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Quando a via femoral não é uma 
opção: como utilizar outras via de 
acesso 
Dr. Paulo Roberto Lunardi Prates 
Instituto de Cardiologia do RS-FUC
Conflito de Interesse 
• Proctor Medtronic 
• Proctor Braile
Complexidade 
Trans-aortic
Aumentar a complexidade 
é seguro e prudente 
Trans-aortic
Via Transaxilar 
P R E P A R A Ç Ã O E P L A N E J A M E N T O 
• Mesmo planejamento para o implante transfemoral 
• Angiotomografia é o melhor exame para avaliação das 
dimensões da artéria axilar e subclávia 
• Angulação da aorta ascendente e do anulo aórtico 
• É recomendado a realização do procedimento em sala 
cirúrgica híbrida com circulação extracorpórea em stand-by
Escolha da Artéria 
• Conforme a angulação da aorta existe uma 
preferencia para escolha da artéria 
• Presença de enxerto de mamária 
Approach 
Direct Aortic Left Subclavian / Axillary Right Subclavian / Axillary Iliofemoral 
Acceptable Aortic 
Root Angle* 
Any angle <70° <30° <70°
Acesso Transaxilar 
• Dissecção: 
– 2cm abaixo da 
subclávia 
– Sulco delto peitoral 
• O uso de um conduto: 
– PTFE 8mm 
– Dacron 8mm
Enxerto de mamária 
• Recomendado o uso contralateral subclávia / artéria 
axilar ou da aorta ascendente de acesso 
• Monitorar a função cardíaca e patência do enxerto para 
garantir a perfusão aceitável. 
• Se houver sinais de comprometimento da perfusão, 
ajustar a posição do introdutor para manter a perfusão 
aceitável 
• Pode ocorrer a angulação da artéria subclávia devido 
ao avanço introdutor podendo potencialmente causar 
oclusão do enxerto de mamária 
• Recomenda-se que o diâmetro dos vasos seja ≥ 7,5 
milímetros para reduzir a ocorrência de complicações 
isquêmicas
Retirada do Dispositivo 
• Retirada meticulosa 
– Complicações são de difícil tratamento 
• Depende da técnica usado 
– Sutura em bolsa 
– Arteriorrafia 
– Ligadura do conduto
Via Transapical 
P R E P A R A Ç Ã O E P L A N E J A M E N T O 
• Mesmo planejamento para o implante 
transfemoral 
• Angiotomografia é o melhor exame para 
avaliação das dimensões da raiz da aorta 
• Calcificação assimétrica dos folhetos 
• Angulação entre o ápice do VE e o anulo aórtico 
• É recomendado a realização do procedimento em 
sala cirúrgica híbrida com circulação 
extracorpórea em stand-by
Acesso Transapical 
• Elevação de 10o a 15o do hemitórax esquerdo 
• O local para a incisão é melhor identificado pelo 
ETT e definido no momento do procedimento 
• Incisão no hemitórax esquerdo de 5cm reparo do 
pericárdio e exposição do ápice cardíaco 
• Bolsas e sutura com reforço de feltro (duas)
Campo Cirúrgico
Liberação 
• Operador 1 um com acesso a punção ventricular e 
ao cateter de liberação 
• Operador 1 e 2 com visão clara das telas de 
imagem 
• Manipulação meticulosa do acesso vascular para 
evitar complicações como laceração ventricular 
• Avaliar a posição de todo equipamento adicional 
(CEC, ETE) para a adequada movimentação do 
braço em C
Retirada do Dispositivo 
• Hipotensão pós liberação seguida de 
Hipertensão 
• “Rapid pacing” pode auxiliar para a 
retirada da bainha do ventrículo 
• Fechamento parcial do pericárdio sobre 
o ápice do coração 
• Dreno em hemitórax esquerdo e 
bloqueio intercostal
Via Transaórtica – Direct Aortic 
P R E P A R A Ç Ã O E P L A N E J A M E N T O 
• O acesso cirúrgico por toracotomia ou 
esternotomia minimamente invasiva (mini-toracotomia 
anterior direita ou mini-esternotomia 
superior) 
• A escolha é baseada na experiência e 
familiarização do “Heart Team”. 
