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Investigação em Segurança do Paciente/Doente
              Curso Introdutório
              Sessão 1
Segurança do Paciente/Doente, o que é?
 • Claudia Travassos, médica, MPH, PhD
 • Pesquisadora Titular e Coordenadora do
   Portal Proqualis, do Instituto de
   Comunicação e Informação Científica e
   Tecnológica, Icict/Fiocruz/MS

 Sessão traduzida e adaptada da original em inglês, elaborada pelo Prof. David Bates
Objetivo Principal




  Descrever os conceitos fundamentais da área de
  segurança do paciente/doente, considerando os
  contextos social, cultural e econômico.




                                                   2
Resumo da Aula



1. Introdução
2. Breve apresentação da teoria
3. Exemplos
4. Conclusões
5. Perguntas/respostas




                                  3
Exemplos de erros frequentes no cuidado de
saúde

   Uma enfermeira administra a um paciente/doente uma
    dose 4 vezes maior de metotrexate e o paciente/doente
    morre.

   O cirurgião remove o rim sadio do paciente/doente.

   O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10
    vezes superior, tem um choque hipoglicêmico, é
    reanimado, mas o incidente resulta em dano cerebral
    permanente.




                                                            4
Apresentação de Caso

 Paciente/doente de 64 anos foi admitida num hospital com febre e diagnosticada
 com pneumonia, sendo prescrita penicilina. No segundo dia de internação, a
 paciente/doente desenvolveu uma erupção cutânea grave. O hospital estava
 superlotado e nenhum médico sênior estava disponível. O médico
 residente/interno, apesar da evolução dos sintomas, manteve o tratamento. No
 quarto dia, a paciente/doente apresentou-se desorientada, levantou do
 leito/cama à noite, escorregou, caiu e fraturou a bacia. O chão estava molhado.
 A paciente/doente faleceu no sétimo dia de internação/internamento.

               Quais foram as principais falhas?



                                                                                   5
Nexos causais

Erros dos indivíduos
O médico residente/interno não valorizou a erupção cutânea.
O médico sênior não estava disponível.
A enfermeira não estava presente quando a paciente/doente saiu do leito/cama.


Falhas sistêmicas não conseguiram evitar a ocorrência de erros
Não existia no hospital uma abordagem adequada para lidar com períodos de         muito
  movimento.
O número de profissionais de enfermagem era insuficiente para o turno da noite.
Não houve avaliação do risco de queda da paciente/doente.




                                                                                    6
A magnitude de cuidados inseguros nos países
em desenvolvimento
    Mortalidade Materna, 2008 (por 100.000
               nascidos vivos)


 Países desenvolvidos                 14
 Portugal                             7

 America Latina e Caribe              85
 Brasil                               58

 África                              590
 Norte                                92
 Subsaariana                         640

                                             Source: WHO, 2010



                                                                 7
Cuidados inseguros associados aos materiais
médicos - Injeções Inseguras

Estima-se que são dadas
16 bilhões/biliões de injeções por ano
nos países em desenvolvimento
Cerca de 40% deste total reutilizam
seringas e agulhas não esterilizadas
(70% em alguns países)
Descarte inseguro - pode levar à
revenda de equipamentos usados no
mercado negro
                                           A extensão dos danos ao
Abscessos nos pacientes/doentes e
perfuração acidental em profissionais de   paciente/doente, nos países em
saúde são eventos adversos comuns          desenvolvimento, causados por
                                           injeções inseguras não é bem
                                           conhecida
                                                                   Jha et al., 2010



                                                                                  8
Situação no Brasil

  Agulhas e Seringas
Há vários anos a legislação brasileira proíbe o reuso de
  agulhas e seringas descartáveis.
Legislação recente (NR-32, de 2005) obriga a adoção de
  materiais pérfuro-cortantes com dispositivo de
  segurança. Apesar de o foco ser a segurança do
  profissional de saúde, ela acaba também favorecendo a
  segurança do paciente/doente, pois muitos dos
  dispositivos de segurança terminam por inutilizar o
  material, impedindo o seu reuso.



                                                           9
Sangue inseguro e medicamentos falsificados

5 - 15% das infecções por HIV nos países
em desenvolvimento são atribuídas ao uso
de sangue inseguro.
Riscos de transmissão com sangue
inseguro: hepatite B e C, sífilis, malária,
Doença de Chagas e Febre do Nilo
Ocidental.
Medicamentos falsificados respondem por
até 30% das medicações consumidas nos
países em desenvolvimento.

A extensão do dano ao paciente/doente causado por
sangue inseguro e medicações não é conhecida
                                                    Jha et al., 2010



                                                                  10
Situação no Brasil - Segurança do Sangue

1988: legislação emblemática visando à segurança das transfusões de
  sangue. Estabeleceu a obrigatoriedade do cadastramento dos doadores
  de sangue bem como a realização de exames laboratoriais no sangue
  coletado.

