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Pr. Andre Luiz
Explicar o processo de desenvolvimento da Lei de Deus.
I. Conhecer como a Lei foi promulgada.
II. Afirmar a autoria de Moisés.
III. Conceituar "Concerto" ou "Aliança".
IV. Classificar os sacrifícios que foram estabelecidos
com a Lei
1. A solenidade.
2. A credibilidade de Moisés.
3. A lei.
1. Classificação.
2. O que há de concreto?
1. O que é um concerto?
2. Preparativos.
3. O concerto do Sinai.
4. O livro do concerto.
1. Os holocaustos.
2. O sangue.
3. A aspersão.
O tema do presente trimestre são os Dez Mandamentos, a base
de toda a legislação mosaica. Aqui vamos iniciar com a solenidade da
promulgação da lei, no Sinai*, a cerimônia do concerto que Deus fez com
Israel. O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num
ritual com profundas implicações messiânicas.
Quando lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos
para refletir no contexto de libertação em que o povo judeu estava situado.
Geralmente olhamos para os mandamentos como “leis fixas ou regras duras” e
não damo-nos conta de que a existência deste código divino tinha o objetivo de
garantir a liberdade recém-conquistada pelos israelitas. Há pouco, o povo judeu
fora liberto da opressão dos egípcios. Os mandamentos foram dados pelo Eterno
para conduzir Israel a uma vida de santidade prática. Neles, o povo poderia ver
a natureza de Deus e seu plano, segundo o qual deveriam viver. Os israelitas
sofreram as influências da cultura, da religião, da filosofia de vida egípcia, etc.
Não há como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma cultura
majoritária como a do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi a de
estabelecer princípios divinos e de vida para os judeus a fim de que o processo
de libertação do povo não fosse em vão. Voltar ao “espírito” do Egito, em pleno
deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos. Mas,
Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa sombra
1. A solenidade.
2. A credibilidade de Moisés.
3. A lei.
O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai
aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3). Os
israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12). A revelação da lei
começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O livro de Números registra
as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o discurso em que Moisés
recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os acontecimentos no deserto
desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).
O local onde nos encontramos é o Monte Sinai, de significado
desconhecido, sendo uma possível derivação da palavra seneh, um arbusto
espinhoso daquela região, ou pode ser uma referência ao deus lua Sin, cujo
culto havia-se espalhado por toda a Arábia. Às vezes esse monte é chamado
apenas de "a montanha de Deus" como em Ex 3.1 e 4.27; Sinai e Horebe. Essas
variações podem referir-se ao mesmo monte, ou podem estar em vista
montanhas diferentes localizadas na península. O escritor protestante
americano Norman Russel Champlin afirma que foram necessários três meses
para que Israel chegasse ao Sinai, depois de haver escapado da servidão no
Egito. Na ocasião, um grande acontecimento esperava por eles, o pacto
sinaítico. No terceiro mês. Ou seja, no terceiro mês do calendário religioso, que
tinha início na páscoa, no mês de abibe (nisã). Entre os israelitas também havia
um calendário civil. O terceiro mês do calendário religioso chamava-se sivã,
correspondente ao nosso mês de maio. O Targum de Jonathan diz que a
chegada de Israel ao Sinai ocorreu quarenta e cinco dias depois da partida do
Egito, presumivelmente cinco dias antes da lei ter sido dada, ou seja, no sexto
dia do mês de sivã.
Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a
legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem podia
duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria exagero
afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas
manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus
ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19).
As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é
que ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que
Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).
Os israelitas tinham pedido que Moisés atuasse como mediador entre
Deus e eles mesmos (vs. 19), quando Moisés já estava atuando nessa
capacidade. YAHWEH ( ‫יהוה‬) instruiu Moisés para que transmitisse ao povo a Sua
palavra, e assim teve início a multiplicação dos dez mandamentos básicos; e
essa multiplicação, mediante a Interpretação, nunca terminou para o judaísmo.
YAHWEH ( ‫יהוה‬) enviava a Sua mensagem do Seu céu, o que significa que
estamos falando em termos de revelação. As coisas ditas pelo Senhor seriam
posteriormente formuladas nas Escrituras. O fato de que a voz de YAHWEH
( ‫יהוה‬) era ouvida por Moisés servia de motivo para o povo de Israel obedecer,
pois as palavras subiam acima da compreensão imediata deles. Segundo o
comentarista bíblico e pastor presbiteriano inglês Matthew Henry, isto pareceu,
também, ter particularmente a finalidade de honrar Moisés: “Para que o povo
ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente”, v. 9.
Desta maneira, a correspondência devia ser primeiro estabelecida por uma
manifestação perceptível da glória divina, e depois deveria ter continuidade, de
modo mais silencioso, pelo ministério de Moisés. De igual maneira, o Espírito
Santo desceu visivelmente sobre Cristo, no seu batismo, e todos os que estavam
presentes ouviram Deus falando com Ele (Mt 3.17), para que posteriormente,
sem a repetição de tais sinais visíveis, pudessem crer nele.
A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a consideram
"a expressão máxima da vontade de Deus". O termo hebraico torah aparece no
Antigo Testamento como "instrução, ensino, lei, decreto, código legal, norma",
e vem da raiz de um verbo que significa "instruir, ensinar". A Septuaginta
emprega a palavra grega nomos, "lei, norma", usada também no Novo
Testamento. Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) - o
Pentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) - indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34,
35; Rm 3.19; 1 Co 14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos
contendo 248 mandamentos e 365 proibições.
A Bíblia de Estudo Genebra (Cultura Cristã e SBB) traz a seguinte nota:
“Os seres humanos não foram criados autônomos (isto é, seres livres para
seguirem sua própria lei), mas foram criados seres teônomos, ou seja, para
estarem sujeitos à lei de Deus. Isso não constituía uma privação para o homem,
porque Deus o criou de tal maneira que uma obediência agradecida poderia
proporcionar-lhe a mais alta felicidade. Dever e prazer seriam coincidentes,
como ocorreu com Jesus (Jo 4.34; cf. SI 112.1; 119.14, 16,47-48,97-113, 127-128,
163-167). O coração humano decaído odeia a lei de Deus, tanto pelo fato de ser
uma lei quanto por ela vir de Deus. Os que conhecem a Cristo, contudo,
descobrem não só que amam a lei e querem guardá-la tanto para agradarem a
Deus e como gratidão pela graça (Rm 7.18-22; 12.1-2) mas também que o
Espírito Santo os conduz a um grau de obediência que nunca tiveram antes (Rm
7 .6; 8.4-6; Hb 10.16). A lei moral de Deus está abundantemente exposta nas
Escrituras, no Decálogo (Os Dez Mandamentos), em outros estatutos de Moisés,
em sermões de profetas, no ensino de Jesus e nas cartas do Novo Testamento. A
lei reflete o caráter santo de Deus e seu propósito para os seres humanos que
criou. Deus ordena o comportamento que lhe agrada e proíbe aquilo que o
ofende. Jesus resume a lei moral nos dois grandes mandamentos: o amor a
Deus e o amor ao próximo (Mt 22.37-40).
