Este documento discute a violência no local de trabalho. Apresenta vários tipos de violência, incluindo agressão física e psicológica, assédio moral e sexual, ameaças e ataques. Também discute as consequências da violência para os trabalhadores e a importância da prevenção e gestão de conflitos pelas organizações.
1. A Violência no Trabalho
Trabalho de Grupo do Módulo
PSICOSSOCIOLOGIA DO
TRABALHO
Ana Teresa Ferreira
Rui Salvador
Albano Silva
2. As Organizações e a violência
As Organizações, independentemente do domínio de actuação e da sua
dimensão, são constituídas por
pessoas. E são essas pessoas,
pequenos, Universos de individualidade, que muitas vezes no seu
relacionamento são geradoras de
situações de conflito.
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3. As Organizações e a violência
Tradicionalmente, a violência surge no
contexto de trabalho, porque de alguma
forma foi possível acontecer uma situação
de conflito que se tornou incontrolável.
O conflito acontece principalmente:
Por falhas da organização;
Pela confrontação de personalidades com visões
antagónicas sobre um mesmo assunto;
Pelas duas razões anteriores;
Por questões meramente pessoais e extrínsecas ao
processo produtivo;
Pelo abuso de autoridade de um agente sobre
outro;
…
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5. O que é a violência no trabalho?
São formas de pressão exercida
sobre trabalhadores e consubstanciadas em insultos, ameaças ou
agressão física ou psicológica, por
parte de pessoas relacionadas com o
local de trabalho (trabalhadores,
chefias,
fornecedores,
clientes,
vizinhança, etc.) e que se reflectem
como um risco para a sua saúde, a
segurança e o bem-estar dos
trabalhadores.
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6. Tipos de violência
A violência nos locais de trabalho
pode revestir-se de diversas formas.
Podem ir desde o acto primário da
agressão pura e simples, até formas
mais subtis e insidiosas, mas nem
por isso menos violentas, como
sejam a perseguição, a humilhação,
a intriga, a calúnia e o assédio.
A violência psicológica inclui o
amedrontamento de grupo, pela
intimidação e a perseguição sem
contacto físico.
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7. Tipos de violência
Os actos de agressão ou
assumem diversas formas
atingir a vítima na sua
física ou psicológica:
violência
e podem
estrutura
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8. Tipos de violência
Comportamento descortês - falta de
respeito pelos outros;
Agressão física ou verbal - intenção de
magoar (Exºs: perseguição com e sem contacto
físico);
Assédio moral e sexual – forma de
perseguição
configurando
situações
de
dependência ou exercício abusivo de poder
(Exºs: humilhação, intriga, calúnia);
Ameaça – sob a forma de chantagem (Exºs:
amedrontamento de grupo/individual pela intimidação);
Ataque - intenção de prejudicar a outra
pessoa.
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9. Consequências
Normalmente associam-se duas reacções
distintas:
– O agredido reage em conformidade;
– O agredido interioriza a agressão e não reage
no imediato;
As consequências de qualquer forma de
violência, variam naturalmente com a
vulnerabilidade psicológica do agredido:
medos, fobias, stress, desmotivação,
perturbações
físicas
e
psicológicas,
nervosismo,
falta
de
atenção,
perturbações do sono, etc.
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10. Consequências
Este
tipo
de
reacções
têm,
obviamente, interferência sobre a
capacidades
do
indivíduo,
particularmente no que diz respeito à
sua exposição a situações de risco
profissional. A responsabilidade da
Organização é a sua detecção e
controlo, sob pena de consequências
gravosas para o processo.
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11. Avaliação dos riscos, prevenção e
gestão de conflitos
As Organizações nas suas Avaliações
de Risco, devem ter em consideração
as perturbações emocionais dos
trabalhadores, em que medida estas
podem
afectar
o
Clima
Organizacional
e,
serem
elas
mesmas, geradoras de potenciais
situações de conflito ou mesmo
violência.
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12. Avaliação dos riscos, prevenção e
gestão de conflitos
O processo pode ser dividido numa série
de etapas:
– Planeamento da avaliação em consulta com o
pessoal.
– Identificação dos perigos.
– Identificação quem se encontra em perigo,
onde e como.
– Avaliação do nível do risco e decisão sobre o
modo de procedimento.
– Adopção de medidas no sentido de eliminar ou
reduzir o risco.
– Acompanhamento e análise das medidas
adoptadas.
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13. Prevenção
A prevenção dos riscos de violência realiza-se a
dois níveis:
Ao primeiro nível, o objectivo é basicamente
nível
impedir a ocorrência de actos de violência ou,
pelo menos, reduzir os efeitos dos mesmos.
Ao segundo nível, se o acto de violência já
nível
ocorreu, é necessário providenciar apoio à vítima
do incidente e adoptar mecanismos correctivos
para o incidente. Este apoio deverá procurar
minimizar os efeitos nocivos do incidente e
impedir quaisquer sentimentos de vitimização
que possam surgir após um acto de agressão e
prevenir o sofrimento da vítima.
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14. Prevenção – 1º nível
Promoção de um clima de harmonia e bom
relacionamento entre trabalhadores;
Identificação de incidentes ou conflitos
geradores de descontentamento;
Acompanhamento de indivíduos
potencialmente agressivos;
Auscultação dos trabalhadores de forma
secreta (Cxª de sugestões)
Questionários de auto-avaliação, sob a
forma de check-list);
Sensibilização das chefias;
…
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15. Prevenção – 2º nível
Apoio à vítima;
Investigação
exaustiva
das
causas
determinantes;
Quantificação, se possível, de que forma é
que o processo foi afectado;
Proposta
de
alterações
(orgânicas,
funcionais, etc.) com vista a evitar
repetições;
Punição dos faltosos como exemplo
dissuasor;
…
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16. Gestão dos conflitos
O aparecimento de situações de
conflito, não é de todo inevitável.
Elas surgem por razões internas (por
perturbação da estrutura laboral), ou
externas à organização (roubo,
assalto, defesa do património, etc.).
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17. Gestão dos conflitos
Quando estas situações surgem é
necessário a organização tenha:
– Uma pronta intervenção;
– Correcção das causas determinantes;
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18. Gestão dos conflitos
Naturalmente que se a organização
tivesse adoptado uma cultura de
responsabilidade e um clima de
promoção
da
harmonia
de
trabalho
e
de
bom
relacionamento,
muitas
das
situações
de
violência
nem
chegavam a ser despoletadas.
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19. Conclusões
A violência no trabalho, apresente-se
como se apresentar, é sempre uma
forma ignóbil de relacionamento
entre pares. Deve ser combatida e
denunciada por todos os que lidam
de perto com tais situações.
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20. Conclusões
Todas as formas de violência
exercidas em contexto de trabalho,
devem ser severamente punidas, por
caracterizarem
uma
cobardia
inqualificável.
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21. Conclusões
As chefias têm uma responsabilidade
acrescida na identificação e controlo
de tais situações. Por isso mesmo,
sempre que qualquer forma de
violência tem origem numa chefia, a
situação é bem mais grave, por ser
mais difícil de provar, pela receio do
testemunho, pelo superioridade de
domínio do agressor no processo,
etc.
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