1. GRUPO 7
Edna de Souza dos Santos – EE. CEL. JOÃO DE SOUZA CAMPOS – CRAVINHOS
Juliana Pratalli Trevelin – EE. PROF. FERNANDO CAMPOS ROSAS – CRAVINHOS
Lucas Fernando Luiz - EE. PROF. FERNANDO CAMPOS ROSAS – CRAVINHOS
Renata Camargos Pereira dos Santos – EE. DEP. JOSÉ COSTA - SERRANA
Tania Aparecida Pereira – EE. PROF. FRANCISCO GOMES - CRAVINHOS
2. Ativação de conhecimentos prévios por meio de
perguntas, explorando o título;
Levantamento de hipóteses sobre a abordagem temática do
texto;
Informações fornecidas pelo professor sobre a biografia do autor.
3. Leitura em voz alta pelo professor;
Levantamento das palavras desconhecidas no texto – consulta a
dicionário;
Segunda leitura – orientada pela professora chamando atenção
para informações, sugerindo comparações e generalizações;
Análise da dinâmica desenvolvida, a partir do movimento natural
do texto (no início do texto as ações são muito rápidas e depois
desacelera)
4. Intertextualidade – músicas: Construção (Chico Buarque)
Cotidiano (Chico Buarque)
Tédio (Biquini Cavadão)
(Observar a reação de cada “eu-lírico” diante da rotina)
Leitura de imagens – percepção de outras linguagens –
estabelecer relações de sentido;
Propor questões reflexivas para discussão, contemplando o dia
a dia (modernidade X épocas antigas)
Proposta de outras leituras que abordam temas relacionados.
5. CIRCUITO FECHADO
RICARDO RAMOS
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água,
espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina,sabonete, água fria, água
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias,
sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio,
maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule,
talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira,
cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula,
pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo.
Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas,
vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete,
cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta,
projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório,
pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo,
xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e
poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno,
externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo,
papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro,
fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata.
Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos.
Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e
fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso,
descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama,
travesseiro.
6.
7. CONSTRUÇÃO
CHICO BUARQUE
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
8. ...
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague
9. COTIDIANO
CHICO BUARQUE
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
10. TÉDIO
BIQUINI CAVADÃO
Alô!
Sabe esses dias
Em que horas dizem nada
E você nem troca o pijama
Preferia estar na cama
Um dia, a monotonia
Tomou conta de mim
É o tédio
Cortando os meus programas
Esperando o meu fim...
(Refrão)
Sentado no meu quarto
O tempo vôa
Lá fora a vida passa
E eu aqui à tôa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Prá livrar-me desse tédio...
Vejo o programa
Que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem
Pois prá mim, tanto faz
Já tive esse problema
Sei que o tédio
É sempre assim
Se tudo piorar
Não sei do que sou capaz...
(Refrão)
Vejo o programa
Que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem
Pois prá mim, tanto faz
Já tive esse problema
Sei que o tédio
É sempre assim
Se tudo piorar
Não sei do que sou capaz...
(Refrão)
Tédio!
Não tenho um programa
Tédio!
Esse é o meu drama
O que corrói é o tédio
Um dia eu fico cego
Me atiro deste prédio..