A Lei foi entregue a Moisés
no Monte Sinai. O legislador de Israel
cumpriu o papel de mediador entre a
vontade de Deus e o povo de Israel
Deus revelou a sua Lei aos
homens através de Moisés, o seu
servo. Mas a revelação plena consiste
em Cristo,o Filho de Deus.
Monte Sinai: O lugar onde
Moisés recebeu a lei de Deus
O legislador de Israel se encontrou
com Deus no Monte Sinai e dEle
recebeu os Dez Mandamentos. Para
conhecer mais leia Novo Manual dos
Usos & Costumes dos Tempos
Bíblicos, CPAD, pp.287-295.
Neste tópico consta a explicação do processo de promulgação
da Lei de Deus ao seu servo, Moisés. As perguntas "Como a Lei surgiu?",
"Quem a ditou?" e "Quem a recebeu?" são pertinentes para ministrá-las
na aula. Aqui, o autor propõe-se respondê-las. Por isso, o
desenvolvimento deste tópico será de grande importância para o aluno
conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento bíblico
básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao
longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também,
serem esclarecidas para a classe: "Em que livro do Pentateuco inicia a
revelação da Lei?"; "Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?";
"Qual é o significado da palavra torah?"
Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os
alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada
no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão
auxiliá-lo.
1. Classificação.
2. O que há de concreto?
Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés. Consideram a
legislação mosaica uma coleção de diversos códigos produzidos num longo
lapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentos
encabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). Em seguida, há o
que eles denominam Código da Aliança (Êx 20.22-23.33). O que vem depois é o
Código de Santidade (Lv 17.2-16). O Código Sacerdotal é o restante do livro de
Levítico e o Código Deuteronômico (Dt 12-26).
O comentarista deste trimestre, o Pastor Esequias Soares, escreve em
sua obra que serve de apoio a estas lições, Os dez Mandamentos. Valores
Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança (CPAD):“Os códigos do
Pentateuco são seções distintas no sistema mosaico que a crítica considera
porções legais produzidas durante um longo lapso de tempo. Os críticos afirmam
ter encontrado sete grupos: os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17; Dt5.6-21); o que
eles costumam chamar de Código da Aliança (Êx 20.22-23.33); Ritual do
Decálogo (Êx 34.10-26); Código de Santidade (Lv 17- 26); Código Sacerdotal (Lv 1-
16); o Código Deuteronômico (Dt 12-26); além do discurso sobre as bênçãos e as
maldições (Dt 27-28). Outros expositores mais ousados chegam a afirmar que o
texto se constituía dos Dez Mandamentos sem as explicações de Êxodo 20.4-6, 9-
11 e Deuteronômio 5.9, 10, 13-15, as quais teriam sido acrescentadas
posteriormente. Há, na verdade, entre os críticos judeus e cristãos mais
conservadores, a ideia de que Moisés recebeu as tábuas sem as respectivas
explicações, mas que Deus mandou o próprio Moisés incluí-las no livro da Lei.”
Esequias Soares. Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag.
21-22
Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco;
no entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada um
deles na história. O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico.
Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado no
Antigo Israel. A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor
Jesus Cristo chamava o Pentateuco de "lei de Moisés" (Lc 24.44).
Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são
fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus Cristo, atribui a
Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).
A visão das Escrituras de que Moisés era o autor humano do
Pentateuco é sustentada pelas evidências. Há seis passagens no Pentateuco que
declaram especificamente a autoria de Moisés (Êx 17.14; 24.4-8; 34.27; Nm
33.1,2; Dt 31.9,24-26; 31.22,30-32.43).
Em todo o livro de Deuteronômio, Moisés aparece como a figura
central. Nos demais livros e passagens do AT, o Pentateuco é uniformemente
considerado como obra de Moisés. É correto dizer que a única lei autorizada
que é reconhecida no AT é a lei de Moisés; o mesmo é verdade em relação ao
NT. Citações feitas do Pentateuco atribuem sua autoria a Moisés (cf. Mt 19.8;
Mc 10.3-5; Lc 24.27,44; Jo 5.46,47; 7.19; At 3.22; Ap 15.3 etc). Tanto o AT como o
NT consideram Moisés como o autor humano da lei. No século XVIII, surgiu a
visão de que o Pentateuco não era inteiramente uma obra de Moisés. Pensou-
se que a presença de diferentes nomes divinos em Gênesis fosse uma marca de
diferentes autores. Finalmente, assumiu-se que Gênesis consistia de três
documentos principais, que foram finalmente reunidos por um redator. Pensou-
se que estes 3 documentos, ou partes deles tivessem sido encontrados também
em Êxodo, Levítico e Números, sendo que Deuteronômio foi atribuído a uma
fonte diferente. No entanto, a hipótese documentária, como é chamada,
embora sustentada por muitos estudiosos, destrói a verdadeira unidade e
harmonia do Pentateuco. E uma teoria que não tem o suporte dos fatos e,
portanto, deve ser abandonada. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1499-1500.]
1. O que é um concerto?
2. Preparativos.
3. O concerto do Sinai.
4. O livro do concerto.
O termo usado no Antigo Testamento para "concerto" é berit, "pacto,
aliança", que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido
e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo.
Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke,
"pacto, aliança, testamento", ou seja, a mesma palavra usada por Jesus ao
instituir a Ceia do Senhor. O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé,
com Abraão e com Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx24.8). O Novo
Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com toda a
humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).
Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit
karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo
é diatheke (que pode significar tanto "pacto"como "último desejo e
testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma
aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos
estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas
são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade:
Soteriologia - O plano de Deus através de Jesus Cristo para redimir os seus
eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas
alianças.
1. O pacto edênico (Gn 1.26-28). Esse pacto condicionava a vida do homem em
seu estado de inocência;
2. O pacto adâmico (Gn 3.14-19). Esse pacto condicionava a vida do homem
após a queda, dando-lhe a promessa da redenção;
3. Opacto noético (Gn 9.1 e ss). Esse pacto estabeleceu o principio do governo
humano;
4. Opacto abraâmico (Gn 15.8). Esse pacto diz respeito à fundação física e
espiritual de Israel, impondo condições aos que quisessem pertencer ao Israel
espiritual; 5. O pacto mosaico(Êx 19.25; 20.1-24.11 e 24.12-31.18). A lei foi dada,
supostamente como meio de vida, mas terminou por ser o motivo da morte e da
condenação;
6. O pacto palestiniano (Dt 28-30). Esse prometeu a restauração de Israel no
tempo devido;
7. O pacto davidico (2 Sm 7.8-17). Esse pacto estabeleceu a perpetuidade da
família e do reino davídico, cumprido em Cristo como Rei (Mt 1.1; Lc 1.31-33; Rm
1.3). Isso inclui o reino milenar (2 Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31,33; At 15.14-17; I Co
15.24), que tipifica o reino eterno de Cristo.
