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Posto é uma palavra oriunda da linguagem militar;
Indica um local onde alguém é colocado para realizar uma
determinada tarefa ou função;
Normalmente, o posto de trabalho é uma localização situada
dentro de um sistema de produção;
O posto de trabalho corresponde, então, a um papel definido,
que comporta instruções e procedimentos (o que fazer, quando
fazer e como fazer) e meios (onde fazer, com que fazer), a ser
ocupado por um determinado sujeito.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
4.1 - Estudo do posto de trabalho: abordagem tradicional e
ergonômica
Baseia-se no estudo dos movimentos corporais do ser humano,
necessários para executar uma tarefa, e na medida do tempo
gasto em cada um desses movimentos;
A seqüência dos movimentos necessários para executar a
tarefa é baseada em uma série de princípios de economia de
movimentos, sendo que o melhor método é escolhido pelo critério
do menor tempo gasto;
O desenvolvimento do melhor método é feito geralmente em
laboratório de engenharia de métodos, onde os diversos
dispositivos, materiais e ferramentas, são colocados em posições
mais convenientes, baseados em critérios empíricos e em
experiências pessoais dos próprios analistas de métodos.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHOABORDAGEM TRADICIONAL
ABORDAGEM ERGONÔMICA:
Delimitar o objeto de estudo a um aspecto da
situação de trabalho: decomposição em um sistema
humano-tarefa;
Abordagem globalizante que impõe uma
recomposição da situação de trabalho;
Este processo de decomposição/recomposição é a
base da metodologia proposta.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
A análise ergonômica do trabalho exige:
Conhecimentos sobre o comportamento do ser humano
em atividade de trabalho;
Discussão dos objetivos do estudo com o conjunto das
pessoas envolvidas;
Aceitação das pessoas que ocupam o posto a ser
analisado;
esclarecimento das responsabilidades.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
O estudo ergonômico do posto de trabalho comporta três fases:
Análise da demanda: é a definição do problema a ser
estudado, a partir do ponto de vista dos diversos atores sociais
envolvidos;
Análise da tarefa: análise das condições ambientais, técnicas
e organizacionais de trabalho;
Análise das atividades: análise dos comportamentos do ser
humano no trabalho (gestuais, informacionais, regulatórios e
cognitivos).
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Referências bibliográficas
sobre o homem em
atividades de trabalho
Síntese Ergonômica do Trabalho
Análise da demanda:
definição do problema
Dados Hipóteses
Análise da tarefa:
análise das condições
de trabalho
Dados Hipóteses
Análise das atividades:
análise dos comportamentos
do homem no trabalho
Dados Hipóteses
Caderno de encargos de
recomendações ergonômicas
Diagnóstico: modelo operativo
da situação de trabalho
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Análise Ergonômica do Trabalho
Situação de Trabalho
Levantamento de dados:
Consiste na pesquisa de variáveis relacionadas as
atividades desenvolvidas pelo ser humano, na
realização de uma determinada tarefa;
Os dados obtidos podem ser subdivididos em duas
categorias:
os específicos da fase estudada
os relacionados as fases precedentes
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
As hipóteses de pesquisa em ergonomia
Podem ser formuladas a partir da análise da
demanda;
Ao nível global da situação de trabalho;
Ao nível das componentes do sistema humano-tarefa
considerado;
De fato, elas orientam o planejamento da AET.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
A formulação de hipóteses em ergonomia:
Hipóteses preliminares;
Hipóteses relativas a análise da tarefa;
hipótese relativas a análise das atividades.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Delimitação do campo de estudo:
Tempo disponível para a realização da pesquisa;
Complexidade do problema formulado;
Atender as exigências formuladas na demanda.
É o ponto de partida de toda análise ergonômica do
trabalho;
Permite delimitar o (s) problema (s) a ser abordado
em uma análise ergonômica;
Permite a definição de um contrato e delimitação da
intervenção (prazos, custos, acesso às diversas áreas
da empresa, informações e pessoas);
Permite a definição de um plano de intervenção.
Considerações preliminares:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
4.2 - ANÁLISE ERGONÔMICA DA DEMANDA
Da direção da empresa (geralmente explícitas e de
grande complexidade);
Dos trabalhadores (geralmente implícitas e
relacionadas especificamente ao posto de trabalho);
Das organizações sindicais;
Dos órgãos ou instituições fiscalizadoras.
