SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  8
Télécharger pour lire hors ligne
Primeira Parte
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa




                Origem do Universo: Sonho ou Pesadelo?

	        As contestações que serão alinhadas a seguir estão baseadas na experiência estratigráfica que
culminou com a História Geológica (capítulo da sexta parte).
	        Para explicar todos os objetos que existem no universo humano, há necessidade de explicitar
antecipadamente:
	        1. A energia a ser usada para fazer o que se pretende.
	        2. O material a ser usado na sua fabricação.
	        A energia é essencial. Nada se faz sem ela. Geologicamente falando, tudo o que existe sobre a
face do globo, absolutamente tudo, é apenas uma face da transformação da energia, tanto a do interior do
planeta (energia da gravidade da Terra) como a exterior, do Sol (insolação). Fazendo uso intenso dos re-
cursos matemáticos para explicar o universo, os profissionais da Astrofísica se aprofundam cada vez mais
em teorias complicadas, que ficam restritas ao seleto grupo. Os principais argumentos geológicos contra
essas teorias são:
	        • Não dar solução aos problemas da humanidade e
	        • Serem extraordinariamente inflacionárias.
	        A história dessas crenças e teorias vem de longe e todas têm a intenção de explicar as questões
chamadas de transcendentais ou básicas:
	        1. De onde viemos,
	        2. Para onde iremos depois da morte e
	        3. O que fazemos na Terra.
	        A invenção e o aperfeiçoamento do telescópio melhoraram muito a nossa capacidade de investi-
gação. O fascínio pelas coisas e objetos extraterrestres foi tão grande, que acabou sendo exagerado.
	        Descartando a gênese bíblica por inconsistente, veremos a seguir a gênese segundo os físicos,
químicos e matemáticos que é tão sonhadora quanto à dos religiosos, apenas que mais complexa. Basica-
mente, é preciso explicar a energia do Sol e das outras estrelas.

                                         Modelo Astrofísico
	         Segundo a Astrofísica, o Sol brilha devido à fusão de átomos de hidrogênio, fenômeno que gera-
ria átomos cada vez mais pesados, liberando energia no processo. Assim seria no Sol e a idéia foi estendida
para os outros astros do universo, mas não todos. Para a maior parte deles a energia dependeria do tama-
nho do astro. Um dos pontos fracos da teoria diz respeito à temperatura existente no início do processo.
Qual seria a temperatura do universo? Era frio e esquentou com a fusão dos átomos? Ou já era quente
facilitando com isso as interações atômicas? No primeiro caso, processo a frio, não há possibilidade de
interações atômicas. As interações não se realizam a frio. Se era quente, não haveria necessidade das inte-
rações. Alguém de fora já teria providenciado o calor necessário para as interações atômicas e nesse ponto
a teoria física se confunde com a teoria bíblica. A solução dada ao caso da energia solar, já foi dada com o
Sol como ele é hoje: muito quente. A espectroscopia determinou que havia hidrogênio no Sol e o resto, ou


                                                       2
Origem do Universo

seja, as causas do brilho do Sol foram obtidas em exercícios com papel e lápis para encontrar uma solução
compatível. Os problemas que apareciam eram solucionados através de cálculos e mais cálculos feitos por
cientistas de cérebros privilegiados. A barreira de Coulomb foi transposta, mas ainda assim sobravam dois
problemas. O primeiro era que as reações não fabricavam nada mais pesado que o hélio e só explicavam
a energia para astros com o tamanho do Sol. Só mais tarde foi engendrada outra reação química (ciclo do
carbono) quando foi conseguida a reação que responderia pela energia das estrelas até 1,5 vezes maior
que o Sol. Continua-se insatisfeito: e as outras estrelas? Será que teremos de arranjar milhões de equa-
ções para explicar cada estrela do céu? Ou a natureza é complicada, ou estamos complicando a natureza.
Impossível ter explicações e teorias particulares para explicar a temperatura de cada estrela do céu. Para
provar que as suposições apresentadas eram fatos que aconteciam no Sol, propôs-se uma experiência: a
contagem das partículas chamadas de neutrinos, que são emitidas do Sol como subproduto das reações
preconizadas. Em operação complicadíssima1 (1983, p. 95) tomaram-se providências para a contagem dos
neutrinos, mas os números obtidos foram decepcionantes, e nada ficou provado. Mesmo assim prosse-
guem as pesquisas para provar que o funcionamento do Sol é o previsto pelo Dr. Bethe 2 (1990, p.204). Na
reação próton-próton, a principal dificuldade ficaria por conta da Barreira de Coulomb, segundo a qual,
cargas de mesmo sinal se repelem. Era preciso fazer com que isso não acontecesse. O obstáculo então
foi afastado com o auxílio da física quântica (tunelamento quântico) 2 (1990, p. 203) após o trabalho de
George Gamow. Robert Atkinson e Fritz Houtermans combinaram as descobertas de Gamow com a lei
da distribuição das velocidades de Maxwell-Boltzmann mostrando, no papel, a possibilidade de haver a
penetração de um próton por outro, vencendo assim a barreira de Coulomb. O ciclo do carbono-azoto, que
também é problemático, seria a reação responsável pela energia das estrelas mais quentes (1,5 vez o Sol).
As estrelas maiores do que este número, a enorme maioria, fica sem explicação. Neste ponto há que se
fazer uma observação importante sobre a desvantagem desse tipo de estudo. É impossível explicar o brilho
de cada estrela por uma teoria particular. Se existissem apenas dez estrelas, daria um bom trabalho, mas
seria possível explicar as causas do brilho de cada uma. Ora, as estrelas são incontáveis. Como explicar as
reações químicas para cada estrela? Qual seriam as explicações para o brilho das estrelas 2, 3 ou 10 vezes
maiores que o Sol?
	         Entretanto, a reação (próton-próton), complicada que é, não fabrica nada mais pesado que o hélio.
A outra fábrica de energia, que é o ciclo do carbono, envolve além do carbono, o oxigênio e o nitrogê-
nio, apenas como catalisadores, mas também não deixa ao final, qualquer coisa mais pesada que o hélio
como resultado do processo. Dessa maneira, não serve como fator genético das coisas que conhecemos.
O próprio Dr Gamow 3 (1904-1968) pensou no Big Bang (nome colocado por ele), mas notou logo as
dificuldades. Big Bang é referência à grande explosão havida em um átomo, que os astrofísicos chamam
o átomo primordial. Esse átomo, vez em quando, é promovido a um ovo, o “ovo cósmico”. Esse ponto da
grande explosão marca o início da contagem do tempo e teria tido toda a energia necessária para criar os
elementos que formam as coisas da natureza. A idéia do átomo primordial não era boa por várias razões:
seja um ovo ou um ponto, não explodem gratuitamente. Haveria necessidade de comprimir toda a matéria
que forma o universo, para reduzi-la ao ponto ou ao ovo. Para o geólogo, que estuda o planeta Terra a hi-
pótese é completamente absurda e não dá para levá-la a sério. A não ser que haja uma resposta satisfatória
para algumas perguntas que surgem para a questão, a hipótese do Big Bang terá de ser abandonada como
inverossímil.
	         As perguntas são:

	         1. O ponto (ou o ovo) referido pelos astrofísicos deveria conter alguma coisa para ser comprimido
e existia antes do Big Bang?
	         2. Quem comprimiu o material?
	         3. Que força comprimiu o material do ovo?


