1) O boletim apresenta dados sobre a produção e o mercado de biocombustíveis no Brasil em 2008, com destaque para o forte crescimento da produção de biodiesel e do etanol.
2) A produção de biodiesel cresceu 190% em 2008, reduzindo a necessidade de importação de diesel em US$ 1 bilhão.
3) As exportações de etanol bateram recorde em 2008, com 5,16 bilhões de litros exportados, o dobro do volume de gasolina exportado pela Petrobras.
Sistemas Agroflorestais e Reflorestamento para Captura de Carbono e Renda
Biodiesel propicia ganho de quase US$ 1 bi da balança comercial brasileira em 2008
1. Ministério de Minas e Energia
Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis EDIÇÃO
Departamento de Combustíveis Renováveis no 12 – Dez/2008
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO
Biodiesel 4
Mais um ano se inicia, agora num contexto de incertezas econômicas em escala
Produção e Capacidade 4
mundial. No Brasil, há desafios importantes no segmento dos biocombustíveis, em
Atos Normativos 4
especial a manutenção dos investimentos para expansão da produção, assim como a
Preços de B2 e B3 5
questão da competitividade dos renováveis em relação ao petróleo, cujo preço
Entregas dos Leilões 6
internacional sofreu forte redução.
Preço de Matéria-Prima 6
Resultado 12º Leilão 7 Nesta edição, trazemos dados referentes a dezembro e apresentamos dois
Etanol 8 destaques importantes que ocorreram em 2008: a) a ampliação da produção de biodiesel
Produção e Consumo 8 em 190%, o que reduziu a necessidade de importação de diesel, com conseqüente ganho
na balança comercial; e b) recordes na produção e na exportação de etanol.
Exportação 8
Frota Flex-Fluel 8
Preços e Margens 9
Muito obrigado,
Paridade de Preços 10
Preços do Açúcar 11
A Equipe do DCR
DESTAQUES DO MÊS
Biodiesel propicia ganho de quase US$ 1 bi da balança comercial
Com o biodiesel, evitou-se a importação de 1,1 bilhão de litros de diesel de petróleo em 2008, o que representa um ganho de
aproximadamente US$ 976 milhões na balança comercial. Mesmo assim, a importação líquida de diesel ultrapassou 4 bilhões
de litros em 2008 (1), com aumento de 36% em relação a 2007. O dispêndio dessa importação foi US$ 4,9 bilhões (+97%),
contra US$2,5 bilhões em 2007. Ou seja, aumentou-se a dependência do país num combustível específico, seja em termos
de volume demandado, seja em valor monetário.
Este gasto contraproducente na balança comercial brasileira teria sido ainda maior se não houvesse a mistura compulsória de
biodiesel (B2 no 1º semestre e B3 no 2º semestre). Além desse fato positivo para o biodiesel, há de se considerar efeitos
indiretos de sua produção e uso: propicia a movimentação de economias locais e regionais, seja na etapa agrícola ou na
indústria de bens e serviços. Mais do que um combustível ambiental e socialmente correto, o biodiesel se configura como uma
solução para mitigar ou eliminar a dependência de diesel importado.
Produção e exportação de etanol mostram forte crescimento em 2008
As exportações brasileiras de etanol bateram um novo recorde em 2008, totalizando o volume de 5,16 bilhões de litros. Esse
volume corresponde a mais do dobro das exportações de gasolina pela Petrobras no mesmo período. O preço médio FOB
ficou em US$0,47/litro em 2008, 16% superior ao preço praticado em janeiro de 2008. O maior destino das nossas
exportações foram os Estados Unidos (2,86 bilhões de litros), incluindo-se o etanol exportado para desidratação no Caribe e
reexportação para os EUA.
O mercado dos EUA, em particular, é extremamente sensível aos níveis de preço do petróleo, que exerce influência imediata
nos preços da gasolina, concorrente direto do E85 (mistura com 15% de etanol). Em 2008, observou-se na prática os efeitos
de uma volatilidade nos preços do petróleo como há muito não se via. A cotação do Brent alcançou a cifra inimaginável de
US$144,22 em 03 de julho, considerada por muitos analistas como artificial. Terminou o ano com a não menos artificial cifra
de US$33,65. Uma queda de 77% no preço do petróleo.
O câmbio reagiu e a moeda brasileira se desvalorizou praticamente na mesma proporção, saindo do patamar de R$1,55/US$
em 1º de agosto e alcançando a relação R$2,50/US$ em 05 de dezembro. Uma desvalorização de 63%. Para efeito da
competitividade do produto brasileiro, o efeito da queda do preço do petróleo foi praticamente compensado pelo impacto da
desvalorização do Real.
Valores de dez/08 ainda não disponíveis. Assumiram-se, nesse cálculo, os mesmos valores do mês anterior para dez/08.
(1)
2. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Biodiesel: Evolução da Produção e da Capacidade Produtiva Mensais
350
Produção de biodiesel
300 De m anda
Capacidade operacional (ANP + RFB/MF) m é dia p/ B5
250
mil m 3 / mês
Capacidade operacional com SELO SOCIAL
200
Dem anda m é dia p/
150 Obrigatório B3 2ºS/08
Autorizativo
100 De m anda m édia p/ B2
50
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2007 2008
Font e: Produção 2007 = Dados Est at í st icos M ensais - ANP; Produção 2008 = Est imat iva M M E com base nas ent regas nos leilões; Capacidade = Levant ament o M M E.
A produção de biodiesel totalizou mais de 1.163 mil m3 de janeiro a dezembro de 2008, em função das entregas pelos
produtores às distribuidoras e à formação de estoque na Petrobras e na Refap. Isso representa um crescimento de quase
190% em relação ao ano anterior, quando a produção foi 402 mil m3. A demanda efetiva de biodiesel em 2008 foi 1.120 mil m3
(estimado, valor ainda não consolidado). A capacidade de produção nominal ultrapassa 3.700 mil m3 anuais, dos quais 91% é
detentora do Selo Combustível Social.
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Capacidade Instalada
nº
Região
usinas mil m3/ano %
N 6 203 5%
NE 8 720 19%
CO 19 1.360 37%
SE 11 714 19%
S 7 705 19%
Total 51 3.702 100%
OBS: usinas com Autorização ANP e Registro Especial na SRB/MF.
Legenda:
Usinas Usinas
com Selo Sem Selo
Observação: na mensuração da capacidade anual,
(mil m3/ano) (mil m3/ano)
a ANP passou a adotar, desde o final de 2008, o
critério de 360 dias de operação, multiplicado pela
capacidade diária. O critério anterior era 300 dias.
Isso resultou num aumento da capacidade nominal
anual de 20% nas unidades já existentes.
Biodiesel: Últimos Atos Normativos e Autorizações de Novos Produtores
Legislação:
Resolução ANP nº 37/2008: altera Resolução ANP nº 17/2008 que trata do uso experimental de biodiesel;
Convênio CONFAZ ICMS nº 136/2008: altera Convênio ICMS nº 110/07 que dispõe sobre o regime de
substituição tributária nas operações com combustíveis, passando a incluir o biodiesel.
Produtores:
Autorização de Comercialização ANP no 586/2008 (Fiagril/MT), 587/2008 (Barralcool/MT, 591/2008 (Bio
Óleo/MT), 594/2008 (Bioverde/SP), 595/2008 (ADM/MT); 596/2008 (BSBIOS/RS), 604/2008 (Coomisa/MT),
605/2008 (Caramuru/GO), 005/2009 (Biotins/TO), 013/2009 (Biocapital/SP), 026/2009 (Binatural/GO), 027/2009
(Petrobras Biocombustível/BA), 028/2009 (Petrobras Biocombustível/CE).
Autorização de Produtor ANP nos 600/2008 (Ampliação Granol/RS); transferência de titularidade da
Petrobras/BA, CE e MG para Petrobras Biocombustível/Ba, CE e MG; 025/2009 (Cooperbio/Cuiabá-MT),
Registro Especial: Atos Declaratórios RFB/MF nos 32/2008 (Caibiense/MT), 33/2008 (Bicoar/MS), 01/2009
(Tauá/MT); 02/2009 a 04/2009 (cancela Petrobras/CE, BA e MG) e 05/2009 a 07/2009 (Petrobras
Biocombustível/CE, BA e MG). Página 2
3. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Biodiesel: Evolução Semanal de Preços e Margem de Revenda das Misturas Diesel B2 (jan-
jun/08) e Diesel B3 (jul/08 em diante)
2,30
Preço de Venda ao Consumidor Final
2,25
2,20
2,15
R$ / litro
2,10
2,05
2,00
1,95
1,90
1,85
1,80 Brasil Centro Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Fonte: ANP.
1,75
123451234123412345123512341234512341234123451234123412
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
2008 2009
2,00
Preço de Venda da Distribuidora ao Posto Revendedor
1,95
1,90
R$ / litro
1,85
1,80
1,75
1,70
1,65
Brasil Centro Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Fonte: ANP.
1,60
123451234123412345123512341234512341234123451234123412
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
2008 2009
0,300
M argem Bruta de Revenda
0,275
0,250
R$ / litro
0,225
0,200
0,175
0,150
Fonte: ANP.
Brasil Centro Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0,125
123451234123412345123512341234512341234123451234123412
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
2008 2009
No mês de dezembro, o preço médio de venda da mistura B3 ao consumidor não apresentou variação perceptível na média
nacional, em relação ao mês anterior. Regionalmente, houve elevação de 0,1% nas regiões Centro-Oeste,Nordeste e Norte e
nas regiões Sul e Sudeste os preços permaneceram estáveis.
No preço intermediário (na venda pelas distribuidoras aos postos), os preços permaneceram estáveis na média nacional em
dezembro. Houve decréscimo de -0,2% no Centro-Oeste e -0,1% no Norte, Nordeste e no Sul, e ficou estável no Sudeste.
A margem bruta de revenda da mistura B3, por sua vez, aumentou 0,1%. É importante lembrar que esta margem é calculada
pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de aquisição do produto pelo posto revendedor.
Representa, em tese, a lucratividade bruta do posto por cada litro de combustível comercializado.
Os preços ao consumidor e de distribuição são obtidos por meio de pesquisas semanais realizadas pela Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 555 municípios espalhados pelo país. Os resultados da pesquisa podem
ser acessados em http://www.anp.gov.br/preco/.
Página 3
4. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda em 2008
Em dezembro, as entregas para os leilões regulares corresponderam a 86,9 mil m3 de biodiesel. Por sua vez, nos leilões de
estoque, as entregas das unidades produtoras somaram 31,6 mil m3. Totalizou-se, assim, a comercialização de 118,5 mil m3
de biodiesel, equivalente a 107% da necessidade inicialmente estimada para a mistura B3 no mês (111 mil m3).
150
mil m 3 / mês
B2 B3
100
50
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Leilões Regulares ANP Leilões de Estoque Demanda Estimada
Fontes: entregas nos leilões (ANP, Petrobras e Refap); estimativa de demanda (ANP).
Biodiesel: Evolução de Preço das Matérias-Primas
No mercado de óleos vegetais, a soja é a matéria-prima mais abundante e com maior liquidez. Por essa razão, são
apresentadas a seguir apenas as cotações da soja em grão e de seu óleo. Normalmente, as demais oleaginosas
acompanham proporcionalmente as cotações da soja.
R$ 55
Soja em Grão no Brasil
R$ / Saca de 60 kg
R$ 50
R$ 45
R$ 40
Fonte: Soja em R$ = CEPEA/ESALQ (Indicador Diário Soja - Paraná)
R$ 35
go
ar
n
ai
n
l
r
n
ut
ov
ez
t
v
ju
ab
Se
ja
Ja
ju
fe
m
m
O
A
D
N
2008 2009
O preço médio da soja em grão no mercado doméstico ficou em R$ 44,61/sc em dezembro, algo inferior ao observado nos
meses anteriores (R$ 45,13/sc). A cotação em 30/12/08 foi de R$ 46,73 a saca. Nos últimos meses o mercado internacional
apresentou abrupta redução do preço, sendo o efeito cambial responsável pela manutenção dos preços em reais.
US$ cents / lb
Cotação Internacional do Óleo de Soja
Fonte: Chicago Board of Trade - CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a cotação do óleo de soja, para contratos com entrega em mai/09, apresenta uma tendência de
recuperação em relação ao mês anterior. Entretanto, os valores observados são menores do que aqueles do mesmo período
do ano anterior. A cotação em 13/01/09 era US$ 0,3521 por libra, o que representa aproximadamente R$ 1,61 por litro de óleo
de soja. Para comparação, em São Paulo, em 08/12/2008, o preço sem ICMS situava-se em R$1,63/litro (fonte: Cisoja/CMA).
Página 4
5. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Biodiesel: Resultados do Último Leilão para Formação de Estoque
Em 27/11/2008, houve a realização pela Petrobras de mais um leilão para a formação de estoque, com entrega do produto a
partir de 1º de dezembro. O volume contratado totaliza mais de 28 mil m3, com preço médio de R$ xx/litro (na condição CIF,
incluindo Pis/Pasep e Cofins).
Empresa / Volume Locais de
Preço Médio
Unidade (m3) entrega
Paranaguá e
ADM /MT 5.000 2.318
Porto Velho
BSBios /RS 5.000 2.285
Paranaguá
Caramuru /GO 2.000 2.430
Candeias
Comanche /BA 2.000 2.430
Candeias
Granol /GO 8.000 2.431
Candeias
Granol /RS 5.000 2.281
Paranaguá
Oleoplan /RS 3.000 2.295
Paranaguá
Volume total: 30.000 Preço médio: R$ 2.349,18
Página 5
6. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Álcool: Evolução da Produção e Consumo Mensais
CONSUMO COMBUSTÍVEL
PRODUÇÃO
2,5
Anidro
Anidro
1,5 Hidratado
Hidratado
2,0
Bilhões de litros
Bilhões de litros
1,2
1,5
0,9
1,0
0,6
0,5 0,3
0,0
0,0
set
out
set
out
set
out
nov
nov
nov
jun
jun
jun
jun
jul
jul
jul
jul
fev
fev
fev
fev
mar
abr
mar
abr
mar
abr
mar
abr
jan
ago
jan
ago
jan
ago
jan
mai
mai
mai
mai
dez
dez
dez
set
out
set
out
set
out
nov
nov
nov
jun
jun
jun
jun
jul
jul
jul
jul
fev
fev
fev
fev
mar
abr
mar
abr
mar
abr
mar
abr
jan
ago
jan
ago
jan
ago
jan
mai
mai
mai
mai
dez
dez
dez
2005 2006 2007 08
2005 2006 2007 08
Fonte: MAPA. Obs.: Até a data da publicação desta edição não houve atualização dos dados de produção e consumo do mês de ago, set, out, nov e dez.
De acordo com os dados da ANP, entre os meses de janeiro e novembro de 2008, foram consumidos no País 17.703.919 m³ de álcool combustível em
ambas as formas (anidro e hidratado) contra 16.778.438 m³ de gasolina.
Álcool: Evolução da Exportação
Quantidade (litros)
Milhões
6.000
Fonte: ALICE/MDIC
2005 2006 2007 2008
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
As exportações brasileiras de etanol em 2008 totalizaram o volume de 5.164 milhões de litros. O preço médio FOB de 2008
está em US$0,47/litro, 16% superior ao preço praticado em janeiro de 2008. Os principais destinos foram os países do CBI +
CAFTA, que têm privilégios para entrada no mercado norte-americano, Países Baixos, Estados Unidos.
Álcool: Evolução da Frota Flex-Fuel
Licenciamento de automóveis e comerciais leves
Flex Álcool Gasolina Diesel
Por combustível - Nacionais e importados
100%
80%
60%
40%
20%
0%
jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08
O licenciamento de veículos flex-fuel representou 87,2% do total de veículos leves licenciados no país em 2008. De 2003 a
2008 já foram comercializados 7,01 milhões de unidades e sua participação estimada na frota de veículos leves é de 27%.
Praticamente a totalidade dos veículos a gasolina que são vendidos atualmente no mercado interno corresponde a
veículos importados.
Página 6
7. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Álcool: Evolução de Preços
Evolução de Preços do Álcool Hidratado - Média nas Capitais
R$/litro
Preço no posto revendedor Preço na distribuidora Preço na Usina (sem tributos)
2,30
1,90
1,50
1,10
0,70
0,30
1 234 12 34 123 45 123 41 234 12 34 512 34 123 41 23 451 23 412 34 123 45 12 341 23 412 34 512 34 12 345 12 341 23 41 234 51 234 12 341 23 45 123 4
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2007 2008
Fonte: ANP, ESALQ/USP
Evolução de Margens do Álcool Hidratado - Médias nas Capitais
Margens (R$/litro)
0,30
0,25
0,20 Margem Bruta de Distribuição (s/ frete)
Margem Bruta de Revenda (s/ frete)
0,15
0,10
0,05
0,00
-0,05
-0,10
1 234 12 34 123 45 123 41 234 12 34 512 34 123 41 23 451 23 412 34 123 45 12 341 23 412 34 512 34 12 345 12 341 23 41 234 51 234 12 341 23 45 123 4
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2007 2008
Fonte: ANP e MME.
R$ / litro Evolução Semanal dos Preços de Álcool no Produtor (ESALQ) Sem PIS/COFINS, sem ICMS
Região Centro Sul
1,30
1,20
1,10
1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
Anidro Hidratado
0,40
0,30
jul/ 03
jul/ 04
jul/ 05
jul/ 06
jul/ 07
jul/ 08
jan/03
jun/03
jan/04
jun/04
jan/05
jun/05
jan/06
jun/06
jan/07
jun/07
jan/08
jun/08
abr/ 03
3
abr/ 04
4
abr/ 05
5
abr/ 06
6
abr/ 07
7
abr/ 08
8
fev/03
s et/ 03
out/03
fev/04
s et/ 04
out/04
fev/05
s et/ 05
out/05
fev/06
s et/ 06
out/06
fev/07
s et/ 07
out/07
fev/08
s et/ 08
out/08
2
3
3
3
3
4
4
4
4
5
5
5
5
6
6
6
6
7
7
7
7
8
8
8
8
ago/0
ago/0
ago/0
ago/0
ago/0
ago/0
dez /0
m ar/0
m ai/0
nov /0
dez /0
m ar/0
m ai/0
nov /0
dez /0
m ar/0
m ai/0
nov /0
dez /0
m ar/0
m ai/0
nov /0
dez /0
m ar/0
m ai/0
nov /0
dez /0
m ar/0
m ai/0
nov /0
dez /0
Fonte: ESALQ/USP
A evolução dos preços de álcool hidratado no produtor, sem tributos, mostra que os preços praticados em dezembro deste
ano estão situados no patamar mais baixo dos últimos dois anos, no mesmo período. Durante o mês de novembro, os preços
apresentaram queda tanto para o álcool hidratado como para o anidro. Já no mês de dezembro, os preços sinalizam alta
moderada, com níveis inferiores aos praticados em outubro passado. Os preços apresentados no gráfico da evolução
semanal são nominais (não foram deflacionados). Destaca-se que o mercado interno continua aquecido, esperando-se um
aumento real no consumo de etanol pelos consumidores proprietários de veículos flex-fuel dada a competitividade do álcool
hidratado em relação à gasolina principalmente no mercado das regiões sudeste, centro-oeste e sul.
Página 7
8. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Álcool: Paridade de Preço em Relação à Gasolina
Paridade de Preços (%) Paridade de Preços: Álcool / Gasolina
Capitais Brasileiras - Semana de 21/Dez a 27/Dez/2008
100%
Paridade acima de 70% indica que é melhor economicamente
abastecer com gasolina o veículo bi-combustível.
90%
80%
70%
70%
60%
50%
71,4%
63,1%
81,8%
70,2%
66,4%
67,5%
70,3%
67,6%
61,5%
63,8%
46,3%
63,5%
68,4%
76,1%
72,6%
61,4%
60,9%
73,5%
66,3%
71,1%
68,6%
67,8%
79,9%
64,1%
54,6%
72,5%
61,8%
40%
al
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-V
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l
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-M
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ão
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SC -Bo
-M
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n
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T-
O-
L-
io
to
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-T
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TO
-F
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PR
-S
or
po
AM
M
A
R
G
oã
or
PI
A
lo
-P
B
o
C-
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M
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Fonte: ANP – Pesquisa Semanal de Preços
A paridade de preços na última semana de dezembro de 2008 apresenta para as capitais brasileiras a vantagem da utilização
do álcool hidratado em 17 estados, incluídos os principais centros consumidores. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, a
pesquisa de preços da ANP situa o preço do álcool hidratado quase no limiar de 70%. As demais capitais: Rio Branco,
Macapá, Manaus, Brasília, Belém, João Pessoa, Teresina, Natal, Boa Vista e Aracaju apresentam média de preços acima de
70%.
Paridade de Preços (%) Paridade de Preços: Álcool / Gasolina
Regiões do Brasil - Semana de Semana de 21/Dez a 27/Dez/2008
95% Paridade acima de 70% indica que é melhor economicamente
abastecer com gasolina o veículo bi-combustível.
85%
75%
70%
65% 69,8%
66,4%
62,7% 61,7%
60,2%
55%
55,2%
45%
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Fonte: ANP – Pesquisa Semanal de Preços
Considerando-se a média das regiões brasileiras, observa-se que a Região Norte tem preços médios no limiar de 70% na
última semana de dezembro. Na Região Nordeste houve queda na paridade passando de 67,4% para 66,4% em relação ao
mês anterior.
Em volume de etanol consumido, estima-se que o mercado de etanol (anidro e hidratado) onde a paridade é superior aos 70%
corresponda a 7,80% do mercado total de etanol no Brasil.
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9. BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS NO 12 DEZEMBRO/2008
Álcool: Evolução de Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Álcool
US$ / barril US$/ton
140 450
400
Álcool Anidro na Usina (ex trib)
120
Gasolina na Refinaria - Brasil (ex trib)
350
Petróleo Brent
100
300
Açúcar Bruto - US$/ton
80 250
200
60
150
40
100
20
50
- -
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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Os preços do açúcar recuaram em dezembro, após leve tendência de alta apresentada nos último mês, mas ainda não
sinalizam um aperto nos estoques no mercado internacional. Houve forte queda nos preços médios de petróleo e,
conseqüentemente, queda no preço da gasolina no Brasil em dólar (ex-tributos). O valor médio do barril do petróleo no mês
de dezembro foi inferior a US$50 por barril.
Ressalva do Editor
A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a
reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distribuição do Boletim
A distribuição do Boletim é feita gratuitamente por e-mail. Àqueles interessados em receber mensalmente essa publicação,
favor solicitarem cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço dcr@mme.gov.br.
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis
Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Carla Adriana Oliveira Silva, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal,
Paulo Roberto M. F. Costa, Ricardo Borges Gomide, Tatiana de Carvalho Benevides, Yedda Beatriz G. A. D. C. S. S. Afonso.
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