Anatomia 
– Distância entre o acesso vascular e o anulo 
aórtico 
– Angulação da raiz da aorta e o alinhamento 
coaxial 
– Avaliação das estruturas adjacente a ao 
acesso
Seleção de Pacientes 
• Angulação da raiz da aorta 
• Distância entre o plano basal da aorta e o local do 
acesso ≥6 cm (figura) 
• Profundidade do campo que permita a palpação digital 
do acesso 
• Acesso aórtico livre se calcificações 
• Local do acesso livre de enxertos ou trajeto de artérias 
mamárias 
Approach 
Direct Aortic Left Subclavian / Axillary Right Subclavian / Axillary Iliofemoral 
Acceptable Aortic 
Root Angle* 
Any angle <70° <30° <70°
Angiotomografia 
• Angiotomografia é fundamental para avaliar a relação da 
aorta ascendente com o esterno e a distância entre o 
local de inserção do “delivery system” o anulo aórtico(≥6 
cm). 
• Avaliar a calcificação da aorta ascendente e o local do 
acesso aórtico e o trajeto que melhor otimize o 
alinhamento coaxial entre acesso vascular e valva aórtica 
nativa.
Organização da sala cirúrgica 
• Recomendado revisar toda sequência pré procedimento, 
integração dos operadores em relação ao manejo do 
acesso, guias e cateteres durante o procedimento. 
• Operador 1 deve estar posicionado tendo acesso ao sítio 
vascular e o cateter de entrega. 
• Operador 1 e 2 devem estar em posição de trabalho 
confortáveis com visualização das imagens 
• Considerar a proximidade dos equipamentos e material 
cirúrgico em relação a movimentação do braço C. 
• Considerar a presença do operador 3 posicionado no lado 
esquerdo do paciente para auxilar na manipulação do 
acesso vascular
Acesso Aórtico 
Bruschi G, et al. Direct Aortic Access Through Right 
Minithoracotomy for Imlantation of Self-Expanding Aortic 
Bioprosthesis Valves . The Journal of Thoracic and 
Cardiovascular Surgery. 140 (3): 715-7 (2010). 
1. Coloque pigtail centimetrado posicionado no seio não coronariao e ao 
longo de grande curvatura da aorta ascendente 
2. Realize aortografia com instrumento radiopaco (por exemplo fórceps) 
apontando para local de acesso da aorta para confirmar ≥ 6 
centímetros entre o plano basal e o local de acesso 
3. Palpar manualmente local de acesso para confirmar ausência de 
calcificação. A ecocardiografia também pode ser uma ferramenta útil 
para esta avaliação . 
4. Coloque duas (2) duplas suturas em bolsa em torno de local de 
acesso. Tipo de sutura (ex. pledgeted prolene ) para minimizar o 
trauma. 