8. O novo pacto. Esse repousa sobre a obra sacrificial e sacerdotal de Cristo,
tendo por fito garantir a bênção eterna e a salvação para os homens. Apesar dos
homens não poderem produzir nada que esse pacto exigia, por si mesmos, a
verdade é que ele está condicionado à fé e à outorga da alma nas mãos de
Cristo. O trecho de Hb 10.19 – 12.3 é, essencialmente, uma descrição de como
esse novo pacto é melhor. Ê o pacto mosaico que está em foco no trecho de Hb
8.6, contrastado com o novo. Fazia exigências impossíveis aos homens,
transformando-os em escravos. Mas não era capaz de dar-lhes a força para
viverem à altura dessas exigências. Portanto. o pacto baseado na lei estava
condenado ao fracasso. No novo pacto foi dada a lei do Espírito de Deus que
opera no coração e em que as operações intimas do Espírito garantem o
cumprimento das condições. Dai vem o sucesso desse novo pacto. CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 6.
Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo em
cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn
15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada avante. Agora os
filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e essa multidão
precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de governo
com estatutos que constituíssem sua lei.
E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça,
falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as
palavras do seu povo ao Senhor.
Disse também o Senhor a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas
roupas,
E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de
todo o povo sobre o monte Sinai.
E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu
termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá.
Nenhuma mão tocará nele; porque certamente será apedrejado ou asseteado; quer seja animal, quer
seja homem, não viverá; soando a buzina longamente, então subirão ao monte.
Êxodo 19:9-13
Preparação para o Pacto (19.1-25): Agora os israelitas tinham
chegado ao monte Sinai. Ali eles permaneceram, pelo resto dos eventos
registrados no trecho compreendido entre Êxodo 19.1 e Números 10.10.
Estiveram ali pelo período de onze meses e seis dias, desde o décimo quinto dia
do terceiro mês de seu primeiro ano de jornadas (ver Êx 12.2,6 e 19.1) até ao
vigésimo dia do segundo mês de seu segundo ano de jornadas (Nm 10.11). Ao
receber a lei de Moisés, o povo de Israel tornou-se uma virtual teocracia,
ganhando assim a característica distintiva que fez deles o povo de Israel. Desse
modo, o Pacto Abraâmico estava adquirindo novas dimensões. Israel era agora
a nação consagrada à lei, porquanto aquilo que o evangelho é para a Igreja, a
lei o é para Israel. Somente em Cristo o Pacto Abraâmico receberia ainda
maiores dimensões e espiritualidade do que recebeu com Moisés (Gl. 3.14 ss). A
redenção da servidão ao Egito tinha sido completa; muitos milagres tinham
levado Israel até àquela parada prolongada, no Sinai. Naquele lugar, um novo
pacto seria estabelecido que tornaria Israel a nação distintiva em que ela se
tornou. A lei de Moisés era a constituição de Israel, a base do estado teocrático,
sob YAHWEH ( ‫יהוה‬), o Deus único e verdadeiro. Ficou assim estabelecido, de
modo absoluto, o monoteísmo, se porventura isso já não tinha acontecido
antes. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
382.
O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita a
Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17). As duas partes
envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: "se diligentemente ouvirdes
a minha voz" (Êx 19.5); e, de outro, Israel: "Tudo o que o SENHOR tem falado
faremos" (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7).
Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao passo que
o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana e o
Mediador era perfeito.
A aliança original que Deus fez com Abraão continha um número de
declarações “E far-te-ei” feitas pelo Senhor (Gn 12). Foram dadas a essas
promessas força legal e formal em um pacto de sangue (Gn 1 5). Nessa época,
Deus fez Abraão adormecer, e o Senhor passou sozinho entre as partes dos
animais sacrificados. O Senhor, então, demonstrou que manteria as promessas
feitas a Abraão não importando o que ele fizesse. Outras alianças, tais como a
de Davi e a Nova Aliança, são também compromissos unilaterais. Deus fará o
que prometeu independente da forma como o homem se comporte. O que
distingue a Aliança (Lei) Mosaica é o que Deus declara que fará dependendo de
como o seu povo se comportará. O povo de Deus será abençoado e protegido se
amar e obedecer ao Senhor. Se, por outro lado, o povo de Deus desviar-se para
cultuar divindades pagãs e abandonar os caminhos corretos, então o Todo-
Poderoso o disciplinará e o punirá. Somente aqui o que Deus fizer será em
resposta às escolhas de Israel. Há outras diferenças entre o Pacto Mosaico e os
outros. Os outros tratam do que Deus fará no final da história. Este pacto refere-
se ao que Deus fará a cada geração enquanto a história se desenrola. Os outros
são pactos permanentes. O Mosaico é um pacto temporário, valendo somente
até Jesus, o Redentor prometido. Hoje o Deus da Lei do AT continua a revelar a
natureza santa do Senhor e seus padrões morais. Entretanto, hoje o Santo
Espírito de Deus nos capacita a ter uma vida de amor que cada vez mais
demonstre perfeitamente o caráter do nosso Senhor. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 62.
Moisés "tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo"
(24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os
mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8). Deus já havia
mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra dos
amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de
ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto,
professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha
Êxodo 19-20.19 e 20.22-23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava
em andamento.
Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos - os de Noé, Abraão e
Israel - o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.
O livro da aliança (hebraico aepher habberit) foi lido por Moisés como
a base do pacto de YAHWEH ( ‫יהוה‬) com Israel (Êx 24.7). Não há certeza sobre
que livro era esse, mas, provavelmente, era ou incluía o decálogo, isto é, Êxodo
20.2-17. Entretanto, a expressão também foi aplicada a Êxodo 20.22 22: 33.