                                                   3
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa


	       4. Quando foi comprimido?
	       5. Finalmente, quem fez a contagem regressiva para a explosão?

	         Não havia explicação para a formação do hidrogênio. O hélio teria se formado na ocasião do Big
Bang, e continua a se formar hoje, mas por processo diferente (fusão do hidrogênio).
	         Outra condição necessária seria um aumento de temperatura para que os elementos mais pesados
também pudessem ser formados. Segundo as leis da termodinâmica, a temperatura mais alta deve ter
acontecido durante a maior compressão e, a partir daí, a temperatura baixou. Os elementos pesados não
poderiam ser formados àquelas temperaturas.
	         O problema ainda não foi solucionado, mas os matemáticos continuam na sua busca.
	         Os que admitiram o Big Bang passaram a ter problemas para explicar o aparecimento dos elemen-
tos pesados. Estes não se formaram naquela ocasião, como visto acima, por problemas de energia. Ainda
mais, a idéia do próprio Big Bang não era pacífica. Alguns cientistas se opunham a ela até como fenômeno
real. Segundo eles, o fenômeno jamais teria existido. O universo sempre fora grande, velho e imutável.
O principal dos oponentes do Big Bang chamava-se Fred Hoyle4 (1915-2001), astrônomo e matemático
inglês. Ele não acreditava no Big Bang inicial, porque, segundo ele, isto criava uma barreira temporal
para a ciência e os cientistas. Desse ponto para trás, eles não poderiam mais fazer seus cálculos. Por
isso, ele e mais dois colegas, Thomas Gold e Hermann Bondi, criaram outra teoria chamada de “modelo
estacionário”, na qual, admitia-se a expansão do universo e, para compensar a expansão e manter a den-
sidade média da matéria, havia de admitir-se o hidrogênio materializando-se constantemente no espaço
vazio. Este hidrogênio então, se condensaria em novas galáxias. Para vender a sua idéia, Hoyle mostrou
que havia um erro grave cometido por Hubble e Humasson no cálculo da idade do universo. Segundo os
cálculos de Hubble 5 (1889-1953) o universo tinha dois bilhões de anos, enquanto o Sol e a Terra já ha-
viam sido datados com pelo menos quatro bilhões, pois assim o requeriam os estudos de Darwin em sua
teoria evolucionista, secundados por paleontólogos tradicionais. O universo não poderia ser mais jovem
que a Terra, ou ao contrário, a Terra não poderia ser mais velha que o universo que a continha. Evidente
que o erro foi logo corrigido, e o modelo estacionário voltou de novo a um segundo plano. Entretanto, a
teoria de Hoyle não foi inteiramente perdida. Como o cientista britânico não acreditava no Big Bang ele
teve de criar uma teoria para gerar os elementos pesados. Ele demonstrou, segundo teoria complicada,
que a gênese dos elementos pesados se fazia nas estrelas. Escreveria ele “...A síntese dos elementos está
estreitamente ligada ao problema da evolução estelar” 2 (1990, p. 215). Baseado na Curva de Abundância
Cósmica, onde foram plotados os pesos de 1200 átomos, (incluindo os seus isótopos), contra a abundância
desses mesmos átomos no universo, Hoyle pôde determinar a origem dos elementos pesados. Uma de
suas ferramentas para obter a curva foi o estudo das rochas da Terra, dos meteoritos vindos do espaço, dos
espectros do Sol e das estrelas. O estudo perde a seriedade quando se diz baseado no “estudo das rochas
da Terra”.Tal estudo não existe. A curva de abundância dos elementos atualmente existentes no cosmo 2
(1990, p. 216) resulta da plotagem do peso dos vários átomos incluindo os respectivos isótopos (cerca de
1200 espécies de núcleos) contra a abundância relativa no universo dos mesmos átomos. Ora, como contar
o número de átomos no universo? Só o número de galáxias no universo é contado em números idealísticos
de bilhões de galáxias (400 bilhões de galáxias!!). Só na Via Láctea são (Quem as teria contado?) mais de
135 bilhões de estrelas! Como contar os nossos elementos conhecidos para determinar-lhes a abundância?
Para um geólogo, tais cálculos são apenas uma aventura, sem seriedade. Observar então que pelo menos
dois dos dados usados por Hoyle para construir o seu diagrama são falsos. Os resultados dos seus cálcu-
los estão fatalmente errados. Astrofísicos podem levar tal suposição a sério. Um estratígrafo, não.Depois
dessa contagem, foi construída uma curva feita de picos e vales, onde são mostradas as abundâncias dos
vários tipos de átomos existentes no universo. O hidrogênio e o hélio aparecem como os mais abundantes,


                                                      4
Origem do Universo


e o processo de formação dos outros elementos se dá pela fusão: o hidrogênio funde e dá origem ao hélio
e a estrela se modifica pela diminuição da sua energia com o desaparecimento de parte do seu combustível
nuclear. Em seguida fundem-se os átomos de hélio para formar carbono, oxigênio e neônio. Diminui mais
ainda o combustível da estrela. Depois se fundem os núcleos de hélio e neônio para formar magnésio,
sílica, enxofre e cálcio. Diz o autor da teoria, que a estrela está evoluindo, e que nesse ponto da evolução
ela se dispõe como uma cebola, em camadas, onde o núcleo central formado de ferro gasoso é cercado por
camadas de sílica, oxigênio, neônio, carbono, hélio e na camada mais exterior o restante hidrogênio. Sem
maiores explicações, diz a teoria que o núcleo de ferro começa a crescer, como um câncer, estancando
as reações nucleares, desequilibrando a estrela, cristalizando o núcleo, virando uma estrela de nêutrons,
pequenina e de alta densidade. Esse núcleo então explode e gera energia suficiente para sintetizar todos os
átomos mais pesados que o ferro. Diz ainda a teoria que, quando o núcleo de ferro entra em colapso, há um
extraordinário estampido, cuja onda sonora sobe pelo gás que irrompe, encontra-se com ondas de gás que
vem entrando e dá como resultado a mais forte explosão que se possa conceber. É neste exato momento
que aparecem o ouro, a prata, o mercúrio e o chumbo, o ferro, iodo e cobre que são forjados nessa zona de
colisão. Aí são lançadas no espaço, ficando a flutuar, posteriormente juntando-se à nuvem interestelar que,
finalmente vai se condensar em outros astros, carregando-os dos metais de que são formados. Se o modelo
estacionário não pegou, a teoria para formação dos metais pesados foi bem recebida. No momento as duas
teorias estão casadas. O Big Bang para explicar o início da expansão e o tempo zero, e a teoria do estado
estacionário para explicar o aparecimento dos elementos pesados da tabela periódica. Tanto o modelo es-
tacionário como o pulsante (modelo do Big Bang: oscila entre o Big Bang e o Big Crunch, em períodos de
80 bilhões de anos!) são frágeis pela análise estratigráfica. Na primeira, sem qualquer evidência, há que se
admitir o hidrogênio aparecendo fantasmagoricamente em pleno espaço para formar o mundo. No segun-
do, também sem nenhuma evidência, há um “ovo” ou “ponto primordial” onde, inicialmente, fica compri-
mida toda a matéria do universo sem explicação sobre como acontece este milagre, quem faz e como se
faz a contração, quem fez a contagem regressiva para que houvesse a explosão e outros questionamentos.
Acreditar nessas teorias, somente pela fé, como fazem os religiosos. Não existem quaisquer evidências ou
fatos a sustentá-las, exceto as fórmulas matemáticas no papel dos diversos autores.

                                         Modelo Geológico
	       O modelo geológico é mais simples e os fatos que o sustentam, ou seja, as suas evidências são
encontradas aqui, em toda a superfície do planeta. Qualquer pessoa, independente da sua profissão pode
observá-las. A conclusão do estudo geológico é simples:

	       • A gênese de todas as coisas é a gravidade, uma propriedade dos corpos.

