O documento discute como o trabalho tem promovido a dignidade humana ao longo da história de forma gradual. Apesar de as leis protegerem os direitos dos trabalhadores, na prática ainda há casos de exploração. Avanços como a abolição da escravidão e leis trabalhistas melhoraram as condições, mas ainda há um caminho a percorrer para que todos sejam totalmente dignos.
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Tema da redação
1. TEMA DA REDAÇÃO: O TRABALHO NA CONSTRUÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA
A escalada para a dignidade
Ao esboçarmos uma escala histórica sobre a dignidade humana, logo
notamos que estamos progredindo, mesmo que vagarosamente, rumo ao ideal
de vida digna. E um importante catalisador desse progresso, sem sombra de
dúvidas, é o trabalho e sua evolução jurídica, sendo positivistas as previsões
para as próximas décadas.
Mesmo diante desse quadro, o patamar em que nos encontramos é
aquele cujas leis estão aprovadas, mas suas aplicações não são ao todo
efetivadas, às vezes por falta de recursos e outras por falta de dar importância
ao assunto. Perante a lei, temos a consciência de que somos fisiologicamente
iguais e merecemos um tratamento digno, mas perante algumas mentes e
grupos o fato de ter um empregado se assimila a uma posse pessoal do
mesmo, ocorrendo exploração e extrapolação total dos direitos humanos.
Prova disso, é o caso de empregadores que passam por cima das leis e
conceitos éticos ao submeterem seus empregados a um trabalho escravo
“moderno”, sem senzalas ou chicotes, mas com chantagens e contratadores de
empreitadas.
Estamos construindo nossa dignidade com a ajuda de acontecimentos
importantes, como a princesa Izabel abolindo a escravidão com a Lei Áurea.
Posteriormente, em âmbito mundial, as greves trabalhistas na Europa durante
a Revolução Industrial, que obrigaram os governos a criarem algumas leis
trabalhistas. Já no caso do Brasil, o grande líder populista Getúlio Vargas, foi
quem mais nos ajudou a sermos dignos, com a criação do Ministério do
Trabalho, sindicatos e várias leis que regulamentaram as condições dos
trabalhadores.
E, ao olharmos para o futuro, as visões são as melhores possíveis, pois
nunca tivemos tanto apoio psicológico nem tantos instrumentos de
fiscalização ao nosso alcance. Além do fato de que as pessoas começaram a
exigir seus direitos jurídicos, pois perceberam que a lei “anda” ao lado da
maior parcela da população, porém a mais fraca, os trabalhadores.
Portanto, no futuro, todos seremos inteiramente dignos se executarmos
nossos deveres e exigirmos nossos direitos. Devemos continuar subindo os
degraus que a princesa Izabel, os operários em greve e Getúlio Vargas subiram
para formar um mundo cada vez mais justo, com empregadores mais
conscientes e empregados totalmente dignos.
Gabriele Cristine Tonett – aluna do 3º ano do Ensino Médio
2. TEMA DA REDAÇÃO: EXCESSO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO:
NECESSIDADE OU ESCRAVIDÃO?
Ponto de equilíbrio
A tecnologia e a informação são, inegavelmente, importantíssimas para
a vida no século XXI. E o acesso a elas se torna cada vez mais fácil com tantas
formas de veiculação.
A facilidade, porém, nos leva ao excesso. Em nossos tablets,
smartphones e notebooks com televisão, rádio, e-mails, jornais digitais e
outros, disponíveis através de simples cliques, recebemos diariamente
milhares de informações que, ao mesmo tempo, que nos mostram o que está
acontecendo, nos isolam, prendendo-nos ao mundo virtual. Então,
infelizmente, deixamos de lado o convívio familiar, o lazer e a distração.
Além do isolamento, tanta informação causa escravidão. Sentimos a
necessidade de estarmos atualizados e acabamos nos tornando
independentes. Vivemos a serviço da informação para que ela seja enviada,
repassada, respondida, comentada, enfim, verdadeiros vassalos à disposição
de seu senhor feudal.
Achar o ponto de equilíbrio entre o excesso e o necessário é a nossa
carta de alforria. Só assim nos libertaremos e viveremos em harmonia diante
desse bombardeio de informações.
Onassis Henrique Simon Rondon – aluno do 2º ano do Ensino Médio
3. TEMA DA REDAÇÃO: EXCESSO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO:
NECESSIDADE OU ESCRAVIDÃO?
Escravização mental
A tecnologia tem provocado importantes mudanças benéficas à
humanidade desde que foi incorporada à vida cotidiana e ao meio científico,
podendo ser considerada uma das conquistas mais importantes do ser
humano na Idade Moderna. No entanto, o excesso de tecnologia ao qual
somos expostos tem impacto negativo em nossas vidas e, sem percebermos,
estamos sendo escravizados.
A presença da tecnologia em praticamente todos os lugares que
frequentamos torna difícil o aproveitamento da vida pessoal. A agitação do
cotidiano atual nos faz ter a impressão de atraso perante a concorrência, visto
que exige maior atualização e dedicação à profissão. Então, a solução viável é
o bombardeamento de informações e a utilização de todo o tempo disponível
para reverter o suposto atraso. Em meio a esse ciclo interminável, o tempo
para nós mesmos é inexistente e o estresse e a depressão se manifestam.