Desde então, as normativas do MS têm o objetivo de aprimorar a qualidade
  dos procedimentos relacionados ao “ciclo do sangue”.

O sistema brasileiro de sangue e hemoderivados é considerado seguro.
   Porém, apesar de incorporar novas testagens, os métodos utilizados
   podem não ser o padrão-ouro reconhecido mundialmente (ex. o teste
   para Hepatite C utilizado ainda não é o que detecta o vírus mais
   precocemente).




                                                                        11
Deficiência de Profissionais de Saúde
Qualificados


Falta de conhecimento e habilidades, fadiga e pressão por
produtividade aumentam o risco de erros no cuidado de saúde.




                                                     Jha et al., 2010



                                                                  12
Profissionais de Saúde Qualificados

                               Densidade de Profissionais de
                               Saúde por 1.000 Habitantes, 2007
Há um déficit de 2,4 milhões
de profissionais de saúde      Médicos
em 57 países, sobretudo na     • (1,7) Brasil;
África Subsaariana e no
                               • (3,6) Portugal (OECD).
Sudeste da Ásia (WHO,
2006).                         Enfermeiros
                               • (0,9) Brasil;
                               • (5,1) Portugal (OECD).




                                                               13
Classificação Internacional de Segurança do
Paciente (ICPS) - OMS

 Atividade conduzida por um Grupo de Trabalho formado
 por especialistas e representantes de pacientes com o
 objetivo de harmonizar e agrupar conceitos associados à
 segurança do paciente, com definições e termos
 acordados.

      http://www.who.int/patientsafety/implementation/taxonomy/en/




                                                                     14
Definições (I)

Segurança do paciente/doente
  ■Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário
  associado ao cuidado de saúde.

Erro
  ■ Definido como uma falha em executar um plano de ação como
  pretendido ou aplicação de um plano incorreto.
  ■ Erros são, por definição, não-intencionais, enquanto violações são
  intencionais, embora raramente maliciosas, e podem se tornar
  rotineiras e automáticas em certos contextos.

                                                        Runciman et al., 2009



                                                                           15
Definições (II)


Incidente


  ■ Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em
  dano desnecessário ao paciente/doente.
  ■ Incidentes podem ser oriundos de atos não-intencionais ou
  intencionais.




                                                        Runciman et al., 2009



                                                                           16
Incidentes - Definições (III)

Near miss
 ■ Incidente que não atingiu o paciente/doente (Penicilina ia ser
 administrada no paciente/doente errado e este fato foi detectado antes
 da administração do medicamento).
Incidente sem Dano
 ■ O evento atingiu o paciente/doente, mas não causou dano
 discernível (Penicilina foi administrada na dose errada daquela
 prescrita, mas nada acontece com o paciente/doente).
Incidente com Dano (Evento Adverso)
 ■ Incidente que resulta em dano ao paciente/doente (Penicilina foi
 administrada no paciente e este desenvolve um choque anafilático).
                                                        Runciman et al., 2009



                                                                           17
Incidente




                         Incidente            Incidente
   Near miss
                         sem dano             com dano




Incidente que não       Incidente que        Incidente que
atingiu o paciente   atingiu o paciente,    resulta em dano
                      mas não causou          ao paciente
                            dano           (Evento Adverso)




                                                              18
3- Há história clínica de alergia
                                                à penicilina, mas o medicamento foi
                                                administrado e o paciente/doente
                                                tem grave reação alérgica.
        Incidente com Dano
               (EA)                              Incidente sem Dano
                           Dano Evitável
                                              Erro


1 - Nenhuma história de alergia
à penicilina e esta foi                    2- Penicilina dada na dose errada
administrada. O paciente/doente            face ao prescrito. O paciente/doente
tem grave reação alérgica.                 nada sofreu.
                                                  Adaptado do Professor Peter Norton



                                                                                  19
Exemplo: Erros de Medicação

Importante causa de eventos adversos em hospitais nos
  países desenvolvidos.
 Cerca de 1 em cada 10 pacientes/doentes sofre evento adverso (EUA).
 Cerca de 1/3 é evitável (EUA).


Um erro de medicação por paciente/doente por dia (EUA).
 A maioria não resulta em dano.

Estudo brasileiro encontrou cerca de 16% de eventos adversos a
   medicamentos em um hospital público (Rozenfeld et al., 2009).