	         Todos buscam essa gênese. Uns trabalhando com fórmulas matemáticas, outros com supercoliso-
res, telescópios espaciais e antenas gigantescas. Os estratígrafos constroem mapas das rochas na superfície
da Terra, o único método de estudo do planeta e, por via de conseqüência do universo. A dedução é mais
fácil: se a massa do astro ultrapassa determinado nível ela se transforma em energia. Quando tal nível de
energia diminui, ficando aquém daquele limite, a energia se transforma em matéria, quando aparecem, sob
a regência das forças menores da natureza, os átomos, seguindo-se os compostos que depois se transfor-
mam em rochas.Em qualquer das teorias astrofísicas, como vimos, o elemento gerador de todas as coisas
inclusive os animais e vegetais é o hidrogênio. Como não é possível manter o hidrogênio nos astros para
todo o sempre, é natural que um dia ele se acabe. Acabando seu combustível, explica Asimov6 (1920-
1992), a estrela perde o brilho, expande-se e torna-se uma gigante vermelha, depois se transforma em uma


                                                   5
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa


anã branca, depois em anã negra desaparecendo em seguida na ‘forma” de um buraco negro.
	         Estamos mostrando, a vôo de pássaro, como são complicadas todas as teorias sobre a origem do
universo, muitas passando para o terreno do esoterismo. Tudo porque se pensa que há um combustível
atômico para as estrelas, uma hipótese desnecessária sob o ponto de vista geológico. Mas essa desneces-
sidade tem duas razões. A primeira é: aqui na Terra sabemos que para queimar é preciso algo que seja
combustível e que não seja mineral. A segunda está na classificação das forças da natureza, de forma
incorreta, assunto que discutiremos mais adiante. Acontece como em muitas outras hipóteses científicas,
que a fusão termonuclear no interior das estrelas é assunto no mínimo especulativo. Estamos tentando
adivinhar através de cálculos matemáticos, em fórmulas constantemente renormalizadas, os mistérios da
natureza. O objeto mais poderoso em questões de energia que o homem construiu foi a bomba atômica.
Pretensiosamente transportou para o Sol aquilo que conseguira nos laboratórios da Terra. Providenciou
as fórmulas químicas para explicar o Sol, sem que haja nisso qualquer possibilidade de comparação. Os
fenômenos ficam complicados e sem explicação. São possibilidades remotas e que devem ser substituídas
por outras mais engenhosas, mais fáceis de serem comprovadas e especialmente mais econômicas. Não
há necessidade de hipóteses faustosas e suntuosas para compreender a Terra e o Sol, como de resto as
estrelas, seu brilho e sua luminosidade. A teoria geológica diz que a origem de todas as coisas, inclusive o
hidrogênio, está na gravidade, uma função da massa dos corpos. Nas estrelas, como no Sol, não existem
nem mesmo os elementos que conhecemos. Na Terra eles aparecem porque o nível de energia permite que
isso aconteça, como frutos das CNTP na sua superfície. Premissa básica: a Terra, materialmente falando,
é um corpo celeste como outro qualquer dos que podemos ver no firmamento. A diferença é que andamos
na sua superfície. Nós a habitamos. Se assim é, estudando a Terra podemos generalizar as conclusões aqui
feitas, para todos os outros corpos celestes.

                               Diferenças Entre os Dois Modelos
	        Ao leitor vale observar a diferença entre os estudos geológicos e os astrofísicos.
	        Os Astrofísicos, seguindo tradições, com auxílio da matemática, buscam suas respostas no firma-
mento inatingível.
	        Os Geólogos buscam suas respostas no planeta Terra, extrapolando tais respostas para os outros
astros. Essa diferença de atitude é fundamental.
	        As características do globo terrestre dependem da sua massa, que lhe dão as qualidades que po-
demos observar nele, incluindo a nossa presença em sua superfície. Assim, se estudarmos corretamente
a Terra, certamente a compreenderemos melhor e não somente ela, mas todos os astros do céu. Tempos
atrás o conhecimento do planeta era precário e daí a necessidade de reestudo baseado em novas premissas.
Não pode haver leis naturais específicas para explicar a Terra, outra para explicar o Sol e outras ainda
para explicar cada uma das estrelas. A teoria tem de ser unificada! Por não ser baseado no estudo da Terra
como planeta, as investigações cosmológicas se tornaram complexas, especialmente quando as observa-
ções passaram a serem lavradas em números, fórmulas, constantes, etc, ameaçando piorar, enquanto não
for adotada uma nova atitude. O estudo da Terra é para Geólogos, profissionais que sabem fazer mapas
estratigráficos! Não para físicos e matemáticos. Mais clareza: o estudo da Terra é feito através de mapas
geológicos históricos/estratigráficos, e somente Geólogos têm essa competência.
	        Sem dúvida o conhecimento do universo está cada dia mais complicado porque há erros de racio-
cínio na condução do problema.
	        Os principais são os seguintes:

        •	 Misturar escalas de estudo dos diversos fenômenos.


                                                       6
Origem do Universo


        •	 O estudo do universo e da natureza é filosófico e absolutamente independente de princípios
           matemáticos!
        •	 Desconhecimento do conceito geológico de Tempo.

	        Isso define o que chamamos de Relação entre as Ciências. Vejamos a história: A primeira su-
gestão sobre o uso da matemática para resolver problemas da humanidade vem de Pitágoras de Samos
que viveu entre 580-500 a.C. Foi o fundador do Pitagoreanismo, filosofia que proclamava que todas as
coisas do mundo podiam ser resolvidas através de números. Foi Pitágoras que inaugurou a aplicação da
Matemática aos fenômenos físicos, ao perceber que as notas emitidas por uma corda esticada dependiam
de uma razão exata do comprimento da corda. Essa mesma idéia, apenas que estendida para os fenômenos
geológicos, seria esposada por Galileu em 1623, como o terceiro princípio de como investigar a natureza:
”O correto conhecimento da natureza exige que se descubra a sua regularidade matemática”.7 (1978, p.
119). Observar que Galileu trabalhava em laboratórios com aparelhos construídos por ele mesmo, dentro
da escala humana. Para entender o globo terrestre só através de mapas e para isso não há nenhuma contri-
buição matemática. Esta é a razão e a evidência que a Geologia é a ciência máxima. A matemática é uma
ciência da escala humana e é imprescindível para resolver problemas da física, da química, da arquitetura,
da economia, etc. Observe-se o quadro para entender o conceito.

                               ORGANIZAÇÃO DAS CIÊNCIAS
                   Uso Atual                            Nova Proposta
    Química, Física, Engenharia, Arquitetura,     Química, Física, Engenharia,
           Geologia, Medicina, etc.                Arquitetura, Medicina, etc.
                                                          Matemática
                  Matemática                               Geologia

	        Para formar uma idéia a respeito da nossa origem, fora das mirabolantes teorias sobre o problema
físico/químico das reações e da formação dos elementos que compõem a matéria, temos ainda o fator
tempo a piorar as coisas. Vimos que, segundo Hoyle, autor do modelo estacionário, o universo era velho,
grande, e não teria havido o Big Bang. A teoria foi lançada em virtude de um erro cometido por Hubble
sobre o início do tempo ou o “H zero” ou ainda, o início da expansão do universo. Corrigido o erro, ajus-
tadas as idades da Terra e do Sol, o universo teria ficado com 15 bilhões de anos. O Sol teria 10 bilhões e a
Terra ficou com 4,5 bilhões de anos. De lá para cá, a citação desses números ficou completamente desmo-
ralizada. Qualquer repórter ou cientista pode datar qualquer coisa e dar-lhe a quantidade de anos que bem
lhe aprouver, que a coisa fica datada, sem contestações. Os próprios laboratórios das datações concorrem
para a citada desmoralização. A característica comum de todas as datações é que elas são calculadas e
fornecidas em número de anos, referência humana utilizada corretamente para eventos ocorridos na Terra.
	        Enquanto se fazem previsões sobre os milhões de anos do Sol, gastando milhões em dinheiro,
a falta de trabalho, a pobreza, a fome, as doenças conhecidas e desconhecidas continuarão dizimando a
humanidade, todos os dias. A datação geológica é precisa, perfeita e não envolve número de anos. Como
se deu o início do universo e como alguém conseguiu comprimir toda a matéria do mundo em um ponto
para depois explodir em um terrível Big Bang ou ainda, como o Sol vai inchar na fase de gigante vermelha,
ou a mudança da humanidade para outro planeta melhor que a Terra, ou se Sirius A vai ou não se tornar
uma anã branca dentro dos próximos cinco bilhões de anos; ou se o espaço é curvo e se há tempo negati-
vo8 (1983,p.33), não tem a mínima importância para nós. Geologicamente, são teorias que passam para o
terreno de desrespeito às coisas sérias, como a nossa própria inteligência. O que tem importância é o que
comeremos amanhã e se vamos ou não continuar no emprego que temos hoje, como evitar seqüestros,

