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O Tempo das Reformas Religiosas
                               Trabalho realizado por:
                  Mónica Cristina Moreira da Cunha
                                               Gomes



                                                1
Introdução
   O trabalho apresenta-se dividido em três capítulos, o primeiro debruça-se
    sobre a contextualização da época em si, o segundo refere-se ao
    surgimento da Reforma Protestante, e irá também focar os nomes mais
    sonantes desta altura conturbada, bem como os ideais e reformas que
    implementaram. O terceiro abrange todo o processo da Contra – Reforma
    Católica.
   É importante realçar também a questão que se prende com a Contra –
    Reforma Católica, isto é, até que ponto podemos falar em Contra –
    Reforma? Podemos falar somente em Reforma Católica? Não teria sido
    este movimento de ataque uma espécie de tomada de consciência do clero
    católico para reformular e modificar toda a sua estrutura, ou apenas um
    meio para atingir um fim dissimulado? São estas as questões que coloco e
    que espero ver respondidas no decorrer deste trabalho.

                                                                                2
Contextualização da época
   No século XV nas repúblicas italianas que tinham maior prosperidade
    económica (Florença, Génova, Milão, Veneza…) surgiram alguns
    intelectuais e artistas que defendiam uma nova concepção do Homem, da
    vida e do Mundo. Era uma nova mentalidade – a mentalidade moderna – e
    uma renovação cultural que se distinguiam da mentalidade e cultura
    medievais
   Os intelectuais e artistas deste novo movimento, designado Renascimento,
    defendiam o regresso aos valores, aos modelos e aos conhecimentos da
    Antiguidade Clássica e a valorização do Homem, princípios que haviam
    sido menosprezados ao longo da Idade Média.
   Em termos de mentalidade, durante a época medieval valoriza-se o
    teocentrismo, ou seja, Deus como o centro do Mundo e do pensamento. A
    mentalidade renascentista, sem esquecer Deus, iria valorizar o Homem
    como centro do Universo, desenvolvendo uma nova forma de pensamento,
    o antropocentrismo. Esta mentalidade ficou marcada pelo Humanismo, ou
    seja, pela valorização do Homem e das suas capacidades, a partir da
    inspiração nos modelos clássicos greco-latinos
   Pode-se afirmar que a difusão do humanismo e o avanço dos
    conhecimentos científicos contribuíram para desenvolver o movimento de
    crítica à Igreja alertando para diversos problemas e apelando à renovação
    desta. Deste modo, irá iniciar-se o processo da Reforma protestante,
    referido no capítulo seguinte.                                            3
A Reforma Protestante
 Crise na Igreja: contestação e ruptura
 Martinho Lutero
 A Revolução Protestante na Suiça
 João Calvino
 A Revolução Protestante na Inglaterra
 Henrique VIII



                                           4
Os principais actores da Reforma
Protestante




                                   5
A Contra - Reforma
 A Resposta da Igreja
 O Concilio de Trento
 O Tribunal do Santo Ofício ou Inquisição
 O Índex
 A Companhia de Jesus




                                             6
Os Instrumentos da Contra -
Reforma




                              7
Conclusão
   O espírito crítico, que caracterizou o pensamento humanista, estendeu-se também ao pensamento religioso,
    e desde os tempos medievais que se fazia sentir a necessidade de mudança na doutrina da Igreja e
    sobretudo nos costumes dos seus mais altos representantes. A ruptura, tal como referi no segundo capítulo
    deste trabalho, ocorreu com Martinho Lutero. O seu movimento reformista ficou conhecido como
    protestantismo e beneficiando do clima cultural do renascimento, o luteranismo rapidamente se difundiu
    pela Europa. Surgem outras variantes doutrinárias personificadas por João Calvino (na Suiça) e por
    Henrique VIII (na Inglaterra) que deram origem ao conceito de Reforma Protestante.
   Nos finais do século XVI, a Europa apresentava-se dividida entre católicos, no sul, e protestantes, no
    Norte.
   Perante a atitude critica dos humanistas e a contestação dos reformistas, que apelavam à moralidade do
    clero, os responsáveis máximos da Igreja desencadearam um movimento de reorganização interna. Para
    além de proceder a uma redefinição da doutrina oficial da Igreja, a Reforma Católica enveredou também
    pela reestruturação do clero, de forma a melhorar a sua formação e a disciplinar a sua conduta. Este
    processo de renovação foi desencadeado a partir do Concílio de Trento, que conferiu à Igreja Católica uma
    feição centralizadora e autoritária.
   A acção do Vaticano contra o protestantismo fez-se sobretudo pela via repressiva – a via da Contra –
    Reforma. Esta baseava-se sobretudo na Inquisição e no Índex, como instrumentos de repressão, porém,
    também a Companhia de Jesus acabaria por servir a causa deste movimento




