SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
CARACTERIZAÇÃO GERAL
Factores que favoreceram o desenvolvimento
do turismo:
condições naturais
condições climatéricas
elevado grau de competitividade em termos
de preços
sentido de hospitalidade do seu povo
peculiaridade da sua cultura
Factores que desfavoreceram o desenvolvimento
do turismo:
concepção política dominante durante muitos
anos
privilégio do isolamento internacional
situações avessas às mudanças e pouco
propensas à modernidade
atraso dos meios de transporte
atraso das vias de comunicação
inexistência de uma iniciativa privada
esclarecida e informada
Apesar do atraso com que se iniciou o seu processo
de desenvolvimento, o turismo alcançou rapidamente
um lugar de relevo no conjunto das actividades
económicas, devido:
ao volume de receitas externas que passou a
proporcionar
ao emprego criado
ao impacto produzido a nível regional.
Etapas de Desenvolvimento do Turismo
Português
Infância Adolescência Maioridade Maturidade
1900 1950 1963 1973
Primeira etapa: 1900 a 1950 - Infância
•1906 – criação da Sociedade de Propaganda
de Portugal, sociedade de iniciativa privada, com
objectivos de promoção do turismo a nível interno
e internacional
•Turismo a nível interno assente nas estâncias
termais
•Turismo internacional baseava-se na Madeira e
Lisboa
•1911 – Criação da primeira organização oficial de
turismo – Repartição de Turismo
•1920 – A Sociedade de Propaganda de Portugal
(SPP) abriu 143 representações por todo o país
Objectivos da Sociedade de Propaganda de
Portugal:
•organizar e divulgar o inventário de todos os
monumentos, riquezas artísticas, curiosidades e lugares
pitorescos do país;
• promover a concorrência de estrangeiros e uma maior
circulação de nacionais dentro do território.
Primeira etapa: 1900 a 1950 - Infância
•Lançamento do programa de construção de
pousadas que constituem uma imagem de marca
do turismo português
•1928 – o jogo ficou ligado ao turismo e criou-se a
Repartição de Jogos e Turismo integrada no
Ministério do Interior
•Lançamento do plano de aproveitamento turístico
do Estoril, primeiro grande centro internacional do
país
Primeira etapa: 1900 a 1950 - Infância
•No início da década de 30: Entradas de
estrangeiros: 51 mil; por exemplo em Itália: 5
milhões de estrangeiros.
•Guerra civil de Espanha (1936) contribuiu para o
reduzido número de visitas de estrangeiros.
•1936 – 1945 – II GG limitou profundamente as
correntes turísticas internacionais.
•1930 – Surgiu a comissão de propaganda do
Turismo de Portugal no estrangeiro e foram criadas
casas de Portugal em Paris, Londres e Antuérpia.
•Entradas de estrangeiros em Portugal: 76 mil; por
exemplo em Espanha: 456 mil.
Segunda Etapa: 1950 a 1963: Adolescência
•No início da década de 50, Portugal não
acompanhou a nova era do turismo na Europa,
devido ao atraso sobre o aperfeiçoamento dos meios
materiais exigidos pela vida moderna;
•O turismo deve ser encarado como uma verdadeira
indústria, tendo de se subordinar a princípios de
organização administrativa;
•A política do turismo é concebida segundo uma
abordagem horizontal porque uma política de
turismo, para ser eficiente não pode ser obra de um
só sector;
•1956 – foi criado o Fundo de Turismo, destinado a
assegurar o fomento do turismo;
Segunda Etapa: 1950 a 1963: Adolescência
•dado o interesse do turismo para a economia
nacional, o governo sentiu a necessidade de se
criarem condições institucionais que permitissem o
seu fomento
•Em 1956 foi publicada a Lei 2082 que passou a
constituir a lei base do turismo
•Passaram a ser criadas zonas de turismo nos
concelhos em que existiam praias, estâncias
hidrológicas ou climáticas, de altitude, de repouso
ou de recreio ou monumentos
Segunda Etapa: 1950 a 1963: Adolescência
•A criação destas zonas passou a depender de
requerimento da respectiva Câmara Municipal por se
entender que a execução de uma política local de
turismo se poderá desenvolver com a participação
dos interesses municipais e para ser eficiente terá de
ser vivida e sentida pelo agregado de pessoas que
formam o concelho
•1950 – Entradas 76 mil
•1963 – Entradas: 514 mil
Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
•O ano de 1964 marca o início do verdadeiro desenvolvimento
do turismo português:
•consolidação da recuperação económica dos países
industrializados afectados pela guerra
•seguiu-se um boom económico
•generalização do automóvel
•generalização das férias pagas
•desenvolvimento explosivo do trânsito aéreo
•1964 – ultrapassou-se, pela primeira vez, o milhão de