Origens da demanda:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Recomendações ergonômicas para um novo posto;
Resolução de problemas ergonômicos em postos de
trabalho já implantados e/ou em funcionamento;
Identificação de novas condicionantes, a partir de
mudanças organizacionais ou implantação de novas
tecnologias.
Tipos de demanda:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Demanda explicitamente formulada;
Demanda implicitamente formulada.
A formulação da demanda:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Tempo para a realizar o estudo;
Custo de sua realização;
Custo preliminar das modificações;
Problemática inicial (referência).
A delimitação da demanda:
Consulta aos diversos atores sociais;
Consulta às diversas áreas da empresa;
Consulta aos diversos documentos;
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Visitas complementares.
Fontes e meios sobre a demanda:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
A construção da intervenção ergonômica:
Dados, hipóteses e interpretações sobre a demanda;
O encaminhamento da intervenção ergonômica;
O contrato de intervenção ergonômica.
A proposição da intervenção ergonômica
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Apresentação da metodologia, dos objetivos, dos
resultados esperados da intervenção à quem
formulou a demanda;
Apresentação dos objetivos da intervenção, meios
de análise e tipo de dados que serão coletados aos
trabalhadores cuja atividades serão analisadas;
Apresentação dos resultados obtidos, em curso e
após a análise, à todos os atores sociais envolvidos
pela intervenção.
Os diferentes tipos de tarefa:
Tarefa prescrita;
Tarefa induzida ou redefinida;
tarefa atualizada;
As tarefas compreendem não só as condições
técnicas de trabalho, mas também as condições
ambientais e organizacionais de trabalho. É o
trabalho prescrito.
4.3 - ANÁLISE ERGONÔMICA DA TAREFA
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Delimitação do sistema ser humano-tarefa:
Definição da missão do sistema;
Definição do perfil do sistema;
Identificação e descrição das funções do sistema e sub-
sistemas;
Estabelecimento de normas;
Atribuição de funções aos humanos e às máquinas.
Delimitação do sistema ser humano-tarefa:
Qualquer que seja o sistema humano-tarefa a ser estudado,
de um simples posto de trabalho à um complexo sistema de
produção, todos funcionam segundo quatro funções básicas,
cada uma fornecendo normas de produção:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Funções do sistema geral:
Funções do Sistema de
Produção
Normas de Produção
Funções do sistema de
produção considerado:
Funções dos subsistemas
entradas e saídas:
Funções das conexões e
relações do sistema de
produção:
Normas de ação, intervenção
corretiva ou de retificação;
Normas de rendimento, de
tempo e de qualidade do
trabalho;
Normas de arranjo físico do
posto de trabalho;
Normas de bom
relacionamento hierárquico e
funcional.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Descrição das componentes do sistema humano-
tarefa:
É a identificação das exigências da tarefa.
Precisar o tipo de intervenção ergonômica e as diversas
áreas envolvidas;
Identificar os grandes processos (os modos operativos);
Preparar planos de enquete (questionários, protocolos verbais,
levantamentos posturais, etc.);
Diagnosticar disfunções evidentes.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes ao ser humano:
Trabalhador (ou trabalhadora) que intervém no posto e seu
papel no sistema de produção;
Formação e qualificação profissional;
Número de trabalhadores trabalhando simultaneamente sobre
cada posto e regras de divisão de tarefas (quem faz o que?);
Número de trabalhadores trabalhando sucessivamente sobre
cada posto e regras de sucessão (horários, modos de
alternância de equipes);
Características da população: idade, sexo, forma de admissão,
remuneração, estabilidade no posto e na empresa, absenteísmo,
turn-over, sindicalização,...