                                                                                                           8
(Cont.)
   O ponto essencial da Contra – reforma reside no facto de esta ter sido um impulso
    colectivo em que se conjugaram os esforços de numerosos indivíduos para
    restabelecer os antigos padrões de vida da Igreja.
   O resultado imediato da Contra – Reforma foi uma tentativa em grande escala,
    apoiada com frequência na força armada e na violência, para reconquistar os
    territórios e os povos que tinham aderido aos ideais dos reformadores protestantes.
   Não se pode esquecer que este entusiasmo religioso estava estritamente ligado a
    objectivos seculares, por um lado certos monarcas queriam recuperar as almas
    extraviadas, por outro apenas pretendiam restaurar o domínio das suas famílias nas
    suas terras hereditárias. Isto explica-nos a maior fraqueza da Contra – Reforma
    como movimento religioso e demonstra-nos o seu poder como força política. A
    religião foi usada pelas potências interessadas para encobrir motivos políticos.
   Este movimento foi uma tentativa de impor novamente uma visão medieval da
    religião e da vida a uma sociedade que estava lentamente a separar as duas. Ela
    implicava a admissão de alguns valores teológicos e morais que os actuais
    desenvolvimentos filosóficos, políticos e sociais já tinham modificado.



                                                                                          9

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2014
 

1225721227 o tempo_das_reformas_religiosas

  • 1. O Tempo das Reformas Religiosas Trabalho realizado por: Mónica Cristina Moreira da Cunha Gomes 1
  • 2. Introdução  O trabalho apresenta-se dividido em três capítulos, o primeiro debruça-se sobre a contextualização da época em si, o segundo refere-se ao surgimento da Reforma Protestante, e irá também focar os nomes mais sonantes desta altura conturbada, bem como os ideais e reformas que implementaram. O terceiro abrange todo o processo da Contra – Reforma Católica.  É importante realçar também a questão que se prende com a Contra – Reforma Católica, isto é, até que ponto podemos falar em Contra – Reforma? Podemos falar somente em Reforma Católica? Não teria sido este movimento de ataque uma espécie de tomada de consciência do clero católico para reformular e modificar toda a sua estrutura, ou apenas um meio para atingir um fim dissimulado? São estas as questões que coloco e que espero ver respondidas no decorrer deste trabalho. 2
  • 3. Contextualização da época  No século XV nas repúblicas italianas que tinham maior prosperidade económica (Florença, Génova, Milão, Veneza…) surgiram alguns intelectuais e artistas que defendiam uma nova concepção do Homem, da vida e do Mundo. Era uma nova mentalidade – a mentalidade moderna – e uma renovação cultural que se distinguiam da mentalidade e cultura medievais  Os intelectuais e artistas deste novo movimento, designado Renascimento, defendiam o regresso aos valores, aos modelos e aos conhecimentos da Antiguidade Clássica e a valorização do Homem, princípios que haviam sido menosprezados ao longo da Idade Média.  Em termos de mentalidade, durante a época medieval valoriza-se o teocentrismo, ou seja, Deus como o centro do Mundo e do pensamento. A mentalidade renascentista, sem esquecer Deus, iria valorizar o Homem como centro do Universo, desenvolvendo uma nova forma de pensamento, o antropocentrismo. Esta mentalidade ficou marcada pelo Humanismo, ou seja, pela valorização do Homem e das suas capacidades, a partir da inspiração nos modelos clássicos greco-latinos  Pode-se afirmar que a difusão do humanismo e o avanço dos conhecimentos científicos contribuíram para desenvolver o movimento de crítica à Igreja alertando para diversos problemas e apelando à renovação desta. Deste modo, irá iniciar-se o processo da Reforma protestante, referido no capítulo seguinte. 3
