A tuberculose continua sendo uma doença marginalizada no Brasil devido à pobreza, distribuição desigual de renda, e falta de investimento no sistema de saúde pública. A deficiência no tratamento da tuberculose está na assistência médica limitada e na estrutura de saúde precária. Agentes comunitários são importantes para identificar casos suspeitos, assegurar a adesão ao tratamento, e prevenir abandono. Embora existam novas drogas, a pesquisa ainda é lenta devido à falta de verbas, mas há esperança que
2. Prof. Hélio sendo um dos mais antigos tisiólogos do
Brasil, com atividade acadêmica e assistencial plena, por
que a tuberculose ainda é uma doença marginalizada?
R. Porque nosso país continua pobre e com
péssima distribuição de renda. Os profissionais de saúde são
mal remunerados e poucos. O governo não oferece bolsa
alimentação para matar a fome do doente o que faria com
que o doente permanecesse se tratando.
3. Onde está a deficiência: na assistência, no planejamento,
na estrutura?
R. A deficiência está na assistência e na estrutura. Poucos
profissionais, ganhando pouco e estrutura ruim
A importância do agente comunitário no tratamento da
tuberculose?
R. O agente comunitário é grande importância. Se bem
treinado, é capaz de identificar um suspeito de TB.
Durante o tratamento ele leva o remédio para o doente e
vê o paciente tomar – DOT, evitando o abandono.
4. Há realmente novas drogas ou ainda se prevalece os
medicamentos de mais de 40 anos atrás?
R. Existem pelo menos três novas drogas. Mas como não ha
verbas abundantes, as pesquisas avançam lentamente. Mas
há esperança de que as medicações dêem certo, pois a
multirresistência está muito significativa e precisamos de
novos fármacos.
Helio Siqueira