entradas, tendo forte contributo os seguintes factores:
•localização geográfica
•condições climatéricas
•preços praticados
Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
• Surgem os grandes empreendimentos turísticos que polarizam
as atenções e concentram os investimentos:
•Algarve
•Madeira
•Tróia
• Perda de posição dos centros tradicionais e desvio de
investimentos para os novos pólos turísticos.
• O país não estava preparado, nem soube preparar-se, quer no
que respeita aos circuitos de distribuição, quer em infra-
estruturas surgindo assim os primeiros desequilíbrios estruturais.
• Em 1963, o distrito de Lisboa concentrava quase 30% da
capacidade hoteleira
• O Algarve e a Madeira dispunham apenas de 5 e 3,3%
respectivamente, da capacidade hoteleira.
Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
• Tratava-se de um turismo altamente concentrado no distrito de Lisboa
e fortemente dependente de três mercados, do ponto de vista externo:
•Reino Unido
•França
•Estados Unidos da América
• Construíram-se os aeroportos do Funchal e do Algarve permitindo
estabelecer relações aéreas com os principais centros emissores
• Procurou-se adaptar a organização administrativa às novas situações,
pela transformação da Direcção de Serviços de Turismo em
Comissariado do Turismo, que, pouco tempo depois, dá lugar à Direcção
Geral do Turismo
• Criação do Centro de Formação Turística e Hoteleira destinado a
superintender na formação profissional.
• O turismo, que, até aí, não tinha sido objecto de qualquer
planeamento, passa a ser enquadrado nos Planos de Fomento
• É atribuído ao turismo o papel de «motor do desenvolvimento
económico», mas sem definição de um modelo global de
desenvolvimento turístico e sem enquadramento numa política de
ordenamento do território e aproveitamento dos espaços;
• Multiplicam-se os empreendimentos desligados de uma concepção de
desenvolvimento regional e sem infra-estruturas adequadas;
• Resultam os primeiros desgastes do ambiente e do património
natural;
• Disfunções ambientais e descaracterização, particularmente, em
certas zonas que se tinham revelado com vocação para o turismo;
• Não se preveniu a destruição dos espaços nem a descaracterização;
• Pretendia-se um desenvolvimento turístico que evitasse os erros que
já eram preocupantes em Espanha mas acabaram por se cometer os
mesmos;
Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
• Desejava-se uma oferta equilibrada mas a construção dos
meios de alojamento não foi acompanhada, nem pelos
equipamentos de animação e de ocupação dos tempos livres,
nem pela protecção dos espaços envolventes.
• Em 1973, as entradas de estrangeiros ultrapassaram os 4
milhões
• A Alemanha, a Espanha, a França, o Reino Unido e os Estados
Unidos da América passam a ser os primeiros clientes de
Portugal
• A oferta hoteleira aumentou significativamente: com 59 mil
camas, em 1964, atinge as 86 mil, em 1973, passando o
Algarve a deter cerca de 16% da capacidade hoteleira e a
Madeira 9,5%.
Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
• O distrito de Lisboa baixa a sua participação no conjunto da
capacidade hoteleira para 27%.
• Desenvolvem-se novas formas de alojamento (aldeamentos
turísticos, apartamentos, motéis) e novas formas de
exploração (títulos de férias, multipropriedade).
• A procura dominante caracteriza-se pela busca do sol, do
mar e das praias de areia fina que existem em abundância no
país
• Todo o desenvolvimento do turismo se concentra na
exploração destes atractivos, com abandono do turismo do
interior e dos valores turísticos em que as regiões do interior
são particularmente ricas: termalismo, cultura, gastronomia,
paisagens.
• O turismo, em Portugal, passa a ser sinónimo de «litoral».
Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
Quarta etapa: a partir de 1974. Maturidade
• Em finais de 1973, com a eclosão da crise da energia, operam-
se grandes transformações a nível económico que deram origem
a uma crise económica internacional;
• Surgem situações novas como, por exemplo, a quebra de
produção e desemprego a conviver com elevadas taxas de
inflação,
• Os desequilíbrios ecológicos provocados por deficiente
aproveitamento dos recursos naturais e os novos
comportamentos do consumidor que influenciam,
profundamente, a procura turística.
• Simultaneamente, em Portugal, dá-se, em 1974, a revolução
de 25 de Abril provocando grandes transformações económicas,
sociais e políticas e ocasionando o afluxo de grandes massa de
desalojados das ex-colónias que passam a ocupar os
alojamentos hoteleiros.