  • 4. A Reforma Protestante  Crise na Igreja: contestação e ruptura  Martinho Lutero  A Revolução Protestante na Suiça  João Calvino  A Revolução Protestante na Inglaterra  Henrique VIII 4
  • 5. Os principais actores da Reforma Protestante 5
  • 6. A Contra - Reforma  A Resposta da Igreja  O Concilio de Trento  O Tribunal do Santo Ofício ou Inquisição  O Índex  A Companhia de Jesus 6
  • 7. Os Instrumentos da Contra - Reforma 7
  • 8. Conclusão  O espírito crítico, que caracterizou o pensamento humanista, estendeu-se também ao pensamento religioso, e desde os tempos medievais que se fazia sentir a necessidade de mudança na doutrina da Igreja e sobretudo nos costumes dos seus mais altos representantes. A ruptura, tal como referi no segundo capítulo deste trabalho, ocorreu com Martinho Lutero. O seu movimento reformista ficou conhecido como protestantismo e beneficiando do clima cultural do renascimento, o luteranismo rapidamente se difundiu pela Europa. Surgem outras variantes doutrinárias personificadas por João Calvino (na Suiça) e por Henrique VIII (na Inglaterra) que deram origem ao conceito de Reforma Protestante.  Nos finais do século XVI, a Europa apresentava-se dividida entre católicos, no sul, e protestantes, no Norte.  Perante a atitude critica dos humanistas e a contestação dos reformistas, que apelavam à moralidade do clero, os responsáveis máximos da Igreja desencadearam um movimento de reorganização interna. Para além de proceder a uma redefinição da doutrina oficial da Igreja, a Reforma Católica enveredou também pela reestruturação do clero, de forma a melhorar a sua formação e a disciplinar a sua conduta. Este processo de renovação foi desencadeado a partir do Concílio de Trento, que conferiu à Igreja Católica uma feição centralizadora e autoritária.  A acção do Vaticano contra o protestantismo fez-se sobretudo pela via repressiva – a via da Contra – Reforma. Esta baseava-se sobretudo na Inquisição e no Índex, como instrumentos de repressão, porém, também a Companhia de Jesus acabaria por servir a causa deste movimento 8
  • 9. (Cont.)  O ponto essencial da Contra – reforma reside no facto de esta ter sido um impulso colectivo em que se conjugaram os esforços de numerosos indivíduos para restabelecer os antigos padrões de vida da Igreja.  O resultado imediato da Contra – Reforma foi uma tentativa em grande escala, apoiada com frequência na força armada e na violência, para reconquistar os territórios e os povos que tinham aderido aos ideais dos reformadores protestantes.  Não se pode esquecer que este entusiasmo religioso estava estritamente ligado a objectivos seculares, por um lado certos monarcas queriam recuperar as almas extraviadas, por outro apenas pretendiam restaurar o domínio das suas famílias nas suas terras hereditárias. Isto explica-nos a maior fraqueza da Contra – Reforma como movimento religioso e demonstra-nos o seu poder como força política. A religião foi usada pelas potências interessadas para encobrir motivos políticos.  Este movimento foi uma tentativa de impor novamente uma visão medieval da religião e da vida a uma sociedade que estava lentamente a separar as duas. Ela implicava a admissão de alguns valores teológicos e morais que os actuais desenvolvimentos filosóficos, políticos e sociais já tinham modificado. 9