O documento descreve o dogma católico da Assunção da Virgem Maria, declarado pelo Papa Pio XII em 1950. O Papa afirma que Maria foi elevada ao céu em corpo e alma após sua morte, o que é uma verdade divina que os católicos devem crer. O Papa também pede que os fiéis levantem seus corações para Maria, que é a rainha do céu e consola as almas que sofrem na terra.
2. A Assunção da Virgem em corpo e alma, após sua morte preciosíssima é, hoje, um dogma de
fé cristã. Encontra-se contido em nossa página principal (em catecismo) detalhes explicativos
sobre os dogmas que, resumidamente podem definir-se como verdades divinas propostas pela
Igreja, e que devemos crer incondicionalmente, sob pena de cairmos em heresia.
3. Desta breve exposição se inclui que, nenhum católico poderá negar que a Virgem Mãe de Deus
foi elevada ao céu em corpo e alma, após a morte. O Papa Pio XII , no dia 1o. de novembro de
1950, na Basílica de São Pedro, dirigiu a cerimônia que ficou e ficará para sempre nos anais
da Igreja Católica como a mais solene da era contemporânea, o Dogma da Assunção da
Virgem Mãe de Deus. Vejamos a alocução de Sua Santidade firmada nessa cerimônia:
4. “Veneráveis irmãos e amados filhos e filhas que vos haveis congregado em nossa presença e
todos vós que nos ouvis nesta Santa Roma e em todos os lugares do mundo católico”.
5. “Emocionados pela proclamação como um dogma de fé da Assunção ao céu da Santíssima
Virgem em corpo e alma, exultando de alegria que inunda os corações de todos os fiéis, agora
satisfeitos em seus ardentes desejos, sentimos irresistível necessidade de elevar junto
convosco o hino de graças à amada providência de Deus, que quis reservar para vós a alegria
deste dia e a nós o conforto de colocar sobre a fronte da mãe de Deus e da nossa mãe um
brilhante diadema que coroa suas singulares prerrogativas”.
6. “Por um inescrutável desígnio do destino, aos homens da atual geração tão atormentados e
afligidos, perdidos e alucinados, mas também sadiamente em busca de um grande Deus que
foi perdido, abre-se uma parte luminosa dos céus, onde se senta, junto ao filho da justiça, a
rainha mãe, Maria.”
7. “Implorando há longo tempo, finalmente nos chega este dia, o qual por fim, é nosso. A voz dos
séculos – deveríamos dizer a voz da eternidade – é nossa. É a voz que, com a ajuda do Espírito
Santo, definiu solenemente o alto privilégio da celestial Mãe.
E vosso é o grito dos séculos. Como se houvessem sido sacudidos pelas batidas dos vossos
corações e pelo balbuciar dos vossos lábios, as próprias pedras desta patriarcal basílica
vibram e juntamente com elas os inumeráveis antigos templos levantados em todas as partes
em honra de Maria, monumentos de uma só fé e pedestais terrenos do celestial trono da
glória da Rainha do Universo, parecem exultar em pequenas batidas”.
8. “E neste dia de alegria, desde este pedaço do céu, juntamente com a evangélica onda de
satisfação que se harmoniza com a onda de exultação de toda a Igreja militante, não pode
deixar de descer sobre as almas uma torrente de graças e ensinamentos, frutíferos
despertadores de renovada santidade. Por esta razão, para tão altíssima criatura,
levantamos, cheios de fé, os nossos olhares da terra – nesta nossa época, entre a nossa
geração – e gritamos a todos: “Levantai os vossos corações”.”
9. “As muitas intranquilas e angustiosas almas, triste legado de uma idade violenta e
turbulenta, almas oprimidas, porém não resignadas, que já não creem na bondade da vida e
aceitam-na somente como se fossem obrigadas a aceitá-la, ela lhes abre as mais altas visões e
as conforta para contemplar que destino e que obras ela há sublimado, ela , que foi eleita por
Deus para ser Mãe do mundo, feita em carne, recebeu docilmente a palavra do Senhor”.
10. “E vós, que estais mais particularmente próximo de nosso coração, vós pobres enfermos, vós
refugiados, vós prisioneiros, vós os perseguidos, vós com os braços em trabalho e o corpo sem
abrigo, vós nos sofrimentos de toda índole e de todas as nações, vós a quem a passagem pela
terra só parece dar lágrimas e privações, por mais esforços que se façam ou que se deverão
fazer para acudir em vossa ajuda;
11. levantai vossos olhares para Ela que, antes de vós, percorreu os caminhos da pobreza, do
exílio e da dor; para Ela, cuja alma foi atravessada pela espada ao pé da cruz e que agora
contempla, como olhar firme, desde a luz eterna, este mundo sem paz, martirizado por
desconfianças recíprocas, pelas divisões, pelos conflitos, pelos ódios a tal ponto que se
debilitou e se perdeu o sentido do temor em Cristo.
12. Enquanto suplicamos com todo o ardor que a Virgem Maria possa assinalar o retorno do calor,
do afeto e da vida aos corações humanos, não nos devemos cansar de recordar que nada deve
prevalecer sobre o fato, sobre a consciência de sermos todos filhos da mesma Mãe, laço é de
união através do místico Corpo de Cristo, uma nova era e uma nova Mãe dos vivos, que quer
conduzir todos os homens à verdade e à graça de seu divino Filho.
E agora, oremos com devoção.”
13. Texto – Página Oriente – Imagens – Foto Santander França
Música – Tota Pulchra est – Formatação – Altair Castro
15/08/2013