproduzem no outono com 200 ovos um modelo pretende simular a realidade de forma simples, não pode considerar todas as variáveis
  10. Base do modelo é constituído por stocks, variáveis, equações e passagens entre classes tudo em valores diários
  11. Depois de aplicadas as restrições referidas na metodologia
  12. Nível de ajuste aceitavel (R^2 > 0.8) – regressão linear Aceita-se a equação para relacionar o crescimento com a temperatura
  13. Variação da temperatura média pode ser descrita por uma função trigonométrica. Diferenças mínimas entre a temperatura nas 3 cidades em relação à simulação das quantidades de lagostins. Aglutinou-se o modelo de temperaturas num só.
  14. Como se pode ver cresce mais no verão quando as temperaturas são mais quentes e menos quando são mais frias
  15. Crescimento individual sugerido pelo modelo para Portugal. Aumento de peso do lagostim é constante ao longo da vida como sugerem outros autores.
  16. reprodução a coincidir com a forma de vida da espécie em Portugal (Outubro – Novembro) Os valores reais de biomassa são menores, porque esta considera sempre o peso médio. Muitos lagostins que acabam de entrar numa classe têm um peso muito mais baixo do que o peso médio dessa classe
  17. Passagem de lagostins para a classe de peso superior e aumento do peso Biomassa é o numero de lagostins vezes o peso medio Do dia 150 para o dia 151 passaram para a classe 3 2076 gramas de lagostim de peso médio 25 gramas. Ou seja passam 83 lagostins Embora o aumento seja 0,3 gramas dia no máximo, na classe existem lagostins de peso 19,8 gramas. Basta um dia para passarem para a classe seguinte. Os valores reais de biomassa são menores, porque esta considera sempre o peso médio. Muitos lagostins que acabam de entrar numa classe têm um peso muito mais baixo do que o peso médio dessa classe
  18. Quantidades finais de lagostim são colocadas no stock harvested crayfish. Quantidades máximas encontradas sem que os stocks atingissem valores negativos.
  19. O modelo sugere A nível nacional e nos 23000 hectares seleccionados
  20. O modelo sugere A nível nacional e nos 23000 hectares selecionados
  21. Aproveitar um recurso por explorar que já se encontra em solo nacional e contribuiria para gerar riqueza. Um modelo simplifica a realidade, pelo que podem existir variáveis que afetem as populações de lagostim em solo português, como a alimentação ou os predadores, que resultariam numa mortalidade mais elevada. Pode ter sobrevalorizado o modelo e quantidades para Portugal.
  22. Os impactos são minimizados porque a produção localiza-se apenas nos arrozais
  23. A taxa de mortalidade e de crescimento são fundamentais para a calibração do modelo. Uma redução do crescimento no modelo e aumento da mortalidade podem levar a dados mais aproximados a realidade portuguesa Apostar no lagostim como é feito noutros países com condições climatéricas e de cultura de arroz idênticas.