                                                    7
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa


violência e corrupção, e isto não está ligado ao estudo das singularidades, eventos e a natureza dos com-
bustíveis estelares. Toda a teoria dos buracos negros, singularidades e outras coisas mais, que se passam ao
longo de milhões e bilhões de anos são idéias extravagantes, sem qualquer benefício para a humanidade.
Indica apenas determinado grau de alienação sobre a importância de problemas sociais. Nossa sugestão
é descartá-las e admitir algo mais prático e econômico. A discussão correta é: a Ciência tem ou não a ver
com a sociedade? O conhecimento tem ou não que ser posto a serviço do homem? O que interessa mais:
a verdadeira idade do Sol ou descobrir novos reservatórios de petróleo e garantir trabalho para o homem e
energia para nossas máquinas? As perguntas têm importância, pois há necessidade de gastar dinheiro em
qualquer dos ramos de pesquisa e há necessidade urgente de energia para os habitantes da Terra.
	        São duas teorias sobre a gênese das coisas, e só uma está correta.
	        Nossa revisão atinge os conceitos físicos/astronômicos em voga dentro da Ciência, e sugere que
estes devem ser mudados para melhorar a compreensão de fatos da natureza que tenham reflexos na eco-
nomia. Os fatos são os mesmos. As interpretações são diferentes.
	        Os fatos centrais são: o Sol é muito quente, brilha e emite luz. A Terra é um dos planetas do siste-
ma solar que recebe a energia radiante dele em forma de luz. Os fatos objetivos que governam a dependên-
cia Terra/Sol levaram que aqui se desenvolvessem animais e vegetais, seres portadores de energia capazes
de movimentos e reprodução. Entre os animais distingue-se a humanidade com diferenças sociais muito
aguçadas, as quais devem ser minimizadas. Que atitudes tomar para alcançar este objetivo? A resposta é:
conhecer detalhadamente o ambiente em que vivemos.
	        Para conseguir isto precisamos conhecer os detalhes do ambiente e isso só se faz construindo
mapas estratigráficos dos continentes. Esse tipo de trabalho modifica conceitos antigos, substituindo-os
por novos. Finalmente, qualquer programa que diga respeito ao comportamento do Sol em longo prazo
é desnecessário segundo um raciocínio simples: se ele apagasse amanhã, nós não poderíamos evitar e
desapareceríamos com ele, pois somos dele dependentes diretos. Se ele durar mais cinco bilhões de anos,
também nada podemos fazer para interferir no problema.




                                                       8

Contenu connexe

Tendances (20)

A verdadeira história do átomo
A verdadeira história do átomoA verdadeira história do átomo
A verdadeira história do átomo
 
O universo já foi tão pequeno...
O universo já foi tão pequeno...O universo já foi tão pequeno...
O universo já foi tão pequeno...
 
Bóson de higgs
Bóson de higgsBóson de higgs
Bóson de higgs
 
Proteoma do milho
Proteoma do milhoProteoma do milho
Proteoma do milho
 
Aula 01 - Cosmologia
Aula 01 - CosmologiaAula 01 - Cosmologia
Aula 01 - Cosmologia
 
1ª série e.m benec11
1ª série e.m benec111ª série e.m benec11
1ª série e.m benec11
 
RICHARD FEYNMAN - Física em Seis Lições
RICHARD FEYNMAN - Física em Seis LiçõesRICHARD FEYNMAN - Física em Seis Lições
RICHARD FEYNMAN - Física em Seis Lições
 
Artigo de Divulgação Científica
Artigo de Divulgação Científica Artigo de Divulgação Científica
Artigo de Divulgação Científica
 
Bóson de higgs
Bóson de higgsBóson de higgs
Bóson de higgs
 
O universo de einstein
O universo de einsteinO universo de einstein
O universo de einstein
 
Isaac Newton
Isaac NewtonIsaac Newton
Isaac Newton
 
O passado secreto da química!
O passado secreto da química!O passado secreto da química!
O passado secreto da química!
 
Teoria do Universo
Teoria do UniversoTeoria do Universo
Teoria do Universo
 
Descobertas de caçadores de estrelas
Descobertas de caçadores de estrelasDescobertas de caçadores de estrelas
Descobertas de caçadores de estrelas
 
O Atomo Por Andre Diestel
O Atomo Por Andre DiestelO Atomo Por Andre Diestel
O Atomo Por Andre Diestel
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
 
Isaac Newton - Biografia
Isaac Newton - BiografiaIsaac Newton - Biografia
Isaac Newton - Biografia
 
Aula udesc modelos atomicos
Aula udesc modelos atomicosAula udesc modelos atomicos
Aula udesc modelos atomicos
 
Isaac Newton
Isaac NewtonIsaac Newton
Isaac Newton
 
Cosmologia palestra
Cosmologia palestraCosmologia palestra
Cosmologia palestra
 

En vedette

En vedette (20)

Eric L.docx resume
Eric L.docx resumeEric L.docx resume
Eric L.docx resume
 
Presentación diapositivas félix
Presentación  diapositivas félixPresentación  diapositivas félix
Presentación diapositivas félix
 
Dave Permaul Chronological Resume
Dave Permaul Chronological ResumeDave Permaul Chronological Resume
Dave Permaul Chronological Resume
 
Sahib Khan cv
Sahib Khan cvSahib Khan cv
Sahib Khan cv
 
PONTE LA PIEL DEL TORO
PONTE LA PIEL DEL TORO PONTE LA PIEL DEL TORO
PONTE LA PIEL DEL TORO
 
Whypricestability pt
Whypricestability ptWhypricestability pt
Whypricestability pt
 
Centauro Regulamento F50 Adidas
Centauro Regulamento F50 AdidasCentauro Regulamento F50 Adidas
Centauro Regulamento F50 Adidas
 
Pedagogia da Energia
Pedagogia da EnergiaPedagogia da Energia
Pedagogia da Energia
 
Tríptic de barcelona
Tríptic de barcelonaTríptic de barcelona
Tríptic de barcelona
 
Jogo contra a Pobreza
Jogo contra a PobrezaJogo contra a Pobreza
Jogo contra a Pobreza
 
Reunion infantil 16 4-13
Reunion infantil 16 4-13Reunion infantil 16 4-13
Reunion infantil 16 4-13
 
La vall d’ Hebron
La vall d’ HebronLa vall d’ Hebron
La vall d’ Hebron
 
1397 2781-1-sm (1)
1397 2781-1-sm (1)1397 2781-1-sm (1)
1397 2781-1-sm (1)
 
Prueba unica informatica primer periodo
Prueba unica informatica primer periodoPrueba unica informatica primer periodo
Prueba unica informatica primer periodo
 