5. Tenha acesso arterial através de técnica de Seldinger (ou punção 
direta por punção bisturi ) 
6. Siga seqüência troca - fio-guia para inserção introdutor
Retirada do Introdutor 
• Retirada da bainha deve ser realizada com 
pressão arterial adequada (PAM < 75 mmHg) 
• Fechamento parcial do pericárdio sobre Aorta 
• Dreno em mediastino
Quando a via femoral não é opção: abordagens alternativas para implante de dispositivo cardíaco

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Quando a via femoral não é opção: abordagens alternativas para implante de dispositivo cardíaco

  • 1. Quando a via femoral não é uma opção: como utilizar outras via de acesso Dr. Paulo Roberto Lunardi Prates Instituto de Cardiologia do RS-FUC
  • 2. Conflito de Interesse • Proctor Medtronic • Proctor Braile
  • 4. Aumentar a complexidade é seguro e prudente Trans-aortic
  • 5. Via Transaxilar P R E P A R A Ç Ã O E P L A N E J A M E N T O • Mesmo planejamento para o implante transfemoral • Angiotomografia é o melhor exame para avaliação das dimensões da artéria axilar e subclávia • Angulação da aorta ascendente e do anulo aórtico • É recomendado a realização do procedimento em sala cirúrgica híbrida com circulação extracorpórea em stand-by
  • 6. Escolha da Artéria • Conforme a angulação da aorta existe uma preferencia para escolha da artéria • Presença de enxerto de mamária Approach Direct Aortic Left Subclavian / Axillary Right Subclavian / Axillary Iliofemoral Acceptable Aortic Root Angle* Any angle <70° <30° <70°
  • 7. Acesso Transaxilar • Dissecção: – 2cm abaixo da subclávia – Sulco delto peitoral • O uso de um conduto: – PTFE 8mm – Dacron 8mm
  • 8. Enxerto de mamária • Recomendado o uso contralateral subclávia / artéria axilar ou da aorta ascendente de acesso • Monitorar a função cardíaca e patência do enxerto para garantir a perfusão aceitável. • Se houver sinais de comprometimento da perfusão, ajustar a posição do introdutor para manter a perfusão aceitável • Pode ocorrer a angulação da artéria subclávia devido ao avanço introdutor podendo potencialmente causar oclusão do enxerto de mamária • Recomenda-se que o diâmetro dos vasos seja ≥ 7,5 milímetros para reduzir a ocorrência de complicações isquêmicas
  • 9. Retirada do Dispositivo • Retirada meticulosa – Complicações são de difícil tratamento • Depende da técnica usado – Sutura em bolsa – Arteriorrafia – Ligadura do conduto
  • 10. Via Transapical P R E P A R A Ç Ã O E P L A N E J A M E N T O • Mesmo planejamento para o implante transfemoral • Angiotomografia é o melhor exame para avaliação das dimensões da raiz da aorta • Calcificação assimétrica dos folhetos • Angulação entre o ápice do VE e o anulo aórtico • É recomendado a realização do procedimento em sala cirúrgica híbrida com circulação extracorpórea em stand-by
  • 11. Acesso Transapical • Elevação de 10o a 15o do hemitórax esquerdo • O local para a incisão é melhor identificado pelo ETT e definido no momento do procedimento • Incisão no hemitórax esquerdo de 5cm reparo do pericárdio e exposição do ápice cardíaco • Bolsas e sutura com reforço de feltro (duas)
  • 13. Liberação • Operador 1 um com acesso a punção ventricular e ao cateter de liberação • Operador 1 e 2 com visão clara das telas de imagem • Manipulação meticulosa do acesso vascular para evitar complicações como laceração ventricular • Avaliar a posição de todo equipamento adicional (CEC, ETE) para a adequada movimentação do braço em C
  • 14. Retirada do Dispositivo • Hipotensão pós liberação seguida de Hipertensão • “Rapid pacing” pode auxiliar para a retirada da bainha do ventrículo • Fechamento parcial do pericárdio sobre o ápice do coração • Dreno em hemitórax esquerdo e bloqueio intercostal
  • 15. Via Transaórtica – Direct Aortic P R E P A R A Ç Ã O E P L A N E J A M E N T O • O acesso cirúrgico por toracotomia ou esternotomia minimamente invasiva (mini-toracotomia anterior direita ou mini-esternotomia superior) • A escolha é baseada na experiência e familiarização do “Heart Team”. Anatomia – Distância entre o acesso vascular e o anulo aórtico – Angulação da raiz da aorta e o alinhamento coaxial – Avaliação das estruturas adjacente a ao acesso
  • 16. Seleção de Pacientes • Angulação da raiz da aorta • Distância entre o plano basal da aorta e o local do acesso ≥6 cm (figura) • Profundidade do campo que permita a palpação digital do acesso • Acesso aórtico livre se calcificações • Local do acesso livre de enxertos ou trajeto de artérias mamárias Approach Direct Aortic Left Subclavian / Axillary Right Subclavian / Axillary Iliofemoral Acceptable Aortic Root Angle* Any angle <70° <30° <70°
  • 17. Angiotomografia • Angiotomografia é fundamental para avaliar a relação da aorta ascendente com o esterno e a distância entre o local de inserção do “delivery system” o anulo aórtico(≥6 cm). • Avaliar a calcificação da aorta ascendente e o local do acesso aórtico e o trajeto que melhor otimize o alinhamento coaxial entre acesso vascular e valva aórtica nativa.