                                                                        20
Fatores Contribuintes do Incidente

Circunstâncias, ações ou influências que desempenham um
   papel na origem, no desenvolvimento ou no aumento do
   risco da ocorrência de um incidente.
Exemplos:
■ Fatores associados aos profissionais - comportamento,
  comunicação, desempenho.
■   Fatores associados ao sistema - ambiente de trabalho.
■   Fatores externos - fora do controle da organização.
■   Paciente/doente - não aderência ao tratamento/condutas.

                                                          Runciman et al., 2009



                                                                             21
Fatores sistêmicos que resultam em dano ao
paciente/doente

                     Procedimentos e diretrizes clínicas
   As Defesas
                          Barreiras físicas
            Educação continuada
                                                              As Falhas
   Cultura                                                    Ausência ou não
                                                              implementação de
   Organizacional
                                                              diretrizes clínicas




Dano ao                                       Conhecimento inadequado e falta
                                              de oportunidades de formação
paciente/
doente                            Ausência de liderança definida, ausência
                                  de estrutura que promova a coesão nas
                                       equipes/equipas de trabalho
                                         Adaptado de James Reason, 2000
                                                                           22
Definições (IV)

Cultura de Segurança

  É o produto de valores, atitudes, competências e padrões de
  comportamento individuais e de grupo, os quais determinam o
  compromisso, o estilo e a proficiência da gestão de uma organização
  saudável e segura. Organizações com uma cultura de segurança positiva
  caracterizam-se por uma comunicação fundada na confiança mútua, através
  da percepção comum da importância da segurança e do reconhecimento da
  eficácia das medidas preventivas (Health and Safety Comission, 1993,
  Reino Unido).




                                                                          23
Histórico do Movimento para a Segurança do
Paciente/Doente

• 1991: Publicados os resultados do Harvard Medical Practice Study (1984)

• 1998: Errar é Humano, Institute of Medicine, EUA

• 2000: An Organisation with a Memory, Reino Unido

• 2002: Resolução da 55ª Assembléia Mundial da Saúde - OMS

• 2004: Lançamento da Aliança Mundial para Segurança do Paciente/Doente - OMS

• 2005: Lançamento do Primeiro Desafio Global de Segurança do Paciente/Doente
(Higienização/Lavagem das Mãos)




                                                                                24
Desafios Globais da OMS para Promover a
Segurança do Paciente/Doente

Higienização/Lavagem das Mãos

Cirurgias Seguras Salvam Vidas

_______________________________________________

Envolvendo o Paciente/Doente para a Segurança do
  Paciente/Doente




                                                   25
Higienização/Lavagem das Mãos e Infecções
Associadas ao Cuidado de Saúde

Parte do mote de que “uma assistência limpa é uma
  assistência mais segura” e tem como alvo a
  higienização/lavagem das mãos.

Há evidências de que as intervenções multimodais melhoram
  as taxas de higienização/lavagem das mãos.

Porém, a associação entre intervenções específicas e as taxas
  de infecção é menos conhecida.




                                                            26
http://www.who.int/gpsc/5may/media/infection_control_webinar_19012010.pdf


                                                                     27
Cirurgia e Anestesia Seguras

Estima-se que a cada ano sejam
                                    Avaliação da Lista de Verificação de
realizados no mundo cerca de 230
                                            Segurança Cirúrgica
milhões de procedimentos
cirúrgicos de maior complexidade.
                                                     Antes      Depois

Esses procedimentos podem
resultar em mortes e outras         Taxa de
                                                     1,5%        0,8%
complicações.                       mortalidade


Dentre intervenções possíveis, a    Taxa de
lista de verificação de segurança                    11,0%       7,0%
                                    complicações
cirúrgica tem sido um recurso
importante para redução do risco.
                                                          Haynes et al., 2009



                                                                           28
Paciente/Doente para Segurança do
Paciente/Doente


Destaca o papel central que os pacientes/doentes podem ter
  nos esforços para a melhoria da qualidade e da segurança
  do paciente/doente no mundo. Trabalha com uma rede de
  pacientes/doentes, profissionais e organizações para apoiar
  o engajamento de pacientes/doentes em iniciativas de
  segurança.

            http://www.who.int/patientsafety/patients_for_patient/en




                                                                       29
Um Conceito em Transformação


# 1:
  Não faz sentido punir as pessoas por cometerem erros.


# 2:
  Você pode reduzir os erros por meio de melhorias no
  sistema.




                                                          30
Abordagem do Fator Humano - Princípios

1.   Evitar excesso de confiança na memória.
2.   Simplificar as ações.
3.   Padronizar os processos.
4.   Adotar medidas restritivas.
5.   Utilizar protocolos e listas de verificação.
6.   Melhorar o acesso à informação.
7.   Dedicar especial atenção às transferências de
     responsabilidade (handoffs/ handovers).
8.   Aumentar a retroalimentação (feedback).



                                                     31
Ausência de Conformidade com os Princípios
Abordagem do Fator Humano

Confiança na memória.
Número excessivo de transferências.
Processos não-padronizados.
Turnos de trabalho extensos.
Carga de trabalho excessiva.
Retroalimentações (feedback) pontuais.
Disponibilidade de informação inconsistente.



                                               32
33
34
Uma enfermeira administra a um paciente/doente
uma dose 4 x maior de metotrexate

                            Mudanças no Sistema
Eliminar as apresentações medicamentosas com doses múltiplas nos
postos de enfermagem/salas de trabalho (taxa de erro = 11%).
Eliminar a necessidade de cálculo e de preparo de doses de medicações
pela enfermagem (taxa de erro = 21%).

■ Todos os cálculos devem ser feitos por farmacêuticos.
■ Todas as medicações devem ser preparadas por farmacêuticos.
■ Todas as medicações devem ser fornecidas na dose unitária.
■ Sistema de conferência por código de barras.




                                                                        35
Cirurgião remove o rim sadio


 40 cirurgias são realizadas no paciente/doente ou sítio errado
nos EUA a cada semana.
                                        www.careaboutyourcare.org



 21% dos cirurgiões de mão nos EUA admitiram ter operado no
sítio errado pelo menos uma vez.
                                             Meinberg et al., 2003.




                                                                  36
Cirurgião remove o rim sadio


                             Mudanças no Sistema
Uso pela equipe/equipa da Lista de Verificação de Segurança
Cirúrgica
■ Cirurgião marca o sítio cirúrgico, com a participação do paciente/doente, antes da
anestesia ou sedação.
■ A lista de verificação inclui a confirmação de dados no prontuário/processo clínico sobre o
procedimento e o sítio cirúrgico.
■ Antes da incisão, faz-se um resumo da cirurgia com a verificação verbal da identificação do
paciente/doente, do procedimento e do sítio cirúrgico, além da apresentação de cada
membro da equipe/equipa (Time out).
■ Assegurar que a lista de verificação seja utilizada adequadamente.




                                                                                                37
O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10
vezes superior ao prescrito




     Médico prescreveu a insulina:

           Insulina NPH 10U pela manhã




                                               38
O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10
vezes superior ao prescrito

Causas conhecidas de erros de prescrição:

 Uso da letra “u” para “unidade”
 Uso do 0 depois do decimal (10,0)
 Erro no cálculo das doses
________________________________________________

Taxa de erro de prescrição por médicos estadunidenses
quando esta é feita manualmente: 8%




                                                        39
O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10
vezes superior ao prescrito


                   Mudanças no Sistema
Prescrição eletrônica de medicamentos.
Conferência pela farmácia.
Utilização de código de barras na dispensação de
medicamentos.
Participação do paciente/doente.




                                                   40
Conclusões

A segurança do paciente/doente é um problema de saúde
  pública mundial.
A padronização das definições é importante para permitir
  comparações válidas de medidas de segurança.
Referenciais explicativos desenvolvidos por James Reason
  e pela ICPS/OMS, e abordagem do fator humano são
  importantes para a compreensão dos fatores que
  contribuem para a ocorrência de incidentes.




                                                           41
Conclusões

Na compreensão da ocorrência de incidentes, devemos
  considerar os fatores dos indivíduos e os fatores do sistema.
Há necessidade de mais informação sobre a frequência da
  ocorrência de erros, near misses e eventos adversos por
  tipo de cuidado de saúde nos diversos países.
Investigações são necessárias para:
 ■ Identificar e descrever os problemas de segurança .
 ■ Desenvolver e avaliar iniciativas para a melhoria da segurança.




                                                                     42
Referências

Haynes, A.B. et al. A Surgical Safety Checklist to Reduce Morbidity and Mortality in a
  Global Population. N Engl J Med 2009;360(5):491-9.
Jha, A.K. et al. Patient safety research: an overview of the global evidence. Qual Saf
  Health Care 2010;19:42-47.
Meinberg, E; Stern, P. Incidence of wrong-site surgery among hand surgeons. J Bone
  Joint Surg Am. 2003 Feb;85-A(2):193-7.
Reason, J. Human error: models and management. BMJ 2000; 320:786-790.
Rozenfeld, S. et al. Efeitos adversos a medicamentos em hospital público: estudo
  piloto. Rev Saúde Pública 2009;43(5):887-90.
Runciman, W. et al. Towards an International Classification for Patient Safety: key
  concepts and terms. Int J Qual Health Care 2009;21(1):18-26.
WHO. Trends in maternal mortality: 1990 to 2008. World Health Organization 2010.




                                                                                      43
Referências Adicionais




                         44
45
Perguntas




            46
Perguntas

      Alguém já vivenciou em seu local de trabalho:


■ Um incidente associado a problemas de comunicação entre os
      profissionais?
■ Um incidente associado a problemas de supervisão dos médicos
      residente/internos?
■ Um evento adverso associado à falta ou inadequação de
  material/equipamento?
■ Um incidente associado a outros fatores contribuintes?




                                                                 47

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Segurança do Paciente/Doente, o que é?

  • 1. Investigação em Segurança do Paciente/Doente Curso Introdutório Sessão 1 Segurança do Paciente/Doente, o que é? • Claudia Travassos, médica, MPH, PhD • Pesquisadora Titular e Coordenadora do Portal Proqualis, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica, Icict/Fiocruz/MS Sessão traduzida e adaptada da original em inglês, elaborada pelo Prof. David Bates
  • 2. Objetivo Principal Descrever os conceitos fundamentais da área de segurança do paciente/doente, considerando os contextos social, cultural e econômico. 2
  • 3. Resumo da Aula 1. Introdução 2. Breve apresentação da teoria 3. Exemplos 4. Conclusões 5. Perguntas/respostas 3
  • 4. Exemplos de erros frequentes no cuidado de saúde  Uma enfermeira administra a um paciente/doente uma dose 4 vezes maior de metotrexate e o paciente/doente morre.  O cirurgião remove o rim sadio do paciente/doente.  O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10 vezes superior, tem um choque hipoglicêmico, é reanimado, mas o incidente resulta em dano cerebral permanente. 4
  • 5. Apresentação de Caso Paciente/doente de 64 anos foi admitida num hospital com febre e diagnosticada com pneumonia, sendo prescrita penicilina. No segundo dia de internação, a paciente/doente desenvolveu uma erupção cutânea grave. O hospital estava superlotado e nenhum médico sênior estava disponível. O médico residente/interno, apesar da evolução dos sintomas, manteve o tratamento. No quarto dia, a paciente/doente apresentou-se desorientada, levantou do leito/cama à noite, escorregou, caiu e fraturou a bacia. O chão estava molhado. A paciente/doente faleceu no sétimo dia de internação/internamento. Quais foram as principais falhas? 5
  • 6. Nexos causais Erros dos indivíduos O médico residente/interno não valorizou a erupção cutânea. O médico sênior não estava disponível. A enfermeira não estava presente quando a paciente/doente saiu do leito/cama. Falhas sistêmicas não conseguiram evitar a ocorrência de erros Não existia no hospital uma abordagem adequada para lidar com períodos de muito movimento. O número de profissionais de enfermagem era insuficiente para o turno da noite. Não houve avaliação do risco de queda da paciente/doente. 6
  • 7. A magnitude de cuidados inseguros nos países em desenvolvimento Mortalidade Materna, 2008 (por 100.000 nascidos vivos) Países desenvolvidos 14 Portugal 7 America Latina e Caribe 85 Brasil 58 África 590 Norte 92 Subsaariana 640 Source: WHO, 2010 7
  • 8. Cuidados inseguros associados aos materiais médicos - Injeções Inseguras Estima-se que são dadas 16 bilhões/biliões de injeções por ano nos países em desenvolvimento Cerca de 40% deste total reutilizam seringas e agulhas não esterilizadas (70% em alguns países) Descarte inseguro - pode levar à revenda de equipamentos usados no mercado negro A extensão dos danos ao Abscessos nos pacientes/doentes e perfuração acidental em profissionais de paciente/doente, nos países em saúde são eventos adversos comuns desenvolvimento, causados por injeções inseguras não é bem conhecida Jha et al., 2010 8
  • 9. Situação no Brasil Agulhas e Seringas Há vários anos a legislação brasileira proíbe o reuso de agulhas e seringas descartáveis. Legislação recente (NR-32, de 2005) obriga a adoção de materiais pérfuro-cortantes com dispositivo de segurança. Apesar de o foco ser a segurança do profissional de saúde, ela acaba também favorecendo a segurança do paciente/doente, pois muitos dos dispositivos de segurança terminam por inutilizar o material, impedindo o seu reuso. 9
  • 10. Sangue inseguro e medicamentos falsificados 5 - 15% das infecções por HIV nos países em desenvolvimento são atribuídas ao uso de sangue inseguro. Riscos de transmissão com sangue inseguro: hepatite B e C, sífilis, malária, Doença de Chagas e Febre do Nilo Ocidental. Medicamentos falsificados respondem por até 30% das medicações consumidas nos países em desenvolvimento. A extensão do dano ao paciente/doente causado por sangue inseguro e medicações não é conhecida Jha et al., 2010 10