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes às condições técnicas-
máquina:
Estrutura geral da máquina (ou das máquinas);
Dimensões características (croqui, foto, fluxo de produção);
Órgãos de comando da máquina;
Órgãos de controle da máquina;
Princípios de funcionamento da máquina (mecânico, elétrico,
hidráulico, pneumático, eletrônico,...);
Problemas aparentes na máquina;
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes às condições técnicas-
controles
Levantamento dos diferentes sinais úteis ao ser humano;
Diferentes tipos de canais (visuais, auditivos, etc..);
Variedade de suportes (cor, grafismo, letras,...);
Frequência e repartição dos sinais;
Intensidade dos sinais luminosos e sonoros;
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4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes às condições técnicas-
comandos
Número e variedade de comandos;
Posição, distância relativa dos sinais e dos comandos;
Grau de precisão da ação do operador sobre os comandos;
Intervalo entre o aparecimento do sinal e dos comandos;
Rapidez e freqüência das ações realizadas pelo operador;
Grau de compatibilidade nos movimentos de diferentes
comandos, manobrados seqüencial ou simultaneamente;
Grau de realismo dos comandos;
Disposição relativa dos comandos;
Grau de correspondência entre a forma dos comandos e suas
funções;
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes às condições técnicas-
entradas
Natureza das matérias-primas;
Natureza dos produtos semi-acabados;
Natureza das energias;
Natureza das adições dos diversos produtos;
Natureza das informações.Dados referentes às condições técnicas-saídas
Características dos produtos tratados, controlados ou fabricados
pelo sistema de produção, em termos de qualidade e
quantidade (este produto pode ser uma informação).
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes aos seguintes sinais:
Informais;
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Escritos.
Dados referentes às ações:
As ações imprevistas ou não programadas;
Os gestos de trabalho realizado pelo ser humano;
As posturas de trabalho;
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As ligações sensório-motoras;
As categorias de tratamento de informação;
As decisões a serem tomadas;
As regulações: do ser humano, posto e sistema;
as ações do ser humano sobre: máquina, entrada e saída.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes às condições ambientais:
O espaço e planos de trabalho;
O ambiente térmico;
O ambiente acústico;
O ambiente luminoso;
O ambiente vibratório;
A qualidade da ar.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Dados referentes às condições
organizacionais:
Repartição de funções entre os diferentes postos;
O arranjo físico das máquinas e sistemas de
produção;
A estrutura das comunicações;
Os métodos e procedimentos de trabalho;
As modalidades de execução do trabalho (horários,
equipes, normas de produção, modo de remuneração)
As modalidades de planificação e de tomada de
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Considerações gerais sobre as atividades:
A atividade de trabalho é a mobilização total do
indivíduo, em termos de comportamentos, para
realizar uma tarefa que é prescrita;
Trata-se, então, da mobilização das funções
fisiológicas e psicológicas de um determinado
indivíduo, em um determinado momento;
A parte observável da atividade (sensório-motora)
pode ser evidenciada pelo conjunto de ações de
trabalho que caracteriza os modos operativos;
A parte não observável (mental) pode ser
caracterizada pelos processos cognitivos: sensação,
percepção, memorização, tratamento de informação
e tomada de decisão.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES
ObjetivosObjetivos
Sistema de
Produção
Produção
Regulação
Saúde
Modos
operativos
TAREFATAREFA ATIVIDADES DE TRABALHOATIVIDADES DE TRABALHO
4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Sistema de transformação de energia:
atividades motoras de trabalho, que permitem
transformar energia físico-muscular em energia
mecânica de aplicação de forças, gestos, movimentos,
posturas,..