Contenu connexe

Tendances

Trabalho de Tic sobre Turismo
Trabalho de Tic sobre TurismoTrabalho de Tic sobre Turismo
Trabalho de Tic sobre TurismoHelianeNeves
 
Origem e evolução histórica do turismo
Origem e evolução histórica do turismoOrigem e evolução histórica do turismo
Origem e evolução histórica do turismoAna Paula Walter
 
Importância econômica do turismo (1)
Importância econômica do turismo (1)Importância econômica do turismo (1)
Importância econômica do turismo (1)rosaband
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia abarros
 
Turismo de lazer - Breve história e conceitos
Turismo de lazer - Breve história e conceitosTurismo de lazer - Breve história e conceitos
Turismo de lazer - Breve história e conceitosFarah Serra
 
01 Conceitos Turismo
01    Conceitos  Turismo01    Conceitos  Turismo
01 Conceitos Turismocursotiat
 
Turismo estudo internacionalizacao
Turismo estudo internacionalizacaoTurismo estudo internacionalizacao
Turismo estudo internacionalizacaoJúlio Nunes
 
Perfil do Novo Turista Português
Perfil do Novo Turista PortuguêsPerfil do Novo Turista Português
Perfil do Novo Turista PortuguêsIrina Saur-Amaral
 
Turismo evolução
Turismo evoluçãoTurismo evolução
Turismo evoluçãoKarlla Costa
 
Destinos preferidos dos Portugueses
Destinos preferidos dos PortuguesesDestinos preferidos dos Portugueses
Destinos preferidos dos PortuguesesLeila Abibe
 

Tendances (20)

TURISMO EM PORTUGAL
TURISMO EM PORTUGALTURISMO EM PORTUGAL
TURISMO EM PORTUGAL
 
Trabalho de Tic sobre Turismo
Trabalho de Tic sobre TurismoTrabalho de Tic sobre Turismo
Trabalho de Tic sobre Turismo
 
Origem e evolução histórica do turismo
Origem e evolução histórica do turismoOrigem e evolução histórica do turismo
Origem e evolução histórica do turismo
 
Turismo Urbano
Turismo UrbanoTurismo Urbano
Turismo Urbano
 
Importância econômica do turismo (1)
Importância econômica do turismo (1)Importância econômica do turismo (1)
Importância econômica do turismo (1)
 
Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia Tipos de turismo - Geografia
Tipos de turismo - Geografia
 
Turismo de lazer - Breve história e conceitos
Turismo de lazer - Breve história e conceitosTurismo de lazer - Breve história e conceitos
Turismo de lazer - Breve história e conceitos
 