Copia de fusión
Copia de fusiónCopia de fusión
Copia de fusión
 
Actividad gbi
Actividad gbiActividad gbi
Actividad gbi
 
Aterramento elétrico
Aterramento elétricoAterramento elétrico
Aterramento elétrico
 
Vamos a preparar
Vamos a prepararVamos a preparar
Vamos a preparar
 
Trabajo inglés
Trabajo inglésTrabajo inglés
Trabajo inglés
 
Juegos florales empresas
Juegos florales empresasJuegos florales empresas
Juegos florales empresas
 

Similaire à Contestação à Ciência Ortodoxa sobre Origem do Universo

Similaire à Contestação à Ciência Ortodoxa sobre Origem do Universo (20)

Big Bang Por Cadorim
Big Bang   Por CadorimBig Bang   Por Cadorim
Big Bang Por Cadorim
 
Big Bang
Big BangBig Bang
Big Bang
 
Evoluçao estelar_2013
Evoluçao estelar_2013Evoluçao estelar_2013
Evoluçao estelar_2013
 
Evolução estelar
Evolução estelarEvolução estelar
Evolução estelar
 
Big bang (1)
Big bang (1)Big bang (1)
Big bang (1)
 
Nascimento do-universo
Nascimento do-universoNascimento do-universo
Nascimento do-universo
 
Gen cap08 teorias formacao da terra parte 1 de 2
Gen cap08 teorias  formacao da terra parte 1 de 2Gen cap08 teorias  formacao da terra parte 1 de 2
Gen cap08 teorias formacao da terra parte 1 de 2
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
 
Aula 02 - Cosmologia
Aula 02 - CosmologiaAula 02 - Cosmologia
Aula 02 - Cosmologia
 
O BIG BANG.ppt
O BIG BANG.pptO BIG BANG.ppt
O BIG BANG.ppt
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Vanuza ativ5
Vanuza ativ5Vanuza ativ5
Vanuza ativ5
 
2° aula
2° aula2° aula
2° aula
 
Folder cosmologia
Folder cosmologiaFolder cosmologia
Folder cosmologia
 
Origem e formação da terra
Origem e formação da terraOrigem e formação da terra
Origem e formação da terra
 
Reações Químicas - PDF
Reações Químicas - PDFReações Químicas - PDF
Reações Químicas - PDF
 
Big bang
Big bangBig bang
Big bang
 
Historia da fisica
Historia da fisica Historia da fisica
Historia da fisica
 
Tópicos de Mecânica Quântica - Capítulo 1
Tópicos de Mecânica Quântica - Capítulo 1Tópicos de Mecânica Quântica - Capítulo 1
Tópicos de Mecânica Quântica - Capítulo 1
 
Problemas Cosmológicos
Problemas CosmológicosProblemas Cosmológicos
Problemas Cosmológicos
 

Plus de Petroleoecologia

Desmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleoDesmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleoPetroleoecologia
 
Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.Petroleoecologia
 
3 abril português_textofinal_ analisando a importância
3 abril  português_textofinal_ analisando a importância3 abril  português_textofinal_ analisando a importância
3 abril português_textofinal_ analisando a importânciaPetroleoecologia
 
Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.Petroleoecologia
 
Processose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacaoProcessose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacaoPetroleoecologia
 
Perfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleoPerfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleoPetroleoecologia
 
Metodosde investigacaogeologica
Metodosde investigacaogeologicaMetodosde investigacaogeologica
Metodosde investigacaogeologicaPetroleoecologia
 

Plus de Petroleoecologia (20)

Desmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleoDesmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleo
 
Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.
 
3 abril português_textofinal_ analisando a importância
3 abril  português_textofinal_ analisando a importância3 abril  português_textofinal_ analisando a importância
3 abril português_textofinal_ analisando a importância
 
Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.
 
Referencias quartaparte
Referencias quartaparteReferencias quartaparte
Referencias quartaparte
 
Tempo essedesconhecido
Tempo essedesconhecidoTempo essedesconhecido
Tempo essedesconhecido
 
Tectonica
TectonicaTectonica
Tectonica
 
Referencias terceiraparte
Referencias terceiraparteReferencias terceiraparte
Referencias terceiraparte
 
Referencias sextaparte
Referencias sextaparteReferencias sextaparte
Referencias sextaparte
 
Referencias setimaparte
Referencias setimaparteReferencias setimaparte
Referencias setimaparte
 
Referencias segundaparte
Referencias segundaparteReferencias segundaparte
Referencias segundaparte
 
Referencias quintaparte
Referencias quintaparteReferencias quintaparte
Referencias quintaparte
 
Referencias primeiraparte
Referencias primeiraparteReferencias primeiraparte
Referencias primeiraparte
 
Referencias oitavaparte
Referencias oitavaparteReferencias oitavaparte
Referencias oitavaparte
 
Referencias nonaparte
Referencias nonaparteReferencias nonaparte
Referencias nonaparte
 
Processose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacaoProcessose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacao
 
Petroleo inextinguivel
Petroleo inextinguivelPetroleo inextinguivel
Petroleo inextinguivel
 
Perfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleoPerfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleo
 
O sol estruturaemecanica
O sol estruturaemecanicaO sol estruturaemecanica
O sol estruturaemecanica
 
Metodosde investigacaogeologica
Metodosde investigacaogeologicaMetodosde investigacaogeologica
Metodosde investigacaogeologica
 

