2. 2
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
Calendário – “Simples” e sofisticado
(comparado com babilônico e grego)
Calendário lunar:
- ciclo de 12 meses de 30 dias e 5 adicionais;
- relacionado com as cheias anuais do rio
Nilo;
3. O ciclo do rio Nilo:
Dividido em 3 partes, sendo:
1a - transbordamento do seu leito cobrindo
grande parte do vale;
2a - volta ao leito normal = matéria fértil para
plantio do trigo;
3a - período de amadurecimento e colheita do
trigo.
Assim...
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
4. DIVISÃO DO ANO EM TRÊS ESTAÇÕES
1a – inundação (Akket);
(julho a novembro)
2a – abaixamento das água = semeadas (Pert);
(novembro a março)
3a – colheita do trigo (Shemu).
(março a julho)
Porém...
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
5. Acerto necessário:
Mês sinódico
(intervalo de tempo entre duas luas cheias)
~29,5 dias x 12 , temos ~ 354 dias
Defasagem entre ano de 12 meses lunares
e as épocas das cheias
Solução???
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
6. Uma das três estações receberia
um quinto do mês lunar
Uma nova proposta:
Ano de 365 dias
Sendo: 12 meses com 30 dias cada e mais 5
dias suplementares no final do ano
Mas...
algum tempo depois...
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
7. Atraso de:
1 dia a cada 4 anos e
~1 mês de 30 dias a cada 120 anos
CALENDÁRIO “VAGO”
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
8. E por que não... As estrelas???
Nascer helíaco de Sírius = início do ano
Cheias do Nilo = 1a – inundação
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
9. O acerto?
Se cada 4 anos deve-se somar um dia para
365 dias
Então:
365 dias + ¼ dia = 365,25 dias
Próximo acerto só daqui há...
1.461 “anos vagos”
EGÍPCIOS - CALENDÁRIO
12. PENSAMENTO ANTES DOS FILÓSOFOS
PRÉ-SOCRÁTICOS
Testemunhos mais antigos:
Homero (sec. IX ou VIII a.e.c.) e
Hesíodo (sec. VIII a.e.c.)
Concepção de mundo:
Feche os olhos e imagine...
GRÉCIA
13. A Terra era um disco achatada cercado pelo
rio Okeanos, que nascia ao norte das
colunas de Hércules e girava no sentido
horário em torno da Terra.
O céu (Ouranos) era uma cúpula sólida
cobrindo a Terra e o Okeanos.
Os astros se movem abaixo do céu, na
região do éter, acima da atmosfera. Abaixo
da Terra há o Tártaro, que é também
circundado por uma casca sólida e metálica.
GRÉCIA
14. A Aurora nasce de Okeanos, e o Sol nasce
do “lago do Sol”, a leste.
A região abaixo da Terra (Tártaro) nunca é
iluminada pelo Sol, e portanto não parecia
existir a ideia de que o Sol se move sob a
Terra, durante a noite.
O Sol, depois de sumir no horizonte,
navegava em uma tigela dourada, ao longo
de Okeanos, retornando ao oriente.
GRÉCIA
16. Além disso, existem menções em poemas
sobre:
- ursa maior e a estrela polaris (por conta das
navegações);
- as estrelas arcturus e sírius;
- estrela matutina e vespertina (sem saber
que era um único planeta, Vênus);
- relação de fenômenos celestes com
terrestres (agricultura);
- Plêiades;
GRÉCIA
17. OS FILÓSOFOS GREGOS ANTIGOS
Deixaram de associar o “Mundo Mágico”
e interpretaram os fenômenos como
Ciência. Mas ainda mantinham uma
tradição sobre os movimentos perfeitos.
Órbitas
Circulares
GRÉCIA
19. Os Períodos Principais do Pensamento
Grego
I. Período pré-socrático - Problemas
cosmológicos. Período Naturalista: pré-
socrático, em que o interesse filosófico é
voltado para o mundo da natureza;
GRÉCIA > 600 a.e.c.
20. II. Período socrático - Problemas metafísicos.
Período Sistemático ou Antropológico: o
período mais importante da história do
pensamento grego (Sócrates, Platão,
Aristóteles), em que o interesse pela
natureza é integrado com o interesse pelo
espírito e são construídos os maiores
sistemas filosóficos, culminando com
Aristóteles;
GRÉCIA > 600 a.e.c.