Sistema de recepção e tratamento de
informação: atividades cognitivas de trabalho, que
permitem a detecção, a percepção e o tratamento das
Modelos de representação das atividades:
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Métodos de análise das atividades:
Conjunto dos meios e procedimentos práticos que
permitem dar um conteúdo à um modelo;
Um método é um procedimento de busca de solução à
problemas teóricos;
Cada método de análise corresponde a um modelo
pré-concebido de representação das atividades de
trabalho.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Métodos de análise utilizados em ergonomia:
Método de análise das atividades motoras;
Método de análise das atividades mentais;
A escolha do método.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Preliminarmente deve-se aplicar o princípio da globalidade:
visão holística do comportamento do homem no trabalho;
Definição de um modelo operativo da situação de trabalho
analisada;
É uma síntese da análise ergonômica, baseia-se
diretamente nas hipóteses formuladas;
Evidencia as diversas síndromes que caracterizam as
patologias ergonômicas da situação de trabalho.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
4.4 - O DIAGNÓSTICO EM ERGONOMIA
Procedimento que conduz ao diagnóstico:
Delimitar sistemas de variáveis: f (problemas
levantados, características da população, condições
ambientais, técnicas e organizacionais do trabalho);
Descrever o comportamento dessas variáveis no
desenvolvimento das atividades de trabalho, para
caracterizar as disfunções do sistema homem-tarefa;
Definição de um modelo operativo: representação
intencionalmente empobrecida da realidade de trabalho.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Identificação das síndromes
ergonômicas:
ERROS HUMANOS:
Desvio em relação a uma norma pré-estabelecida:
discordância do comportamento humano em relação às ordens
ou instruções recebidas;
Quando não existem ordens ou instruções, o erro é estimado a
partir dos resultados alcançados;
O erro pode ocorrer em diferentes níveis: individual, coletivo e
no conjunto do sistema homem-tarefa;
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Alguns tipos de erros que podem ser
evidenciados:
Manipulação de uma ferramenta de forma incorreta;
Acionamento de comando de forma intempestiva;
Modo operativo proibido pelas normas de segurança;
Omissão de uma operação prevista no processo;
Dosagem de produtos mal formuladas;
Montagem de peças de maneira não conforme;
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
INCIDENTES CRÍTICOS:
Todo evento observável, em uma determinada
situação de trabalho, que apresente um caráter
anômalo;
O erro humano pode ser considerado uma classe de
incidente crítico;
Na realidade, um incidente crítico pode levar à um ou
vários erros humanos;
Para levantar os incidentes críticos, deve-se ter um
conhecimento aprofundado do sistema de produção.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Alguns tipos de incidentes críticos:
Material: fadiga de material, freio gasto;
Ambiental: elevação do nível de ruído, queda na
iluminação, produto escorregadio derramado no piso;
Tarefa: alteração da cadência de produção,
modificação dos horários;
Pessoal: indisposição repentina, substituição de um
operador por outro não qualificado;...
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
ACIDENTES DE TRABALHO:
Pode-se constatar, nos acidentes de trabalho, um tipo
de síndrome que afeta a componente humana dos
sistemas homem-tarefa;
Não se deve restringir o diagnóstico, de uma
determinada situação de trabalho, baseando-se
somente na análise de um acidente;
Gênese do acidente: relação causal entre as diversas
variáveis envolvidas (árvores de causa dos acidentes).
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
PANES DO SISTEMA:
São incidentes que afetam a componente material do
sistema homem-tarefa;
Caracterizam-se por uma interrupção do
funcionamento do sistema homem-tarefa e estão
diretamente relacionadas com a confiabilidade;
As panes constituem-se em reveladores dos pontos
críticos do serviço de manutenção e sobre as relações
manutenção/produção.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
DEFEITOS DE PRODUÇÃO:
Desvios constatados ao nível do produto fabricado e,
de uma forma mais geral, do resultado do trabalho;
Dentro desta categoria encontram-se os descartes de
produção;
A qualidade de um produto, ou serviço, deve ser
garantida do início até o final do processo;
Levantar os defeitos de produção passíveis de
ocorrência: identificação, descrição, causa, ação
corretiva e preventiva.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
QUEDA DA PRODUTIVIDADE:
Disfunção do sistema ser humano-tarefa;
Aumento da produtividade é uma consequência da
melhoria das condições de trabalho;
Levantar as variações da produtividade:
através do tempo;
as possíveis causas;
as variáveis que determinam a queda da
produtividade.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Das hipóteses à formulação do diagnóstico
HIPÓTESESHIPÓTESES
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
AETAET
CERECERE
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Diagnóstico em nível local: posto de trabalho
Correlacionar as condicionantes ambientais e técnico-
organizacionais com as determinantes manifestadas
pelo trabalhador;
Exigências de uma tarefa estão relacionadas às
características fisiológicas e psicológicas do
trabalhador: diferenças inter e intra-individuais;
O diagnóstico local permite evidenciar as exigências
ergonômicas que aquele trabalhador está sujeito
naquele posto de trabalho.