Contestação à Ciência Ortodoxa sobre Origem do Universo

  • 2. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Origem do Universo: Sonho ou Pesadelo? As contestações que serão alinhadas a seguir estão baseadas na experiência estratigráfica que culminou com a História Geológica (capítulo da sexta parte). Para explicar todos os objetos que existem no universo humano, há necessidade de explicitar antecipadamente: 1. A energia a ser usada para fazer o que se pretende. 2. O material a ser usado na sua fabricação. A energia é essencial. Nada se faz sem ela. Geologicamente falando, tudo o que existe sobre a face do globo, absolutamente tudo, é apenas uma face da transformação da energia, tanto a do interior do planeta (energia da gravidade da Terra) como a exterior, do Sol (insolação). Fazendo uso intenso dos re- cursos matemáticos para explicar o universo, os profissionais da Astrofísica se aprofundam cada vez mais em teorias complicadas, que ficam restritas ao seleto grupo. Os principais argumentos geológicos contra essas teorias são: • Não dar solução aos problemas da humanidade e • Serem extraordinariamente inflacionárias. A história dessas crenças e teorias vem de longe e todas têm a intenção de explicar as questões chamadas de transcendentais ou básicas: 1. De onde viemos, 2. Para onde iremos depois da morte e 3. O que fazemos na Terra. A invenção e o aperfeiçoamento do telescópio melhoraram muito a nossa capacidade de investi- gação. O fascínio pelas coisas e objetos extraterrestres foi tão grande, que acabou sendo exagerado. Descartando a gênese bíblica por inconsistente, veremos a seguir a gênese segundo os físicos, químicos e matemáticos que é tão sonhadora quanto à dos religiosos, apenas que mais complexa. Basica- mente, é preciso explicar a energia do Sol e das outras estrelas. Modelo Astrofísico Segundo a Astrofísica, o Sol brilha devido à fusão de átomos de hidrogênio, fenômeno que gera- ria átomos cada vez mais pesados, liberando energia no processo. Assim seria no Sol e a idéia foi estendida para os outros astros do universo, mas não todos. Para a maior parte deles a energia dependeria do tama- nho do astro. Um dos pontos fracos da teoria diz respeito à temperatura existente no início do processo. Qual seria a temperatura do universo? Era frio e esquentou com a fusão dos átomos? Ou já era quente facilitando com isso as interações atômicas? No primeiro caso, processo a frio, não há possibilidade de interações atômicas. As interações não se realizam a frio. Se era quente, não haveria necessidade das inte- rações. Alguém de fora já teria providenciado o calor necessário para as interações atômicas e nesse ponto a teoria física se confunde com a teoria bíblica. A solução dada ao caso da energia solar, já foi dada com o Sol como ele é hoje: muito quente. A espectroscopia determinou que havia hidrogênio no Sol e o resto, ou 2
  • 3. Origem do Universo seja, as causas do brilho do Sol foram obtidas em exercícios com papel e lápis para encontrar uma solução compatível. Os problemas que apareciam eram solucionados através de cálculos e mais cálculos feitos por cientistas de cérebros privilegiados. A barreira de Coulomb foi transposta, mas ainda assim sobravam dois problemas. O primeiro era que as reações não fabricavam nada mais pesado que o hélio e só explicavam a energia para astros com o tamanho do Sol. Só mais tarde foi engendrada outra reação química (ciclo do carbono) quando foi conseguida a reação que responderia pela energia das estrelas até 1,5 vezes maior que o Sol. Continua-se insatisfeito: e as outras estrelas? Será que teremos de arranjar milhões de equa- ções para explicar cada estrela do céu? Ou a natureza é complicada, ou estamos complicando a natureza. Impossível ter explicações e teorias particulares para explicar a temperatura de cada estrela do céu. Para provar que as suposições apresentadas eram fatos que aconteciam no Sol, propôs-se uma experiência: a contagem das partículas chamadas de neutrinos, que são emitidas do Sol como subproduto das reações preconizadas. Em operação complicadíssima1 (1983, p. 95) tomaram-se providências para a contagem dos neutrinos, mas os números obtidos foram decepcionantes, e nada ficou provado. Mesmo assim prosse- guem as pesquisas para provar que o funcionamento do Sol é o previsto pelo Dr. Bethe 2 (1990, p.204). Na reação próton-próton, a principal dificuldade ficaria por conta da Barreira de Coulomb, segundo a qual, cargas de mesmo sinal se repelem. Era preciso fazer com que isso não acontecesse. O obstáculo então foi afastado com o auxílio da física quântica (tunelamento quântico) 2 (1990, p. 203) após o trabalho de George Gamow. Robert Atkinson e Fritz Houtermans combinaram as descobertas de Gamow com a lei da distribuição das velocidades de Maxwell-Boltzmann mostrando, no papel, a possibilidade de haver a penetração de um próton por outro, vencendo assim a barreira de Coulomb. O ciclo do carbono-azoto, que também é problemático, seria a reação responsável pela energia das estrelas mais quentes (1,5 vez o Sol). As estrelas maiores do que este número, a enorme maioria, fica sem explicação. Neste ponto há que se fazer uma observação importante sobre a desvantagem desse tipo de estudo. É impossível explicar o brilho de cada estrela por uma teoria particular. Se existissem apenas dez estrelas, daria um bom trabalho, mas seria possível explicar as causas do brilho de cada uma. Ora, as estrelas são incontáveis. Como explicar as reações químicas para cada estrela? Qual seriam as explicações para o brilho das estrelas 2, 3 ou 10 vezes maiores que o Sol? Entretanto, a reação (próton-próton), complicada que é, não fabrica nada mais pesado que o hélio. A outra fábrica de energia, que é o ciclo do carbono, envolve além do carbono, o oxigênio e o nitrogê- nio, apenas como catalisadores, mas também não deixa ao final, qualquer coisa mais pesada que o hélio como resultado do processo. Dessa maneira, não serve como fator genético das coisas que conhecemos. O próprio Dr Gamow 3 (1904-1968) pensou no Big Bang (nome colocado por ele), mas notou logo as dificuldades. Big Bang é referência à grande explosão havida em um átomo, que os astrofísicos chamam o átomo primordial. Esse átomo, vez em quando, é promovido a um ovo, o “ovo cósmico”. Esse ponto da grande explosão marca o início da contagem do tempo e teria tido toda a energia necessária para criar os elementos que formam as coisas da natureza. A idéia do átomo primordial não era boa por várias razões: seja um ovo ou um ponto, não explodem gratuitamente. Haveria necessidade de comprimir toda a matéria que forma o universo, para reduzi-la ao ponto ou ao ovo. Para o geólogo, que estuda o planeta Terra a hi- pótese é completamente absurda e não dá para levá-la a sério. A não ser que haja uma resposta satisfatória para algumas perguntas que surgem para a questão, a hipótese do Big Bang terá de ser abandonada como inverossímil. As perguntas são: 1. O ponto (ou o ovo) referido pelos astrofísicos deveria conter alguma coisa para ser comprimido e existia antes do Big Bang? 2. Quem comprimiu o material? 3. Que força comprimiu o material do ovo? 3
  • 4. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa 4. Quando foi comprimido? 5. Finalmente, quem fez a contagem regressiva para a explosão? Não havia explicação para a formação do hidrogênio. O hélio teria se formado na ocasião do Big Bang, e continua a se formar hoje, mas por processo diferente (fusão do hidrogênio). Outra condição necessária seria um aumento de temperatura para que os elementos mais pesados também pudessem ser formados. Segundo as leis da termodinâmica, a temperatura mais alta deve ter acontecido durante a maior compressão e, a partir daí, a temperatura baixou. Os elementos pesados não poderiam ser formados àquelas temperaturas. O problema ainda não foi solucionado, mas os matemáticos continuam na sua busca. Os que admitiram o Big Bang passaram a ter problemas para explicar o aparecimento dos elemen- tos pesados. Estes não se formaram naquela ocasião, como visto acima, por problemas de energia. Ainda mais, a idéia do próprio Big Bang não era pacífica. Alguns cientistas se opunham a ela até como fenômeno real. Segundo eles, o fenômeno jamais teria existido. O universo sempre fora grande, velho e imutável. O principal dos oponentes do Big Bang chamava-se Fred Hoyle4 (1915-2001), astrônomo e matemático inglês. Ele não acreditava no Big Bang inicial, porque, segundo ele, isto criava uma barreira temporal para a ciência e os cientistas. Desse ponto para trás, eles não poderiam mais fazer seus cálculos. Por isso, ele e mais dois colegas, Thomas Gold e Hermann Bondi, criaram outra teoria chamada de “modelo estacionário”, na qual, admitia-se a expansão do universo e, para compensar a expansão e manter a den- sidade média da matéria, havia de admitir-se o hidrogênio materializando-se constantemente no espaço vazio. Este hidrogênio então, se condensaria em novas galáxias. Para vender a sua idéia, Hoyle mostrou que havia um erro grave cometido por Hubble e Humasson no cálculo da idade do universo. Segundo os cálculos de Hubble 5 (1889-1953) o universo tinha dois bilhões de anos, enquanto o Sol e a Terra já ha- viam sido datados com pelo menos quatro bilhões, pois assim o requeriam os estudos de Darwin em sua teoria evolucionista, secundados por paleontólogos tradicionais. O universo não poderia ser mais jovem que a Terra, ou ao contrário, a Terra não poderia ser mais velha que o universo que a continha. Evidente que o erro foi logo corrigido, e o modelo estacionário voltou de novo a um segundo plano. Entretanto, a teoria de Hoyle não foi inteiramente perdida. Como o cientista britânico não acreditava no Big Bang ele teve de criar uma teoria para gerar os elementos pesados. Ele demonstrou, segundo teoria complicada, que a gênese dos elementos pesados se fazia nas estrelas. Escreveria ele “...A síntese dos elementos está estreitamente ligada ao problema da evolução estelar” 2 (1990, p. 215). Baseado na Curva de Abundância Cósmica, onde foram plotados os pesos de 1200 átomos, (incluindo os seus isótopos), contra a abundância desses mesmos átomos no universo, Hoyle pôde determinar a origem dos elementos pesados. Uma de suas ferramentas para obter a curva foi o estudo das rochas da Terra, dos meteoritos vindos do espaço, dos espectros do Sol e das estrelas. O estudo perde a seriedade quando se diz baseado no “estudo das rochas da Terra”.Tal estudo não existe. A curva de abundância dos elementos atualmente existentes no cosmo 2 (1990, p. 216) resulta da plotagem do peso dos vários átomos incluindo os respectivos isótopos (cerca de 1200 espécies de núcleos) contra a abundância relativa no universo dos mesmos átomos. Ora, como contar o número de átomos no universo? Só o número de galáxias no universo é contado em números idealísticos de bilhões de galáxias (400 bilhões de galáxias!!). Só na Via Láctea são (Quem as teria contado?) mais de 135 bilhões de estrelas! Como contar os nossos elementos conhecidos para determinar-lhes a abundância? Para um geólogo, tais cálculos são apenas uma aventura, sem seriedade. Observar então que pelo menos dois dos dados usados por Hoyle para construir o seu diagrama são falsos. Os resultados dos seus cálcu- los estão fatalmente errados. Astrofísicos podem levar tal suposição a sério. Um estratígrafo, não.Depois dessa contagem, foi construída uma curva feita de picos e vales, onde são mostradas as abundâncias dos vários tipos de átomos existentes no universo. O hidrogênio e o hélio aparecem como os mais abundantes, 4
  • 5. Origem do Universo e o processo de formação dos outros elementos se dá pela fusão: o hidrogênio funde e dá origem ao hélio e a estrela se modifica pela diminuição da sua energia com o desaparecimento de parte do seu combustível nuclear. Em seguida fundem-se os átomos de hélio para formar carbono, oxigênio e neônio. Diminui mais ainda o combustível da estrela. Depois se fundem os núcleos de hélio e neônio para formar magnésio, sílica, enxofre e cálcio. Diz o autor da teoria, que a estrela está evoluindo, e que nesse ponto da evolução ela se dispõe como uma cebola, em camadas, onde o núcleo central formado de ferro gasoso é cercado por camadas de sílica, oxigênio, neônio, carbono, hélio e na camada mais exterior o restante hidrogênio. Sem maiores explicações, diz a teoria que o núcleo de ferro começa a crescer, como um câncer, estancando as reações nucleares, desequilibrando a estrela, cristalizando o núcleo, virando uma estrela de nêutrons, pequenina e de alta densidade. Esse núcleo então explode e gera energia suficiente para sintetizar todos os átomos mais pesados que o ferro. Diz ainda a teoria que, quando o núcleo de ferro entra em colapso, há um extraordinário estampido, cuja onda sonora sobe pelo gás que irrompe, encontra-se com ondas de gás que vem entrando e dá como resultado a mais forte explosão que se possa conceber. É neste exato momento que aparecem o ouro, a prata, o mercúrio e o chumbo, o ferro, iodo e cobre que são forjados nessa zona de colisão. Aí são lançadas no espaço, ficando a flutuar, posteriormente juntando-se à nuvem interestelar que, finalmente vai se condensar em outros astros, carregando-os dos metais de que são formados. Se o modelo estacionário não pegou, a teoria para formação dos metais pesados foi bem recebida. No momento as duas teorias estão casadas. O Big Bang para explicar o início da expansão e o tempo zero, e a teoria do estado estacionário para explicar o aparecimento dos elementos pesados da tabela periódica. Tanto o modelo es- tacionário como o pulsante (modelo do Big Bang: oscila entre o Big Bang e o Big Crunch, em períodos de 80 bilhões de anos!) são frágeis pela análise estratigráfica. Na primeira, sem qualquer evidência, há que se admitir o hidrogênio aparecendo fantasmagoricamente em pleno espaço para formar o mundo. No segun- do, também sem nenhuma evidência, há um “ovo” ou “ponto primordial” onde, inicialmente, fica compri- mida toda a matéria do universo sem explicação sobre como acontece este milagre, quem faz e como se faz a contração, quem fez a contagem regressiva para que houvesse a explosão e outros questionamentos. Acreditar nessas teorias, somente pela fé, como fazem os religiosos. Não existem quaisquer evidências ou fatos a sustentá-las, exceto as fórmulas matemáticas no papel dos diversos autores. Modelo Geológico O modelo geológico é mais simples e os fatos que o sustentam, ou seja, as suas evidências são encontradas aqui, em toda a superfície do planeta. Qualquer pessoa, independente da sua profissão pode observá-las. A conclusão do estudo geológico é simples: • A gênese de todas as coisas é a gravidade, uma propriedade dos corpos. Todos buscam essa gênese. Uns trabalhando com fórmulas matemáticas, outros com supercoliso- res, telescópios espaciais e antenas gigantescas. Os estratígrafos constroem mapas das rochas na superfície da Terra, o único método de estudo do planeta e, por via de conseqüência do universo. A dedução é mais fácil: se a massa do astro ultrapassa determinado nível ela se transforma em energia. Quando tal nível de energia diminui, ficando aquém daquele limite, a energia se transforma em matéria, quando aparecem, sob a regência das forças menores da natureza, os átomos, seguindo-se os compostos que depois se transfor- mam em rochas.Em qualquer das teorias astrofísicas, como vimos, o elemento gerador de todas as coisas inclusive os animais e vegetais é o hidrogênio. Como não é possível manter o hidrogênio nos astros para todo o sempre, é natural que um dia ele se acabe. Acabando seu combustível, explica Asimov6 (1920- 1992), a estrela perde o brilho, expande-se e torna-se uma gigante vermelha, depois se transforma em uma 5
  • 6. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa anã branca, depois em anã negra desaparecendo em seguida na ‘forma” de um buraco negro. Estamos mostrando, a vôo de pássaro, como são complicadas todas as teorias sobre a origem do universo, muitas passando para o terreno do esoterismo. Tudo porque se pensa que há um combustível atômico para as estrelas, uma hipótese desnecessária sob o ponto de vista geológico. Mas essa desneces- sidade tem duas razões. A primeira é: aqui na Terra sabemos que para queimar é preciso algo que seja combustível e que não seja mineral. A segunda está na classificação das forças da natureza, de forma incorreta, assunto que discutiremos mais adiante. Acontece como em muitas outras hipóteses científicas, que a fusão termonuclear no interior das estrelas é assunto no mínimo especulativo. Estamos tentando adivinhar através de cálculos matemáticos, em fórmulas constantemente renormalizadas, os mistérios da natureza. O objeto mais poderoso em questões de energia que o homem construiu foi a bomba atômica. Pretensiosamente transportou para o Sol aquilo que conseguira nos laboratórios da Terra. Providenciou as fórmulas químicas para explicar o Sol, sem que haja nisso qualquer possibilidade de comparação. Os fenômenos ficam complicados e sem explicação. São possibilidades remotas e que devem ser substituídas por outras mais engenhosas, mais fáceis de serem comprovadas e especialmente mais econômicas. Não há necessidade de hipóteses faustosas e suntuosas para