Turismo geografia
Turismo   geografiaTurismo   geografia
Turismo geografia
 
01 Conceitos Turismo
01    Conceitos  Turismo01    Conceitos  Turismo
01 Conceitos Turismo
 
1936
19361936
1936
 
204
204204
204
 
Turismo em Portugal
Turismo em PortugalTurismo em Portugal
Turismo em Portugal
 
Turismo balnear
Turismo balnearTurismo balnear
Turismo balnear
 
1934
19341934
1934
 
Turismo estudo internacionalizacao
Turismo estudo internacionalizacaoTurismo estudo internacionalizacao
Turismo estudo internacionalizacao
 
Perfil do Novo Turista Português
Perfil do Novo Turista PortuguêsPerfil do Novo Turista Português
Perfil do Novo Turista Português
 
Turismo evolução
Turismo evoluçãoTurismo evolução
Turismo evolução
 
TURISMO...
TURISMO...TURISMO...
TURISMO...
 
Destinos preferidos dos Portugueses
Destinos preferidos dos PortuguesesDestinos preferidos dos Portugueses
Destinos preferidos dos Portugueses
 
O turismo
O turismoO turismo
O turismo
 

Similaire à Fatores que influenciaram o desenvolvimento do turismo português

Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...
Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...
Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...CristianaFreitas10
 
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)Aristides Faria
 
Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019
Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019
Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019Edgar Melo Costa
 
Plano Director do Turismo de Angola
Plano Director do Turismo de AngolaPlano Director do Turismo de Angola
Plano Director do Turismo de AngolaPatrick Heuchenne
 
Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...
Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...
Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...Diário do Comércio - MG
 
Joao Costa: Plano estratégico da cidade de Viana. Viana do Castelo 2011
Joao Costa: Plano estratégico da cidade de  Viana. Viana do Castelo 2011 Joao Costa: Plano estratégico da cidade de  Viana. Viana do Castelo 2011
Joao Costa: Plano estratégico da cidade de Viana. Viana do Castelo 2011 RETEAsociacion
 
Resumo da segunda unidade tematica de turismo.ppt
Resumo da segunda unidade tematica de turismo.pptResumo da segunda unidade tematica de turismo.ppt
Resumo da segunda unidade tematica de turismo.pptorlaviocarlosaveru
 
Gestão Pública: aulas 06 e 07
Gestão Pública: aulas 06 e 07Gestão Pública: aulas 06 e 07
Gestão Pública: aulas 06 e 07Aristides Faria
 
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)Aristides Faria
 
Importância dos eventos para a economia da UE
Importância dos eventos para a economia da UEImportância dos eventos para a economia da UE
Importância dos eventos para a economia da UEEdnaEngenheiro
 
Património Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos Santos
Património Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos SantosPatrimónio Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos Santos
Património Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos SantosArtur Filipe dos Santos
 
Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...
Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...
Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...A. Rui Teixeira Santos
 
Gestão Pública: aula 12
Gestão Pública: aula 12Gestão Pública: aula 12
Gestão Pública: aula 12Aristides Faria
 
Enriquecimento da Oferta Turística
Enriquecimento da Oferta TurísticaEnriquecimento da Oferta Turística
Enriquecimento da Oferta TurísticaPedro Peixoto
 

Similaire à Fatores que influenciaram o desenvolvimento do turismo português (20)

Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...
Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...
Destinos de férias das populações de Seixas, Oliveira do Hospital e Rio Torto...
 
272
272272
272
 
Lisboa iat2
Lisboa  iat2Lisboa  iat2
Lisboa iat2
 
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 06)
 
Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019
Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019
Plano estrategico-para-o-turismo-na-regiao-de-lisboa-2015-2019
 
Turismo S. Miguel
Turismo S. MiguelTurismo S. Miguel
Turismo S. Miguel
 
Plano Director do Turismo de Angola
Plano Director do Turismo de AngolaPlano Director do Turismo de Angola
Plano Director do Turismo de Angola
 
Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...
Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...
Feiras BLT - Bolsa de Turismo, em Lisboa (Portugal) e FITUR - Feira Internaci...
 