  • 18. Organização da sala cirúrgica • Recomendado revisar toda sequência pré procedimento, integração dos operadores em relação ao manejo do acesso, guias e cateteres durante o procedimento. • Operador 1 deve estar posicionado tendo acesso ao sítio vascular e o cateter de entrega. • Operador 1 e 2 devem estar em posição de trabalho confortáveis com visualização das imagens • Considerar a proximidade dos equipamentos e material cirúrgico em relação a movimentação do braço C. • Considerar a presença do operador 3 posicionado no lado esquerdo do paciente para auxilar na manipulação do acesso vascular
  • 19. Acesso Aórtico Bruschi G, et al. Direct Aortic Access Through Right Minithoracotomy for Imlantation of Self-Expanding Aortic Bioprosthesis Valves . The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery. 140 (3): 715-7 (2010). 1. Coloque pigtail centimetrado posicionado no seio não coronariao e ao longo de grande curvatura da aorta ascendente 2. Realize aortografia com instrumento radiopaco (por exemplo fórceps) apontando para local de acesso da aorta para confirmar ≥ 6 centímetros entre o plano basal e o local de acesso 3. Palpar manualmente local de acesso para confirmar ausência de calcificação. A ecocardiografia também pode ser uma ferramenta útil para esta avaliação . 4. Coloque duas (2) duplas suturas em bolsa em torno de local de acesso. Tipo de sutura (ex. pledgeted prolene ) para minimizar o trauma. 5. Tenha acesso arterial através de técnica de Seldinger (ou punção direta por punção bisturi ) 6. Siga seqüência troca - fio-guia para inserção introdutor
  • 20. Retirada do Introdutor • Retirada da bainha deve ser realizada com pressão arterial adequada (PAM < 75 mmHg) • Fechamento parcial do pericárdio sobre Aorta • Dreno em mediastino

Notes de l'éditeur

  1. Muito obrigado a comissão organizadora pelo convite. É um grande honra compor essa mesa.
  2. Esses são meus possíveis conflitos de interesse.
  3. Tratamento percutâneo da estenose aórtica pode ser realizado por várias vias. Conforme vamos avançando a complexidade aumenta e o procedimento vai deixando de ser intervencionista e tornado-se cirurgico. A Via de acesso preferencial é a femoral
  4. A opção de usar uma outra via de acesso não deve ser encarada como um derrota.
  5. O Lado preferencial é o esquerdo. A escolha é baseada principalmente na angulação da aorta em relação ao plano axial do tórax.
  6. Acesso pode ser obtido por uma incisão na linha hemi-clavicular 2 cm abaixo da clavícula. Ou no sulco delto-peitoral. A opção de usar um conduto externo suturado na artéria axilar torna a manipulação do vaso mais segura e confortável. O lado preferêncial para o acesso é o esquerdo.
  7. Em alguns casos o paciente pode um enxerto de artéria mamária pérvio.
  8. A angiotomografia é o melhor exame para avaliar as dimenções da raiz da aorta e também para avaliar a posição do ápice cardíaco em relação ao tórax e espaços intercostais.
  9. O Paciente é posicionado em decúbito dorsal com um leve elevação do hemitórax esquerdo
  10. Operador 1 com acesso a punção ventricular e o cateter de liberação. Cuidado em manter o acesso o mais fixo possível