No cotidiano atual, se a vida pessoal não é esquecida, ela existe de uma
maneira imprópria, principalmente entre os jovens. As redes sociais oferecem
a oportunidade de conhecer e contatar pessoas distantes, enquanto os jogos
eletrônicos proporcionam uma realidade fantástica; mas apesar disso, o
exagero de conexão leva ao isolamento e o vício em games já é considerado
uma doença.
A cultura de supervalorização do excesso à qual estamos vinculados - às
vezes imperceptivelmente - diminui consideravelmente nossa qualidade de
vida. A vida natural “desplugada” deixou de ser opção, então o estresse
aumenta. Isso mostra que o contexto comum aos filmes de ficção científica –
demonstrando uma visão apocalíptica do mundo onde a tecnologia evoluiu e
tomou o controle da vida humana – não está absurdamente longe da
realidade, pois apesar de não destruir o planeta, a tecnologia já controla nossa
vida.
A tecnologia invadiu nossa vida e passou a controlá-la de um modo que
degrada a qualidade de vida. Devemos rever alguns conceitos da
modernidade, pois a escravização mental a qual nos submetemos é um
retrocesso em pleno século XXI.
Jéssica M. Marafiga – aluna do 2º ano do Ensino Médio
4. Proposta de redação:
A partir do provérbio: “Se a vida lhe der um limão, faça dele uma limonada”,
narre a trajetória de uma personagem que, diante de um obstáculo, não se
deixa abater e termina vitoriosa.
Uma saída
Meados do século XVIII, máquinas estranhas chegavam a Liverpool,
homens engravatados entravam nas casas comerciais recém-construídas. A
estrutura daquele lugar já sinalizava mudanças. A grande Revolução Industrial
se iniciava...
Sentado na velha cadeira de balanço da varanda, eu pensava como
poderia sustentar minha mulher e netos, já que estava sem emprego. “Um
simples sapateiro, demasiado idoso para ser admitido nas chamadas indústrias
de produção, não tinha como manter a casa”. Amaldiçoava o câncer que tinha
levado meu único filho.
Levantei-me, fui até o quarto onde meus netos estavam. Elizabeth e
John dormiam como anjos. Eu não podia deixar que nada lhes acontecesse, eu
deveria procurar um emprego, uma saída.
Recordei-me dos vastos campos que possuía, terras inférteis nas quais
nem pasto dava sinal de vida. Eu tinha que vendê-los.
Com o apoio de minha esposa Anne, fiz cartazes. Escrevi neles a
dimensão e a localidade dos lotes que queria vender. Era improvável que
alguém quisesse aquelas terras, mas eu tinha que tentar. Espalhei aquele
monte de cartazes pela cidade inteira. Fiquei a semana toda sentado em frente
à porta, esperando que alguém interessado batesse. E nada. Ninguém veio.
Anne chorava.
Seis semanas depois, quando eu já tinha perdido a esperança, ouvi
batidas na porta. Um homem moreno, alto e sorridente ofereceu-me o dobro
do valor que eu pedia pelos lotes, dizendo que as novas indústrias têxteis
seriam construídas ali. Anne e eu pulamos de alegria. Era Deus que nos havia
dado uma saída.
Sabrina Bianca Marchetti - aluna do 1º ano do Ensino Médio
5. Proposta de redação:Crônica
A crônica é um gênero escrito, em geral, na primeira pessoa, e se
caracteriza por apresentar a impressão do autor sobre determinado assunto.
Na crônica reflexiva, expõe-se a visão particular do autor em relação a fatos
ocorridos no cotidiano. Esse gênero admite ainda o uso de linguagem informal,
que busque alguma forma de identificação com o leitor.
Nesta crônica, a autora expôs suas próprias ideias sobre o papel da
leitura em sua vida, bem como mostrou que a sociedade pode ser beneficiada
com um maior número de leitores.
Ler, uma viagem
Era uma vez...
Foi assim que eu tive o meu primeiro contato com as palavras.
Enquanto mamãe, sentada ao meu lado na cama, lia um lindo conto de
fadas com príncipes e princesas, eu me “antenava” em tentar juntar e
entender aquele amontoado de letras que para mim eram códigos misteriosos,
mas na voz da mamãe, esses códigos me faziam flutuar.
Com o tempo, aquelas letrinhas perdidas nos topos das figuras dos meus
livros passaram a se tornar a minha melhor brincadeira, melhor até do que
pular amarelinha na calçada de casa.
Até hoje, os livros de minha feliz infância estão guardados com muito
zelo em uma estante, ao lado de minha cama, pois quando bate aquela
vontade de voltar a brincar como criança, são eles que me ajudam.
Sorrir. Chorar. Viajar sem sair do lugar. Prazeres que ainda não encontrei
em nenhuma outra parte, a não ser com um livro aberto sobre minhas mãos.
Eu nunca me esquecerei das noites “felizes para sempre” ao lado dos
livros da mamãe que com muito esforço me ensinou a amar a leitura e esse
amor, hoje, me ajuda a decidir sobre meu futuro.
Tudo que aprendi com aqueles confusos emaranhados de letras, agora,
coloco no papel e procuro encontrar a fórmula perfeita para uma simples
redação, que pode me levar a um futuro brilhante.
No que depender de mim, meus filhos e netos gostarão de ler como eu.
E ainda, se todos pensassem como mamãe, teríamos uma sociedade mais culta
e crítica e poderíamos viver : “felizes para sempre”.