compreender a Terra e o Sol, como de resto as estrelas, seu brilho e sua luminosidade. A teoria geológica diz que a origem de todas as coisas, inclusive o hidrogênio, está na gravidade, uma função da massa dos corpos. Nas estrelas, como no Sol, não existem nem mesmo os elementos que conhecemos. Na Terra eles aparecem porque o nível de energia permite que isso aconteça, como frutos das CNTP na sua superfície. Premissa básica: a Terra, materialmente falando, é um corpo celeste como outro qualquer dos que podemos ver no firmamento. A diferença é que andamos na sua superfície. Nós a habitamos. Se assim é, estudando a Terra podemos generalizar as conclusões aqui feitas, para todos os outros corpos celestes. Diferenças Entre os Dois Modelos Ao leitor vale observar a diferença entre os estudos geológicos e os astrofísicos. Os Astrofísicos, seguindo tradições, com auxílio da matemática, buscam suas respostas no firma- mento inatingível. Os Geólogos buscam suas respostas no planeta Terra, extrapolando tais respostas para os outros astros. Essa diferença de atitude é fundamental. As características do globo terrestre dependem da sua massa, que lhe dão as qualidades que po- demos observar nele, incluindo a nossa presença em sua superfície. Assim, se estudarmos corretamente a Terra, certamente a compreenderemos melhor e não somente ela, mas todos os astros do céu. Tempos atrás o conhecimento do planeta era precário e daí a necessidade de reestudo baseado em novas premissas. Não pode haver leis naturais específicas para explicar a Terra, outra para explicar o Sol e outras ainda para explicar cada uma das estrelas. A teoria tem de ser unificada! Por não ser baseado no estudo da Terra como planeta, as investigações cosmológicas se tornaram complexas, especialmente quando as observa- ções passaram a serem lavradas em números, fórmulas, constantes, etc, ameaçando piorar, enquanto não for adotada uma nova atitude. O estudo da Terra é para Geólogos, profissionais que sabem fazer mapas estratigráficos! Não para físicos e matemáticos. Mais clareza: o estudo da Terra é feito através de mapas geológicos históricos/estratigráficos, e somente Geólogos têm essa competência. Sem dúvida o conhecimento do universo está cada dia mais complicado porque há erros de racio- cínio na condução do problema. Os principais são os seguintes: • Misturar escalas de estudo dos diversos fenômenos. 6
  • 7. Origem do Universo • O estudo do universo e da natureza é filosófico e absolutamente independente de princípios matemáticos! • Desconhecimento do conceito geológico de Tempo. Isso define o que chamamos de Relação entre as Ciências. Vejamos a história: A primeira su- gestão sobre o uso da matemática para resolver problemas da humanidade vem de Pitágoras de Samos que viveu entre 580-500 a.C. Foi o fundador do Pitagoreanismo, filosofia que proclamava que todas as coisas do mundo podiam ser resolvidas através de números. Foi Pitágoras que inaugurou a aplicação da Matemática aos fenômenos físicos, ao perceber que as notas emitidas por uma corda esticada dependiam de uma razão exata do comprimento da corda. Essa mesma idéia, apenas que estendida para os fenômenos geológicos, seria esposada por Galileu em 1623, como o terceiro princípio de como investigar a natureza: ”O correto conhecimento da natureza exige que se descubra a sua regularidade matemática”.7 (1978, p. 119). Observar que Galileu trabalhava em laboratórios com aparelhos construídos por ele mesmo, dentro da escala humana. Para entender o globo terrestre só através de mapas e para isso não há nenhuma contri- buição matemática. Esta é a razão e a evidência que a Geologia é a ciência máxima. A matemática é uma ciência da escala humana e é imprescindível para resolver problemas da física, da química, da arquitetura, da economia, etc. Observe-se o quadro para entender o conceito. ORGANIZAÇÃO DAS CIÊNCIAS Uso Atual Nova Proposta Química, Física, Engenharia, Arquitetura, Química, Física, Engenharia, Geologia, Medicina, etc. Arquitetura, Medicina, etc. Matemática Matemática Geologia Para formar uma idéia a respeito da nossa origem, fora das mirabolantes teorias sobre o problema físico/químico das reações e da formação dos elementos que compõem a matéria, temos ainda o fator tempo a piorar as coisas. Vimos que, segundo Hoyle, autor do modelo estacionário, o universo era velho, grande, e não teria havido o Big Bang. A teoria foi lançada em virtude de um erro cometido por Hubble sobre o início do tempo ou o “H zero” ou ainda, o início da expansão do universo. Corrigido o erro, ajus- tadas as idades da Terra e do Sol, o universo teria ficado com 15 bilhões de anos. O Sol teria 10 bilhões e a Terra ficou com 4,5 bilhões de anos. De lá para cá, a citação desses números ficou completamente desmo- ralizada. Qualquer repórter ou cientista pode datar qualquer coisa e dar-lhe a quantidade de anos que bem lhe aprouver, que a coisa fica datada, sem contestações. Os próprios laboratórios das datações concorrem para a citada desmoralização. A característica comum de todas as datações é que elas são calculadas e fornecidas em número de anos, referência humana utilizada corretamente para eventos ocorridos na Terra. Enquanto se fazem previsões sobre os milhões de anos do Sol, gastando milhões em dinheiro, a falta de trabalho, a pobreza, a fome, as doenças conhecidas e desconhecidas continuarão dizimando a humanidade, todos os dias. A datação geológica é precisa, perfeita e não envolve número de anos. Como se deu o início do universo e como alguém conseguiu comprimir toda a matéria do mundo em um ponto para depois explodir em um terrível Big Bang ou ainda, como o Sol vai inchar na fase de gigante vermelha, ou a mudança da humanidade para outro planeta melhor que a Terra, ou se Sirius A vai ou não se tornar uma anã branca dentro dos próximos cinco bilhões de anos; ou se o espaço é curvo e se há tempo negati- vo8 (1983,p.33), não tem a mínima importância para nós. Geologicamente, são teorias que passam para o terreno de desrespeito às coisas sérias, como a nossa própria inteligência. O que tem importância é o que comeremos amanhã e se vamos ou não continuar no emprego que temos hoje, como evitar seqüestros, 7
  • 8. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa violência e corrupção, e isto não está ligado ao estudo das singularidades, eventos e a natureza dos com- bustíveis estelares. Toda a teoria dos buracos negros, singularidades e outras coisas mais, que se passam ao longo de milhões e bilhões de anos são idéias extravagantes, sem qualquer benefício para a humanidade. Indica apenas determinado grau de alienação sobre a importância de problemas sociais. Nossa sugestão é descartá-las e admitir algo mais prático e econômico. A discussão correta é: a Ciência tem ou não a ver com a sociedade? O conhecimento tem ou não que ser posto a serviço do homem? O que interessa mais: a verdadeira idade do Sol ou descobrir novos reservatórios de petróleo e garantir trabalho para o homem e energia para nossas máquinas? As perguntas têm importância, pois há necessidade de gastar dinheiro em qualquer dos ramos de pesquisa e há necessidade urgente de energia para os habitantes da Terra. São duas teorias sobre a gênese das coisas, e só uma está correta. Nossa revisão atinge os conceitos físicos/astronômicos em voga dentro da Ciência, e sugere que estes devem ser mudados para melhorar a compreensão de fatos da natureza que tenham reflexos na eco- nomia. Os fatos são os mesmos. As interpretações são diferentes. Os fatos centrais são: o Sol é muito quente, brilha e emite luz. A Terra é um dos planetas do siste- ma solar que recebe a energia radiante dele em forma de luz. Os fatos objetivos que governam a dependên- cia Terra/Sol levaram que aqui se desenvolvessem animais e vegetais, seres portadores de energia capazes de movimentos e reprodução. Entre os animais distingue-se a humanidade com diferenças sociais muito aguçadas, as quais devem ser minimizadas. Que atitudes tomar para alcançar este objetivo? A resposta é: conhecer detalhadamente o ambiente em que vivemos. Para conseguir isto precisamos conhecer os detalhes do ambiente e isso só se faz construindo mapas estratigráficos dos continentes. Esse tipo de trabalho modifica conceitos antigos, substituindo-os por novos. Finalmente, qualquer programa que diga respeito ao comportamento do Sol em longo prazo é desnecessário segundo um raciocínio simples: se ele apagasse amanhã, nós não poderíamos evitar e desapareceríamos com ele, pois somos dele dependentes diretos. Se ele durar mais cinco bilhões de anos, também nada podemos fazer para interferir no problema. 8