4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
TRABALHO
Diagnóstico em nível geral: situação de trabalho
Aplicar o princípio da globalidade;
Evidenciar condicionantes ambientais e técnico-
organizacionais da situação de trabalho como um todo;
Determinantes manifestadas pela população de
trabalhadores;
Visar sempre uma transformação e não apenas
descrever uma situação de trabalho;
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4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE
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Análise Ergonômica Postos Trabalho

  • 1. Posto é uma palavra oriunda da linguagem militar; Indica um local onde alguém é colocado para realizar uma determinada tarefa ou função; Normalmente, o posto de trabalho é uma localização situada dentro de um sistema de produção; O posto de trabalho corresponde, então, a um papel definido, que comporta instruções e procedimentos (o que fazer, quando fazer e como fazer) e meios (onde fazer, com que fazer), a ser ocupado por um determinado sujeito. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO 4.1 - Estudo do posto de trabalho: abordagem tradicional e ergonômica
  • 2. Baseia-se no estudo dos movimentos corporais do ser humano, necessários para executar uma tarefa, e na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos; A seqüência dos movimentos necessários para executar a tarefa é baseada em uma série de princípios de economia de movimentos, sendo que o melhor método é escolhido pelo critério do menor tempo gasto; O desenvolvimento do melhor método é feito geralmente em laboratório de engenharia de métodos, onde os diversos dispositivos, materiais e ferramentas, são colocados em posições mais convenientes, baseados em critérios empíricos e em experiências pessoais dos próprios analistas de métodos. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHOABORDAGEM TRADICIONAL
  • 3. ABORDAGEM ERGONÔMICA: Delimitar o objeto de estudo a um aspecto da situação de trabalho: decomposição em um sistema humano-tarefa; Abordagem globalizante que impõe uma recomposição da situação de trabalho; Este processo de decomposição/recomposição é a base da metodologia proposta. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 4. A análise ergonômica do trabalho exige: Conhecimentos sobre o comportamento do ser humano em atividade de trabalho; Discussão dos objetivos do estudo com o conjunto das pessoas envolvidas; Aceitação das pessoas que ocupam o posto a ser analisado; esclarecimento das responsabilidades. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 5. O estudo ergonômico do posto de trabalho comporta três fases: Análise da demanda: é a definição do problema a ser estudado, a partir do ponto de vista dos diversos atores sociais envolvidos; Análise da tarefa: análise das condições ambientais, técnicas e organizacionais de trabalho; Análise das atividades: análise dos comportamentos do ser humano no trabalho (gestuais, informacionais, regulatórios e cognitivos). 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 6. Referências bibliográficas sobre o homem em atividades de trabalho Síntese Ergonômica do Trabalho Análise da demanda: definição do problema Dados Hipóteses Análise da tarefa: análise das condições de trabalho Dados Hipóteses Análise das atividades: análise dos comportamentos do homem no trabalho Dados Hipóteses Caderno de encargos de recomendações ergonômicas Diagnóstico: modelo operativo da situação de trabalho 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO Análise Ergonômica do Trabalho Situação de Trabalho
  • 7. Levantamento de dados: Consiste na pesquisa de variáveis relacionadas as atividades desenvolvidas pelo ser humano, na realização de uma determinada tarefa; Os dados obtidos podem ser subdivididos em duas categorias: os específicos da fase estudada os relacionados as fases precedentes 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 8. As hipóteses de pesquisa em ergonomia Podem ser formuladas a partir da análise da demanda; Ao nível global da situação de trabalho; Ao nível das componentes do sistema humano-tarefa considerado; De fato, elas orientam o planejamento da AET. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 9. A formulação de hipóteses em ergonomia: Hipóteses preliminares; Hipóteses relativas a análise da tarefa; hipótese relativas a análise das atividades. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO Delimitação do campo de estudo: Tempo disponível para a realização da pesquisa; Complexidade do problema formulado; Atender as exigências formuladas na demanda.
