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Autossuficiência em Petról




                         Autossuficiência em Petróleo

	        Autossuficiência em petróleo é um assunto que está ligado umbilicalmente com o desenvol-
vimento das sociedades.
	        Atualmente, o desenvolvimento de um país é uma dependência direta da quantidade de pe-
tróleo consumida pela sua população.
	        Entre políticos, jornalistas e até mesmo técnicos é empregado o conceito de autossuficiência 
como sendo a igualdade entre o número de barris de petróleo consumidos diariamente e o número da 
produção diária da Estatal brasileira. Este empate dos números consumo X produção não significa,
de fato, autossuficiência.

                       Conceito de Autossuficiência em Petróleo
	       Autossuficiência é um termo socioeconômico aplicado quando o país alcança um nível de 
progresso, que o coloca entre as nações mais desenvolvidas e ricas do mundo. Este nível só é alcan-
çado pelo consumo de grandes quantidades de petróleo. Esta é a condição sine qua, para que haja 
autossuficiência. Veremos adiante a aplicação prática da afirmativa.
	Parte-se de uma premissa básica: nada, absolutamente nada, se faz sem petróleo atualmente.
	       Assim, a tese central da autossuficiência é definida como:

      	 A quantidade de petróleo consumida por um país de maneira que ele alcance e
      sustente um nível social compatível com os padrões internacionais de riqueza e
      desenvolvimento.

	       Disso se conclui que o fator que determina o nível de desenvolvimento de uma nação é a 
quantidade de petróleo que ela consome, pois resulta em trabalho e conforto para os seus habitantes.
Isto é muito diferente de igualar a produção com o consumo. É fácil provar a verdade da sentença de 
forma lógica e prática com fatos do cotidiano. Vejamos a argumentação lógica.

                        O que é Índice de Desenvolvimento (ID).
	       Na  Civilização do Petróleo, aquela  que  depende  de máquinas e  indústrias para  progredir,  
deve ser providenciado em primeiro lugar os combustíveis.
	       Vejamos a  demonstração prática  da  Relação Consumo de Petróleo e Desenvolvimento
com os dados referentes aos países16 relacionados nas tabelas I e II.
	       Aplicando os dados das tabelas na fórmula geral:

     Consumo x 159 dividido pelo nº de habitantes resulta o Índice de Desenvolvimento (ID).



                                                63
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

	       Observação: o número 159 é o fator da relação barril / litros.
	       O Índice encontrado (em litros de petróleo/habitante/dia) organizado em ordem decres-
cente, não deixa dúvidas para qualquer analista que há uma relação estreita, entre o grau de desen-
volvimento do país e a quantidade de produtos de petróleo que a população consome diariamente.
Quanto maior o número de litros de petróleo consumidos, maior o desenvolvimento e vice-versa.

	       Fica evidente no estudo das tabelas que:
        •	 O grau de desenvolvimento de cada país fica desvinculado de fatores subjetivos (geogra-
           fias, raças e religiões).
        •	 Os países ficam agrupados em  duas partes tendo como limite  o índice 4. Acima  deste 
           índice  situam-se  os chamados países desenvolvidos ou industrializados, e abaixo, os
           subdesenvolvidos ou emergentes.

                                      Como Calcular o ID
	       A fórmula geral (ID = Consumo X 159 / população) pode determinar:
        •	 O estado de desenvolvimento de um país.
        •	 Quanto petróleo é necessário consumir para galgar determinada posição na escala do de-
           senvolvimento.