Joao Costa: Plano estratégico da cidade de Viana. Viana do Castelo 2011
Joao Costa: Plano estratégico da cidade de  Viana. Viana do Castelo 2011 Joao Costa: Plano estratégico da cidade de  Viana. Viana do Castelo 2011
Joao Costa: Plano estratégico da cidade de Viana. Viana do Castelo 2011
 
Resumo da segunda unidade tematica de turismo.ppt
Resumo da segunda unidade tematica de turismo.pptResumo da segunda unidade tematica de turismo.ppt
Resumo da segunda unidade tematica de turismo.ppt
 
Gestão Pública: aulas 06 e 07
Gestão Pública: aulas 06 e 07Gestão Pública: aulas 06 e 07
Gestão Pública: aulas 06 e 07
 
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 09)
 
Importância dos eventos para a economia da UE
Importância dos eventos para a economia da UEImportância dos eventos para a economia da UE
Importância dos eventos para a economia da UE
 
Património Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos Santos
Património Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos SantosPatrimónio Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos Santos
Património Cultural Português - Pousadas de Portugal- Artur Filipe dos Santos
 
Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...
Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...
Forum do Turismo de Angola, comunicação do prof. doutor Rui Teixeira Santos, ...
 
Gestão Pública: aula 12
Gestão Pública: aula 12Gestão Pública: aula 12
Gestão Pública: aula 12
 
Gabarito 8ano historia
Gabarito 8ano historiaGabarito 8ano historia
Gabarito 8ano historia
 
205
205205
205
 
Enriquecimento da Oferta Turística
Enriquecimento da Oferta TurísticaEnriquecimento da Oferta Turística
Enriquecimento da Oferta Turística
 
Fundamentos de turismo #2
Fundamentos de turismo #2Fundamentos de turismo #2
Fundamentos de turismo #2
 

Plus de Pelo Siro

Plus de Pelo Siro (20)

1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas
 
11955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 111955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 1
 
