O documento discute a diabetes tipo 1, incluindo suas estimativas globais, causas, sintomas, mecanismos imunológicos e diagnóstico. A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune crônica caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas e dependência de insulina. Os principais mecanismos envolvem a ação de linfócitos T e B e a produção de autoanticorpos contra as células beta. O diagnóstico é realizado através de testes de glicemia e pesquisa de mar
2. Diabetes em Números
Estimativa de pessoas
afectadas em todo o
mundo, correspondendo a
8,3% da população
mundial.
Em mais de 50% destas
pessoas, a diabetes não
foi ainda diagnosticada,
prosseguindo a sua
evolução silenciosa
371
milhões
50%
6. Características da Doença e Sintomatologia
Ausência /Défice de
insulina:
Défice de captação
de glucose pelos
tecidos
(HIPERGLICEMIA)
Alteração do metabolismo:
- Proteico
- Lipídico
- Hidratos de carbono
8. Mecanismos imunológicos
Mecanismos
Celulares
Mecanismos
Humorais
- Citocinas pró-
inflamatórias
- Produção de Auto-
anticorpos (específicos
para os antigénios contra
as células Beta
pancreáticas dos ilhéus
de Langerhans)
- Linfócitos T (CD4+ e
CD8+)
- Células Apresentadores
de Antigénios (APCs):
Células dendríticas e
macrófagos
- Lifócitos B
9. Linfócitos T
reguladores são
suprimidos mas os
Linfócitos T CD4+
são resistentes à
supressão.
Linfócitos T CD4+
produzem
citocinas pró-
inflamatórias.
- Citoplasma
das células β
- Insulina
- GAD
- ICA512
As células β
produzem auto-
antigénios.
As APCs detetam os antigénios dos
ilhéus de Langerhans e apresentam-
nos aos Linfócitos T CD4+.
- IL-1β,
- IL-6,
- TNF-α
- INF-β
10. Os Linfócitos B
produzem auto-
anticorpos contra
as células β.
Após
reconhecimento do
auto-antígeno
pancreático ligado à
molécula HLA I,
realizam a destruição
das células β.
Células β
sofrem
apoptose
Macrófagos:
substâncias que
induzem migração e
estimulam vários
tipos celulares a
segregar radicais
livres, tóxicos para as
células β.
11. Mecanismos imunológicos
Mecanismos
Celulares
Mecanismos
Humorais
- Citocinas pró-
inflamatórias
- Produção de Auto-
anticorpos (específicos
para os antigénios contra
as células Beta
pancreáticas dos ilhéus
de Langerhans)
- Linfócitos T (CD4+ e
CD8+)
- Células Apresentadores
de Antigénios (APCs):
Células dendríticas e
macrófagos
- Lifócitos B
12. A libertação local de
citocinas pró-
inflamatórias,
decorrentes de infecção
viral.
Interferon-gama
(IFN-γ) citocina
Hiperexpressão
das moléculas HLA
de classe I
Expressão
aberrante das
moléculas HLA de
classe II na
superfície de
células β.
Apresentação de
auto-antígenios
pelas células beta
pancreáticas aos
linfócitos T auto-
reativos.
Anticélulas dos ilhéus, que
reconhecem receptores de
membrana do tipo PTP das
células β.
Anti ácido glutâmico
descarboxilase
(GAD)
Auto-anticorpos
anti-insulina (insulin
autoantibodies-IAA)
Auto-anticorpos
13. Diagnóstico
• Glicose no sangue (glicémia) em jejum ≥ 126 mg/dL
• Níveis de glicémia plasmática ocasional ≥ 200 mg/dL
• Prova de tolerância á glicose oral (PTGO): baixa
• Níveis de glicémia 2 horas após a PTGO ≥ 200 mg/dL
14. • Determinação da HbA1C ≥ 6,5%
• Níveis de frutosamina ≥ 285 micromol/L
• Níveis de peptídeo C ≤ 0,6 ng / mL
• Exames à urina
Diagnóstico
16. Imunofluorescência Indirecta
Incubação e lavagem da
placa
Adição de 2º anticorpo
marcado (Ac2) com
Placa com antigénios
incorporados e fixos
Soro do doente: pesquisa
dos auto-anticorpos
específicos (Ac1) com
afinidade para os
antigénios.
Incubação e lavagem da
placa
17. Incubação e lavagem da
placa
Adição de 2º anticorpo
marcado (Ac2) com enzima
Placa com antigénios
incorporados e fixos
Soro do doente: pesquisa
dos auto-anticorpos
específicos (Ac1) com
afinidade para os
antigénios.
Incubação e lavagem da
placa
Espectofotómetro
ELISA ( )
Adiciona-se um substracto
cromogénico
18. Imuno-fluorescência Indirecta ELISA
Resultados
Verifica-se fluorescência
O substracto muda de cor
após a reacção com a enzima
O teste é positivo, ou seja, o Ac2 ligou-se ao Ac1, o soro do doente
apresenta auto-anticorpos (Ac1) – Diabetes tipo 1
19. RIA (radioimunoanálise)
O binder tem acoplado uma molécula
radioactiva
Faz-se a leitura da
radiação emitida
num contador
gama
Teste positivo para
Diabetes Mellitus tipo 1
O soro do doente tem
auto-anticorpos
Emissão de radiação
Resultados
22. Bibliografia
Arosa F, Cardoso E. (2012). Fundamentos de Imunologia. 2ª edição.
Editora Lidel.
Observatório Nacional de Diabetes. Diabetes: Factos e Números 2013”.
(2013) Relatório Anual do Observatótio Nacional de Diabetes. Portugal
American Diabetes Association: http://www.diabetes.org/diabetes-
basics/type-1/(4/04/2014).
Khardori, Romesh. Type 1 Diabetes Mellitus.
http://emedicine.medscape.com/article/117739-overview.
(16/12/2013)
Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal: http://www.apdp.pt/
(3/04/2014)
Thomas J., Kindt; Barbara A., Osborne; Richard A., Goldsby.(2007). Kuby
Immunology. 6ª edição. WH Freeman and Company. New York.
Notes de l'éditeur
Diabetes Tipo 1
Diabetes Tipo 1
Imunofluorescência indirecta – utiliza como marcador um fluorocromo (substância que absorve energia num determinado comprimento de onda e emite noutro, apresentando uma coloração característica). P.e. fluoresceína
Imunofluorescência indirecta – utiliza como marcador um fluorocromo (substância que absorve energia num determinado comprimento de onda e emite noutro, apresentando uma coloração característica). P.e. fluoresceína