  • 10. É o ponto de partida de toda análise ergonômica do trabalho; Permite delimitar o (s) problema (s) a ser abordado em uma análise ergonômica; Permite a definição de um contrato e delimitação da intervenção (prazos, custos, acesso às diversas áreas da empresa, informações e pessoas); Permite a definição de um plano de intervenção. Considerações preliminares: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO 4.2 - ANÁLISE ERGONÔMICA DA DEMANDA
  • 11. Da direção da empresa (geralmente explícitas e de grande complexidade); Dos trabalhadores (geralmente implícitas e relacionadas especificamente ao posto de trabalho); Das organizações sindicais; Dos órgãos ou instituições fiscalizadoras. Origens da demanda: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 12. Recomendações ergonômicas para um novo posto; Resolução de problemas ergonômicos em postos de trabalho já implantados e/ou em funcionamento; Identificação de novas condicionantes, a partir de mudanças organizacionais ou implantação de novas tecnologias. Tipos de demanda: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 13. Demanda explicitamente formulada; Demanda implicitamente formulada. A formulação da demanda: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO Tempo para a realizar o estudo; Custo de sua realização; Custo preliminar das modificações; Problemática inicial (referência). A delimitação da demanda:
  • 14. Consulta aos diversos atores sociais; Consulta às diversas áreas da empresa; Consulta aos diversos documentos; Visita a situação de trabalho; Visitas complementares. Fontes e meios sobre a demanda: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO A construção da intervenção ergonômica: Dados, hipóteses e interpretações sobre a demanda; O encaminhamento da intervenção ergonômica; O contrato de intervenção ergonômica.
  • 15. A proposição da intervenção ergonômica 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO Apresentação da metodologia, dos objetivos, dos resultados esperados da intervenção à quem formulou a demanda; Apresentação dos objetivos da intervenção, meios de análise e tipo de dados que serão coletados aos trabalhadores cuja atividades serão analisadas; Apresentação dos resultados obtidos, em curso e após a análise, à todos os atores sociais envolvidos pela intervenção.
  • 16. Os diferentes tipos de tarefa: Tarefa prescrita; Tarefa induzida ou redefinida; tarefa atualizada; As tarefas compreendem não só as condições técnicas de trabalho, mas também as condições ambientais e organizacionais de trabalho. É o trabalho prescrito. 4.3 - ANÁLISE ERGONÔMICA DA TAREFA 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 17. Delimitação do sistema ser humano-tarefa: Definição da missão do sistema; Definição do perfil do sistema; Identificação e descrição das funções do sistema e sub- sistemas; Estabelecimento de normas; Atribuição de funções aos humanos e às máquinas. Delimitação do sistema ser humano-tarefa: Qualquer que seja o sistema humano-tarefa a ser estudado, de um simples posto de trabalho à um complexo sistema de produção, todos funcionam segundo quatro funções básicas, cada uma fornecendo normas de produção: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 18. Funções do sistema geral: Funções do Sistema de Produção Normas de Produção Funções do sistema de produção considerado: Funções dos subsistemas entradas e saídas: Funções das conexões e relações do sistema de produção: Normas de ação, intervenção corretiva ou de retificação; Normas de rendimento, de tempo e de qualidade do trabalho; Normas de arranjo físico do posto de trabalho; Normas de bom relacionamento hierárquico e funcional. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 19. Descrição das componentes do sistema humano- tarefa: É a identificação das exigências da tarefa. Precisar o tipo de intervenção ergonômica e as diversas áreas envolvidas; Identificar os grandes processos (os modos operativos); Preparar planos de enquete (questionários, protocolos verbais, levantamentos posturais, etc.); Diagnosticar disfunções evidentes. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 20. Dados referentes ao ser humano: Trabalhador (ou trabalhadora) que intervém no posto e seu papel no sistema de produção; Formação e qualificação profissional; Número de trabalhadores trabalhando simultaneamente sobre cada posto e regras de divisão de tarefas (quem faz o que?); Número de trabalhadores trabalhando sucessivamente sobre cada posto e regras de sucessão (horários, modos de alternância de equipes); Características da população: idade, sexo, forma de admissão, remuneração, estabilidade no posto e na empresa, absenteísmo, turn-over, sindicalização,... 