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Simbologia do espelho
1. Significado simbólico do espelho
O espelho pode assumir diversos significados simbólicos, mas quase todos
estão ligados à verdade, à sinceridade e à pureza.
Segundo os dicionários de símbolos, os espelhos podem ser encarados como
instrumentos de autocontemplação e reflexão do universo. Ligados ao mito de
Narciso, jovem que se vê a si mesmo, podem representar a consciência
humana, simbolizando o pensamento em si mesmo.
Muitas vezes, o objecto especular tem sentido ambíguo, pois simboliza a
verdade, que supostamente mostra a mentira, por gerar enganos e imagens
deturpadas. Os espelhos também podem ser emblemas de pureza e
sinceridade, ao se apresentarem límpidos, ao mesmo tempo que trazem
significados pejorativos, tal como a vaidade, um dos sete pecados mortais.
Portanto, o espelho está presente na actual vida quotidiana, seja na simples
representação física do objecto, ou, nos símbolos que traz de referências
passadas. É o espelho quebrado dá sete anos de azar. É o espelho que leva
Alice para um de seus mundos mágicos. È ao espelho que a madrasta má faz
as suas perguntas. Forte é sua presença e mais intensa ainda é sua
simbologia.
2. Contos de Fadas, mitos, lendas e fábulas, são temas
que mexem com o nosso interior. Muitas vezes, estas histórias estão
cheias de simbologia, que nos vão ajudar a resolver problemas no
nosso eu.
“Castelo” Introspecção ao nosso mundo
interior; busca de autoconhecimento;
“Espelho mágico” Símbolo do
conhecimento e da sabedoria é o instrumento
da iluminação; simboliza também o coração
do iniciado;
“Floresta” Símbolo do inconsciente, pela
obscuridade e pelo enraizamento profundo;
“Relógio” Ligado ao simbolismo do tempo e
ao ciclo da vida;
“Castiçal” Símbolo de luz espiritual, de semente de vida e de
salvação;
“Pai” Ligado ao simbolismo da dominação, da posse, do valor, é
uma forma de representação da autoridade; representa a consciência
diante dos impulsos instintivos e dos desejos espontâneos do
inconsciente;
“Lobo” Imagem inciática e arquetípica cujo simbolismo está ligado
ao fenómeno de alternância dia-noite, morte-vida; também
simboliza a sexualidade instintiva.
3. Os contos de fadas existem há milénios, em diversas
culturas, em todos os continentes existem histórias com estruturas
e narrativas semelhantes aos contos que conhecemos. (...) Apenas
para citar um exemplo: A história da Cinderela, tem um registo de
narrativa muito semelhante à sua, na China do séc.. IX d.c.”.
Elementos que estruturam um conto de Fadas:
- Situação Inicial;
- Conflito;
- Antagonismos ou elementos do malévolo;
- Herói /heroína;
- Objecto Mágico;
- O Motivo;
- Resolução dos conflitos / Final.
Estes contos são muito simbólicos e respondem ao universo da criança:
- Era uma vez...
- Num Reino Encantado…
- Há muitos, muitos anos...
- Num lugar distante...
Com esta narrativa temos um princípio, um meio e um fim, ficando
assim a criança a perceber a existência de uma tipologia que não é sua, ela é
inteiramente pertencente a um mundo imaginário.
4. Numerologia nos contos infantis.
A numerologia funciona, como um elemento simbólico, nos contos infantis.
Os números mais encontrados são o 3 , 4 e o 12.
O três é associado à sagrada família, à Santíssima Trindade. A composição do
homem (corpo, alma, espírito). As três esferas concêntricas do Universo:
natural, humano e divino. Os três ciclos de vida: nascimento, apogeu, morte.
Contos: “Três fios de ouro do cabelo do Diabo”, “Três Porquinhos”, entre
outros.
O sete é o número mágico, por excelência. Na Bíblia aparece 77 vezes. No
quotidiano, temos os sete dias da semana, sete notas musicais, sete cores do
arco-íris, sete pecados mortais. Diz-se que representa a totalidade do Universo
em movimento.
Contos: “Os sete cabritinhos”, “Branca de neve e os sete anões”
O número doze é visto como figuração de um ciclo completo, como símbolo da
ordem cósmica, ou seja, como perfeita representação do mundo manifestado
ordenadamente. A expressão mais completa do simbolismo do doze é o zodíaco
composto por doze signos que são as estações percorridas pelo sol no seu
circuito anual.
Contos: “As doze princesas” e “Os doze irmãos”