1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros
 
1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais
 
119625756 motsser2
119625756 motsser2119625756 motsser2
119625756 motsser2
 
119999888 revisoes
119999888 revisoes119999888 revisoes
119999888 revisoes
 
119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos
 
2146
21462146
2146
 
2079
20792079
2079
 
2080
20802080
2080
 
2064
20642064
2064
 
2061
20612061
2061
 
2060
20602060
2060
 
2032
20322032
2032
 
2031
20312031
2031
 
2019
20192019
2019
 
2018
20182018
2018
 
2017
20172017
2017
 
2015
20152015
2015
 
2014
20142014
2014
 

Fatores que influenciaram o desenvolvimento do turismo português

  • 2. Factores que favoreceram o desenvolvimento do turismo: condições naturais condições climatéricas elevado grau de competitividade em termos de preços sentido de hospitalidade do seu povo peculiaridade da sua cultura
  • 3. Factores que desfavoreceram o desenvolvimento do turismo: concepção política dominante durante muitos anos privilégio do isolamento internacional situações avessas às mudanças e pouco propensas à modernidade atraso dos meios de transporte atraso das vias de comunicação inexistência de uma iniciativa privada esclarecida e informada
  • 4. Apesar do atraso com que se iniciou o seu processo de desenvolvimento, o turismo alcançou rapidamente um lugar de relevo no conjunto das actividades económicas, devido: ao volume de receitas externas que passou a proporcionar ao emprego criado ao impacto produzido a nível regional.
  • 5. Etapas de Desenvolvimento do Turismo Português Infância Adolescência Maioridade Maturidade 1900 1950 1963 1973
  • 6. Primeira etapa: 1900 a 1950 - Infância •1906 – criação da Sociedade de Propaganda de Portugal, sociedade de iniciativa privada, com objectivos de promoção do turismo a nível interno e internacional •Turismo a nível interno assente nas estâncias termais •Turismo internacional baseava-se na Madeira e Lisboa •1911 – Criação da primeira organização oficial de turismo – Repartição de Turismo •1920 – A Sociedade de Propaganda de Portugal (SPP) abriu 143 representações por todo o país
  • 7. Objectivos da Sociedade de Propaganda de Portugal: •organizar e divulgar o inventário de todos os monumentos, riquezas artísticas, curiosidades e lugares pitorescos do país; • promover a concorrência de estrangeiros e uma maior circulação de nacionais dentro do território.
  • 8. Primeira etapa: 1900 a 1950 - Infância •Lançamento do programa de construção de pousadas que constituem uma imagem de marca do turismo português •1928 – o jogo ficou ligado ao turismo e criou-se a Repartição de Jogos e Turismo integrada no Ministério do Interior •Lançamento do plano de aproveitamento turístico do Estoril, primeiro grande centro internacional do país
  • 9. Primeira etapa: 1900 a 1950 - Infância •No início da década de 30: Entradas de estrangeiros: 51 mil; por exemplo em Itália: 5 milhões de estrangeiros. •Guerra civil de Espanha (1936) contribuiu para o reduzido número de visitas de estrangeiros. •1936 – 1945 – II GG limitou profundamente as correntes turísticas internacionais. •1930 – Surgiu a comissão de propaganda do Turismo de Portugal no estrangeiro e foram criadas casas de Portugal em Paris, Londres e Antuérpia. •Entradas de estrangeiros em Portugal: 76 mil; por exemplo em Espanha: 456 mil.
  • 10. Segunda Etapa: 1950 a 1963: Adolescência •No início da década de 50, Portugal não acompanhou a nova era do turismo na Europa, devido ao atraso sobre o aperfeiçoamento dos meios materiais exigidos pela vida moderna; •O turismo deve ser encarado como uma verdadeira indústria, tendo de se subordinar a princípios de organização administrativa; •A política do turismo é concebida segundo uma abordagem horizontal porque uma política de turismo, para ser eficiente não pode ser obra de um só sector; •1956 – foi criado o Fundo de Turismo, destinado a assegurar o fomento do turismo;
  • 11. Segunda Etapa: 1950 a 1963: Adolescência •dado o interesse do turismo para a economia nacional, o governo sentiu a necessidade de se criarem condições institucionais que permitissem o seu fomento •Em 1956 foi publicada a Lei 2082 que passou a constituir a lei base do turismo •Passaram a ser criadas zonas de turismo nos concelhos em que existiam praias, estâncias hidrológicas ou climáticas, de altitude, de repouso ou de recreio ou monumentos
  • 12. Segunda Etapa: 1950 a 1963: Adolescência •A criação destas zonas passou a depender de requerimento da respectiva Câmara Municipal por se entender que a execução de uma política local de turismo se poderá desenvolver com a participação dos interesses municipais e para ser eficiente terá de ser vivida e sentida pelo agregado de pessoas que formam o concelho •1950 – Entradas 76 mil •1963 – Entradas: 514 mil