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 21. Dados referentes às condições técnicas- máquina: Estrutura geral da máquina (ou das máquinas); Dimensões características (croqui, foto, fluxo de produção); Órgãos de comando da máquina; Órgãos de controle da máquina; Princípios de funcionamento da máquina (mecânico, elétrico, hidráulico, pneumático, eletrônico,...); Problemas aparentes na máquina; 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 22. Dados referentes às condições técnicas- controles Levantamento dos diferentes sinais úteis ao ser humano; Diferentes tipos de canais (visuais, auditivos, etc..); Variedade de suportes (cor, grafismo, letras,...); Frequência e repartição dos sinais; Intensidade dos sinais luminosos e sonoros; Dimensões dos sinais visuais (relação distância-formato); Discriminação dos sinais de um mesmo tipo (ex: sonoro); Riscos do efeito de máscara ou de interferência de sinais; Dispersão espacial das fontes; Exigência de sinais de advertência; 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 23. Dados referentes às condições técnicas- comandos Número e variedade de comandos; Posição, distância relativa dos sinais e dos comandos; Grau de precisão da ação do operador sobre os comandos; Intervalo entre o aparecimento do sinal e dos comandos; Rapidez e freqüência das ações realizadas pelo operador; Grau de compatibilidade nos movimentos de diferentes comandos, manobrados seqüencial ou simultaneamente; Grau de realismo dos comandos; Disposição relativa dos comandos; Grau de correspondência entre a forma dos comandos e suas funções; 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 24. Dados referentes às condições técnicas- entradas Natureza das matérias-primas; Natureza dos produtos semi-acabados; Natureza das energias; Natureza das adições dos diversos produtos; Natureza das informações.Dados referentes às condições técnicas-saídas Características dos produtos tratados, controlados ou fabricados pelo sistema de produção, em termos de qualidade e quantidade (este produto pode ser uma informação). 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 25. Dados referentes aos seguintes sinais: Informais; Codificados; Verbais; Escritos. Dados referentes às ações: As ações imprevistas ou não programadas; Os gestos de trabalho realizado pelo ser humano; As posturas de trabalho; Os deslocamentos; As ligações sensório-motoras; As categorias de tratamento de informação; As decisões a serem tomadas; As regulações: do ser humano, posto e sistema; as ações do ser humano sobre: máquina, entrada e saída. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 26. Dados referentes às condições ambientais: O espaço e planos de trabalho; O ambiente térmico; O ambiente acústico; O ambiente luminoso; O ambiente vibratório; A qualidade da ar. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 27. Dados referentes às condições organizacionais: Repartição de funções entre os diferentes postos; O arranjo físico das máquinas e sistemas de produção; A estrutura das comunicações; Os métodos e procedimentos de trabalho; As modalidades de execução do trabalho (horários, equipes, normas de produção, modo de remuneração) As modalidades de planificação e de tomada de 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 28. 4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO Considerações gerais sobre as atividades: A atividade de trabalho é a mobilização total do indivíduo, em termos de comportamentos, para realizar uma tarefa que é prescrita; Trata-se, então, da mobilização das funções fisiológicas e psicológicas de um determinado indivíduo, em um determinado momento;
  • 29. A parte observável da atividade (sensório-motora) pode ser evidenciada pelo conjunto de ações de trabalho que caracteriza os modos operativos; A parte não observável (mental) pode ser caracterizada pelos processos cognitivos: sensação, percepção, memorização, tratamento de informação e tomada de decisão. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO 4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES
  • 30. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO 4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES
  • 31. ObjetivosObjetivos Sistema de Produção Produção Regulação Saúde Modos operativos TAREFATAREFA ATIVIDADES DE TRABALHOATIVIDADES DE TRABALHO 4.4 - ANÁLISE ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 32. Sistema de transformação de energia: atividades motoras de trabalho, que permitem transformar energia físico-muscular em energia mecânica de aplicação de forças, gestos, movimentos, posturas,.. Sistema de recepção e tratamento de informação: atividades cognitivas de trabalho, que permitem a detecção, a percepção e o tratamento das Modelos de representação das atividades: 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 33. Métodos de análise das atividades: Conjunto dos meios e procedimentos práticos que permitem dar um conteúdo à um modelo; Um método é um procedimento de busca de solução à problemas teóricos; Cada método de análise corresponde a um modelo pré-concebido de representação das atividades de trabalho. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 34. Métodos de análise utilizados em ergonomia: Método de análise das atividades motoras; Método de análise das atividades mentais; A escolha do método. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 35. Preliminarmente deve-se aplicar o princípio da globalidade: visão holística do comportamento do homem no trabalho; Definição de um modelo operativo da situação de trabalho analisada; É uma síntese da análise ergonômica, baseia-se diretamente nas hipóteses formuladas; Evidencia as diversas síndromes que caracterizam as patologias ergonômicas da situação de trabalho. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO 4.4 - O DIAGNÓSTICO EM ERGONOMIA
