2. Origem do cangaço
No final do século XIX, a região Nordeste perdera sua
importância econômica para a região Sudeste, a maior
produtora e exportadora de café.
Sertão: região semi-árida, que vivia sob total abandono do
governo. Além de conviver com muita pobreza e
desigualdade social.
No Nordeste foi marcante a atuação dos coronéis,
proprietários de terras, que eram chefes políticos locais.
Quando necessário, eles recorriam a bando de homens
armados para resolver seus problemas.
Homens e mulheres desesperados, sem emprego e
perspectivas de futuro, buscavam refúgio junto aos
cangaceiros. Passando a viver uma vida nômade e à
margem da lei. Percorriam todo o Sertão cometendo vários
delitos e fugindo da polícia.
3. Como agiam os cangaceiros?
Práticas comuns do cangaço existem desde o
século XIX, mas se tornaram mais significativas a
partir de 1920.
Havia vários bandos que atacavam pequenas
cidades no interior do Nordeste.
Saqueavam armazéns, matavam as pessoas e
impunham sua vontade nos locais por onde
passavam.
A ousadia dos bandos deixavam os governos
preocupados, com forças criminosas agindo
livremente dentro do território nacional.
4. Lampião e parte de seu bando
Virgulino
Ferreira da
Silva, o
Lampião, e
Maria
Bonita. Foto
publicada
em 1938.
5. Cangaceiros em ação
Bando de
cangaceiros
armados.
Eles
percorriam o
sertão e
usavam a
caatinga
como
esconderijo.
6. Modernidade x Cangaço
Em 1930, Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil.
Sua política pautava-se na industrialização nacional e na
criação de uma legislação que beneficiasse os trabalhadores,
sobretudo os urbanos.
As polícias dos estados nordestinos passaram a intensificar
medidas para colocar um fim no banditismo. Convocavam
soldados temporários (volantes) para caçar os bandidos.
Lampião e seu bando foram cercados, no Sergipe, em 1938.
O líder do cangaço e muitos de seus companheiros foram
mortos naquele ano.
Apesar da morte de Lampião, o cangaço ainda teve uma
sobrevida. Durou até cerca de 1940. A partir daí, o avanço da
urbanização e da industrialização esvaziou o Sertão, atraindo
levas de migrantes para outras regiões do Brasil,
principalmente a Sudeste.
8. Fim do cangaço
As cabeças
de Lampião,
Maria Bonita
e dos
principais
integrantes
do bando
foram
arrancadas
e levadas
por diversas
cidades,
onde eram
expostas
como prêmio
e forma de
intimidação.
9. Na mídia
Na capa do
jornal O
Globo o
destaque
para a morte
de
“Lampeão”.
Jornal de
Agosto de
1938.
10. Memória do Cangaço
Museu Casa
de Maria
Bonita, local
aberto à
visitação
pública, feito
de reboco e
conservado
pela mão de
obra local,
onde pode
ser
encontrado o
acervo do
cangaço.
Paulo Afonso
(BA).