  • 13. Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade •O ano de 1964 marca o início do verdadeiro desenvolvimento do turismo português: •consolidação da recuperação económica dos países industrializados afectados pela guerra •seguiu-se um boom económico •generalização do automóvel •generalização das férias pagas •desenvolvimento explosivo do trânsito aéreo •1964 – ultrapassou-se, pela primeira vez, o milhão de entradas, tendo forte contributo os seguintes factores: •localização geográfica •condições climatéricas •preços praticados
  • 14. Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade • Surgem os grandes empreendimentos turísticos que polarizam as atenções e concentram os investimentos: •Algarve •Madeira •Tróia • Perda de posição dos centros tradicionais e desvio de investimentos para os novos pólos turísticos. • O país não estava preparado, nem soube preparar-se, quer no que respeita aos circuitos de distribuição, quer em infra- estruturas surgindo assim os primeiros desequilíbrios estruturais. • Em 1963, o distrito de Lisboa concentrava quase 30% da capacidade hoteleira • O Algarve e a Madeira dispunham apenas de 5 e 3,3% respectivamente, da capacidade hoteleira.
  • 15. Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade • Tratava-se de um turismo altamente concentrado no distrito de Lisboa e fortemente dependente de três mercados, do ponto de vista externo: •Reino Unido •França •Estados Unidos da América • Construíram-se os aeroportos do Funchal e do Algarve permitindo estabelecer relações aéreas com os principais centros emissores • Procurou-se adaptar a organização administrativa às novas situações, pela transformação da Direcção de Serviços de Turismo em Comissariado do Turismo, que, pouco tempo depois, dá lugar à Direcção Geral do Turismo • Criação do Centro de Formação Turística e Hoteleira destinado a superintender na formação profissional. • O turismo, que, até aí, não tinha sido objecto de qualquer planeamento, passa a ser enquadrado nos Planos de Fomento
  • 16. • É atribuído ao turismo o papel de «motor do desenvolvimento económico», mas sem definição de um modelo global de desenvolvimento turístico e sem enquadramento numa política de ordenamento do território e aproveitamento dos espaços; • Multiplicam-se os empreendimentos desligados de uma concepção de desenvolvimento regional e sem infra-estruturas adequadas; • Resultam os primeiros desgastes do ambiente e do património natural; • Disfunções ambientais e descaracterização, particularmente, em certas zonas que se tinham revelado com vocação para o turismo; • Não se preveniu a destruição dos espaços nem a descaracterização; • Pretendia-se um desenvolvimento turístico que evitasse os erros que já eram preocupantes em Espanha mas acabaram por se cometer os mesmos; Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
  • 17. • Desejava-se uma oferta equilibrada mas a construção dos meios de alojamento não foi acompanhada, nem pelos equipamentos de animação e de ocupação dos tempos livres, nem pela protecção dos espaços envolventes. • Em 1973, as entradas de estrangeiros ultrapassaram os 4 milhões • A Alemanha, a Espanha, a França, o Reino Unido e os Estados Unidos da América passam a ser os primeiros clientes de Portugal • A oferta hoteleira aumentou significativamente: com 59 mil camas, em 1964, atinge as 86 mil, em 1973, passando o Algarve a deter cerca de 16% da capacidade hoteleira e a Madeira 9,5%. Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
  • 18. • O distrito de Lisboa baixa a sua participação no conjunto da capacidade hoteleira para 27%. • Desenvolvem-se novas formas de alojamento (aldeamentos turísticos, apartamentos, motéis) e novas formas de exploração (títulos de férias, multipropriedade). • A procura dominante caracteriza-se pela busca do sol, do mar e das praias de areia fina que existem em abundância no país • Todo o desenvolvimento do turismo se concentra na exploração destes atractivos, com abandono do turismo do interior e dos valores turísticos em que as regiões do interior são particularmente ricas: termalismo, cultura, gastronomia, paisagens. • O turismo, em Portugal, passa a ser sinónimo de «litoral». Terceira etapa: 1964 a 1973 - Maioridade
  • 19. Quarta etapa: a partir de 1974. Maturidade • Em finais de 1973, com a eclosão da crise da energia, operam- se grandes transformações a nível económico que deram origem a uma crise económica internacional; • Surgem situações novas como, por exemplo, a quebra de produção e desemprego a conviver com elevadas taxas de inflação, • Os desequilíbrios ecológicos provocados por deficiente aproveitamento dos recursos naturais e os novos comportamentos do consumidor que influenciam, profundamente, a procura turística. • Simultaneamente, em Portugal, dá-se, em 1974, a revolução de 25 de Abril provocando grandes transformações económicas, sociais e políticas e ocasionando o afluxo de grandes massa de desalojados das ex-colónias que passam a ocupar os alojamentos hoteleiros.