Estamos tratando da mais antiga codificação da lei de Israel, que consiste em
juízos (mispatim) e estatutos (debarim). Os juízos eram mandamentos positivos:
...faze isto... e os estatutos eram mandamentos negativos: Não. Também havia
provisões chamadas leis participiais, porquanto, no hebraico, são expressos por
algum verbo no tempo particípio: Fazendo isto ou aquilo, morrerá. A grosso
modo, podemos dizer que o ..livro da aliança.. é o decálogo, com seus
comentários e implicações. Um código, similar quanto. a certos pontos, é o de
Hamurabi, embora ali os homens estivessem divididos em três classes: a
aristocracia, a classe comum dos cidadãos e os escravos. E as leis eram bastante
desiguais, quando aplicadas a essas três classes. Algumas das provisões, porém,
eram idênticas, como, para exemplificar, a sentença de morte contra o
sequestro. (Êx 21.16; Dt 24.7; Código de Hamurabi, nº 14). Quanto ao furto, as
leis hebraicas não requeriam a morte, e o código de Hamurabi requeria a
punição capital, embora com o tempo, isso fosse relaxado para o roubo de
objetos religiosos ou de propriedades do estado, posteriormente, foi requerida
uma sêxtupla devolução. Ambos esses códigos permitiam que as dividas fossem
saldadas mediante a servidão, havendo provisões para a redenção, a fim de que
os cidadãos não se tomassem escravos permanente Êx 21.2-11; Dt 15.12-18;
Código de Hamurabi nº 117-119. A lei de Talião, em face da qual o castigo
aplicado correspondia exatamente ao dano praticado, era aplicada de forma um
tanto mais dura no código de Hamurabi (nº 198), do que na lei mosaica. Diz
Êxodo 21.23-25: «Mas se houver dano grave, então darás vida por vida, olho por
olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura,
ferimento por ferimento, golpe por golpe... O povo comum e 'os escravos eram
menos protegidos nas leis babilônicas do que na lei mosaica. Um pastor que
perdesse uma ou várias ovelhas, tinha de fazer reparação em valores, de acordo
com o Código de Hamurabi nº 267. A lei. mosaica (Êx 22.10-13) era mais suave,
porquanto admitia perdas que não se deviam à culpa do pastor, como o ataque
de algum animal feroz. Nesses casos, bastava-lhe fazer um juramento de sua
inocência, e nada precisava pagar. Essas e outras comparações demonstram que
o Código de Hamurabi, bem como outras legislações existentes na região,
juntamente com as leis do Antigo Testamento, estavam alicerçadas sobre algum
fundo comum de leis. Mas, em diversas provisões, as leis do Antigo Testamento
elevaram os padrões, injetando um maior espírito de misericórdia do que outros
códigos. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 869.
1. Os holocaustos.
2. O sangue.
3. A aspersão.
A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4). O
holocausto, olah, em hebraico, significa "o que sobe", pois a queima subia em
forma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste sacrifício, a vítima
era completamente queimada como sinal de consagração do ofertante a Deus.
A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: holos,
"inteiro, completo, total", e kaustos, "queima". Ou seja, uma oferta totalmente
queimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o mais
perfeito dos sacrifícios.
Essa palavra vem do grego hol«inteiro». E kautoI. «queimar». A
Septuaginta usa essa palavra para. traduzir o termo hebraico olah, que significa
«trazido a Deus». Um sinônimo, kalil, significa «queima completa», referindo-se
ao consumo dos sacrifícios em sua totalidade, incluindo os órgãos internos, a
gordura e tudo o mais, até tudo tornar-se em cinzas. A olah era oferecida como
expiação pelo pecado. Outros sacrifícios expiavam pelos pecados particulares,
mas a olahvisava a uma expiação geral. Os holocaustos, no decorrer da sua
história eram efetuados privada e publicamente. Posterior: mente
transformaram-se na tamid diária, o grande sacrifício nacional, em favor de
toda a nação de Israel. Essa cerimônia é que deu origem à oração judaica diária,
que prevalece no judaísmo moderno. Em um sentido secundário, o termo é
usado para indicar qualquer grande e terrível destruição, como a destruição de
seis milhões de judeus, por determinação de Adolf Hitler, durante a Segunda
Guerra Mundial. Qualquer grande destruição, sem importar a sua causa, pode
ser assim denominada.CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora
Hagnos. pag. 150.
Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir o
sangue sobre o altar e o povo (24.6, 8). Todo o sistema sacrifical fundamenta-se
na ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício
vicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue aqui era o ponto de união entre
Deus e seu povo; com ele, Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl
50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado com
sangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a selou
com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).
Por muitas vezes, o sangue fala de expiação; e, talvez, essa idéia esteja
incluída no rito, embora a noção principal tenha sido a ratificação feita pelas duas
partes interessadas: YAHWEH ( ‫יהוה‬) representado pelo altar, e o povo de Israel,
que foi aspergido. Entre vários povos antigos havia pactos de sangue. Algumas
vezes, o sangue dos sacrifícios era sorvido pelas partes envolvidas no acordo.
“Deus e o povo uniram-se em sagrado companheirismo. Houve uma refeição
sagrada (vss. 9-11), que também servia de meio comum de estabelecimento dessa
comunhão. Provavelmente devemos pensar aqui em uma forma mais antiga, e
que a aspersão do sangue simbolizava aquilo que se fazia mais antigamente, ou
seja, o sangue era bebido”. A aversão de Israel ao uso de sangue como alimento
não permitiria que eles bebessem do sangue. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 411.
Aqui é fornecida uma razão para esta lei (v. 11): “Porquanto é o sangue
que fará expiação pela alma”. E, por isto, é através do sangue que se faz a
expiação, porque a vida da carne é o sangue. O pecador merece a morte. Por isto,
o sacrifício deve morrer. Mas, sendo o sangue, de tal forma, a vida, a ponto de que
os animais normalmente eram mortos para o uso do homem, com a extração de
todo o seu sangue, Deus recomendou o espargir ou o derramar do sangue do
sacrifício sobre o altar, para significar que a vida daquele sacrifício era dada a
Deus, em lugar da vida do pecador, e como um resgate ou contra-oferta por ela.
Por isto, sem derramamento de sangue não há remissão, Hebreus 9.22. HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 404-405.
Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metade
sobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, como
recipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue do altar
representa o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que sem
derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também um
prenúncio da redenção em Cristo.
Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os
holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue.
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não
há remissão.
Hebreus 9:22
ASPERSÃO No AT, essa palavra envolve o uso de sangue, água ou
azeite. O Comentário Bíblico Beacon (CPAD) traz o seguinte: “A necessidade de
derramamento de sangue, tipificando a doação de vida, é resumida no versículo
22. No que tange à purificação cerimonial, as coisas, i.e., o Tabernáculo e seus
acessórios de adoração, lemos o seguinte: E quase todas as coisas, segundo a lei,
se purificam com sangue. Mas ainda mais indispensável é o sangue remidor
oferecido em favor dos pecadores. Coisas requerem o aspergir de sangue
quando são consagradas. Mas pessoas requerem perdão; e embora possa haver
exceções em relação às coisas, não há exceção no perdão; porque sem
derramamento de sangue não há remissão de forma alguma. Esta é a grande
diferença entre o caminho de Deus e o caminho do homem, entre a verdadeira
religião e a falsa. O homem tem uma visão inadequada do pecado e despreza o
sangue como inerentemente necessário para o perdão. Mas ao exigir sangue,
Deus ressalta a excessiva pecaminosidade do pecado; e ao prover o Sangue, Ele
revela o seu infinito amor. O sangue do pecador pode ser poupado — mesmo o
de animais — porque Deus sacrificou seu próprio “Cordeiro [...] que tira o
pecado do mundo” (Jo 1.29).”Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol.
10. pag. 83.
A grandeza do acontecimento no Sinai mostra a natureza sem igual da
cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação do próprio Deus de maneira
explícita diante de todo o povo. O que devemos aprender é que a observância
meramente exterior, destituída de significado interior, não passa de simples
cerimônia. A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de
Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.
Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:
Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo?
Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o Senhor Jesus cumpriu toda a
Lei, de modo que toda a moral contida no sistema mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça
derramada por Jesus através do sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais
importante mandamento (Rm 13.10).
É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?
Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo como um "pedagogo" para o
pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não quer dizer que a lei foi anulada, mas
efetivamente cumprida por Jesus e, por essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).
O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os cristãos?
Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de sacrifício do judaísmo fundamentava-
se na ideia de substituição, expiação, redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema
era como sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do seu
sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.
A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus?
Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo Testamento, deve ser
compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).
Qual é o nosso maior modelo de vida?
Jesus Cristo (Fp 2.5-11).
"O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior
profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como
também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é mencionada
muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27; Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).
[...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas
em entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2 Cr 21.12).
Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma
testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da
tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos uma lição prática disso
quando da perda do Livro da Lei durante os maus reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto
por Hilquias, seus ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2 Rs 22-23; 2 Cr 34).
O (concerto) de Cristo foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.
Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final.
Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi possível um
documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do
qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um
trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado
canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto.
Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de Moisés" (COMFORT, Philip Wesley (Ed.).
A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.81-83).
A revelação da Lei de Deus no Monte Sinai

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A revelação da Lei de Deus no Monte Sinai

  • 2.
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  • 6. Explicar o processo de desenvolvimento da Lei de Deus. I. Conhecer como a Lei foi promulgada. II. Afirmar a autoria de Moisés. III. Conceituar "Concerto" ou "Aliança". IV. Classificar os sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei
  • 7. 1. A solenidade. 2. A credibilidade de Moisés. 3. A lei. 1. Classificação. 2. O que há de concreto? 1. O que é um concerto? 2. Preparativos. 3. O concerto do Sinai. 4. O livro do concerto. 1. Os holocaustos. 2. O sangue. 3. A aspersão.
  • 8. O tema do presente trimestre são os Dez Mandamentos, a base de toda a legislação mosaica. Aqui vamos iniciar com a solenidade da promulgação da lei, no Sinai*, a cerimônia do concerto que Deus fez com Israel. O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num ritual com profundas implicações messiânicas.
  • 9. Quando lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos para refletir no contexto de libertação em que o povo judeu estava situado. Geralmente olhamos para os mandamentos como “leis fixas ou regras duras” e não damo-nos conta de que a existência deste código divino tinha o objetivo de garantir a liberdade recém-conquistada pelos israelitas. Há pouco, o povo judeu fora liberto da opressão dos egípcios. Os mandamentos foram dados pelo Eterno para conduzir Israel a uma vida de santidade prática. Neles, o povo poderia ver a natureza de Deus e seu plano, segundo o qual deveriam viver. Os israelitas sofreram as influências da cultura, da religião, da filosofia de vida egípcia, etc. Não há como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma cultura majoritária como a do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi a de estabelecer princípios divinos e de vida para os judeus a fim de que o processo de libertação do povo não fosse em vão. Voltar ao “espírito” do Egito, em pleno deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos. Mas, Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa sombra
  • 10. 1. A solenidade. 2. A credibilidade de Moisés. 3. A lei.
  • 11. O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3). Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12). A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).
  • 12. O local onde nos encontramos é o Monte Sinai, de significado desconhecido, sendo uma possível derivação da palavra seneh, um arbusto espinhoso daquela região, ou pode ser uma referência ao deus lua Sin, cujo culto havia-se espalhado por toda a Arábia. Às vezes esse monte é chamado apenas de "a montanha de Deus" como em Ex 3.1 e 4.27; Sinai e Horebe. Essas variações podem referir-se ao mesmo monte, ou podem estar em vista montanhas diferentes localizadas na península. O escritor protestante americano Norman Russel Champlin afirma que foram necessários três meses para que Israel chegasse ao Sinai, depois de haver escapado da servidão no Egito. Na ocasião, um grande acontecimento esperava por eles, o pacto sinaítico. No terceiro mês. Ou seja, no terceiro mês do calendário religioso, que tinha início na páscoa, no mês de abibe (nisã). Entre os israelitas também havia um calendário civil. O terceiro mês do calendário religioso chamava-se sivã, correspondente ao nosso mês de maio. O Targum de Jonathan diz que a chegada de Israel ao Sinai ocorreu quarenta e cinco dias depois da partida do Egito, presumivelmente cinco dias antes da lei ter sido dada, ou seja, no sexto dia do mês de sivã.
  • 13. Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19). As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é que ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).
  • 14. Os israelitas tinham pedido que Moisés atuasse como mediador entre Deus e eles mesmos (vs. 19), quando Moisés já estava atuando nessa capacidade. YAHWEH ( ‫יהוה‬) instruiu Moisés para que transmitisse ao povo a Sua palavra, e assim teve início a multiplicação dos dez mandamentos básicos; e essa multiplicação, mediante a Interpretação, nunca terminou para o judaísmo. YAHWEH ( ‫יהוה‬) enviava a Sua mensagem do Seu céu, o que significa que estamos falando em termos de revelação. As coisas ditas pelo Senhor seriam posteriormente formuladas nas Escrituras. O fato de que a voz de YAHWEH ( ‫יהוה‬) era ouvida por Moisés servia de motivo para o povo de Israel obedecer, pois as palavras subiam acima da compreensão imediata deles. Segundo o comentarista bíblico e pastor presbiteriano inglês Matthew Henry, isto pareceu, também, ter particularmente a finalidade de honrar Moisés: “Para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente”, v. 9. Desta maneira, a correspondência devia ser primeiro estabelecida por uma manifestação perceptível da glória divina, e depois deveria ter continuidade, de modo mais silencioso, pelo ministério de Moisés. De igual maneira, o Espírito Santo desceu visivelmente sobre Cristo, no seu batismo, e todos os que estavam presentes ouviram Deus falando com Ele (Mt 3.17), para que posteriormente, sem a repetição de tais sinais visíveis, pudessem crer nele.
  • 15. A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a consideram "a expressão máxima da vontade de Deus". O termo hebraico torah aparece no Antigo Testamento como "instrução, ensino, lei, decreto, código legal, norma", e vem da raiz de um verbo que significa "instruir, ensinar". A Septuaginta emprega a palavra grega nomos, "lei, norma", usada também no Novo Testamento. Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) - o Pentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) - indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34, 35; Rm 3.19; 1 Co 14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos contendo 248 mandamentos e 365 proibições.