  • 11. Situação no Brasil - Segurança do Sangue 1988: legislação emblemática visando à segurança das transfusões de sangue. Estabeleceu a obrigatoriedade do cadastramento dos doadores de sangue bem como a realização de exames laboratoriais no sangue coletado. Desde então, as normativas do MS têm o objetivo de aprimorar a qualidade dos procedimentos relacionados ao “ciclo do sangue”. O sistema brasileiro de sangue e hemoderivados é considerado seguro. Porém, apesar de incorporar novas testagens, os métodos utilizados podem não ser o padrão-ouro reconhecido mundialmente (ex. o teste para Hepatite C utilizado ainda não é o que detecta o vírus mais precocemente). 11
  • 12. Deficiência de Profissionais de Saúde Qualificados Falta de conhecimento e habilidades, fadiga e pressão por produtividade aumentam o risco de erros no cuidado de saúde. Jha et al., 2010 12
  • 13. Profissionais de Saúde Qualificados Densidade de Profissionais de Saúde por 1.000 Habitantes, 2007 Há um déficit de 2,4 milhões de profissionais de saúde Médicos em 57 países, sobretudo na • (1,7) Brasil; África Subsaariana e no • (3,6) Portugal (OECD). Sudeste da Ásia (WHO, 2006). Enfermeiros • (0,9) Brasil; • (5,1) Portugal (OECD). 13
  • 14. Classificação Internacional de Segurança do Paciente (ICPS) - OMS Atividade conduzida por um Grupo de Trabalho formado por especialistas e representantes de pacientes com o objetivo de harmonizar e agrupar conceitos associados à segurança do paciente, com definições e termos acordados. http://www.who.int/patientsafety/implementation/taxonomy/en/ 14
  • 15. Definições (I) Segurança do paciente/doente ■Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. Erro ■ Definido como uma falha em executar um plano de ação como pretendido ou aplicação de um plano incorreto. ■ Erros são, por definição, não-intencionais, enquanto violações são intencionais, embora raramente maliciosas, e podem se tornar rotineiras e automáticas em certos contextos. Runciman et al., 2009 15
  • 16. Definições (II) Incidente ■ Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente/doente. ■ Incidentes podem ser oriundos de atos não-intencionais ou intencionais. Runciman et al., 2009 16
  • 17. Incidentes - Definições (III) Near miss ■ Incidente que não atingiu o paciente/doente (Penicilina ia ser administrada no paciente/doente errado e este fato foi detectado antes da administração do medicamento). Incidente sem Dano ■ O evento atingiu o paciente/doente, mas não causou dano discernível (Penicilina foi administrada na dose errada daquela prescrita, mas nada acontece com o paciente/doente). Incidente com Dano (Evento Adverso) ■ Incidente que resulta em dano ao paciente/doente (Penicilina foi administrada no paciente e este desenvolve um choque anafilático). Runciman et al., 2009 17
  • 18. Incidente Incidente Incidente Near miss sem dano com dano Incidente que não Incidente que Incidente que atingiu o paciente atingiu o paciente, resulta em dano mas não causou ao paciente dano (Evento Adverso) 18
  • 19. 3- Há história clínica de alergia à penicilina, mas o medicamento foi administrado e o paciente/doente tem grave reação alérgica. Incidente com Dano (EA) Incidente sem Dano Dano Evitável Erro 1 - Nenhuma história de alergia à penicilina e esta foi 2- Penicilina dada na dose errada administrada. O paciente/doente face ao prescrito. O paciente/doente tem grave reação alérgica. nada sofreu. Adaptado do Professor Peter Norton 19
  • 20. Exemplo: Erros de Medicação Importante causa de eventos adversos em hospitais nos países desenvolvidos.  Cerca de 1 em cada 10 pacientes/doentes sofre evento adverso (EUA).  Cerca de 1/3 é evitável (EUA). Um erro de medicação por paciente/doente por dia (EUA).  A maioria não resulta em dano. Estudo brasileiro encontrou cerca de 16% de eventos adversos a medicamentos em um hospital público (Rozenfeld et al., 2009). 20
  • 21. Fatores Contribuintes do Incidente Circunstâncias, ações ou influências que desempenham um papel na origem, no desenvolvimento ou no aumento do risco da ocorrência de um incidente. Exemplos: ■ Fatores associados aos profissionais - comportamento, comunicação, desempenho. ■ Fatores associados ao sistema - ambiente de trabalho. ■ Fatores externos - fora do controle da organização. ■ Paciente/doente - não aderência ao tratamento/condutas. Runciman et al., 2009 21