	        A título de exercício vejamos o caso do Brasil, que consome, em 2008, somente 2,4 milhões
de barris. O índice de desenvolvimento na tabela II é de 1,89. Este índice significa que o país é subde-
senvolvido e as suas características sociais confirmam isto: analfabetismo, corrupção generalizada,
violência, prostituição, justiça lenta, fome, falta de escola, ensino de segunda classe, saúde pública 
deficitária, etc. Pergunta-se então: que fazer para acabar com este problema? É evidente a resposta:
dar trabalho e educação para a população. Como fazer isso? Consumindo mais petróleo (combustí-
veis), aumentando assim a industrialização do país através de uma política de preços baixos, mesmo
a custa da importação de maiores quantidades de petróleo.
	        Optando pelo caminho da importação, qual a quantidade de petróleo necessária para o Bra-
sil ser promovido ao grupo dos desenvolvidos? Se quisermos o Brasil no limite inferior da tabela I,
deveríamos gastar no mínimo 4 l/h/d (litros/habitante/dia), sustentando um padrão de vida abaixo do
do Panamá.

	       Aplicando na fórmula os dados do Brasil:

	       População= 199 milhões

	       Índice de desenvolvimento= 4

	       Consumo= 4 X 199.000.000/159

	       O resultado indica que o consumo do país deveria ser de 5 milhões de barris de petróleo por 
dia! Logo, estão faltando 2,6 milhões de barris para chegarmos ao grupo dos industrializados.
	       Estaremos completando setenta e um anos de pesquisa de petróleo, a partir da fundação do
Conselho Nacional do Petróleo, em 1938, quando foram descobertos vários campos de petróleo no
Recôncavo baiano, e completando 56 anos de pesquisa, contando o tempo a partir da fundação da 
Petrobras, em 1953, para alcançar a produção atual de 2 milhões de barris. Isto significa que pode-
remos levar mais 50 anos para chegarmos aos 5 milhões que seriam necessários para impulsionar o


                                                    64
Autossuficiência em Petról

desenvolvimento dos199 milhões de brasileiros.
	        Mas, em  cinquenta anos a população do Brasil estará de novo dobrada e  o objetivo, de 
novo, não seria alcançado o que levaria o país a situações piores que as atuais.
	        Fazendo novo exercício com a fórmula, vamos deslocar o Brasil para o nível da Espanha 
(índice=6,32). Feitas as contas, determinamos que precisaremos consumir quase 8 milhões de bar-
ris, quantidade de petróleo que jamais a Estatal poderá produzir sozinha. Ela precisaria de um tempo
muito longo, quando a população já teria aumentado, e a produção estaria de novo deficitária, conti-
nuando o Brasil na miséria.
	        Observe-se na tabela I: países que nada ou pouco produzem de petróleo, mas desfrutam 
posição invejável no clube dos ricos. É o caso de Luxemburgo, Hong-Kong, Panamá, Cingapura,
Bélgica, Finlândia e outros.
	        Na tabela II: países que produzem muito, chegando a ser exportadores de petróleo, caso do
Iran, Iraque, Angola, Nigéria e Argélia, entretanto são países do grupo de subdesenvolvidos.
        Com estas observações queremos enfatizar:
         •	 Autossuficiência nada tem a ver com produção, mas com consumo de petróleo.
         •	 Essa esperança  de  chegar ao autoabastecimento é antiga, e  vem  desde a  fundação da 
            Companhia17.
         •	 O Brasil não é, nem será autossuficiente quando a produção feita pela Estatal alcançar o
            número do atual consumo do povo brasileiro, porque a população do Brasil cresce a uma 
            taxa maior do que a taxa de novas descobertas feitas pela Estatal.
	        O Índice de Desenvolvimento (ID) apresentado na tabela é um valor que traduz melhor a 
realidade do desenvolvimento de um país, se comparado com o resultado obtido quando se usa o Pro-
duto Interno Bruto da Economia, o qual revela uma realidade distorcida, por conta da concentração
de renda, além de não revelar a causa do desenvolvimento ou da pobreza de um país.
	        Não se consome petróleo porquê se é desenvolvido, mas ao contrário, só se alcança o status
de desenvolvido se, e somente se, o consumo de petróleo for abundante.