  • 16. A Bíblia de Estudo Genebra (Cultura Cristã e SBB) traz a seguinte nota: “Os seres humanos não foram criados autônomos (isto é, seres livres para seguirem sua própria lei), mas foram criados seres teônomos, ou seja, para estarem sujeitos à lei de Deus. Isso não constituía uma privação para o homem, porque Deus o criou de tal maneira que uma obediência agradecida poderia proporcionar-lhe a mais alta felicidade. Dever e prazer seriam coincidentes, como ocorreu com Jesus (Jo 4.34; cf. SI 112.1; 119.14, 16,47-48,97-113, 127-128, 163-167). O coração humano decaído odeia a lei de Deus, tanto pelo fato de ser uma lei quanto por ela vir de Deus. Os que conhecem a Cristo, contudo, descobrem não só que amam a lei e querem guardá-la tanto para agradarem a Deus e como gratidão pela graça (Rm 7.18-22; 12.1-2) mas também que o Espírito Santo os conduz a um grau de obediência que nunca tiveram antes (Rm 7 .6; 8.4-6; Hb 10.16). A lei moral de Deus está abundantemente exposta nas Escrituras, no Decálogo (Os Dez Mandamentos), em outros estatutos de Moisés, em sermões de profetas, no ensino de Jesus e nas cartas do Novo Testamento. A lei reflete o caráter santo de Deus e seu propósito para os seres humanos que criou. Deus ordena o comportamento que lhe agrada e proíbe aquilo que o ofende. Jesus resume a lei moral nos dois grandes mandamentos: o amor a Deus e o amor ao próximo (Mt 22.37-40).
  • 17. A Lei foi entregue a Moisés no Monte Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de mediador entre a vontade de Deus e o povo de Israel Deus revelou a sua Lei aos homens através de Moisés, o seu servo. Mas a revelação plena consiste em Cristo,o Filho de Deus. Monte Sinai: O lugar onde Moisés recebeu a lei de Deus O legislador de Israel se encontrou com Deus no Monte Sinai e dEle recebeu os Dez Mandamentos. Para conhecer mais leia Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD, pp.287-295.
  • 18. Neste tópico consta a explicação do processo de promulgação da Lei de Deus ao seu servo, Moisés. As perguntas "Como a Lei surgiu?", "Quem a ditou?" e "Quem a recebeu?" são pertinentes para ministrá-las na aula. Aqui, o autor propõe-se respondê-las. Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande importância para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também, serem esclarecidas para a classe: "Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da Lei?"; "Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?"; "Qual é o significado da palavra torah?" Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão auxiliá-lo.
  • 19. 1. Classificação. 2. O que há de concreto?
  • 20. Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés. Consideram a legislação mosaica uma coleção de diversos códigos produzidos num longo lapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentos encabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). Em seguida, há o que eles denominam Código da Aliança (Êx 20.22-23.33). O que vem depois é o Código de Santidade (Lv 17.2-16). O Código Sacerdotal é o restante do livro de Levítico e o Código Deuteronômico (Dt 12-26).
  • 21. O comentarista deste trimestre, o Pastor Esequias Soares, escreve em sua obra que serve de apoio a estas lições, Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança (CPAD):“Os códigos do Pentateuco são seções distintas no sistema mosaico que a crítica considera porções legais produzidas durante um longo lapso de tempo. Os críticos afirmam ter encontrado sete grupos: os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17; Dt5.6-21); o que eles costumam chamar de Código da Aliança (Êx 20.22-23.33); Ritual do Decálogo (Êx 34.10-26); Código de Santidade (Lv 17- 26); Código Sacerdotal (Lv 1- 16); o Código Deuteronômico (Dt 12-26); além do discurso sobre as bênçãos e as maldições (Dt 27-28). Outros expositores mais ousados chegam a afirmar que o texto se constituía dos Dez Mandamentos sem as explicações de Êxodo 20.4-6, 9- 11 e Deuteronômio 5.9, 10, 13-15, as quais teriam sido acrescentadas posteriormente. Há, na verdade, entre os críticos judeus e cristãos mais conservadores, a ideia de que Moisés recebeu as tábuas sem as respectivas explicações, mas que Deus mandou o próprio Moisés incluí-las no livro da Lei.” Esequias Soares. Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 21-22
  • 22. Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco; no entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada um deles na história. O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico. Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado no Antigo Israel. A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor Jesus Cristo chamava o Pentateuco de "lei de Moisés" (Lc 24.44). Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).
  • 23. A visão das Escrituras de que Moisés era o autor humano do Pentateuco é sustentada pelas evidências. Há seis passagens no Pentateuco que declaram especificamente a autoria de Moisés (Êx 17.14; 24.4-8; 34.27; Nm 33.1,2; Dt 31.9,24-26; 31.22,30-32.43). Em todo o livro de Deuteronômio, Moisés aparece como a figura central. Nos demais livros e passagens do AT, o Pentateuco é uniformemente considerado como obra de Moisés. É correto dizer que a única lei autorizada que é reconhecida no AT é a lei de Moisés; o mesmo é verdade em relação ao NT. Citações feitas do Pentateuco atribuem sua autoria a Moisés (cf. Mt 19.8; Mc 10.3-5; Lc 24.27,44; Jo 5.46,47; 7.19; At 3.22; Ap 15.3 etc). Tanto o AT como o NT consideram Moisés como o autor humano da lei. No século XVIII, surgiu a visão de que o Pentateuco não era inteiramente uma obra de Moisés. Pensou- se que a presença de diferentes nomes divinos em Gênesis fosse uma marca de diferentes autores. Finalmente, assumiu-se que Gênesis consistia de três documentos principais, que foram finalmente reunidos por um redator. Pensou- se que estes 3 documentos, ou partes deles tivessem sido encontrados também em Êxodo, Levítico e Números, sendo que Deuteronômio foi atribuído a uma fonte diferente. No entanto, a hipótese documentária, como é chamada, embora sustentada por muitos estudiosos, destrói a verdadeira unidade e harmonia do Pentateuco. E uma teoria que não tem o suporte dos fatos e, portanto, deve ser abandonada. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1499-1500.]
  • 24. 1. O que é um concerto? 2. Preparativos. 3. O concerto do Sinai. 4. O livro do concerto.
  • 25. O termo usado no Antigo Testamento para "concerto" é berit, "pacto, aliança", que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo. Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, "pacto, aliança, testamento", ou seja, a mesma palavra usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor. O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx24.8). O Novo Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).