  • 22. Fatores sistêmicos que resultam em dano ao paciente/doente Procedimentos e diretrizes clínicas As Defesas Barreiras físicas Educação continuada As Falhas Cultura Ausência ou não implementação de Organizacional diretrizes clínicas Dano ao Conhecimento inadequado e falta de oportunidades de formação paciente/ doente Ausência de liderança definida, ausência de estrutura que promova a coesão nas equipes/equipas de trabalho Adaptado de James Reason, 2000 22
  • 23. Definições (IV) Cultura de Segurança É o produto de valores, atitudes, competências e padrões de comportamento individuais e de grupo, os quais determinam o compromisso, o estilo e a proficiência da gestão de uma organização saudável e segura. Organizações com uma cultura de segurança positiva caracterizam-se por uma comunicação fundada na confiança mútua, através da percepção comum da importância da segurança e do reconhecimento da eficácia das medidas preventivas (Health and Safety Comission, 1993, Reino Unido). 23
  • 24. Histórico do Movimento para a Segurança do Paciente/Doente • 1991: Publicados os resultados do Harvard Medical Practice Study (1984) • 1998: Errar é Humano, Institute of Medicine, EUA • 2000: An Organisation with a Memory, Reino Unido • 2002: Resolução da 55ª Assembléia Mundial da Saúde - OMS • 2004: Lançamento da Aliança Mundial para Segurança do Paciente/Doente - OMS • 2005: Lançamento do Primeiro Desafio Global de Segurança do Paciente/Doente (Higienização/Lavagem das Mãos) 24
  • 25. Desafios Globais da OMS para Promover a Segurança do Paciente/Doente Higienização/Lavagem das Mãos Cirurgias Seguras Salvam Vidas _______________________________________________ Envolvendo o Paciente/Doente para a Segurança do Paciente/Doente 25
  • 26. Higienização/Lavagem das Mãos e Infecções Associadas ao Cuidado de Saúde Parte do mote de que “uma assistência limpa é uma assistência mais segura” e tem como alvo a higienização/lavagem das mãos. Há evidências de que as intervenções multimodais melhoram as taxas de higienização/lavagem das mãos. Porém, a associação entre intervenções específicas e as taxas de infecção é menos conhecida. 26
  • 28. Cirurgia e Anestesia Seguras Estima-se que a cada ano sejam Avaliação da Lista de Verificação de realizados no mundo cerca de 230 Segurança Cirúrgica milhões de procedimentos cirúrgicos de maior complexidade. Antes Depois Esses procedimentos podem resultar em mortes e outras Taxa de 1,5% 0,8% complicações. mortalidade Dentre intervenções possíveis, a Taxa de lista de verificação de segurança 11,0% 7,0% complicações cirúrgica tem sido um recurso importante para redução do risco. Haynes et al., 2009 28
  • 29. Paciente/Doente para Segurança do Paciente/Doente Destaca o papel central que os pacientes/doentes podem ter nos esforços para a melhoria da qualidade e da segurança do paciente/doente no mundo. Trabalha com uma rede de pacientes/doentes, profissionais e organizações para apoiar o engajamento de pacientes/doentes em iniciativas de segurança. http://www.who.int/patientsafety/patients_for_patient/en 29
  • 30. Um Conceito em Transformação # 1: Não faz sentido punir as pessoas por cometerem erros. # 2: Você pode reduzir os erros por meio de melhorias no sistema. 30
  • 31. Abordagem do Fator Humano - Princípios 1. Evitar excesso de confiança na memória. 2. Simplificar as ações. 3. Padronizar os processos. 4. Adotar medidas restritivas. 5. Utilizar protocolos e listas de verificação. 6. Melhorar o acesso à informação. 7. Dedicar especial atenção às transferências de responsabilidade (handoffs/ handovers). 8. Aumentar a retroalimentação (feedback). 31
  • 32. Ausência de Conformidade com os Princípios Abordagem do Fator Humano Confiança na memória. Número excessivo de transferências. Processos não-padronizados. Turnos de trabalho extensos. Carga de trabalho excessiva. Retroalimentações (feedback) pontuais. Disponibilidade de informação inconsistente. 32
  • 33. 33
  • 34. 34
  • 35. Uma enfermeira administra a um paciente/doente uma dose 4 x maior de metotrexate Mudanças no Sistema Eliminar as apresentações medicamentosas com doses múltiplas nos postos de enfermagem/salas de trabalho (taxa de erro = 11%). Eliminar a necessidade de cálculo e de preparo de doses de medicações pela enfermagem (taxa de erro = 21%). ■ Todos os cálculos devem ser feitos por farmacêuticos. ■ Todas as medicações devem ser preparadas por farmacêuticos. ■ Todas as medicações devem ser fornecidas na dose unitária. ■ Sistema de conferência por código de barras. 35
  • 36. Cirurgião remove o rim sadio 40 cirurgias são realizadas no paciente/doente ou sítio errado nos EUA a cada semana. www.careaboutyourcare.org 21% dos cirurgiões de mão nos EUA admitiram ter operado no sítio errado pelo menos uma vez. Meinberg et al., 2003. 36
  • 37. Cirurgião remove o rim sadio Mudanças no Sistema Uso pela equipe/equipa da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica ■ Cirurgião marca o sítio cirúrgico, com a participação do paciente/doente, antes da anestesia ou sedação. ■ A lista de verificação inclui a confirmação de dados no prontuário/processo clínico sobre o procedimento e o sítio cirúrgico. ■ Antes da incisão, faz-se um resumo da cirurgia com a verificação verbal da identificação do paciente/doente, do procedimento e do sítio cirúrgico, além da apresentação de cada membro da equipe/equipa (Time out). ■ Assegurar que a lista de verificação seja utilizada adequadamente. 37
  • 38. O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10 vezes superior ao prescrito Médico prescreveu a insulina: Insulina NPH 10U pela manhã 38
  • 39. O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10 vezes superior ao prescrito Causas conhecidas de erros de prescrição: Uso da letra “u” para “unidade” Uso do 0 depois do decimal (10,0) Erro no cálculo das doses ________________________________________________ Taxa de erro de prescrição por médicos estadunidenses quando esta é feita manualmente: 8% 39
  • 40. O paciente/doente recebe uma dose de insulina 10 vezes superior ao prescrito Mudanças no Sistema Prescrição eletrônica de medicamentos. Conferência pela farmácia. Utilização de código de barras na dispensação de medicamentos. Participação do paciente/doente. 40
  • 41. Conclusões A segurança do paciente/doente é um problema de saúde pública mundial. A padronização das definições é importante para permitir comparações válidas de medidas de segurança. Referenciais explicativos desenvolvidos por James Reason e pela ICPS/OMS, e abordagem do fator humano são importantes para a compreensão dos fatores que contribuem para a ocorrência de incidentes. 41
  • 42. Conclusões Na compreensão da ocorrência de incidentes, devemos considerar os fatores dos indivíduos e os fatores do sistema. Há necessidade de mais informação sobre a frequência da ocorrência de erros, near misses e eventos adversos por tipo de cuidado de saúde nos diversos países. Investigações são necessárias para: ■ Identificar e descrever os problemas de segurança . ■ Desenvolver e avaliar iniciativas para a melhoria da segurança. 42
  • 43. Referências Haynes, A.B. et al. A Surgical Safety Checklist to Reduce Morbidity and Mortality in a Global Population. N Engl J Med 2009;360(5):491-9. Jha, A.K. et al. Patient safety research: an overview of the global evidence. Qual Saf Health Care 2010;19:42-47. Meinberg, E; Stern, P. Incidence of wrong-site surgery among hand surgeons. J Bone Joint Surg Am. 2003 Feb;85-A(2):193-7. Reason, J. Human error: models and management. BMJ 2000; 320:786-790. Rozenfeld, S. et al. Efeitos adversos a medicamentos em hospital público: estudo piloto. Rev Saúde Pública 2009;43(5):887-90. Runciman, W. et al. Towards an International Classification for Patient Safety: key concepts and terms. Int J Qual Health Care 2009;21(1):18-26. WHO. Trends in maternal mortality: 1990 to 2008. World Health Organization 2010. 43
  • 45. 45
  • 46. Perguntas 46
  • 47. Perguntas Alguém já vivenciou em seu local de trabalho: ■ Um incidente associado a problemas de comunicação entre os profissionais? ■ Um incidente associado a problemas de supervisão dos médicos residente/internos? ■ Um evento adverso associado à falta ou inadequação de material/equipamento? ■ Um incidente associado a outros fatores contribuintes? 47

Notas do Editor

  1. Such as it would be illustrated in this slide. With the example of a major priority areaa
  2. Through the case of Ian Kelly who suffered an MRSA infection contaminated by the cleaners who were not part of the infection control procedures by poor hand washing etc.
  3. This is the background for addressing Patient Safety at WHO: The last decade has seen the emergence of an international drive to create a culture of safety in health care. We have seen momentum building up in many developed countries. In Europe, in the Americas, in Australia and New Zealand and from countries in transitional economies. We have witnessed concerns and developing countries We have seen this momentum come alive during the World Health Assembly 2004 with the launch of the World Alliance for Patient Safety where countries expressed their interest in the issue of patient safety. T And in October 2004, the World Alliance was launched in Washington DC by the Director General of WHO and under the chairmanship of Sir Liam Donaldson and with the support of Ministries of Health from several developed countries (Australia, USA and others) Many ministerial meetings and events followed the launch of the Alliance as listsed above.