21. III. Período pós-socrático ou Helenismo -
Problemas morais. Período ético em que o
interesse filosófico é voltado para os
problemas morais, decaindo entretanto a
metafísica;
IV. Período Religioso - assim chamado pela
importância dada à religião, para resolver o
problema da vida, que a razão não resolve
integralmente.
GRÉCIA > 600 a.e.c.
24. OS FILÓSOFOS GREGOS PRÉ-SOCRÁTICOS
Escola Pitagórica
GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
25. Thales (c. 624 – c. 546 a.e.c.) – A Terra era
plana e flutuava na água sob a imensa
abóbada celeste.
Realizou a previsão de um eclipse solar de 18
de maio de 584 a.e.c.
GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
ESCOLA
JÔNICA
26. Anaximandro de Mileto (c. 610 – c. 545 a.e.c.)
A Terra é cilíndrica e a sua profundidade é
um terço de sua largura.
Os homens vivem sobre uma das superfícies
planas desse cilindro.
O Universo ilimitado e infinito. A Terra está
no centro do Universo e não se move para
nenhuma direção.
GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
ESCOLA
JÔNICA
27. Anaxímenes de Mileto (c. 585 – c. 525 a.e.c.)
O Universo é formado de ar.
A Terra é achatada e fina e não cai, pois é
sustentada pelo ar.
O Sol, a Lua e outros corpos são feitos de
fogo e também seriam achatados, logo não
caem. As estrelas estão implantadas num
único hemisfério e se movem em torno da
Terra, onde o Sol fica oculto pelas partes
mais elevadas da Terra, na direção norte.
GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
ESCOLA
JÔNICA
28. Anaxágoras de Atenas (c. 500 – c. 428 a.e.c.)
A Terra é achatada sustentada pelo ar.
O Sol e a Lua eram como pedras carregadas
pelo éter em torno da Terra.
Lua seria feita de Terra, teria partes planas e
acidentadas e iluminada pelo Sol.
Concepções atuais dos Eclipses Lunares e
Solares.
GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
ESCOLA
JÔNICA
29. GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
Parmênides (~ 500 a.e.c.)
A Terra e o Universo eram esféricos.
A Terra permanece imóvel no centro por ser
equidistante ficando em equilíbrio.
Definiu que Vênus é o mesmo astro que
aparece hora no amanhecer outrora no
anoitecer. A Lua é iluminada pelo Sol. A
partir dele os gregos tomaram a ideia de que
os astros giram em torno da Terra.
ESCOLA
ELEÁTICA
30. Xenófanes de Colofon (c. 570 – c. 475 a.e.c.)
A Terra é achatada na parte superior onde na
parte inferior teria uma profundidade infinita,
não existindo céu e ar abaixo dela.
O Sol e demais astros se extinguem a cada
noite e nascem a cada dia a partir do fogo.
Os astros possuem movimento retilíneo e a
aparência circular é apenas ilusão de óptica.
Os eclipses ocorrem por causa da extinção
dos seus fogos.
GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
ESCOLA
ELEÁTICA
31. GRÉCIA - PRÉ-SOCRÁTICOS
Pitágoras (c. 580 – c. 500 a.e.c.)
A Terra e o Universo eram esféricos e estava
em rotação em torno de um fogo central,
circundada por cinco zonas, associadas a
outras tantas zonas celestes contendo as
estrela e os planetas.
Descreveu os movimentos regulares das
estrelas e irregulares dos planetas.
A Terra estava parada no centro do Universo.
ESCOLA
PITAGÓRICA
34. Sócrates (469 - 399 a.e.c.)
Sócrates, de certa forma, irá dar
continuidade a muitas das ideias da Escola
Pitagórica, buscando provas da existência
de um plano inteligente que existiria na
construção do Universo. Entretanto, dirigia a
sua atenção mais para o mundo das ideias
do que para o mundo dos fenômenos
naturais. Para Sócrates, o verdadeiro
conhecimento humano é essencialmente a
herança de uma vida anterior num mundo
imaterial.
GRÉCIA - SOCRÁTICOS
35. Platão (427 - 348 a.e.c.)
Num dos seus diálogos, intitulado Timeu, na
segunda seção, encontramos a visão
cosmológica de Platão.
Timeu é um dos intervenientes, o mais sábio
de todos em Astronomia. De acordo com o
Timeu, o universo teria sido criado por um
deus que “Isento de inveja, ele quis que
todas as coisas fossem, na medida do
possível, semelhantes a si mesmo”.