  • 26. Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto"como "último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de Deus através de Jesus Cristo para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças. 1. O pacto edênico (Gn 1.26-28). Esse pacto condicionava a vida do homem em seu estado de inocência; 2. O pacto adâmico (Gn 3.14-19). Esse pacto condicionava a vida do homem após a queda, dando-lhe a promessa da redenção; 3. Opacto noético (Gn 9.1 e ss). Esse pacto estabeleceu o principio do governo humano; 4. Opacto abraâmico (Gn 15.8). Esse pacto diz respeito à fundação física e espiritual de Israel, impondo condições aos que quisessem pertencer ao Israel espiritual; 5. O pacto mosaico(Êx 19.25; 20.1-24.11 e 24.12-31.18). A lei foi dada,
  • 27. supostamente como meio de vida, mas terminou por ser o motivo da morte e da condenação; 6. O pacto palestiniano (Dt 28-30). Esse prometeu a restauração de Israel no tempo devido; 7. O pacto davidico (2 Sm 7.8-17). Esse pacto estabeleceu a perpetuidade da família e do reino davídico, cumprido em Cristo como Rei (Mt 1.1; Lc 1.31-33; Rm 1.3). Isso inclui o reino milenar (2 Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31,33; At 15.14-17; I Co 15.24), que tipifica o reino eterno de Cristo. 8. O novo pacto. Esse repousa sobre a obra sacrificial e sacerdotal de Cristo, tendo por fito garantir a bênção eterna e a salvação para os homens. Apesar dos homens não poderem produzir nada que esse pacto exigia, por si mesmos, a verdade é que ele está condicionado à fé e à outorga da alma nas mãos de Cristo. O trecho de Hb 10.19 – 12.3 é, essencialmente, uma descrição de como esse novo pacto é melhor. Ê o pacto mosaico que está em foco no trecho de Hb 8.6, contrastado com o novo. Fazia exigências impossíveis aos homens, transformando-os em escravos. Mas não era capaz de dar-lhes a força para viverem à altura dessas exigências. Portanto. o pacto baseado na lei estava condenado ao fracasso. No novo pacto foi dada a lei do Espírito de Deus que opera no coração e em que as operações intimas do Espírito garantem o cumprimento das condições. Dai vem o sucesso desse novo pacto. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 6.
  • 28. Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo em cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada avante. Agora os filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e essa multidão precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de governo com estatutos que constituíssem sua lei. E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao Senhor. Disse também o Senhor a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas, E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai. E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá. Nenhuma mão tocará nele; porque certamente será apedrejado ou asseteado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá; soando a buzina longamente, então subirão ao monte. Êxodo 19:9-13
  • 29. Preparação para o Pacto (19.1-25): Agora os israelitas tinham chegado ao monte Sinai. Ali eles permaneceram, pelo resto dos eventos registrados no trecho compreendido entre Êxodo 19.1 e Números 10.10. Estiveram ali pelo período de onze meses e seis dias, desde o décimo quinto dia do terceiro mês de seu primeiro ano de jornadas (ver Êx 12.2,6 e 19.1) até ao vigésimo dia do segundo mês de seu segundo ano de jornadas (Nm 10.11). Ao receber a lei de Moisés, o povo de Israel tornou-se uma virtual teocracia, ganhando assim a característica distintiva que fez deles o povo de Israel. Desse modo, o Pacto Abraâmico estava adquirindo novas dimensões. Israel era agora a nação consagrada à lei, porquanto aquilo que o evangelho é para a Igreja, a lei o é para Israel. Somente em Cristo o Pacto Abraâmico receberia ainda maiores dimensões e espiritualidade do que recebeu com Moisés (Gl. 3.14 ss). A redenção da servidão ao Egito tinha sido completa; muitos milagres tinham levado Israel até àquela parada prolongada, no Sinai. Naquele lugar, um novo pacto seria estabelecido que tornaria Israel a nação distintiva em que ela se tornou. A lei de Moisés era a constituição de Israel, a base do estado teocrático, sob YAHWEH ( ‫יהוה‬), o Deus único e verdadeiro. Ficou assim estabelecido, de modo absoluto, o monoteísmo, se porventura isso já não tinha acontecido antes. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 382.
  • 30. O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita a Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17). As duas partes envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: "se diligentemente ouvirdes a minha voz" (Êx 19.5); e, de outro, Israel: "Tudo o que o SENHOR tem falado faremos" (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7). Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao passo que o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.
  • 31. A aliança original que Deus fez com Abraão continha um número de declarações “E far-te-ei” feitas pelo Senhor (Gn 12). Foram dadas a essas promessas força legal e formal em um pacto de sangue (Gn 1 5). Nessa época, Deus fez Abraão adormecer, e o Senhor passou sozinho entre as partes dos animais sacrificados. O Senhor, então, demonstrou que manteria as promessas feitas a Abraão não importando o que ele fizesse. Outras alianças, tais como a de Davi e a Nova Aliança, são também compromissos unilaterais. Deus fará o que prometeu independente da forma como o homem se comporte. O que distingue a Aliança (Lei) Mosaica é o que Deus declara que fará dependendo de como o seu povo se comportará. O povo de Deus será abençoado e protegido se amar e obedecer ao Senhor. Se, por outro lado, o povo de Deus desviar-se para cultuar divindades pagãs e abandonar os caminhos corretos, então o Todo- Poderoso o disciplinará e o punirá. Somente aqui o que Deus fizer será em resposta às escolhas de Israel. Há outras diferenças entre o Pacto Mosaico e os outros. Os outros tratam do que Deus fará no final da história. Este pacto refere- se ao que Deus fará a cada geração enquanto a história se desenrola. Os outros são pactos permanentes. O Mosaico é um pacto temporário, valendo somente até Jesus, o Redentor prometido. Hoje o Deus da Lei do AT continua a revelar a natureza santa do Senhor e seus padrões morais. Entretanto, hoje o Santo Espírito de Deus nos capacita a ter uma vida de amor que cada vez mais demonstre perfeitamente o caráter do nosso Senhor. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 62.
  • 32. Moisés "tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo" (24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8). Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra dos amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto, professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha Êxodo 19-20.19 e 20.22-23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em andamento. Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos - os de Noé, Abraão e Israel - o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.
  • 33. O livro da aliança (hebraico aepher habberit) foi lido por Moisés como a base do pacto de YAHWEH ( ‫יהוה‬) com Israel (Êx 24.7). Não há certeza sobre que livro era esse, mas, provavelmente, era ou incluía o decálogo, isto é, Êxodo 20.2-17. Entretanto, a expressão também foi aplicada a Êxodo 20.22 22: 33. Estamos tratando da mais antiga codificação da lei de Israel, que consiste em juízos (mispatim) e estatutos (debarim). Os juízos eram mandamentos positivos: ...faze isto... e os estatutos eram mandamentos negativos: Não. Também havia provisões chamadas leis participiais, porquanto, no hebraico, são expressos por algum verbo no tempo particípio: Fazendo isto ou aquilo, morrerá. A grosso modo, podemos dizer que o ..livro da aliança.. é o decálogo, com seus comentários e implicações. Um código, similar quanto. a certos pontos, é o de Hamurabi, embora ali os homens estivessem divididos em três classes: a aristocracia, a classe comum dos cidadãos e os escravos. E as leis eram bastante desiguais, quando aplicadas a essas três classes. Algumas das provisões, porém, eram idênticas, como, para exemplificar, a sentença de morte contra o sequestro. (Êx 21.16; Dt 24.7; Código de Hamurabi, nº 14). Quanto ao furto, as leis hebraicas não requeriam a morte, e o código de Hamurabi requeria a punição capital, embora com o tempo, isso fosse relaxado para o roubo de objetos religiosos ou de propriedades do estado, posteriormente, foi requerida uma sêxtupla devolução. Ambos esses códigos permitiam que as dividas fossem
  • 34. saldadas mediante a servidão, havendo provisões para a redenção, a fim de que os cidadãos não se tomassem escravos permanente Êx 21.2-11; Dt 15.12-18; Código de Hamurabi nº 117-119. A lei de Talião, em face da qual o castigo aplicado correspondia exatamente ao dano praticado, era aplicada de forma um tanto mais dura no código de Hamurabi (nº 198), do que na lei mosaica. Diz Êxodo 21.23-25: «Mas se houver dano grave, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe... O povo comum e 'os escravos eram menos protegidos nas leis babilônicas do que na lei mosaica. Um pastor que perdesse uma ou várias ovelhas, tinha de fazer reparação em valores, de acordo com o Código de Hamurabi nº 267. A lei. mosaica (Êx 22.10-13) era mais suave, porquanto admitia perdas que não se deviam à culpa do pastor, como o ataque de algum animal feroz. Nesses casos, bastava-lhe fazer um juramento de sua inocência, e nada precisava pagar. Essas e outras comparações demonstram que o Código de Hamurabi, bem como outras legislações existentes na região, juntamente com as leis do Antigo Testamento, estavam alicerçadas sobre algum fundo comum de leis. Mas, em diversas provisões, as leis do Antigo Testamento elevaram os padrões, injetando um maior espírito de misericórdia do que outros códigos. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 869.