	      A autossuficiência como divulgada nos dias de hoje (igualar os números da produção com os
do consumo), poderá ser alcançada de duas maneiras:
        •	 A primeira é impedindo o crescimento da população, solução descartada por ser impossí-
           vel de realizar, desde que é artificial.   
        •	 A segunda vem sendo posta em prática e consiste em frear o consumo de petróleo via 
           aumento de preço dos combustíveis: prática do consumo reprimido.

	       Como consequência de uma política que reprime o consumo de combustíveis, continua-
remos com os índices de criminalidade, de violência e outras mazelas crescendo.
	       Esta política do governo está em desacordo com o objetivo para o qual a Estatal foi criada:
abastecer o Brasil de combustíveis.

	       A tabela III mostra os números da produção18 e do consumo19, destacando que vem dimi-
nuindo a diferença entre eles, ao longo de dez anos, forçando a “autossuficiência” conveniente aos
desígnios da propaganda do governo. Sendo o item consumo o regulador da relação Desenvolvimen-
to x Subdesenvolvimento, a repressão do consumo só contribui para a situação de miséria do Brasil.




                                              65
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa


          Tabela III – Números da produção e consumo de petróleo no Brasil.
         ANO             PRODUÇÃO EM BPD            CONSUMO EM BPD               DIFERENÇA
         1998                1.004.000                  2.034.000                 -1.030.000
         1999                1.132.000                  2.114.000                  -982.000
         2000                1.271.000                  2.056.000                  -720.000
         2001                1.336.000                  2.082.000                  -746.000
         2002                1.500.100                  2.063.000                  -562.900
         2003                1.540.100                  1.985.000                  -444.900
         2004                1.492.600                  1.999.000                  -506.400
         2005                1.684.100                  2.048.000                  -363.900
         2006                1.777.700                  2.102.000                  -324.300
         2007                1.792.100                    2.274.000                -481.900
         2008                  1.854.700                  2.397.000                -542.300

Fontes – Produção: Petrobras
               Consumo: BP Statistical Review of World Energy 2009

	       Finalmente, cinco itens devem  compor  um Programa  Básico para  o Desenvolvimento do
Brasil:
        1.	Importar o petróleo necessário para impulsionar a indústria brasileira, barateando os pre-
           ços dos combustíveis internamente.
        2.	Modificar as leis impostas pelos organismos regulatórios (ANP e IBAMA), de maneira 
           encorajar os empresários a entrarem na atividade exploratória, aumentando as chances de 
           novas descobertas.  
        3.	Deve-se direcionar a pesquisa na parte continental do País, onde fica a principal forma-
           ção armazenadora de petróleo, que é ainda desconhecida.  Temos, em fevereiro de 2008,
           apenas 46 sondas em operação, enquanto os EUA têm 1.76520, o que representa 38 vezes
           mais do que o Brasil. Das 46 sondas em operação no Brasil, 25 operavam offshore, lugar 
           difícil e muito oneroso.
        4.	Remapear todo o território brasileiro, para determinar os limites da formação geológica
           portadora de petróleo.
        5.	Aplicar novas idéias na exploração das bacias brasileiras, que implicam na diminuição
           dos custos desta atividade.




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Autossuficiência em Petról


                     Tabela I – Países Desenvolvidos ou Industrializados

          O Índice de Desenvolvimento representa litros de petróleo/habitante /dia.