GRÉCIA - SOCRÁTICOS
36. Essa identidade entre o criador e sua criação
tem um paralelo no Gênesis judaico-cristão,
em que o Homem teria sido feito à imagem e
semelhança do criador. Segundo o Timeu, o
Universo teria sido criado como “…um
animal, verdadeiramente dotado de uma alma
e de inteligência, …”
GRÉCIA - SOCRÁTICOS
37. Aristóteles (384 - 322 a.e.c.)
Discípulo de Platão, sistematizou um
universo que criou raízes no mundo
ocidental. Materializou o sistema de Platão
estudado de forma geométrica por Cláudio
Ptolomeu no século II.
No sistema de universo de Aristóteles
existiriam cinco elementos fundamentais;
quatro terrestres, a terra, o ar, a água e o
fogo, e mais um elemento divino, o éter,
elemento perfeito que comporia os céus,
onde dominaria a perfeição.
GRÉCIA - SOCRÁTICOS
38. O universo para Aristóteles é finito, esférico
e limitado pela esfera das estrelas fixas, fora
da qual nada existia, nem mesmo tempo e
espaço.
A ordem de colocação dos planetas toma em
consideração que a sua distância à Terra era
tanto maior quanto mais lento fosse o
movimento desse planeta entre as estrelas
GRÉCIA - SOCRÁTICOS
40. GRÉCIA PÓS-SOCRÁTICOS
Aristarco de Samos (280 a.e.c.) – Propôs a
ideia “ousada” de um Universo centrado no
Sol e não na Terra; esta visão heliocêntrica
foi somente adotada a 1800 anos mais tarde.
Fases da Lua descrito por Aristarco
(conforme relatado por Vitruvius, numa visão
topocêntrica, em 48 a.e.c, no livro IX, capítulo
2, versos 3 e 4).
48. GRÉCIA PÓS-SOCRÁTICOS
Eratóstenes (250 a.e.c.) – Determinou o raio
da Terra, com o valor de r = 6.400 km.
(erro menor que 1% do valor aceito
atualmente)
49. GRÉCIA PÓS-SOCRÁTICOS
Apolônio (~ 200 a.e.c.) – Empregou círculos
cujo centro não coincidia com a Terra, mas
estavam ligeiramente afastados dela – isto é,
círculos excêntricos.
Hiparco de Nicéia (c. 190 – c. 120 a.e.c.) –
Preparou o primeiro catálogo de estrelas,
estudou as estações do ano e calculou a
distância da Terra a Lua.
50. TEORIA x OBSERVAÇÃO
Além das estrelas fixas existiam sete objetos
celestes (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte,
Júpiter e Saturno) que fugiam
completamente da regra do
“movimento perfeito”.
Para explicar estes movimentos, eles
criaram cada vez mais órbitas circulares...
SISTEMAS DE MUNDOS
53. MODELO DE CÍRCULO EXCÊNTRICO
Nessa proposta, supondo que o astro se
move uniformemente nesse círculo, seu
movimento visto da Terra, mostraria:
1- variações no brilho (porque sua distância
varia);
2- variações de velocidade angular. A
velocidade seria maior quando o astro
estivesse mais próximo, e menor quando
estivesse mais distante.
SISTEMAS DE MUNDOS
54. Mas isso não explicaria a retrogradação dos
planetas.
Assim...
Que tal utilizar dois círculos
no lugar de um único?
SISTEMAS DE MUNDOS
55. MODELO DE DEFERENTE E EPICICLO
Este modelo emprega um círculo R,
concêntrico com a Terra, chamado de
deferente (que significa “transportador”) e
outro círculo de raio menor r chamado
epiciclo (ou ciclo externo) que juntos
permitiam simular o movimento retrógrado
dos planetas, além de introduzir as
variações de distância e velocidade
aparente.
SISTEMAS DE MUNDOS
57. APOLÔNIO E A EQUIVALÊNCIA ENTRE
EXCÊNTRICOS E DEFERENTES COM
EPICICLOS
Apolônio demonstrou que é possível
representar exatamente o mesmo movimento
produzido por um círculo excêntrico, através
de outro recurso completamente diferente:
um epiciclo se movendo sobre um deferente
SISTEMAS DE MUNDOS
59. TUDO RESOLVIDO???
NÃO!!!
Com observações cada vez mais
sistemáticas percebeu-se que o sistema de
Apolônio ainda falhava quando tratado da
retrogradação dos planetas.
O que fazer então???
SISTEMAS DE MUNDOS