  • 35. 1. Os holocaustos. 2. O sangue. 3. A aspersão.
  • 36. A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4). O holocausto, olah, em hebraico, significa "o que sobe", pois a queima subia em forma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste sacrifício, a vítima era completamente queimada como sinal de consagração do ofertante a Deus. A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: holos, "inteiro, completo, total", e kaustos, "queima". Ou seja, uma oferta totalmente queimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o mais perfeito dos sacrifícios.
  • 37. Essa palavra vem do grego hol«inteiro». E kautoI. «queimar». A Septuaginta usa essa palavra para. traduzir o termo hebraico olah, que significa «trazido a Deus». Um sinônimo, kalil, significa «queima completa», referindo-se ao consumo dos sacrifícios em sua totalidade, incluindo os órgãos internos, a gordura e tudo o mais, até tudo tornar-se em cinzas. A olah era oferecida como expiação pelo pecado. Outros sacrifícios expiavam pelos pecados particulares, mas a olahvisava a uma expiação geral. Os holocaustos, no decorrer da sua história eram efetuados privada e publicamente. Posterior: mente transformaram-se na tamid diária, o grande sacrifício nacional, em favor de toda a nação de Israel. Essa cerimônia é que deu origem à oração judaica diária, que prevalece no judaísmo moderno. Em um sentido secundário, o termo é usado para indicar qualquer grande e terrível destruição, como a destruição de seis milhões de judeus, por determinação de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial. Qualquer grande destruição, sem importar a sua causa, pode ser assim denominada.CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 150.
  • 38. Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir o sangue sobre o altar e o povo (24.6, 8). Todo o sistema sacrifical fundamenta-se na ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue aqui era o ponto de união entre Deus e seu povo; com ele, Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl 50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado com sangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a selou com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).
  • 39. Por muitas vezes, o sangue fala de expiação; e, talvez, essa idéia esteja incluída no rito, embora a noção principal tenha sido a ratificação feita pelas duas partes interessadas: YAHWEH ( ‫יהוה‬) representado pelo altar, e o povo de Israel, que foi aspergido. Entre vários povos antigos havia pactos de sangue. Algumas vezes, o sangue dos sacrifícios era sorvido pelas partes envolvidas no acordo. “Deus e o povo uniram-se em sagrado companheirismo. Houve uma refeição sagrada (vss. 9-11), que também servia de meio comum de estabelecimento dessa comunhão. Provavelmente devemos pensar aqui em uma forma mais antiga, e que a aspersão do sangue simbolizava aquilo que se fazia mais antigamente, ou seja, o sangue era bebido”. A aversão de Israel ao uso de sangue como alimento não permitiria que eles bebessem do sangue. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 411. Aqui é fornecida uma razão para esta lei (v. 11): “Porquanto é o sangue que fará expiação pela alma”. E, por isto, é através do sangue que se faz a expiação, porque a vida da carne é o sangue. O pecador merece a morte. Por isto, o sacrifício deve morrer. Mas, sendo o sangue, de tal forma, a vida, a ponto de que os animais normalmente eram mortos para o uso do homem, com a extração de todo o seu sangue, Deus recomendou o espargir ou o derramar do sangue do sacrifício sobre o altar, para significar que a vida daquele sacrifício era dada a Deus, em lugar da vida do pecador, e como um resgate ou contra-oferta por ela. Por isto, sem derramamento de sangue não há remissão, Hebreus 9.22. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 404-405.
  • 40. Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metade sobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, como recipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue do altar representa o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também um prenúncio da redenção em Cristo. Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. Hebreus 9:22
  • 41. ASPERSÃO No AT, essa palavra envolve o uso de sangue, água ou azeite. O Comentário Bíblico Beacon (CPAD) traz o seguinte: “A necessidade de derramamento de sangue, tipificando a doação de vida, é resumida no versículo 22. No que tange à purificação cerimonial, as coisas, i.e., o Tabernáculo e seus acessórios de adoração, lemos o seguinte: E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue. Mas ainda mais indispensável é o sangue remidor oferecido em favor dos pecadores. Coisas requerem o aspergir de sangue quando são consagradas. Mas pessoas requerem perdão; e embora possa haver exceções em relação às coisas, não há exceção no perdão; porque sem derramamento de sangue não há remissão de forma alguma. Esta é a grande diferença entre o caminho de Deus e o caminho do homem, entre a verdadeira religião e a falsa. O homem tem uma visão inadequada do pecado e despreza o sangue como inerentemente necessário para o perdão. Mas ao exigir sangue, Deus ressalta a excessiva pecaminosidade do pecado; e ao prover o Sangue, Ele revela o seu infinito amor. O sangue do pecador pode ser poupado — mesmo o de animais — porque Deus sacrificou seu próprio “Cordeiro [...] que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).”Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 83.
  • 42. A grandeza do acontecimento no Sinai mostra a natureza sem igual da cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação do próprio Deus de maneira explícita diante de todo o povo. O que devemos aprender é que a observância meramente exterior, destituída de significado interior, não passa de simples cerimônia. A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.
  • 43. Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda: Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo? Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais importante mandamento (Rm 13.10). É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça? Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo como um "pedagogo" para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25). O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os cristãos? Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de sacrifício do judaísmo fundamentava- se na ideia de substituição, expiação, redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados. A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus? Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6). Qual é o nosso maior modelo de vida? Jesus Cristo (Fp 2.5-11).
  • 44. "O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27; Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26). [...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas em entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2 Cr 21.12). Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante os maus reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto por Hilquias, seus ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2 Rs 22-23; 2 Cr 34). O (concerto) de Cristo foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito. Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final. Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto. Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de Moisés" (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.81-83).