                Produção      Consumo      Consumo                           ID    PIB/capta
    Países                                                  População
                 bbl/dia       bbl/dia       litros                        l/hab     US$
Cingapura           8.550        916.000   145.644.000        4.657.542     31,27     52.000
Luxemburgo               0        60.640     9.641.760          491.775     19,60     81.100
Canadá          3.425.000      2.371.000   376.989.000       33.487.208     11,25     39.300
USA             8.457.000     20.680.000 3.288.120.000      307.212.123     10,70     47.000
Bélgica             8.671        628.500    99.931.500       10.414.336       9,60    37.500
Holanda            88.950        984.200   156.487.800       16.715.999       9,36    40.300
Noruega         2.565.000        224.500    35.695.500        4.660.539       7,66    55.200
Austrália         600.000        966.200   153.625.800       21.262.641       7,22    38.100
Hong Kong                0       315.400    50.148.600        7.055.071       7,11    43.800
Korea do Sul       20.970      2.080.000   330.720.000       48.508.972       6,81    26.000
Finlândia           8.951        217.500    34.582.500        5.250.275       6,58    37.200
Grécia              4.265        441.400    70.182.600       10.737.428       6,53    32.000
Espanha            29.000      1.611.000   256.149.000        40.525002       6,32    34.600
Japão             132.400      5.007.000   796.113.000      127.078.679       6,26    34.200
Suécia              2.350        353.700    56.238.300        9.059.651       6,20    38.500
N. Zelândia        47.850        158.400    25.185.600        4.213.418       5,97    27.900
Áustria            24.920        289.400    46.014.600        8.210.281       5,60    39.200
Dinamarca         313.800        190.600    30.305.400        5.500.510       5,50    37.400
Suíça               3.202        244.900    38.939.100        7.604.467       5,12    40.900
Israel              5.966        232.300    36.935.700        7.233.701       5,10    28.200
França             71.400      1.950.000   310.050.000       64.057.792       4,84    32.700
Alemanha          148.100      2.456.000   390.504.000       82.329.758       4,74    34.800
Itália             166.600     1.702.000     270.618.000     58.126.212      4,65      31.000
Reino Unido      1.690.000     1.763.000     280.317.000     61.113.205      4,58      36.600
Portugal             6.281       301.000      47.859.000     10.707.924      4,47      22.000
Panamá                   0        92.790      14.753.610      3.360.474      4,39      11.700

Fonte sobre produção, consumo em bbl, população e PIB: Central Intelligence Agency. The World
Factbook 2009.

Nota: O Índice 4 separa os países conforme o consumo de petróleo.




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Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa


                     Tabela II – Países Subdesenvolvidos ou Emergentes

          O Índice de Desenvolvimento representa litros de petróleo/habitante /dia.
                Produção      Consumo     Consumo                       ID      PIB/capta
    Países                                                População
                 bbl/dia       bbl/dia    litros/dia                  l/hab       US$
 Croácia            17.580      101.200   16.090.800    4.489.409        3,58       16.100
 Gabão             243.900       13.170    2.094.030    1.514.993        1,38       14.400
 México          3.501.000    2.119.000 336.921.000   111.211.789        3,03       14.200
 Argentina         790.800      440.000   69.960.000   40.913.584        1,71       14.200
 Botswana               0.0      11.640    1.850.760    1.990.876        0,93       13.300
 Bulgária            3.520      142.400   22.641.600    7.204.687        3,14       12.900
 Iran            4.700.000    1.600.000 254.400.000    66.429.284        3,82       12.800
 Brasil          1.854.700    2.372.000 377.148.000   198.739.269        1,89       10.100
 Azerbaijão      1.099.000      160.000   25.440.000    8.238.672        3,08        9.000
 Colômbia          588.000      267.000   42.453.000   45.644.023        0,93        8.900
 Angola          1.910.000       55.640    8.846.760   12.799.293        0,69        8.800
 Peru              110.800      170.000   27.030.000   29.546.963        0,91        8.400
 Argélia         2.173.000      279.800   44.488.200   34.178.188         1,3        7.000
 Armênia                0.0      41.090    6.533.310    2.967.004         2,2        6.400
 Albânia             6.425       30.900    4.913.100    3.639.453        1,35        6.000
 Bolívia            61.790       31.500    5.008.500    9.775.246        0,51        4.500
 Iraque          2.420.000      295.000   46.905.000   28.945.657        1,62        4.000
 Índia             880.500    2.722.000 432.798.000 1.166.079.217        0,37        2.800
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 Benin                  0.0       9.232 1.467.888,00    8.791.832        0,16        1.500
 Bangladesh          6.746       89.940   14.300.460  156.050.883        0,09        1.500
 Myanmar            21.900       43.140    6.859.260   48.137.741        0,14        1.200
 Uganda                 0.0      11.570    1.839.630   32.369.558        0,05        1.100
 Afeganistão            0.0       5.036      800.724   33.609.937        0,02          800

Fonte sobre produção, consumo em bbl, população e PIB: Central Intelligence Agency. The World
Factbook 2009.




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  • 1. Autossuficiência em Petról Autossuficiência em Petróleo Autossuficiência em petróleo é um assunto que está ligado umbilicalmente com o desenvol- vimento das sociedades. Atualmente, o desenvolvimento de um país é uma dependência direta da quantidade de pe- tróleo consumida pela sua população. Entre políticos, jornalistas e até mesmo técnicos é empregado o conceito de autossuficiência como sendo a igualdade entre o número de barris de petróleo consumidos diariamente e o número da produção diária da Estatal brasileira. Este empate dos números consumo X produção não significa, de fato, autossuficiência. Conceito de Autossuficiência em Petróleo Autossuficiência é um termo socioeconômico aplicado quando o país alcança um nível de progresso, que o coloca entre as nações mais desenvolvidas e ricas do mundo. Este nível só é alcan- çado pelo consumo de grandes quantidades de petróleo. Esta é a condição sine qua, para que haja autossuficiência. Veremos adiante a aplicação prática da afirmativa. Parte-se de uma premissa básica: nada, absolutamente nada, se faz sem petróleo atualmente. Assim, a tese central da autossuficiência é definida como: A quantidade de petróleo consumida por um país de maneira que ele alcance e sustente um nível social compatível com os padrões internacionais de riqueza e desenvolvimento. Disso se conclui que o fator que determina o nível de desenvolvimento de uma nação é a quantidade de petróleo que ela consome, pois resulta em trabalho e conforto para os seus habitantes. Isto é muito diferente de igualar a produção com o consumo. É fácil provar a verdade da sentença de forma lógica e prática com fatos do cotidiano. Vejamos a argumentação lógica. O que é Índice de Desenvolvimento (ID). Na Civilização do Petróleo, aquela que depende de máquinas e indústrias para progredir, deve ser providenciado em primeiro lugar os combustíveis. Vejamos a demonstração prática da Relação Consumo de Petróleo e Desenvolvimento com os dados referentes aos países16 relacionados nas tabelas I e II. Aplicando os dados das tabelas na fórmula geral: Consumo x 159 dividido pelo nº de habitantes resulta o Índice de Desenvolvimento (ID). 63
  • 2. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Observação: o número 159 é o fator da relação barril / litros. O Índice encontrado (em litros de petróleo/habitante/dia) organizado em ordem decres- cente, não deixa dúvidas para qualquer analista que há uma relação estreita, entre o grau de desen- volvimento do país e a quantidade de produtos de petróleo que a população consome diariamente. Quanto maior o número de litros de petróleo consumidos, maior o desenvolvimento e vice-versa. Fica evidente no estudo das tabelas que: • O grau de desenvolvimento de cada país fica desvinculado de fatores subjetivos (geogra- fias, raças e religiões). • Os países ficam agrupados em duas partes tendo como limite o índice 4. Acima deste índice situam-se os chamados países desenvolvidos ou industrializados, e abaixo, os subdesenvolvidos ou emergentes. Como Calcular o ID A fórmula geral (ID = Consumo X 159 / população) pode determinar: • O estado de desenvolvimento de um país. • Quanto petróleo é necessário consumir para galgar determinada posição na escala do de- senvolvimento. A título de exercício vejamos o caso do Brasil, que consome, em 2008, somente 2,4 milhões de barris. O índice de desenvolvimento na tabela II é de 1,89. Este índice significa que o país é subde- senvolvido e as suas características sociais confirmam isto: analfabetismo, corrupção generalizada, violência, prostituição, justiça lenta, fome, falta de escola, ensino de segunda classe, saúde pública deficitária, etc. Pergunta-se então: que fazer para acabar com este problema? É evidente a resposta: dar trabalho e educação para a população. Como fazer isso? Consumindo mais petróleo (combustí- veis), aumentando assim a industrialização do país através de uma política de preços baixos, mesmo a custa da importação de maiores quantidades de petróleo. Optando pelo caminho da importação, qual a quantidade de petróleo necessária para o Bra- sil ser promovido ao grupo dos desenvolvidos? Se quisermos o Brasil no limite inferior da tabela I, deveríamos gastar no mínimo 4 l/h/d (litros/habitante/dia), sustentando um padrão de vida abaixo do do Panamá. Aplicando na fórmula os dados do Brasil: População= 199 milhões Índice de desenvolvimento= 4 Consumo= 4 X 199.000.000/159 O resultado indica que o consumo do país deveria ser de 5 milhões de barris de petróleo por dia! Logo, estão faltando 2,6 milhões de barris para chegarmos ao grupo dos industrializados. Estaremos completando setenta e um anos de pesquisa de petróleo, a partir da fundação do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938, quando foram descobertos vários campos de petróleo no Recôncavo baiano, e completando 56 anos de pesquisa, contando o tempo a partir da fundação da Petrobras, em 1953, para alcançar a produção atual de 2 milhões de barris. Isto significa que pode- remos levar mais 50 anos para chegarmos aos 5 milhões que seriam necessários para impulsionar o 64
  • 3. Autossuficiência em Petról desenvolvimento dos199 milhões de brasileiros. Mas, em cinquenta anos a população do Brasil estará de novo dobrada e o objetivo, de novo, não seria alcançado o que levaria o país a situações piores que as atuais. Fazendo novo exercício com a fórmula, vamos deslocar o Brasil para o nível da Espanha (índice=6,32). Feitas as contas, determinamos que precisaremos consumir quase 8 milhões de bar- ris, quantidade de petróleo que jamais a Estatal poderá produzir sozinha. Ela precisaria de um tempo muito longo, quando a população já teria aumentado, e a produção estaria de novo deficitária, conti- nuando o Brasil na miséria. Observe-se na tabela I: países que nada ou pouco produzem de petróleo, mas desfrutam posição invejável no clube dos ricos. É o caso de Luxemburgo, Hong-Kong, Panamá, Cingapura, Bélgica, Finlândia e outros. Na tabela II: países que produzem muito, chegando a ser exportadores de petróleo, caso do Iran, Iraque, Angola, Nigéria e Argélia, entretanto são países do grupo de subdesenvolvidos. Com estas observações queremos enfatizar: • Autossuficiência nada tem a ver com produção, mas com consumo de petróleo. • Essa esperança de chegar ao autoabastecimento é antiga, e vem desde a fundação da Companhia17. • O Brasil não é, nem será autossuficiente quando a produção feita pela Estatal alcançar o número do atual consumo do povo brasileiro, porque a população do Brasil cresce a uma taxa maior do que a taxa de novas descobertas feitas pela Estatal. O Índice de Desenvolvimento (ID) apresentado na tabela é um valor que traduz melhor a realidade do desenvolvimento de um país, se comparado com o resultado obtido quando se usa o Pro- duto Interno Bruto da Economia, o qual revela uma realidade distorcida, por conta da concentração de renda, além de não revelar a causa do desenvolvimento ou da pobreza de um país. Não se consome petróleo porquê se é desenvolvido, mas ao contrário, só se alcança o status de desenvolvido se, e somente se, o consumo de petróleo for abundante. A autossuficiência como divulgada nos dias de hoje (igualar os números da produção com os do consumo), poderá ser alcançada de duas maneiras: • A primeira é impedindo o crescimento da população, solução descartada por ser impossí- vel de realizar, desde que é artificial. • A segunda vem sendo posta em prática e consiste em frear o consumo de petróleo via aumento de preço dos combustíveis: prática do consumo reprimido. Como consequência de uma política que reprime o consumo de combustíveis, continua- remos com os índices de criminalidade, de violência e outras mazelas crescendo. Esta política do governo está em desacordo com o objetivo para o qual a Estatal foi criada: abastecer o Brasil de combustíveis. A tabela III mostra os números da produção18 e do consumo19, destacando que vem dimi- nuindo a diferença entre eles, ao longo de dez anos, forçando a “autossuficiência” conveniente aos desígnios da propaganda do governo. Sendo o item consumo o regulador da relação Desenvolvimen- to x Subdesenvolvimento, a repressão do consumo só contribui para a situação de miséria do Brasil. 65
  • 4. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Tabela III – Números da produção e consumo de petróleo no Brasil. ANO PRODUÇÃO EM BPD CONSUMO EM BPD DIFERENÇA 1998 1.004.000 2.034.000 -1.030.000 1999 1.132.000 2.114.000 -982.000 2000 1.271.000 2.056.000 -720.000 2001 1.336.000 2.082.000 -746.000 2002 1.500.100 2.063.000 -562.900 2003 1.540.100 1.985.000 -444.900 2004 1.492.600 1.999.000 -506.400 2005 1.684.100 2.048.000 -363.900 2006 1.777.700 2.102.000 -324.300 2007 1.792.100 2.274.000 -481.900 2008 1.854.700 2.397.000 -542.300 Fontes – Produção: Petrobras Consumo: BP Statistical Review of World Energy 2009 Finalmente, cinco itens devem compor um Programa Básico para o Desenvolvimento do Brasil: 1. Importar o petróleo necessário para impulsionar a indústria brasileira, barateando os pre- ços dos combustíveis internamente. 2. Modificar as leis impostas pelos organismos regulatórios (ANP e IBAMA), de maneira encorajar os empresários a entrarem na atividade exploratória, aumentando as chances de novas descobertas. 3. Deve-se direcionar a pesquisa na parte continental do País, onde fica a principal forma- ção armazenadora de petróleo, que é ainda desconhecida. Temos, em fevereiro de 2008, apenas 46 sondas em operação, enquanto os EUA têm 1.76520, o que representa 38 vezes mais do que o Brasil. Das 46 sondas em operação no Brasil, 25 operavam offshore, lugar difícil e muito oneroso. 4. Remapear todo o território brasileiro, para determinar os limites da formação geológica portadora de petróleo. 5. Aplicar novas idéias na exploração das bacias brasileiras, que implicam na diminuição dos custos desta atividade. 66
  • 5. Autossuficiência em Petról Tabela I – Países Desenvolvidos ou Industrializados O Índice de Desenvolvimento representa litros de petróleo/habitante /dia. Produção Consumo Consumo ID PIB/capta Países População bbl/dia bbl/dia litros l/hab US$ Cingapura 8.550 916.000 145.644.000 4.657.542 31,27 52.000 Luxemburgo 0 60.640 9.641.760 491.775 19,60 81.100 Canadá 3.425.000 2.371.000 376.989.000 33.487.208 11,25 39.300 USA 8.457.000 20.680.000 3.288.120.000 307.212.123 10,70 47.000 Bélgica 8.671 628.500 99.931.500 10.414.336 9,60 37.500 Holanda 88.950 984.200 156.487.800 16.715.999 9,36 40.300 Noruega 2.565.000 224.500 35.695.500 4.660.539 7,66 55.200 Austrália 600.000 966.200 153.625.800 21.262.641 7,22 38.100 Hong Kong 0 315.400 50.148.600 7.055.071 7,11 43.800 Korea do Sul 20.970 2.080.000 330.720.000 48.508.972 6,81 26.000 Finlândia 8.951 217.500 34.582.500 5.250.275 6,58 37.200 Grécia 4.265 441.400 70.182.600 10.737.428 6,53 32.000 Espanha 29.000 1.611.000 256.149.000 40.525002 6,32 34.600 Japão 132.400 5.007.000 796.113.000 127.078.679 6,26 34.200 Suécia 2.350 353.700 56.238.300 9.059.651 6,20 38.500 N. Zelândia 47.850 158.400 25.185.600 4.213.418 5,97 27.900 Áustria 24.920 289.400 46.014.600 8.210.281 5,60 39.200 Dinamarca 313.800 190.600 30.305.400 5.500.510 5,50 37.400 Suíça 3.202 244.900 38.939.100 7.604.467 5,12 40.900 Israel 5.966 232.300 36.935.700 7.233.701 5,10 28.200 França 71.400 1.950.000 310.050.000 64.057.792 4,84 32.700 Alemanha 148.100 2.456.000 390.504.000 82.329.758 4,74 34.800 Itália 166.600 1.702.000 270.618.000 58.126.212 4,65 31.000 Reino Unido 1.690.000 1.763.000 280.317.000 61.113.205 4,58 36.600 Portugal 6.281 301.000 47.859.000 10.707.924 4,47 22.000 Panamá 0 92.790 14.753.610 3.360.474 4,39 11.700 Fonte sobre produção, consumo em bbl, população e PIB: Central Intelligence Agency. The World Factbook 2009. Nota: O Índice 4 separa os países conforme o consumo de petróleo. 67
  • 6. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Tabela II – Países Subdesenvolvidos ou Emergentes O Índice de Desenvolvimento representa litros de petróleo/habitante /dia. Produção Consumo Consumo ID PIB/capta Países População bbl/dia bbl/dia litros/dia l/hab US$ Croácia 17.580 101.200 16.090.800 4.489.409 3,58 16.100 Gabão 243.900 13.170 2.094.030 1.514.993 1,38 14.400 México 3.501.000 2.119.000 336.921.000 111.211.789 3,03 14.200 Argentina 790.800 440.000 69.960.000 40.913.584 1,71 14.200 Botswana 0.0 11.640 1.850.760 1.990.876 0,93 13.300 Bulgária 3.520 142.400 22.641.600 7.204.687 3,14 12.900 Iran 4.700.000 1.600.000 254.400.000 66.429.284 3,82 12.800 Brasil 1.854.700 2.372.000 377.148.000 198.739.269 1,89 10.100 Azerbaijão 1.099.000 160.000 25.440.000 8.238.672 3,08 9.000 Colômbia 588.000 267.000 42.453.000 45.644.023 0,93 8.900 Angola 1.910.000 55.640 8.846.760 12.799.293 0,69 8.800 Peru 110.800 170.000 27.030.000 29.546.963 0,91 8.400 Argélia 2.173.000 279.800 44.488.200 34.178.188 1,3 7.000 Armênia 0.0 41.090 6.533.310 2.967.004 2,2 6.400 Albânia 6.425 30.900 4.913.100 3.639.453 1,35 6.000 Bolívia 61.790 31.500 5.008.500 9.775.246 0,51 4.500 Iraque 2.420.000 295.000 46.905.000 28.945.657 1,62 4.000 Índia 880.500 2.722.000 432.798.000 1.166.079.217 0,37 2.800 Nigéria 2.352.000 312.000 49.608.000 149.229.090 0,33 2.300 Benin 0.0 9.232 1.467.888,00 8.791.832 0,16 1.500 Bangladesh 6.746 89.940 14.300.460 156.050.883 0,09 1.500 Myanmar 21.900 43.140 6.859.260 48.137.741 0,14 1.200 Uganda 0.0 11.570 1.839.630 32.369.558 0,05 1.100 Afeganistão 0.0 5.036 800.724 33.609.937 0,02 800 Fonte sobre produção, consumo em bbl, população e PIB: Central Intelligence Agency. The World Factbook 2009. 68