  • 36. Procedimento que conduz ao diagnóstico: Delimitar sistemas de variáveis: f (problemas levantados, características da população, condições ambientais, técnicas e organizacionais do trabalho); Descrever o comportamento dessas variáveis no desenvolvimento das atividades de trabalho, para caracterizar as disfunções do sistema homem-tarefa; Definição de um modelo operativo: representação intencionalmente empobrecida da realidade de trabalho. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 37. Identificação das síndromes ergonômicas: ERROS HUMANOS: Desvio em relação a uma norma pré-estabelecida: discordância do comportamento humano em relação às ordens ou instruções recebidas; Quando não existem ordens ou instruções, o erro é estimado a partir dos resultados alcançados; O erro pode ocorrer em diferentes níveis: individual, coletivo e no conjunto do sistema homem-tarefa; 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 38. Alguns tipos de erros que podem ser evidenciados: Manipulação de uma ferramenta de forma incorreta; Acionamento de comando de forma intempestiva; Modo operativo proibido pelas normas de segurança; Omissão de uma operação prevista no processo; Dosagem de produtos mal formuladas; Montagem de peças de maneira não conforme; 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 39. INCIDENTES CRÍTICOS: Todo evento observável, em uma determinada situação de trabalho, que apresente um caráter anômalo; O erro humano pode ser considerado uma classe de incidente crítico; Na realidade, um incidente crítico pode levar à um ou vários erros humanos; Para levantar os incidentes críticos, deve-se ter um conhecimento aprofundado do sistema de produção. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 40. Alguns tipos de incidentes críticos: Material: fadiga de material, freio gasto; Ambiental: elevação do nível de ruído, queda na iluminação, produto escorregadio derramado no piso; Tarefa: alteração da cadência de produção, modificação dos horários; Pessoal: indisposição repentina, substituição de um operador por outro não qualificado;... 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 41. ACIDENTES DE TRABALHO: Pode-se constatar, nos acidentes de trabalho, um tipo de síndrome que afeta a componente humana dos sistemas homem-tarefa; Não se deve restringir o diagnóstico, de uma determinada situação de trabalho, baseando-se somente na análise de um acidente; Gênese do acidente: relação causal entre as diversas variáveis envolvidas (árvores de causa dos acidentes). 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 42. PANES DO SISTEMA: São incidentes que afetam a componente material do sistema homem-tarefa; Caracterizam-se por uma interrupção do funcionamento do sistema homem-tarefa e estão diretamente relacionadas com a confiabilidade; As panes constituem-se em reveladores dos pontos críticos do serviço de manutenção e sobre as relações manutenção/produção. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 43. DEFEITOS DE PRODUÇÃO: Desvios constatados ao nível do produto fabricado e, de uma forma mais geral, do resultado do trabalho; Dentro desta categoria encontram-se os descartes de produção; A qualidade de um produto, ou serviço, deve ser garantida do início até o final do processo; Levantar os defeitos de produção passíveis de ocorrência: identificação, descrição, causa, ação corretiva e preventiva. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 44. QUEDA DA PRODUTIVIDADE: Disfunção do sistema ser humano-tarefa; Aumento da produtividade é uma consequência da melhoria das condições de trabalho; Levantar as variações da produtividade: através do tempo; as possíveis causas; as variáveis que determinam a queda da produtividade. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 45. Das hipóteses à formulação do diagnóstico HIPÓTESESHIPÓTESES DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO AETAET CERECERE 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 46. Diagnóstico em nível local: posto de trabalho Correlacionar as condicionantes ambientais e técnico- organizacionais com as determinantes manifestadas pelo trabalhador; Exigências de uma tarefa estão relacionadas às características fisiológicas e psicológicas do trabalhador: diferenças inter e intra-individuais; O diagnóstico local permite evidenciar as exigências ergonômicas que aquele trabalhador está sujeito naquele posto de trabalho. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO
  • 47. Diagnóstico em nível geral: situação de trabalho Aplicar o princípio da globalidade; Evidenciar condicionantes ambientais e técnico- organizacionais da situação de trabalho como um todo; Determinantes manifestadas pela população de trabalhadores; Visar sempre uma transformação e não apenas descrever uma situação de trabalho; Transformação da situação de trabalho: eliminação de algumas condicionantes e aparecimento de novas condicionantes. 4. ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO